Crítica do filme Jumanji: Bem-Vindo à Selva

Muita diversão e jogos

por
Thiago Moura

22 de Dezembro de 2017
Fonte da imagem: Divulgação/Sony Pictures
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 4 min

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A premissa de “Jumanji: Bem-Vindo à Selva” não tem como dar errado. É só colocar uns famosos numa locação linda e dizer pra eles contarem piadas e darem umas piruetas de vez em quando. As personalidades em questão são Dwayne “THE ROCK” Johnson, Kevin Hart, Jack Black e Karen Gillan (❤), então é bem fácil saber o que esperar desse filme.

O responsável por essa visão modernizada do famoso clássico de 1995, que contava com Robin Williams no elenco, é o diretor Jake Kasdan. Ninguém pediu por uma sequência de "Jumanji", e sinceramente essa moda de ficar refazendo filmes que nem são tão antigos assim é um saco, mas dessa vez é um pouco diferente.

Ao invés de simplesmente refazer a mesma história, com as criaturas saindo do jogo de tabuleiro para a vida real, dessa vez quatro estudantes descobrem um videogame antigo que acaba se revelando como a versão atualizada do tabuleiro de Jumanji. Eles são levados para dentro do jogo em uma floresta misteriosa, agora na forma dos avatares dos personagens que eles escolheram.

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O nerd magrelo Spencer (Alex Wolfe) torna-se o Dr. Smolder Bravestone (o “The Rock”), enquanto seu amigo jogador de futebol americano Fridge (Ser’Darius Blain) vira o pequeno ajudante Moose Finbar (Kevin Hart). A linda garota popular Bethany (Madison Iseman) descobre que escolheu o gordinho Professor Shelly Oberon (Jack Black), e a tímida Martha (Morgan Turner) assume o controle da gatissima Ruby Roundhouse (Karen Gillan).

Boa parte do humor vem dos estudantes tentando se adaptar aos novos corpos e descobrindo suas novas habilidades e fraquezas. O garoto magrelo que agora é o THE ROCK ainda não tem a confiança necessária para pilotar um corpo repleto de músculos. A garota popular aprende que existe muito mais do que apenas aparências. O que era fortão agora é pequeno e tratado como ajudante, a menina tímida está praticamente seminua na floresta e assim por diante. Parece bem clichê e bobo e realmente é, mas nada disso torna o filme menos divertido.

A graça é ver os atores interpretando dois personagens ao mesmo tempo e as melhores cenas são deles tentando se entender. Incrivelmente eles interagem muito bem, sendo que os diálogos são a parte mais legal do filme, enquanto que as cenas de ação nem são tão atrativas assim. É curioso porque era pra ser exatamente o contrário, mas também não é nada que estrague o filme.

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Mas depois desse estranhamento inicial, o foco é a aventura. Os heróis precisam vencer os desafios para retornarem a salvo para casa, mas eles só possuem três vidas. Existe também um vilão bem clichê, o maligno Van Pelt  (Bobby Cannavale), que está disposto a matar todo mundo que fique em seu caminho. Além dos heróis já citados, mais um membro se junta ao grupo para ajudar, o piloto Alex (Nick Jonas), que está preso no jogo a mais tempo do que deveria.

Não existe muito espaço para surpresas, você apenas vai acompanhando a história até chegar na “fase final”. Inclusive é difícil conciliar conceitos que já são básicos para os gamers atuais e o público que não joga tanto assim, então é natural que existam explicações do tipo “ele é um NPC” ou “isso é uma cutscene”, mas novamente, não é nada que seja irritante.

Apesar de não ser aquele filme que vai mudar a sua vida a escolha de elenco foi bem acertada, sendo um entretenimento bem leve e descontraído, perfeito para qualquer situação e para a família toda. Poderia ir mais longe com os conceitos de videogame mas prefere jogar no fácil para não decepcionar muita gente, e acabou funcionando muito bem.

Fonte das imagens: Divulgação/Sony Pictures

Jumanji: Bem-Vindo à Selva

Parece que o jogo mudou, não é mesmo?

Diretor: Jake Kasdan
Duração: 119 min
Estreia: 4 / Jan / 2018
Thiago Moura

Curto as parada massa.