Crítica do filme Terremoto: A Falha de San Andreas

A Rocha Detonando

por
Rafael Gazzarrini

01 de Junho de 2015
Fonte da imagem: Divulgação/Warner Bros. Pictures
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 4 min

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Eu poderia começar essa crítica fazendo um resumo da obra pra vocês. No entanto, preciso dar um aviso: nunca assista a um filme na primeira fileira da sala, principalmente se for em 3D. Isso só serve pra que você tenha torcicolo e pra piorar toda a experiência de ser ir ao cinema.

Além disso, essa crítica é o resultado de conversas pós-filme, agradeço a todos que viram "Terremoto: A Falha de San Andreas" comigo!

O que tem de bom?

Se você está lendo esse artigo, já deve saber que o filme retrata o que aconteceria se o maior terremoto da história colocasse toda a Califórnia abaixo — literalmente, não sobra um prédio de pé. Por conta disso, já é de se esperar que muita ação, sangue e loucura aconteça, e a obra não deixa a deseja nesse ponto.

São mais ou menos duas horas de correria e catástrofes imensas, com efeitos especiais de encher os olhos. A película não tem aspecto de filme B e você consegue enxergar que houve um investimento forte para que tudo saísse caprichado e muito próximo do real. Ou seja: você não fica pensando que tudo aquilo ali é de mentira.

E ainda tem mais coisa boa

Outro acerto muito bacana de "Terremoto: A Falha de San Andreas" é o fato de que os personagens principais (Dwayne Johnson e Carla Gugino) não tentam salvar toda a cidade em um trabalho digno de deuses. A única missão deles é salvar a própria filha, dando um aspecto ainda mais real à trama. Afinal de contas, o mundo tá acabando, né? Tá todo mundo em pânico, é irreal a ideia de salvar uma cidade inteira sozinho.

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Continuando a descrever os bons aspectos da obra, não posso deixar de citar o bom trabalho dos atores. Do núcleo principal aos coadjuvantes, as atuações são boas e convincentes, algo capaz de despertar interesse mesmo em quem já não havia se interessado pelo enredo de "Terremoto: A Falha de San Andreas".

Os destaques ficam por conta de Alexandra Daddario (amigos, que olhos!) e Art Parkinson. Ela por ser a representante do girl power, sem ser uma princesa indefesa, como o começo do filme indica. Já Parkinson é o fôlego cômico da história, se saindo muito bem em momentos românticos e trágicos.

Desandou a merda toda...

Caso você tenha lido até aqui, deve pensar que o saldo de "Terremoto: A Falha de San Andreas" é positivo, certo? Pois isso não acontece. O motivo é bem simples: o roteiro. Há diversas falhas na história que fazem você achar tudo muito idiota. Como se os roteiristas se cansassem no meio do trabalho e fechassem os buracos com qualquer merda. E aí o produto final é bem fraco.

Como exemplos disso, fica o fato de o personagem de Dwayne ter um helicóptero só pra ele quando o mundo começa a afundar, sem parceiro de resgate algum. Depois disso, ele e a ex-mulher tentar ter uma DR enquanto a filha tá morrendo debaixo de um prédio caindo, porque é claro, esse é o momento pra isso, né?

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Dando sequência, o filme deixa a entender que a motivação pros pais salvarem a própria filha é o fato de que uma outra filha morreu afogada anos antes. Amigão, não faz muito sentido, né? Além disso, a mãe da guria tem um namorado que acaba sendo um completo pilantra e que nem precisaria estar lá. Ele abandona a menina e morre afogado. Sério, o filme não precisava dele.

Eu poderia citar algumas outras brechas meio merdas do roteiro, mas acho que já me fiz entender. Levando em consideração tudo isso, parece que todo mundo mandou bem, menos os roteiristas, motivo pelo qual é melhor esperar "Terremoto: A Falha de San Andreas" sair em algum canal da televisão fechada.

E tudo isso é triste, porque a história tinha bastante potencial...

Fonte das imagens: Divulgação/Warner Bros. Pictures

Terremoto: A Falha de San Andreas

Só a rocha pra conter um terremoto

Diretor: Brad Peyton
Duração: 114 min
Estreia: 11 / Jun / 2015
Rafael Gazzarrini

Pode me chamar de Rafa, eu ando por aí na minha nuvem dourada.