Game of Thrones - Café com Filme

Critica do filme Os Eternos | Nada é eterno, mas algumas coisas permanecem

Depois de mais de uma década e 23 filmes, é fácil esquecer as origens do MCU. Apesar da Fase 1 do MCU estabelecer as bases do “estilo Marvel”, o tom das produções se desenvolveu em um arpejo crescente até a sua conclusão da "Saga do Infinito" em Vingadores: Ultimato. Entretanto, tudo começou com Homem de Ferro, Incrível Hulk, Thor, Homem de Ferro 2 e Capitão América: O Primeiro Vingador, filmes com estilos relativamente distintos e pouco parecidos com o frenético Guerra Infinita e o grandioso Ultimato.

Os Eternos não é só o primeiro capítulo da história deste grupo de super-heróis cósmicos, mas também faz parte do prefácio da nova saga que emerge no MCU. Chloé Zhao apresenta uma “história de origem” que funciona em vários níveis utilizando uma narrativa inteligente que desvia da ação desenfreada e investe no desenvolvimento de personagens por meio de uma grande aula de filosofia digna do professor Chidi Anagonye (do seriado The Good Place).

Guerra Infinita e Ultimato são o cume da primeira grande Saga da Marvel nos cinemas, enquanto Eternos é o sopé de uma nova montanha que se agiganta à frente dos fãs. Pensando assim, a escalada ainda é longa, mas o escopo de Os Eternos, sugere que o topo é ainda mais alto. Mesmo com alguns deslizes, e com um estilo próprio que o desloca dentro do MCU, Os Eternos é um filme sólido que apresenta um novo e interessante início do universo Marvel nos cinemas.

Quanto tempo dura o eterno?

Sem entrar nos detalhes da cosmogonia Marvel, basta dizer que os Celestiais são os seres mais antigos e poderosos de todo o universo. Em 5000 A.C., o Celestial Arishem envia para a Terra um grupo de dez seres superpoderosos chamados de Eternos com a missão de proteger a humanidade de  criaturas predatórias chamadas de Deviantes.

Sem poder interferir no desenvolvimento dos humanos, os Eternos seguem lutando contra os Deviantes até o dia em que estes estivessem totalmente erradicados e Arishem os convocasse de volta ao seu planeta natal. Milênios se passam e depois de várias “vidas” juntos o grupo começa a mostrar fissuras, questionando sua missão “divina”, a humanidade e seu papel não-intervencionista em um mundo que obviamente se beneficiaria de seus talentos.

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Entretanto, com o reaparecimento dos Deviantes, os Eternos são forçados a se reunir e proteger a humanidade da antiga ameaça, apenas para descobrirem que muito mais está em jogo do que a erradicação dos Deviantes e o seu retorno para a casa. Sem revelar qualquer spoiler e entregar pontos importantes da trama, Chloé Zhao, Patrick Burleigh, Ryan Firpo e Matthew K. Firpo conseguem trabalhar com toda a grandiosidade da obra de Jack Kirby dentro do microcosmo de cada personagem.

A narrativa que aposta em flashbacks expositivos que contextualizam elementos do passado e presente, do relacionamento dos Eternos com os humanos e os Celestiais, o roteiro trabalha vários elementos em diferentes níveis a todo momento.  A história é muito bem amarrada, ao ponto de mostrar que, de fato, não há um vilão na história.

Brilho Eterno

Gemma Chan, Richard Madden, Kumail Nanjiani, Lia McHugh, Brian Tyree Henry, Lauren Ridloff, Barry Keoghan, Don Lee, Kit Harington, Salma Hayek e Angelina Jolie. Misturando nomes em ascensão e estrelas já consagradas de Hollywood, o elenco de Eternos acerta em praticamente todos pontos.

Angelina Jolie, mesmo em seu “piloto automático” se destaca sempre que aparece em cena na pele de guerreira Thena, enquanto Don Lee esbanja carisma como Gilgamesh, o mais forte dos Eternos e guardião de Thena. Kumail Nanjiani cumpre seu papel de alívio cômico com naturalidade,  deixando muito espaço para seus companheiros roubarem as risadas.

Vale destacar o esforço de Richard Madden, que mesmo limitado – algo evidenciado desde sua temporada em Game of Thrones – ainda entrega bons momentos e uma atuação sólida como Ikaris (o Super-Homem da Marvel) um personagem que precisa de muita flexibilidade emocional. Infelizmente o mesmo não pode ser dito de Gemma Chan, que oferece uma performance tão sutil que beira a monotonia, algo que não explora totalmente o arco de crescimento e superação de Sersi.

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De eterno e belo há apenas o sonho

A lista de acertos de Chloé Zhao no roteiro ena direção também passa pelo seu uso inteligente da câmera que mescla efeitos práticos e poucas intervenções digitais.  Mesmo com a renomada Industrial Light & Magic cuidado dos efeitos especiais, a diretora deixa o impacto visual emergir da construção da cena e não necessariamente do efeito em si, algo que confere ainda mais força para uma tradução mais fiel da identidade visual do rei Jack Kirby e a Era de Bronze das histórias em quadrinhos.

As cenas de luta, mesmo que espaçadas são bem coreografadas e utilizam as habilidades de cada um dos eternos, e certamente redefinem alguns conceitos dos “filmes de heróis”, especialmente na forma como representam os poderes de seres velocistas. Em outras palavras, chega de cenas em câmera lenta para mostrar que o personagem está se movendo mais rápido do que os outros.

Os Eternos não cobre toda cosmogonia Marvel, mas abre vários caminhos interessantes para o futuro do MCU.

Dentre muitos acertos e alguns erros, Eternos é sem dúvida um dos filmes de herói mais interessantes dos últimos anos. Vingadores: Ultimato finalizou um longo arco cuja memória inda é muito recente para o fãs. Com o “corpo ainda fresco”, essa Fase 4 do MCU precisará superar  a expectativa do público para criar gradativamente a mesma grandiosidade que levou uma década para ser construída, para quem entende o contexto deste momento, Eternos se mostra como um ótimo ponto de partida.

Critica do filme 2020 Nunca Mais | O ano terrível

Nem mesmo o “apocalíptico e integrado” Charlie Brooker — aquele que nos deprime e atormenta a cada episódio de Black Mirror — foi capaz de conjurar uma história tão desastrosa quanto à totalidade do ano de 2020. Depois de tantas desgraças que assolaram o pálido ponto azul do sistema solar, finalmente chegamos ao final do ano... e o que você fez?

Em 2020 Nunca Mais, Brooker e uma seleta de estrelas entregam uma desnecessária retrospectiva do “ano terrível”. Mesmo com a costumeira sátira sagaz da proverbial “pós-modernidade contemporânea” e seus componentes transumanos, o comentarista britânico parece não se esforçar muito entregando apenas uma versão menos entediante de uma retrospectiva jornalística.

Com nomes de peso como Samuel L. Jackson, Tracey Ullman, Hugh Grant, Lisa Kudrow, Kumail Nanjiani e Leslie Jones, entre outros, pseudodocumentário se limita a relatar os eventos com um toque de humor absurdo (quase que imperceptível dada a natureza surreal do ano em si). Enfim, se você é um daqueles poucos que consegue rir da desgraça, ou que quer sublimar um pouco da dor por meio do riso, 2020 Nunca Mais ainda é melhor do que o um “Globo Reporter”.

Isso não é muito Black Mirror

Como um narrador onisciente, Laurence Fishburne relata os principais eventos deste ano — que gostaríamos de esquecer — começando com os incêndios florestais australianos e o julgamento de impeachment de Trump, seguindo então para o começo da pandemia, o assassinato de George Floyd, o Brexit, as (in)decisões da eleição presidencial estadunidense chegando até a chegada do lançamento das primeiras vacinas para a COVID-19. Uma sorte de “especialistas” entrevistados entregam opiniões sobre os acontecimentos conforme as divisas entre absurdo se tornam cada vez mais etéreas.

Dash Brakcet (Samuel L. Jackson) é um repórter sério; Tennyson Foss (Hugh Grant) é um historiador cuja senilidade predileção por negronis parece fazê-lo confundir os eventos da realidade com Game Of Thrones; Tracey Ullman encarna uma irritada Rainha Elizabeth II, que não gostou nem um pouco da saída de Harry e Meghan da família real.

Painel diverso analiza adversidades

Jeanetta Grace Susan (Lisa Kudrow) basicamente nega qualquer coisa parecida com a verdade. Kumail Nanjiani é Bark Multiverse, a epítome do CEO de tecnologia, um sociopata egoísta que construiu um abrigo em montanha para si mesmo prevendo a iminente dissolução da sociedade, e de quebra fica absurdamente mais rico durante a pandemia. Enquanto isso, o cientista Pyrex Flask (Samson Kayo) vê suas tentativas de entregar fatos serem reduzidas a breves comentários ilustrados por cenas ridículas de arquivo.

Por fim temos a Dra. Maggie Gravel (Leslie Jones) que chega a inevitável conclusão de que quase todo mundo que não seja ela é um imbecil. Teoria confirmada reintegradas vezes por pessoas como Duke Goolies (Joe Keery), um “produtor de conteúdo” que de alguma forma ganha rios de dinheiro fazendo vídeos no qual apenas reage às notícias. E para deixar claro que o mundo realmente está cada vez mais imbecil, temos Gemma Nerrick (Diane Morgan) — literalmente uma das cinco pessoas mais comuns do planeta — e Kathy Flowers (Cristin Milioti), a personificação da “Karen” estadunidense cuja fonte de dogmas é o feed do Facebook e as correntes de WhatsApp.

Melhor deixar 2020 no passado

O grande problema de 2020 Nunca Mais é justamente o fato de ser uma obra de Charlie Brooker. O que passaria despercebido como uma produção ligeiramente engraçada fica ainda mais insossa se pensarmos no potencial que o olhar de Brooker traz, lembrando estamos falando o homem por trás da perspicaz série de antologia Black Mirror.

Condensando estereótipos em “testemunhas” que narram os eventos caóticos do ano, o roteirista não força a critica o suficiente, entregando apenas um amontoado “piadinhas” datadas diretamente relacionadas aos amalgamas em questão, sem aquele misto de acidez e desespero existencial que marca outras obras do roteirista. Além disso, o elenco — mesmo que recheado de nomes fortes de Hollywood —, parece entediado e assume que a mera contextualização de seus personagens será suficiente para empurrar a atuação.

Retrospectiva 2020, sério? Pra que?

Uma pena, especialmente no caso de Tracey Ullman e Hugh Grant que assumem a pele da Rainha Eizabeth II e de um historiador alcoólatra de tendências ligeiramente racistas, respectivamente. Sem qualquer interesse a dupla parece caricaturas exageradas saídas diretamente de esquetes da Praça é Nossa, Zorra Total ou Saturday Night Live (não se iluda amiguinho, é tudo a mesma coisa com níveis de qualidade variáveis). Dito isso, é preciso celebrar as atuações de Cristin Milioti e Lisa Kudrow.

As duas atrizes extraem o máximo de seus personagens e sem dúvida são o ponto alto de 2020 Nunca Mais. Cristin Milioti encarna com muita propriedade uma “Karen” — a típica radical negacionista suburbana estadunidense — que, graças ao desenrolar absurdo de 2020, finalmente pode por para fora seus preconceitos com o aval da Casa Branca que reverbera o mesmo preconceito e radicalismo. Por coincidência, ou não, Lisa Kudrow assume o papel de uma não-represente não-oficial da Casa Branca, que tenta desesperadamente defender os desmandos e desordem do governo a cada nova imbecilidade oriunda do gabinete presidencial.

"Retrospectiva 2020! Por que vocês querem fazer isso? Sério. Por quê?”

No final das contas, 2020 Nunca Mais é um título mais do que apropriado para um ano horrível, e um filme nada marcante. Se você procura um evento catártico que realmente expurgue o ano da pandemia é melhor buscar em outro lugar. Todavia, se não queremos repetir os mesmos despautério no futuro, é melhor manter o passado vivo na memória, e se temos que relembrar a história de 2020, melhor que seja com um mínimo de humor.

Mercado Livre dá até 45% de desconto na assinatura da HBO GO

Com a pandemia em alta e a quarentena ainda sendo a realidade para muitos, os aplicativos de streaming ganharam notoriedade, mas, com tantas opções, fica complicado para o consumidor decidir qual vai ser o serviço da vez — afinal, é inviável assinar todos, ainda mais com alguns preços proibitivos.

Um dos streamings que ganha destaque é a HBO GO, uma vez que tem muitas séries exclusivas e premiadas. Contudo, o serviço da famosa emissora americana tem um inconveniente: o valor da assinatura mensal em R$34,90 é um tanto elevado.

No entanto, aos interessados na HBO GO, há uma boa notícia: é possível assinar o serviço com um desconto bem legal. A assinatura da HBO GO pode ter o valor mensal reduzido em até 45%, mas é claro que há uma pegadinha. Trata-se de uma parceria entre Mercado Livre e HBO, a qual visa oferecer descontos para os clientes fiéis do famoso site de compras, por meio do programa de benefícios Mercado Pontos.

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Funciona assim: quanto mais você compra no Mercado Livre, maior será sua pontuação no Mercado Pontos e, para cada nível avançado, você desbloqueia um desconto maior. A partir do nível 1, você já garante 10% de desconto na assinatura da HBO GO.

Avançando mensalmente, você desbloqueia novos descontos. Assim, se você estiver no nível 6 de pontuação, você pode obter os prometidos 45% de desconto, mas para isso você terá de comprar muitas coisas no Mercado Livre. De qualquer forma, mesmo em níveis menores, o valor do desconto já é interessante, né?

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A oferta já está disponível no Brasil e basta acessar o mercado Livre e buscar pela palavra "HBO" para já cair na página de promoção da HBO GO. Para quem não conhece o serviço, é possível realizar um teste gratuito de 7 dias quando utilizar o método de pagamento de cartão de crédito.

Entre as principais séries da HBO GO, vale o destaque para: Chernobyl, Game of Thrones, Big Little Lies, The Outsider e Lovecraft Country. Contudo, além das séries, a HBO sempre transmite filmes inéditos na televisão, os quais também são disponibilizados na plataforma HBO GO.

Recentemente, a HBO GO recebeu os seguintes filmes: "O Caso Richard Jewell", "Obsessão" e "IT: Capítulo 2". Neste mês, a HBO promete a estreia de "Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa". Interessante ainda que o aplicativo da HBO GO está disponível para smartphones, tablets, Smart TVs, Apple TV e também pelo site no navegador.

Confira a lista de indicados à premiação SAG Awards 2020

O Sindicato de Atores de Hollywood (Screen Actors Guild‐American Federation of Television and Radio Artists) divulgou a lista para a 26ª edição da premiação SAG Awards 2020, que costuma ser uma boa prévia do que pode pintar no Oscar, particularmente nas categorias de atuação.

Entre os destaques de cinema no SAG Awards 2020 estão Era Uma Vez… em Hollywood, O Escândalo e O Irlandês, com 4 indicações cada. Já na TV, The Marvelous Mrs. Maisel lidera com quatro nomeações. O Sindicato de Atores de Hollywood também conta com uma homenagem ao ator Robert De Niro, que receberá a estatueta em comemoração a sua carreira e contribuição ao cinema.

A cerimônia de entrega do 26º Annual Screen Actors Guild Awards acontece dia 19 de janeiro de 2020. Confira a lista completa de indicados nas categorias de cinema:

MELHOR ELENCO DE FILME

  • O Escândalo
  • O Irlandês
  • Jojo Rabbit
  • Era Uma Vez… em Hollywood
  • Parasita
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MELHOR ATRIZ

  • Cynthia Erivo – Harriet
  • Scarlett Johansson – História de um Casamento
  • Lupita Nyong’o – Nós
  • Charlize Theron – O Escândalo
  • Renée Zellweger – Judy - Muito além do Arco-Íris
2 MELHOR ATRIZ 05322

MELHOR ATOR

  • Christian Bale – Ford vs Ferrari
  • Leonardo DiCaprio – Era Uma Vez… em Hollywood
  • Adam Driver – História de um Casamento
  • Taron Egerton – Rocketman
  • Joaquin Phoenix – Coringa
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MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

  • Laura Dern – História de um Casamento
  • Scarlett Johansson – Jojo Rabbit
  • Nicole Kidman – O Escândalo
  • Jennifer Lopez – Hustlers
  • Margot Robbe – O Escândalo
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MELHOR ATOR COADJUVANTE

  • Jamie Foxx – Luta por Justiça
  • Tom Hanks – Um Lindo Dia na Vizinhança
  • Al Pacino – O Irlandês
  • Joe Pesci – O Irlandês
  • Brad Pitt – Era Uma Vez… em Hollywood
5 MELHOR ATOR COADJUVANTE 0d00d

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS EM FILME

  • Vingadores: Ultimato
  • Ford vs Ferrari
  • O Irlandês
  • Coringa
  • Era Uma Vez… em Hollywood
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MELHOR ELENCO DE SÉRIE DE DRAMA

  • Big Little Lies
  • The Crown
  • Game of Thrones
  • The Handmaid’s Tale
  • Stranger Things
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MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA

  • Jennifer Aniston – The Morning Show
  • Helena Bonham Carter – The Crown
  • Olivia Colman – The Crown
  • Jodie Comer – Killing Eve
  • Elisabeth Moss – The Handmaid’s Tale
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MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA

  • Sterling K. Brown – This Is Us
  • Steve Carrell – The Morning Show
  • Billy Crudup – The Morning Show
  • Peter Dinklage – Game of Thrones
  • David Harbour – Stranger Things
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MELHOR ELENCO DE SÉRIE DE COMÉDIA

  • Barry
  • Fleabag
  • O Método Kominsky
  • The Marvelous Mrs. Maisel
  • Schitt’s Creek
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MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA

  • Christina Applegate – Dead to Me
  • Alex Borstein – The Marvelous Mrs. Maisel
  • Rachel Brosnahan – The Marvelous Mrs. Maisel
  • Catherine O’Hara – Schitt’s Creek
  • Phoebe Waller-Bridge – Fleabag
11 MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA 413e1

MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA

  • Alan Arkin – O Método Kominsky
  • Michael Douglas – O Método Kominsky
  • Bill Hader – Barry
  • Andrew Scott – Fleabag
  • Tony Shalhoub – The Marvelous Mrs. Maisel
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MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV

  • Patricia Arquette – The Act
  • Toni Collette – Unbelievable
  • Joey King – The Act
  • Emily Watson – Chernobyl
  • Michelle Williams – Fosse/Verdon
13 MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA A TV dbe1f

MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA A TV

  • Mahershala Ali – True Detective
  • Russell Crowe – The Loudest Voice
  • Jared Harris – Chernobyl
  • Jharrel Jerome – Olhos que Condenam
  • Sam Rockwell – Fosse/Verdon
14 MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA A TV 9aa35

MELHOR ELENCO DE DUBLÊS EM SÉRIE DE COMÉDIA OU DRAMA

  • Game of Thrones
  • Glow
  • Stranger Things
  • The Walking Dead
  • Watchmen
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Crítica do Filme Projeto Gemini | Um maluco em pedaços

Sob a batuta de Ang Lee, diretor oscarizado de O Segredo de Brokeback Mountain, estrelado pelo multipremiado Will Smith, e sob os cuidados do mega-produtor arrasa-quarteirão e manjador mor dos paranaue, Jerry Bruckheimer , Projeto Gemini parece destinado ao sucesso... Certo?

Apostando em efeitos especiais de alta qualidade e uma nova tecnologia de cinematografia de altíssima definição, o filme entrega o que promete, mas não coloca nenhum adereço na embalagem. O roteiro raso (e um tanto datado) e a direção receosa de Ang Lee não exploram todo o potencial da película, que mesmo assim ainda agrada sem fazer muito esforço.

Com o perdão da brincadeira, em um mar de filmes clones sem qualquer inovação real, qualquer vestígio de criatividade deve ser celebrado e em Projeto Gemini existe muita criatividade por trás das câmeras, infelizmente nem todas essas ideias aparecem na frente das lentes, o que reduz toda a produção a mais um filme de ação. Sem qualquer demérito ao gênero, fica a ressalva de que, mesmo sendo um bom filme de ação, Projeto Gemini não alcança todo seu potencial.

Um maluco no encalço

Rodando por Hollywood desde 1997, a trama de Projeto Gemini parecia muito mais interessante na época em que foi concebida pelo roteirista Darren Lemke do que agora, mais de vinte anos e algumas revisões depois. Como era de se esperar de uma obra que foi reescrita por diferentes mãos, incluindo David Benioff (de Game of Thrones), o produto final sofre de uma esquizofrenia narrativa que afeta em muito o desenvolvimento da história.

Em Projeto Gemini acompanhamos Henry Brogan (Will Smith) um operativo de elite de uma agência de inteligência governamental. O problema é que a idade chega para todo mundo e Henry, um cinquentão, já não conta com os mesmos reflexos da sua juventude. Ciente de suas limitações, ele resolve entrar com o pedido de aposentadoria (antes que a reforma da previdência coloque ele na linha de tiro).

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Infelizmente, o trabalho de Henry não conta com muitos direitos trabalhistas e um de seus ex-comandantes, Clay Verris (Clive Owen) não aceita muito bem a ideia de ter uma “ponta solta” como Brogan andando por ai sabendo o que ele sabe sobre o submundo da espionagem internacional, desencadeando assim uma série de tentativas de eliminar essa ameaça.

Agora, com um assassino de elite em seu encalço, Brogan, acompanhado de Danny Zakarweski (Mary Elizabeth Winstead), uma agente infiltrada, ele sai fugindo mundo afora acionando seus velhos contatos e antigos amigos de profissão.  A coisa fica ainda mais confusa quando Brogan descobre que a pessoa que está em seu encalço é, na verdade, seu clone.

Apesar de apresentar conceitos interessantes, tudo parece desprovido de personalidade, derivativo.  Na década de noventa poderia ter sido muito mais original vermos a história de um assassino veterano sendo caçado/traído pelo seu empregador/governo/parceiro. Atualmente, mesmo com a adição da reviravolta do oponente ser uma versão mais jovem de si, pouco se acrescenta ao extenso elenco de produções do gênero.

Uma pena, haja vista o potencial do elenco, direção e tecnologia por trás de Projeto Gemini. O talento de Ang Lee certamente poderia explorar o alcance dramático de Will Smith levando o que seria um mais um filme de ação em um título mais denso, cativante e até mesmo introspectivo.

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Olho no lance

Poderíamos falar por horas a fio do feito tecnológico por trás de Projeto Gemini.  Apostando em um salto tecnológico, o diretor Ang Lee, que já havia flertado com o cinema de altíssima definição com A Longa Caminhada de Billy Lynn — rodado em 4K e 3D com uma taxa altíssima de quadros por segundo — entrega um filme com efeitos filmados a impressionantes 120fps (no que foi batizado de 3D+).

Essa técnica deixa toda a experiência cinematográfica muito mais fluída, além de oferecer uma sensação de profundidade mais nítida aos efeitos 3D. Se esta tecnologia é, o não é, o futuro da fotografia no cinema ainda vamos ver, mas Projeto Gemini certamente se beneficia desse trunfo.

Além disso, também merece destaque o rejuvenescimento digital de Will Smith. O construto, totalmente virtual, é impressionante e só apresenta defeitos quando superexposto. Em outras palavras, se você pretende ver Projeto Gemini faça isso em uma sala que suporte o 3D+.

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Big Willie Style

Ang Lee não acrescenta os efeitos e tecnologia apenas pela extravagância técnica. O diretor explora o sistema, experimentando novas possibilidades e estilos possibilitados pela ferramenta. Com um personagem protagonista totalmente digital criado a partir da captura de movimentos, o diretor consegue colocar o ator frente a frente com sua contraparte rejuvenescida de maneira muito convincente.

A ressalva quanto à direção de Ang Lee é justamente por conta do que ele nos apresenta como possibilidade, mas não engaja o suficiente dentro do filme. Tecnicamente, o diretor comanda o filme de maneira inteligente, mas não explora seu maior recurso, Will Smith e o resto do elenco.  Mary Elizabeth Winstead tem um grande momento no filme, mas é pouco utilizada dentro da trama, enquanto Clive Owen entrega uma atuação descompromissada e extremamente caricata. Por sua vez, Will Smith age no piloto automático, entregando uma atuação consistente, mas pouco elaborada.

Parece que dois Will Smith não são suficientes para carregar um filme inteiro

O alcance dramático de Will, que já lhe rendeu duas indicações ao Oscar poderia explorar até mesmo uma faceta existencialista dentro do filme, vereda que acrescentaria muito mais consistência ao título, que se contenta em entregar releituras de filmes de ação dos anos 90. Projeto Gemini tem boas cenas de ação — com destaque para a sequencia nas ruas de Cartagena e o "bike-fu" de Will Smith — e para expremer todo o suco é melhor assistir em uma grande tela com o sistema 3D+

1917 | Novo trailer legendado e sinopse

Em um dos momentos críticos da Primeira Guerra Mundial, dois soldados britânicos Schofield (George MacKay, de Capitão Fantástico) e Blake (Dean-Charles Chapman, de Game of Thrones) recebem uma missão aparentemente impossível. Em uma corrida contra o tempo, os soldados devem cruzar território inimigo e entregar uma mensagem que cessará o ataque brutal de milhares - entre eles, o irmão de Blake.

Crítica do filme John Wick 3: Parabellum | Dedo no... gatilho e gritaria!

Quem diria que o “despretensioso” De Volta ao Jogo (John Wick) se tornaria uma das melhores franquias de ação do cinema. Quando o filme despontou em 2014, pouco se esperava do título, apesar de contar com nomes de peso como Keanu Reaves, Willem Dafoe, Ian McShane e John Leguizamo. Entretanto, quando as pessoas perceberam a beleza oculta no trabalho de Chad Stahelski o filme foi rapidamente elevado ao status de “clássico contemporâneo”.

Não estamos falando de uma obra-prima com um roteiro elaborado, na verdade a história beira a irrelevância, o charme e a arte do filme residem especialmente no toque de Chad Stahelski. O dublê veterano e cineasta iniciante, constrói cenas de ação com uma fluidez singular, duma dança sincronizada na qual todos sabem suas marcações e coreografias, entregando um resultado final um hipnotizante balé de violência.

A união dessa habilidade de Chad Stahelski e o carisma inato de Keanu Reeves formaram uma simbiose que elevou a franquia John Wick de um mero filme de ação e uma experiência totalmente diferente. Agora, em John Wick 3: Parabellum, Chad Stahelski se junta ao roteirista dos títulos anteriores, Derek Kolstad, para entregar um filme mais equilibrado e não menos volátil, oferecendo mais um ótimo capítulo na já celebrada saga do assassino John Wick.

Paz através da força

Começado exatamente do ponto onde paramos em John Wick: Um Novo Dia Para Matar, a nova iteração da franquia é ainda mais violenta, mais elaborada e mais envolvente. Com o Baba Yaga tentando se manter vivo enquanto todos os assassinos do mundo estão atrás da recompensa de 14 milhões de dólares pela sua cabeça, o filme já começa em um ritmo acelerado.

Com poucos minutos antes de ser oficialmente “excomungado” da sociedade dos assassinos, John Wick precisa agir rápido para conseguir se equipar, sobreviver e encontrar uma forma de reparar seu relacionamento com a “Alta Cúpula” que rege os assassinos. Nessa jornada em busca de redenção temos alguns vislumbres do meta-enredo da franquia, descobrindo novos detalhes sobre o funcionamento da Alta Cúpula e de seus membros.

Esse empenho em aprofundar a mitologia da franquia é louvável, mesmo que não funcionem em determinados momentos. O filme apresenta novos detalhes da vida de John e do universo dos assassinos, mas não responde diretamente nenhuma questão dos filmes anteriores e apenas aguça ainda mais a curiosidade dos fãs, o que pode ser bom, mas de forma alguma pode esmaecer o ritmo do filme em prol de desnecessários diálogos expositivos.

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Resumidamente, o charme da franquia John Wick é justamente a ação. O importante é ver como esse agente da morte altamente treinado e obstinado navega por diferentes cenários repletos de adversários. Diferente de outras produções na qual a cena é construída a partir dos diálogos, em John Wick é a ação que dita o rumo da história. Como em um filme mudo, Keanu Reeves e o resto do elenco entregam atuações precisas que funcionam justamente por encontrarem uma forma de se expressar em meio ao caos que se desenrola ao redor.

Tiro, porrada e bomba

Se você ainda tinha alguma dúvida, o grande destaque do filme são as sequências de ação. Com coreografias elaboradas as cenas de luta são criativas e muito bem desenvolvidas. Infelizmente, por começar em um nível tão elevado, tudo parece mais “cansado” conforme nos aproximamos do final.

O clímax do filme não consegue superar os 30 minutos iniciais, muito por conta do ritmo alucinante  do começo da película. Todavia, ainda temos um embate épico no qual Keanu Reeves encara o célebre Mark Dacascos — figurinha carimbada dos filmes de pancadaria dos anos 90, incluindo os excelentes Combate: As Lágrimas do Guerreiro e O Pacto dos Lobos.

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Por sinal, o elenco ainda conta com os retornos do excelente Ian McShane e do imponente Laurence Fishburme. Além disso, também temos a presença marcante de Halle Berry (e seus cachorros) além das ótimas surpresas de Anjelica Huston, Jerome Flynn (o Bronn, de Game of Thrones) e Asia Kate Dillon (do seriado Billions).

Parabellum mantém o ótimo nível das produções anteriores e abre novos caminhos para a franquia John Wick

Mesmo sem querer entregar muitos detalhes da trama, que já não é muito extensa, sou obrigado a revelar que o final deixa assegurada a continuação da franquia. Resta ainda saber se a saga do Baba Yaga continuará nos cinemas ou na televisão, haja vista a confirmação da produção do show The Continental, o hotel que serve de santuário para os assassinos.

Crime Sem Saída | Trailer legendado e sinopse

Encarregado de encontrar uma dupla de assassinos de policiais, um polêmico detetive de Nova Iorque (Chadwick Boseman) descobre uma grande e inesperada conspiração. Com apenas algumas horas para capturar os assassinos antes que consigam desaparecer, medidas extremas são tomadas, como o bloqueio das 21 pontes que dão acesso à ilha. Mas à medida que a noite avança, ele não sabe mais se está caçando ou sendo caçado. Produzido por Anthony e Joe Russo (Vingadores: Guerra Infinita) e dirigido por Brian Kirk (Game of Thrones).

HBO lança aplicativo de acessibilidade para estreia da última temporada de GOT

Com o objetivo de levar a série mais aclamada da atualidade a um número ainda maior de pessoas, a HBO lança hoje no Brasil o aplicativo HBO Inclusion, que oferece recursos de audiodescrição em português para deficientes visuais, e legendas adaptadas com visualização ajustada e zoom para deficientes auditivos.

Os recursos já estão disponíveis no aplicativo para as sete primeiras temporadas de GAME OF THRONES, e os episódios da oitava e última temporada poderão ser vistos com o auxílio do app alguns dias após irem ao ar pela primeira vez. HBO Inclusion é um serviço completamente gratuito para o assinante do pacote HBO/MAX e da HBO GO, que deve apenas registrar-se no aplicativo com usuário e senha para poder acessá-lo.

O aplicativo pode ser utilizado individualmente, em dispositivos móveis sincronizados com a transmissão e equipados com fones individuais. Assim, o HBO Inclusion permite que os usuários assistam ao conteúdo junto de outras pessoas, mas sem interferir na experiência de cada um.

“Na HBO temos a missão de contar histórias que oferecem entretenimento de qualidade e que também levantem debates sobre temas importantes da atualidade. Nosso conteúdo representa uma diversidade enorme de pessoas e situações e, por isto mesmo, queremos torná-lo acessível para cada vez mais gente”, diz Flavia Vígio, vice-presidente de comunicação corporativa da HBO Latin America. “E para isto não haveria momento mais propício para o lançamento que o da tão aguardada temporada final de Game of Thrones”

O Brasil é o primeiro mercado da América Latina a contar com o aplicativo. Para aproveitar a experiência, o usuário deve baixar gratuitamente o HBO Inclusion em uma loja virtual (Android ou iOS), escolher o conteúdo que quer assistir, selecionar e descarregar o tipo de acessibilidade desejado. Em seguida, pressionar o botão de sincronização, conectando seu dispositivo móvel à plataforma utilizada para assistir à série.

O recurso da audiodescrição oferece, por meio de uma narrativa em áudio inserida entre os diálogos, uma explicação dos cenários, personagens, formas, cores e detalhes da ação. Já a legenda adaptada permite ao usuário uma visualização nítida, com ajuste de tamanho e aumento do contraste. Além de Game of Thrones, a HBO expandirá gradativamente o conteúdo disponível para acompanhamento de algumas das suas séries, filmes e especiais com o uso do aplicativo.

A tecnologia utilizada no HBO Inclusion foi desenvolvida pela Universidade Carlos III de Madri, na Espanha, e pela WhatsCine, e tem o objetivo de ampliar o acesso de pessoas com deficiência ao universo audiovisual, para que elas possam desfrutar com autonomia e sem necessidade de interferência na experiência de outros espectadores.

Crítica do filme Mentes Sombrias | O jovem tem que acabar

Há alguns anos diversos livros escritos para adolescentes foram adaptados para as telonas na esperança de agradar esse público. Funcionou muito bem com “Crepúsculo” e “Jogos Vorazes”, enquanto “A Quinta Onda” e diversos outros não atingiram o sucesso esperado. Acontece que da mesma forma que esse “gênero” de filmes invadiu o mercado e preencheu um lugar que estava vago, simplesmente repetir a mesma fórmula não é algo tão eficiente mais.

Fale sobre ficção científica, uma sociedade distópica e uma protagonista feminina supostamente forte e uma ampla gama de obras imediatamente será lembrada, mas como já foi dito, o público já teve uma boa dose disso. O que torna “Mentes Sombrias” uma aposta bastante ousada para 2018.

Como manda a regra, o filme é baseada numa trilogia homônima da escritora Alexandra Bracken e conta com a direção de Jennifer Yuh Nelson, responsável por “Kung Fu Panda 2 e 3” e sua primeira tentativa fora das animações vem carregada pelo peso da saturação de histórias similares.

Apesar desse tipo de história já ter sido contada diversas vezes, as mensagens passadas continuam relevantes. Seja você mesmo com seus defeitos e qualidades, cuide das amizades e da família e lute sempre pela verdade e justiça. É clichê, mas a juventude precisa ser lembrada dessas coisas simples constantemente.

É tipo X-Men com Jogos Vorazes, só que não.

A história se passa nos Estados Unidos, 98% das crianças foram erradicadas devido a uma terrível doença e os 2% que restaram desenvolveram poder sobre-humanos. Os mutantes remanescentes são levados para campos de concentração do governo para a segurança da população e delas mesmas. Lá, as crianças são separadas por cores que identificam o tipo de poder que elas manifestaram, e os mais perigosos são imediatamente eliminados.

Juventude animada

A protagonista é Ruby Daly (Amandla Stenberg, a Rue de Jogos Vorazes), uma garota de 16 anos com poderes telepáticos que podem ser usados para controlar outras pessoas. Para evitar ser morta, ela passou os últimos 6 anos disfarçada como alguém de outra cor dentro do campo militar em que foi levada assim que manifestou seu dom. Ela consegue fugir com a ajuda da médica Cate (Mandy Moore), mas logo escapa de seus cuidados para se juntar a outro grupo de adolescentes fugitivos.

Ruby conhece Liam (Harris Dickinson), com habilidades telecinéticas, Bolota (Skylan Brooks), com a habilidade de aumentar seu já elevado QI e Zu (Miya Cech) com poderes elétricos, e eles estão indo em busca de um santuário secreto onde crianças e adolescentes podem viver livres das garras do governo.

O foco são os jovens, mas o elenco “adulto” é totalmente desperdiçado. Por estarem foragidos, os protagonistas são perseguidos por caçadores de recompensa contratados pelo governo. A principal é Lady Jane (Gwendoline Christie, a Brienne de Game of Thrones), usando uma peruca ridícula e servindo como um mero contratempo banal dentro da história, apenas para citar um exemplo.

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Toda a ambientação e situações são rasas, não há uma explicação sobre o real motivo da doença que exterminou quase que inteiramente a população juvenil ter surgido, o mundo distópico não é tão caótico assim e existem três facções que lutam entre si pelos sobreviventes e seus poderes. Mas em nenhum momento é explicado qual a razão de juntar um bando de jovens superpoderosos num lugar só. Provavelmente os livros deem mais detalhes sobre essas ideias, mas é preciso se apegar a jornada de Ruby tentando entender seus poderes e sua ligação com seus companheiros, porque não há muito mais além disso para ver.

A parte final tenta forçar uma reviravolta que praticamente implora por uma continuação, mas é tudo tão vago que a vontade de saber o que vai acontecer passa junto com os créditos finais. A necessidade de um filme como esse precisar ser contado em uma trilogia desmotiva. Com exceção de quem já é fã dos livros, dificilmente alguém vai esperar para ver o final dessa história.

A sensação que eu tive foi a de assistir um filme feito por fãs, não um estúdio de renome com os mesmos produtores de "Stranger Things" (Dan Cohen e Shawn Levy) e de "A Chegada" (Dan Levine). Os atores são bons, mas nada que seja digno de nota. E pra quem espera efeitos especiais incríveis e demonstrações de superpoderes tipo X-Men, pode esperar sentado. Cada poder é relacionado a uma cor e sempre que são utilizados o olho muda para essa cor. Basicamente é isso, nada de muito impressionante, infelizmente.

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Pelo lado bom, estamos vendo a indústria de filmes ser preenchida por mulheres em papéis de extrema relevância. Uma autora de livros, uma diretora, uma protagonista forte (e negra, ao contrário dos livros e por escolha da própria diretora) e as representação de ideias tão básicas e necessárias para os tempos conturbados em que vivemos.