Brad Pitt - Café com Filme

Crítica do filme Aliados | O espião que sabia de menos

Que Brad Pitt tem uma quedinha pela Marion Cotillard por filmes de espiões e pela Segunda Guerra Mundial, não é segredo pra ninguém. De "Sr. e Sra. Smith", passando por "Bastardos Inglórios" e "Corações de Ferro", essa temática é frequente na carreira do galã de Hollywood que agora protagoniza "Aliados", novo longa-metragem dirigido por Robert Zemeckis.

Nele, Brad Pitt é Max Vatan, um agente da inteligência canadense que está em missão pelo Reino Unido no norte da África, na cidade marroquina de Casablanca, como objetivo de matar um comandante alemão em plena guerra - no ano de 1942.

Chegando na região, ele deve encontrar a agente francesa Marianne Beauséjour (Marion Cotillard), que também está na cidade com o mesmo objetivo, sob o disfarce de sua esposa. Depois de enfrentar diversos desafios em Casablanca, Max e Marianne acabam se apaixonando e decidem viver juntos em Londres enquanto ele contina desempenhando seu papel na inteligência internacional.

Com roteiro original de Steven Knight, o filme também traz no elenco Lizzy Caplan, Charlotte Hope, Jared Harris, Raffey Cassidy e Matthew Goode.

Sintonia fina

Se tem uma palavra que define a forma como os diferentes aspectos de "Aliados" se organizam e se relacionam, essa palavra é: sintonia. O filme tem um elenco gabaritado, liderado com primor por dois atores já veteranos do cinema mundial.

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A dinâmica entre os protagonistas é muito palpável e o tempo todo ambos conseguem passar a aura de intimidade e cumplicidade nascida entre seus personagens em tempos de guerra. E isso parece se expandir para o restante do elenco e equipe de produção.

Ambientar uma trama historicamente nem sempre é algo fácil e "Aliados" não deixa nada a desejar na reprodução dos cenários da histórica e charmosa Casablanca. Os carros, as casas e, principalmente, o figurino, são caprichadíssimos.

O figurino, inclusive, foi indicado ao Oscar nesse ano, perdendo para "Animais Fantásticos e Onde Habitam" - e eu não sei se foi justo não, porque embora o figurino do Animais Fantásticos seja, de fato, excelente, o do "Aliados" é apenas explêndido, rico em detalhes, atencioso com os tecidos e maravilhoso em variedade. Os vestidos da Marion são de tirar o fôlego.

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Tudo isso contribui muito para que a fotografia do longa-metragem também seja exímia. As cenas que encenam Casablanca e o explendor cauteloso e um tanto amedrontado da cidade em pleno 1942 (mesmo ano, inclusive, que saiu o clássico "Casablanca" de Michael Curtiz) são belíssimas.

Um quê de Bergman e Bogart

Referências ao "Casablanca" inclusive não faltam. Além do filme se passar no mesmo ano em que saiu o clássico estrelado por Ingrid Bergman e Humphrey Bogart, a própria história de fuga em plena guerra, medo de ser descobertos, uma história de amor começando na misteriosa cidade marroquina, tudo isso lembra muito o romance antigo.

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É improvável que "Aliados" se torne um clássico do gênero, mas, por outro lado, é uma bela homenagem a um dos filmes mais bonitos da história do cinema. Isso porque o conjunto de Aliados é todo bem redondo. O roteiro de Steven Knight é muito bem amarradinho e com pouquíssimos furos, instigante, cheio de suspense e mistério, mas construído sobretudo em torno do amor dos protagonistas - um amor, ao mesmo tempo confiante, ao mesmo tempo desconfiado.

Mas nem só de roteiro se constroi esse belo trabalho. Experiente, Zemeckis conseguiu - assim como Casablanca - trazer um belo dinamismo para as cenas, filmando com enquadramentos ousados e inteligentes.

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Há desde cenas geniais em plano sequência até movimentos sensacionais de câmera 360 graus - a cena dos protagonistas dentro do carro no meio de uma tempestade de areia em pleno deserto, meus amigos!

O resultado é um romance de duas horas que passa voando e você nem percebe. Filmão altamente recomendado se você, assim como o Brad Pitt, curte  umas histórias de guerra, romance e aquele tom de suspense temperado com uma boa trilha sonora.

War Machine | Trailer legendado e sinopse

War Machine é um comentário sobre das guerras que vivemos hoje pintado alternando os aspectos mais sombrios da guerra com pinceladas de reality TV e paródia besteirol, borrando as fronteiras de todos esses gêneros. Com um olhar absurdista, o roteirista e diretor David Michôd (Animal Kingdom) retrata a ascensão e queda de um general americano, seguindo a marcha de um líder super seguro de si rumo à loucura do combate.

No centro de tudo está a atuação de Brad Pitt, que faz o papel de uma das figuras de guerra mais polarizantes de uma geração: o bem-sucedido e carismático general quatro-estrelas Stanley McChrystal, cuja trajetória estelar no comando das forças da ONU no Afeganistão foi abatida pelas revelações de um jornalista.

Um Instante de Amor | Trailer legendado e sinopse

Baseado no best-seller “Um Instante de Amor” (Mal di Pietre) de Milena Agus, ao fim da Segunda Guerra Mundial, Gabrielle (Marion Cotillard) encontra-se velha demais para permanecer solteira e é obrigada a casar-se com um viúvo (Àlex Brendemühl) frequentador de prostíbulos. Infeliz e incapaz de engravidar, ela viaja em busca de cura em águas termais e se envolve romanticamente com um militar casado (Louis Garrel).

Brad Pitt e Marion Cottilard vestidos com todo o glamour de Hollywood em Aliados

Ao mergulhar na história vivida pelos protagonistas de “Aliados”, Joanna Johnston imaginou um universo glamouroso no estilo retrô de Hollywood.

A trama começa no ano de 1942 e mostra como os espiões Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard) se conheceram durante uma missão para assassinar um embaixador nazista, em Casablanca, no Marrocos. Acontece que os dois acabam se apaixonando.

“O filme tem tantos figurinos e eles contam algo sobre o personagem a cada cena”, diz Marion, em vídeo divulgado pela Paramount. Confira um pouco do processo no vídeo abaixo:

“Vesti a personagem (Marianne Beausejour) com muita seda de qualidade, que possui brilho e movimento”, conta Joanna, que precisava deixá-la linda e misteriosa ao mesmo tempo. Já para o personagem de Brad Pitt, a inspiração veio também da definição de Max pelo diretor Robert Zemeckis, que o classificou como romântico e estiloso. A parceria entre Joanna e o cineasta vem de longa data e inclui vários filmes como “Uma Cilada Para Roger Rabbit”, “De Volta Para o Futuro 2 e 3” e “Forrest Gump: o Contador de Histórias”. Além de Zemeckis, a figurinista já trabalhou com outros diversos diretores renomados e ganhou o Oscar de melhor figurino por “Lincoln”.

“Aliados” estreia em 12 de janeiro e mostra o conflito vivido por Max, que, após ter se casado com Marianne, é informado pela Inteligência Britânica que sua mulher é suspeita de traição por envolvimento com os alemães.

O filme também traz no elenco Lizzy Caplan, Charlotte Hope, Jared Harris, Raffey Cassidy e Matthew Goode.

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Os 12 Macacos | Trailer legendado e sinopse

Um solitário viajante do tempo vindo do ano de 2035 deverá resolver um mistério para salvar seu povo… mas isso também poderá levá-lo à loucura. Bruce Willis, Madeleine Stowe e Brad Pitt estrelam esta obra-prima da ficção- científica dirigida por Terry Gilliam. Com a população do mundo devastada por um terrível vírus, sobreviventes vivem em comunidades no subsolo.

Cole (Willis) é “voluntário” para viajar no tempo, obter uma amostra do vírus, e ajudar os cientistas a encontrarem a cura. Em sua jornada ele cruzará o caminho de uma linda psiquiatra (Stowe) e de um incrível doente mental (Pitt). A corrida começou, e Cole procura pelo Exército dos 12 Macacos, um grupo radical ligado a este vírus letal.

Aliados | Novo trailer legendado e sinopse

Em missão para eliminar um embaixador nazista, em Casablanca (Marrocos), os espiões Max Vatan (Brad Pitt) e Marianne Beausejour (Marion Cotillard) acabam se apaixonando perdidamente e decidem se casar. Os problemas só começam a aparecer anos depois, quando suspeitam sobre uma conexão entre Marianne e os alemães. Intrigado, Max decide investigar o passado da companheira e os dias de felicidade do casal vão de diluindo.

Com direção de Robert Zemeckis, o filme também traz no elenco Lizzy Caplan, Charlotte Hope, Jared Harris, Raffey Cassidy e Matthew Goode.

“Allied”: novo filme de Zemeckis tem Brad Pitt e Marion Cotillard no elenco

A Paramount Pictures anunciou que foram iniciadas as filmagens de “Allied”, produção da própria Paramount Pictures com a GK Films. O longa será rodado sob o comando do diretor ganhador do Oscar Robert Zemeckis (“A Travessia”) e é estrelado por Brad Pitt (“Corações de Ferro”) e Marion Cotillard (“Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”).

O filme está sendo rodado em Londres, com a produção também sendo realizada nas Ilhas Canárias. Além de Pitt e Cotillard, a produção conta com Jared Harris (“Lincoln”), Lizzy Caplan (“Truque de Mestre: O Segundo Ato”) e Matthew Goode (“O Jogo da Imitação”) no elenco.

“Allied” conta a história do oficial do serviço secreto Max Vatan (Pitt), que encontra, no Norte da África, em 1942, a lutadora da Resistência Francesa Marianne Beausejour (Cotillard) em uma missão mortal por trás das linhas inimigas.  Quando se reúnem em Londres, seu relacionamento é ameaçado pelas extremas pressões da guerra.

O filme tem previsão de lançamento no Brasil em 24 de novembro de 2016.

Fique Comigo | Trailer legendado e sinopse

Numa periferia da França, em um prédio com o elevador quebrado, três pessoas que vivem sozinhas têm sua rotina alterada: um homem, que devido a uma “overdose” de bicicleta ergométrica, acaba numa cadeira de rodas e conhece uma misteriosa enfermeira do plantão noturno; um adolescente, cujos pais estão sempre ausentes, se envolve com a nova vizinha, uma atriz de cinema com idade para ser sua mãe; e uma imigrante argelina, que aguarda a saída de seu único filho da prisão, acolhe um astronauta americano que cai do espaço e bate à sua porta.

Crítica do filme A Grande Aposta | Os primeiros sopros da bolha

Se eu começar essa crítica dizendo: você vai ver um filme sobre o surgimento da bolha imobiliária nos Estados Unidos e vai se divertir, é provável que a sua reação imediata seja essa:

Ah, é?

É, eu também estava cética. Mas um dos motivos pelo quais é possível assistir A Grande Aposta e sair satisfeito é o próprio cara que está nesse gif, o Christian Bale.

No longa inspirado no livro “The Big Short: Inside the Doomsday Machine”, de Michael Lewis, ele interpreta o ex-dentista e atual consultor financeiro Michael Burry. Trata-se de um prodígio do mundo do investimento que faz umas contas impossíveis e descobre que, mais cedo ou mais tarde, dentro de um determinado intervalo de tempo, o mercado imobiliário norte-americano vai quebrar. 

Em outras palavras, ele prevê o surgimento da chamada bolha imobiliária que quebraria não apenas as finanças dos Estados Unidos, mas teria consequências no mundo inteiro. A partir dessa descoberta, ele faz o que qualquer pessoa em sã consciência faria: alerta as autoridades responsáveis investe uma dinheirama em uma espécie de aposta contra o mercado imobiliário.

Christian Bale como Michael Burry

Não é todo dia que alguém aposta contra a forma de investimento mais segura das Américas, então, quando um maluco resolve fazer algo do gênero acaba chamando a atenção de algumas pessoas. É assim que entram nessa história o Jared Vennett (Ryan Gosling), Mark Brawm (Steve Carell), Vinnie Daniel (Jeremy Strong), Porter Collins (Hamish Linklater) e Danny Moses (Rafe Spall).

Esse elenco de peso conta também com Brad Pitt, no papel do veterano do mercado financeiro Ben Rickert, Finn Wittrock como Jamie Shipley e John Magaro como Charlie Geller, todos muito bem caracterizados. 

Os destaques na atuação vão para Christian Bale, que parece ter captado muito bem o espírito do investidor insano e um tanto antissocial que faz do mercado financeiro sua vida, e Steve Carell – e tive que morder um pouco a língua pra fazer essa observação, pois particularmente não gosto nada desse ator. São personagens com essências bem diferentes e as atuações conseguiram fazer transparecer os backgrounds de cada um. 

Ostentação 

Se "A Grande Aposta" ostenta no elenco, também esbanja nas iniciativas para quebrar a seriedade da temática. A trilha sonora é animada, mantém o público sem vontade de cochilar, o ritmo do filme é bom, agitado, e são utilizados vários recursos visuais que ajudam a trazer uma quebra interessante às sequências de diálogos técnicos. 

A inserção de cenas que funcionam quase como glossários e que fogem completamente da linguagem também contribuem com a narrativa. Geram uma quebra em uma sequência que já estava começando a dar um nó na cabeça e ajudam o espectador leigo a entender melhor do que se trata – ou seja, traduzem o assunto.

As cenas com Margot Robbie e Selena Gomez simplificando a linguagem e as terminologias, por exemplo, funcionam como divertidos escapes na fixação de quem é quem nos sistemas financeiro e imobiliário e são super bem posicionadas. 

A Grande Aposta

A Grande Aposta é, por sinal, muito bem dirigido e roteirizado. Adam McKay (Homem Formiga, Saturday Night Live), consegue conduzir tudo com muito bom humor e os textos, diálogos e a composição do filme são muito bem organizados e executados. 

Não é fácil falar sobre um assunto como a bolha imobiliária, convenhamos. Assim, o filme tinha tudo pra ser muito chato, mas não é. Se fosse mal roteirizado, nem o elenco milionário salvaria A Grande Aposta. 

Assim, talvez a fórmula de sucesso dessa produção seja uma pegada que muito tem de Onze Homens e Um Segredo – e todos os outros homens e os outros segredos.

Brad Pitt como Ben Rickert

Com essa dinâmica descontraída, de muito movimento, mas com ápices de tensão, consegue ser um filme divertido e envolvente, apesar de tratar de um assunto que é conhecido por ser maçante e difícil de entender.

The Big Short é inteiro um alívio cômico para um assunto que tem tudo a ver com um dos grandes defeitos da humanidade: a ganância.  Vale o tempo investido – se não pelo bom humor, ao menos pela sintonia desse grande elenco e pela visão do Brad Pitt na versão professor aposentado.

Crítica do filme À Beira Mar | Um mar calmo até demais

Dirigido e escrito por Angeline Jolie ("Invencível") "À Beira Mar" e estrelado por ela mesma e também por seu marido, o ator Brad Pitt ("Os 12 Macacos"). Temos diante de nossos olhos um típico exemplo do filme que não decola. E nem dá para dizer que ele ensaia um voo alto em algum momento, porque a impressão é de que vamos do nada ao lugar nenhum

Nele, acompanhamos o casal Roland (Pitt) e Vanessa (Jolie) em uma espécie de retiro profissional no litoral da França porque ele, um famoso escritor está em busca de inspiração para o seu novo livro. Aí é possível perceber um casal problemático e que mal sabe como agir para salvar seu casamento, até que o casal do quarto ao lado consegue criar um fato novo na vida afetiva dos dois.

O filme não é ruim. A história retratada ali deixa o ar de que poderia ter sido melhor trabalhada, apesar da direção sem problemas de Angelina Jolie. No entanto, a obra se arrasta por longas duas horas de duração sem qualquer justificativa. Os primeiros 40 minutos são arrastados demais, o aumenta a angústia para que tudo acabe logo.

À Beira do Mar

O roteiro acerta no tema, mas falha na abordagem, especialmente quando insinua uma série de situações que não se desenrolam. Durante boa parte do filme, Vanessa exprime desejo por algo que pode vir a ser, mas o desenrolar da história leva a trama para outro lado, o que torna tudo um pouco frustrante.

Da metade para o final do filme há avalanche de informações, que jogam luz em toda a situação, mas nem por isso conseguem retomar o interesse do espectador pela obra. O excesso de arrodeios, as insinuações sem sentido e dramas que não funcionam tornam "À Beira do Mar" um filme com mais erros do que acertos.