Tom Hardy - Café com Filme

Clube dos Vândalos | Trailer legendado, trailer dublado e sinopse

Ambientado nos anos 60, a trama é inspirada no livro de fotografia homônimo de Danny Lyon e narra a evolução dos membros de um clube de motoqueiros ao longo de dez anos, desde seu início como grupo local de jovens e rebeldes unidos. Mas com o passar do tempo, a vida dos Vândalos se torna mais perigosa e o clube ameaça se tornar uma gangue sinistra, colocando a lealdade dos participantes em jogo.

Furiosa: Uma Saga Mad Max | Trailer legendado, trailer dublado e sinopse

Quando o mundo entra em colapso, a jovem Furiosa é sequestrada do Green Place das Muitas Mães e cai nas mãos da horda de motoqueiros liderada pelo Senhor da Guerra Dementus. Vagando pelo deserto condenado, eles encontram a Cidadela controlada por Immortan Joe. Enquanto os dois tiranos lutam por poder e controle, Furiosa terá que sobreviver a muitos desafios para encontrar e trilhar o caminho de volta para casa.

Amor à Primeira Vista | Trailer legendado e sinopse

Após perder o voo de Nova York para Londres, Hadley (Haley Lu Richardson) conhece Oliver (Ben Hardy) no aeroporto e sente na hora uma forte conexão. Juntos, eles encaram um voo longo que parece passar em um piscar de olhos. O casal se separa no aeroporto de Heathrow e tenta se encontrar em meio ao caos, o que parece impossível. Será que o destino vai ajudar essas almas gêmeas?

Falcão Negro em Perigo | Trailer legendado e sinopse

Em outubro de 1993, os Estados Unidos enviaram um grande contingente de soldados para a Somália, que estava passando por uma guerra civil na época. O plano do exército americano era enviar tropas para o local a fim de desestabilizar o governo da Somália para poder levar comida e ajuda humanitária para a população faminta. Em uma de suas missões, cerca de 100 soldados são enviados para capturar dois generais somalianos mas a operação, que deveria durar em torno de uma hora, passa por complicações quando dois helicópteros Black Hawk são abatidos por atiradores do exército local. A partir de então tem início um grande conflito entre os soldados americanos e o exército local, que resulta em uma batalha de 15 horas e centenas de mortes.

Venom: Tempo de Carnificina | Novo trailer legendado e sinopse

Continuação do filme Venom, lançado em 2018, que conta a história de Eddie Brock, um jornalista que entra em contato com um simbionte alienígena e se torna Venom, um dos principais inimigos do Homem-Aranha. A sinopse oficial de Venom: Tempo de Carnificina ainda não foi divulgada.

Capone | Trailer oficial e sinopse

Al Capone é um homem diferente dez anos após sair da prisão. Porém, não necessariamente melhor. Aos 47 anos, o gângster começa a sentir os efeitos da demência. E os danos psicológicos da doença são intensificados pelo passado violento do Inimigo Público Nº1 dos Estados Unidos.

Critica do filme Operação Fronteira | A recompensa do soldado

Desenvolvido há quase dez anos, "Operação Fronteira" -- em um momento ou outro -- já teve nomes como Tom Hanks, Johnny Depp, Tom Hardy, Chaning Tatum e Mahershala Ali atrelados ao elenco, enquanto Kathryn Bigelow (primeira diretora a faturar um Oscar) era a mais cotada para assumir a direção. Entre as muias chegadas e partidas, o filme finalmente saiu do papel graças à Netlix.

Após cinco anos afastados, o diretor J.C. Chandor (Margin Call - O Dia Antes do Fim) e o roteirista Mark Boal (Guerra ao Terror) retornam para o que soa como uma parceria perfeita para o projeto em questão. Um breve olhar sobre as filmografias da dupla revela como ambos sabem explorar bem a mistura equilibrada de drama e ação.

Na história de conflitos, internos e externos, um grupo de cinco ex-militares tenta executar uma missão ilegal para eliminar um poderoso traficante sul-americano e faturar uma devida restituição financeira por serviços prestados ao governo estadunidense. Mark Boal conhece muito bem o terreno ambíguo dos campos de combate e tenta imprimir a mesma intensidade física da guerra nos conflitos morais de seus personagens, enquanto J.C. Chandor explora um estudo de personagens em um cenário complexo.

Infelizmente, nenhum dos dois consegue alcançar o mesmo sucesso das obras anteriores, mas mesmo assim entregam um bom título no crescente catálogo de originais da Netflix. Com um elenco de peso e alguns bons momentos, Operação Fronteira pode não ser elegante, mas cumpre a missão.

Soldo

Santiago “Pope” Garcia (Oscar Isaac) é um ex-militar que trabalha como consultor de segurança na América do Sul atuando contra narcotráfico. Quando ele descobre uma oportunidade para eliminar o maior traficante da traficante da região, Gabriel Martins Lorea (Reynaldo Gallegos) e roubar US$ 75 milhões escondidos em sua casa, Pope resolve recrutar seus antigos parceiros da Força Delta.

O grupo de ex-integrantes das forças especiais sofre para reajustar a vida fora do exército. Tom “Redfly” Davis (Ben Affleck) é um corretor de imóveis fracassado, Francisco “Catfish” Morales (Pedro Pascal) é um piloto que perdeu a licença de voo após problemas com drogas. Enquanto isso, William “Ironhead” Miller (Charlie Hunnam) realiza palestras motivacionais para outros soldados recém-saídos do exército e seu irmão Ben Miller (Garrett Hedlund) sofre tentando se tornar um lutador de MMA. 

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Sem perspectivas, o grupo não demora muito para aceitar a proposta de Pope, especialmente por este ter conseguido arrebanhar Tom, o pilar do grupo. Para minimizar o número de vítimas, o grupo elabora um plano eficiente para invadir a fazenda de Lorea, roubar todo o dinheiro e eliminar apenas o traficante e alguns de seus capangas. Todavia, quando a equipe descobre que há muito mais dinheiro escondido na casa do que o esperado a ganância começa a diluir a moral dos soldados.

O interessante aqui é ver desde o início o desenvolvimento dos personagens. O roteiro assinado em conjunto por Boal e Chandor não foca exclusivamente na ação e tenta explorar as motivações dos envolvidos. Mesmo que sem a devida profundidade, a dupla oferece alguns deslumbres dos princípios morais dos personagens, deixando a ação apenas como pano de fundo para uma discussão mais interessante. Todavia essa escolha narrativa segura muito o ritmo do filme, algo criativo, mas que destoa da ação por conta da indefinição da dupla de roteiristas que não ousa o suficiente em nenhum dos lados do pêndulo.

Tropa de elite

A dinâmica do grupo é essencial para a história, e o elenco transparece a naturalidade de anos de convivência com muita propriedade. A unidade possui um vínculo próximo, próprio de irmãos de armas. Com vários nomes de peso é difícil apontar algum destaque maior, mas é fácil dizer que Ben Afleck teve o maior trabalho da equipe. Tom é o personagem que exige mais empenho ao longo do seu desenvolvimento e o ator dá conta do recado, mesmo que cerceado pelos limites do próprio roteiro. 

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Charlie Hunnam e Oscar Isaac entregam performances sólidas, enquanto Garrett Hedlund está no piloto automático e Pedro Pascal não tem espaço suficiente para mostrar todo seu potencial. Independente disso, o grupo como um todo opera muito bem e, juntos, são o grande destaque do filme.

Quanto vale uma vida?

Operação Fronteira tem seus problemas, mas já pode ser considerada uma das melhores produções da Netflix. Um elenco competente, uma direção inteligente e um roteiro criativo fazem do filme uma aposta segura para quem busca um bom drama de guerra no extenso catálogo da Netflix.

O foco não é a violência, mesmo que a missão em questão seja basicamente um roubo e um assassinato. As ações dos personagens são os meios para um fim e a moral de seus atos é questionada a cada passo. O grande problema do filme é que os pontos mais interessantes da trama não são muito explorados, deixando uma sensação de superficialidade. A ação é bem construída, mas os momentos de reflexão quebram o ritmo e interrompendo a fluidez necessária para a composição eficaz da trama, culminando em um terceiro ato apressado e pouco elaborado.

Apesar de mediano, Operação Fronteira ainda se destaca dentro do catálogo da Netflix

Com tantas mudanças ao longo do desenvolvimento era de se esperar que o resultado final de Operação Fronteira fosse desequilibrado. Mesmo assim, o filme consegue se manter acima da média das produções da Netflix, e é um título interessante para quem procura um filme de guerra/ação que vá além de "recos" trocando tiros.  

Crítica do filme Bohemian Rhapsody | Uma celebração ao Queen

Contar a cinebiografia de uma das bandas mais marcantes da história do rock não é uma tarefa simples, e por isso mesmo diversos contratempos em uma produção dessas já eram de se esperar. “Bohemian Rhapsody” conta a trajetória de Queen, e inevitavelmente uma figura tão carismática e espirituosa quanto o vocalista Freddie Mercury se sobressai, o que torna ainda mais difícil representar uma personalidade tão complexa sem ofender os fãs.

Para tal feito, o diretor Bryan Singer foi escalado, mas acabou sendo substituído por Dexter Fletcher  após simplesmente deixar de comparecer aos sets de gravação, ainda que Singer tenha seu nome mantido como diretor e Fletcher como produtor executivo. Já o roteiro é assinado por Anthony McCarten, com os devidos aconselhamentos dos produtores e mebros da banda Brian May e Roger Taylor.

O filme narra a rápida ascensão de Freddie Mercury (Rami Malek) e da banda Queen ao sucesso. Nascido Farrokh Bulsara, o jovem descendente de persas de aparência distinta, com mullets e dentes proeminentes vai de carregador de bagagens no aeroporto Heathrow a vocalista e co-fundador da banda após um show da Smile, onde conhece o estudante de astrofísica e guitarrista Brian May (Gwilym Lee) e o estudante de odontologia e baterista Roger Taylor (Ben Hardy). Freddie demonstra que apesar da aparência peculiar, ele possui uma voz poderosa ao cantar para os músicos em um estacionamento. Rapidamente a banda já está formada e se apresentando, com a adição de John Deacon (Joseph Mazzello) no baixo, a voz e carisma de Mercury como vocalista principal, Smile se tornaria Queen.

Quem quer viver para sempre?

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É importante ressaltar que o longa se sustenta mais como homenagem aos fãs do que propriamente uma história biográfica. Todos os grandes momentos da banda são pontuados, mas nunca aprofundados e com uma certa liberdade poética quanto aos fatos, apenas para a história se desenrolar de uma forma mais atrativa. Quem já conhece a trajetória da banda vai sentir em “Bohemian Rhapsody” exatamente o que esperava, entendendo o motivo, ainda que por vezes oculto, de cada uma das cenas escolhidas. Infelizmente isso pode ser confuso para quem não faz ideia de quem seja essa gente, e nesse sentido dificilmente o filme vai agradar quem esteja assistindo por qualquer motivo além da homenagem a banda em si.

Os detalhes da vida pessoal de Mercury são apenas superficiais e muitas vezes buscando um moralismo desnecessário e reforçando estereótipos. Inicialmente, seria Sacha Baron Cohen o escolhido para encarnar Freddie Mercury, sobretudo pela semelhança física. O papel acabou ficando com Rami Malek após Cohen ter discordado das ideias que a banda tinha para o roteiro. Ele gostaria que a história contasse mais sobre a vida pessoal de Mercury, o que envolveria cenas recomendadas para maiores de 18 anos, enquanto o roteiro final foca na trajetória profissional do cantor. Além disso, o guitarrista Brian May, que juntamente com o baterista Roger Taylor produziram o longa, gostaria que o filme mostrasse a trajetória do Queen após a morte de Freddie Mercury, algo que desagradou muito Cohen e que felizmente foi revisto no roteiro final.

Apesar de toda a desinibição e energia nos palcos, Mercury se mostra bastante contido e meio tímido quando não está cantando. Ele conhece, se apaixona e tem um relacionamento com Mary Austin (Lucy Boynton), ao mesmo tempo em que luta com sua crescente atração por homens. Ao compor e cantar “Love of My Life” para demonstrar seu amor, o sentimento parece genuíno tanto para Malek quanto para Boynton, devido a carga emocional que ambos colocaram em seus respectivos papéis, algo que transparece tanto na história real quanto na cinebiografia.

Porém, não há a mesma sensação durante as cenas onde Mercury passa a viver abertamente sua homosexualidade ao lado de Paul (Allen Leech) de forma hedonista, vivendo em festas e orgias. Falta autenticidade, em parte pela restrição etária do filme mas principalmente por medo de ser desrespeitoso com os fãs. Ambos, porém, são eficientes para expor o que há de melhor e pior em Mercury, já que, enquanto Mary sempre põe o protagonista em situações que o desafiam a amadurecer e evoluir como ser humano, Paul sempre infla seu ego e o coloca contra todos que ama, principalmente a banda.

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As músicas estão aqui para preencher os vazios no roteiro, impossível não se emocionar cada vez que uma canção começa. Nada disso seria possível sem a dedicação dos atores em dar vida aos integrantes da banda, e Malek se destaca ao entrar de cabeça em cada situação da vida de Mercury, não apenas imitando seus gestos, mas entendendo as razões que o levaram a ser essa figura tão singular.

Talvez Malek não seja exatamente igual ao cantor, mas toda a dedicação convence bastante. As músicas são cantadas por Malek e mixadas posteriormente com a voz de Mercury, assim como todos os instrumentos para os demais integrantes. Em nenhum momento soa como playback ou karaoke, mesmo prestando muita atenção e procurando erros na sincronia. Malek utiliza uma prótese para simular os quatro incisivos extras que concediam a Mercury um alcance vocal maior, detalhe indispensável para representar a figura do vocalista.

Durante os shows, Malek concede perfeição ao papel, tanto na irreverência quanto na aparência. “We Are the Champions”, “We Will Rock You”, “Radio Ga Ga”, cada composição marcando um momento distinto tanto da vida pessoal do vocalista quanto o progresso de Queen como banda. A criação de “Bohemian Rhapsody”. canção de “longos” seis minutos que mistura gêneros como rock e opera é um dos pontos mais divertidos do filme, contando com a participação de Mike Myers como executivo da EMI Ray Foster, possivelmente baseado em Roy Featherstone. Ray afirma que ninguém nunca tocaria Queen enquanto dirige, e ele não poderia estar mais errado.

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O clímax fica por conta da recriação do famoso show de 20 minutos durante o Live Aid de 1985 no London’s Wembley Stadium, considerado por muitos uma das melhores performances da história do rock. É preciso aplaudir os efeitos especiais necessários para criar um mar de gente cantando em coro com a banda. Durante a produção do longa, foi solicitado para que os fãs mandassem versões das músicas do Queen para serem mixadas e utilizadas na platéia, e o resultado não poderia ser mais perfeito.

Apesar de ser meio óbvio, se você tem algum interesse em assistir “Bohemian Rhapsody” no cinema, vale a pena investir em um cinema que tenha uma qualidade de som excelente, e para esse propósito o formato IMAX é uma ótima pedida. As cenas durante os shows capturam toda a famosa interação do público com a banda, cada grito, aplauso e sentimento podem ser sentidos ali.

Exatamente por essa razão todos os possíveis defeitos que essa cinebiografia possam apresentar são totalmente irrelevantes durante as performances musicais. Se for para botar defeito mesmo, eu acredito que deveriam focar ainda mais nas músicas, não apenas utilizá-las para demonstrar determinada situação temporal da vida dos integrantes. A história de Freddie Mercury continuou até 1991, onde ele infelizmente veio a falecer por conta da AIDS, porém “Bohemian Rhapsody” se limita em encerrar no estrondoso show de 1985, contando apenas com fotos e texto antes dos créditos rolarem. De qualquer forma, é uma ótima pedida para os fãs da banda e uma forma de entretenimento extremamente satisfatória.

Crítica do filme Venom | Uma simbiose entre bom e ruim

Mais um filme baseado em quadrinhos, para a alegria dos fãs. “Venom” é uma aposta bem arriscada de pegar carona no Universo Cinematográfico Marvel, em que a Sony utiliza os direitos dos personagens (secundários e que quase ninguém se importa) para criar seu próprio mundo de “heróis”.

Venom é um dos vilões mais icônicos do Homem-Aranha, muito popular nas histórias em quadrinhos e permeando o universo Marvel de diversas formas. O principal desafio de produzir esse filme era pegar um vilão extremamente vinculado ao Aranha e desassociar os dois, contando uma origem independente, para então transformá-lo em anti-herói em apenas um longa. Essa missão quase impossível foi bem sucedida?

Nós somos Venom?

O problema não seria tão grande se toda a origem do personagem não fosse baseada nos poderes e ódio mútuo de Eddie Brock e Venom contra Peter Parker/Cabeça de Teia. Porém, para quem estava esperando uma inserção no universo Marvel, ou mesmo uma breve aparição do Homem-Aranha, pode esquecer, ele nem ao menos é mencionado.

Os arcos das histórias em quadrinhos “Protetor Letal” e “Planeta dos Simbiontes” foram inspirações declaradas, e para quem curtiu o filme (sério?) ou pelo menos se interessou pelo personagem, vale a pena buscar pela fonte original. Os roteiristas Scott Rosenberg e Jeff Pinkner fizeram todos os milagres possíveis, mas infelizmente os milagres vão até onde os direitos da Sony acabam. É visível o esforço em introduzir detalhes e personagens conhecidos dos fãs mais fervorosos para justificar essa bagunça, mas o melhor mesmo é esquecer tudo que você sabe sobre Venom e apenas assistir sem pretensão.

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O início do filme é atropelado, conhecemos Eddie Brock (Tom Hardy), um repórter investigativo relativamente competente, mas impulsivo e meio sem noção. Ele está em um noivado com Anne Weying (Michelle Williams), uma advogada que representa a Fundação Vida.

Entre tecnologia avançada, indústria farmacêutica e pesquisa e exploração espacial, a Fundação Vida é encabeçada por Carlton Drake (Riz Ahmed), um jovem gênio milionário que aparenta ser uma boa pessoa mas possui desvios éticos preocupantes. O fato é que a Fundação encontrou vida fora da Terra e conseguiu trazer para cá, mas elas precisam de um hospedeiro para sobreviver no nosso planeta, o que pode ser chamado de parasita, mas como isso é ofensivo para essas formas de vida eles preferem o termo “simbionte”, sugerindo um benefício mútuo.

O roteiro é absurdamente fraco, com diversas situações convenientes e que nem são tão relevantes para a história. Em filmes deste gênero é sensato ter um bom nível de suspensão de crença, mas “Venom” abusa. Não é nem necessário pontuar esses buracos, já que é claro o desleixo apenas para que cenas específicas aconteçam.

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A sensação é de que são dois filmes distintos. Em um deles, todos os atores tentam entregar um papel coerente e “sério”, enquanto no outro Tom Hardy parece estar possuído, atuando em um filme de paródia pastelão digno da Sessão da Tarde. E por incrível que pareça, essa é a graça do filme. Toda a relação e descobertas de Venom e Brock são bastante engraçadas, os diálogos internos e principalmente as cenas de ação são a única razão do longa ser “assistível”.

A atuação de Michelle Williams é um bom contraponto para Hardy, apesar da personagem feminina que serve de mãe e esposa. Riz Ahmed rouba a cena sempre que aparece, mas suas motivações são tão rasas quanto o roteiro do filme, assim como todos os outros personagens secundários. É melhor focar só nas cenas de ação e no humor ocasional mesmo.

Aparentemente o diretor Ruben Fleischer apenas seguiu a risca o que a Sony exigiu para o longa. Com uma fotografia sombria, talvez buscando um possível clima de terror ou algo mais “maduro”, fugindo do colorido tradicional dos super heróis. Porém, destoa totalmente do clima do filme.

Mas Fleischer acerta nos efeitos especiais e cenas de ação, com cenas claras e sem cortes desnecessários, explorando o potencial dos poderes dos simbiontes tanto na aparência quanto nas lutas, tudo bem orgânico, diferente da terrível versão de Sam Reimi em Homem Aranha 3. Apesar de que em diversos momentos Venom devora pessoas pela cabeça, consumindo totalmente o corpo em questão de segundos, porém é compreensível que isso seja mais um alívio cômico do que um erro propriamente dito.

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Esse é o possível começo de um universo da Sony com personagens secundários que ninguém liga, já que Tom Hardy tem contrato para três filmes como Venom, porém nada é certo. Há uma cena pós-crédito que serve mais como um agrado aos fãs do que uma chance real de uma sequência interessante, mas isso só o futuro (e a bilheteria) dirá.

A última cena pós-crédito não tem relação com o filme, mas mostra um trecho da animação "Homem-Aranha no Aranhaverso”  essa sim uma abordagem do aracnídeo que deve agradar todos os fãs.

Enfim, “Venom” não deve ser tomado como uma obra de arte indispensável, mas um entretenimento leve e despretensioso. Com todos os seus defeitos, ao menos não é cansativo e diverte até o final, exatamente como um filme de heróis deve ser.

Stan e Ollie – O Gordo E O Magro | Trailer oficial e sinopse

A verdadeira história da maior dupla de comédia de Hollywood, Laurel e Hardy (O Gordo e o Magro), é trazida para a telona. A comovente história do que se tornaria a triunfante turnê de despedida dos dois. Com sua era de ouro ficando para trás, os dois embarcam em uma turnê de variedades pela Grã-Bretanha e Irlanda. Apesar das pressões de uma agenda frenética,  o apoio de suas esposas Lucille (Shirley Henderson) e Ida (Nina Arianda) e o amor do par de se apresentar — bem como o amor de um pelo outro —, perdura enquanto eles asseguram seu lugar nos corações de seu público fiel.