Crítica do filme Cinquenta Tons de Liberdade

Ainda dá tempo de não ver

por
Lu Belin

10 de Março de 2018
Fonte da imagem: Divulgação/Universal Pictures
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 3 min

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Atenção, essa crítica contém spoilers!

Um ano depois da estreia de "50 Tons Mais Escuros", chegou aos cinemas o terceiro e último filme da franquia. Agora acabou então, né, pessoal?

Depois de terminar o segundo filme com um pedido de casamento, "Cinquenta Tons de Liberdade" chega para contar aos espectadores o desfecho do romance entre Anastasia (Dakota Johnson) e Christian (James Dornan).

Já nos cartazes de divulgação, a protagonista aparecia de vestido de noiva, então já dava pra saber desde há muito tempo que o último longa-metragem da saga criada por E. L. James se dedicaria a retratar a vida de casados de Christian e Ana.

Ensaiando um mistério

Desde o início do filme, "Cinquenta Tons de Liberdade" vai lançando tímidas tentativas de engatar em suspense e mistério. A história que ganhou fama por flertar com a ousadia em termos de sensualidade tentou entrar também na seara do mistério, mas tropeça em clichês do começo ao fim.

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O triângulo forçado entre Ana, Christian e Jack Hyde definitivamente não funciona e as enfiadas de ação no meio do roteiro de um filme que é claramente um romancinho bem simples - com um protagonista bilionário e uma moça tímida e sem graça que, pelo menos de vez em quanto, ensaiam uma transa.

A pergunta que não quer calar

Afinal de contas, o que tanta gente viu em Cinquenta Tons de Cinza? Ao menos nos filmes, quase nada é mostrado e Cinquenta Tons de Liberdade continua sendo tão puritano quanto os dois primeiros títulos da franquia.

Os tais ~~gostos estranhos~~ de Christian não surpreendem ninguém, no fim das contas ele só tem um quarto cheio de brinquedinhos caros e sua atração física é construída só em cima dos carrões e da dinheirama.

Ao menos no terceiro filme, a história adaptada por Niall Leonard e dirigida por James Foley consegue diminuir um pouco o tom de relacionamento abusivo empoderando Ana, mas continuo batendo na tecla de que a franquia promove uma equivocada romantização desse tipo de namoro/casamento.

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Não caiam nessa, mulheres, nenhum homem abusivo vai se dobrar quando se apaixonar por você. Eventualmente, ele vai voltar a ser agressivo, o Christian não existe. E o tanto que ele te ~~ama~~ não justifica essa possessividade e essa necessidade de controle que ele tem sobre você.

Se for ver esse filme, vá com isso em mente e com a cabeça aberta a dar umas risadas dos diálogos clichês, das situações embasbacantes de tão absurdas e disposto a passar uma horinha e pouco curtindo a trilha sonora, pois esse é o único ponto positivo de 50 Tons, desde o primeiro filme.

Fonte das imagens: Divulgação/Universal Pictures

Cinquenta Tons de Liberdade

A Sra. Grey irá recebê-los agora!

Diretor: James Foley
Duração: 120 min
Estreia: 8 / Fev / 2018
Lu Belin

Eu queria ser a Julianne Moore.