Jeffrey Dean Morgan - Café com Filme

Crítica do filme A Queda | Tensão em alto ar num suspense de cair do eixo

Algumas tramas não precisam de muito para prender nossa atenção. Basta um penhasco, uma montanha absurdamente alta ou qualquer uma das de centenas de ideias que lidam com o medo do ser humano diante de uma situação de risco de morte para ficarmos com os olhos fixos na telona.

Assim, “A Queda” pode ser considerado só mais um filme em que seres humanos desafiam a morte pelo puro prazer da adrenalina, mas isso não significa que ele não é um bom filme ou que não tem sua própria identidade. Na verdade, em seu ápice, a obra dirigida e co-roteirizada por Scott Mann surpreende e no decorrer deste drama é fácil se entreter durante suas quase duas horas de projeção.

Na história, acompanhamos Becky e Hunter, duas melhores amigas, que arriscam tudo quando sobem ao topo de uma torre de rádio de mais de 600 metros de altura e, obviamente, não conseguem uma maneira fácil de sair de lá. E é basicamente isso, porque a história não sairá disso e você verá as duas personagens em apuros por um longo período.

aqueda01 a354cFonte da imagem: Divulgação/Lions Gate Entertainment

Vale notar que, apesar da previsibilidade, “A Queda” guardar boas surpresas. É inusitado como Scott Mann e Jonathan Frank (o segundo roteirista) bolaram tantas ideias numa situação restrita. Da mesma forma, é curioso como nossa mente divaga e usa da imaginação ao bolar planos para sair desse tipo de enrascada.

Aviso: mesmo sendo uma ficção, nós não recomendamos este filme para pessoas com acrofobia ou agorafobia, porque ele realmente é intenso e as cenas na telona do cinema devem proporcionar uma incrível sensação de imersão (o que em geral é um ponto positivo, mas para muita gente pode ser um gatilho e um ponto bem negativo).

Um dueto de respeito

Em geral, filmes deste gênero - que retratam seres humanos em situações de burrice aventura com risco de morte - são classificados como terror de sobrevivência, sendo que, tipicamente, tais obras exigem tanto do elenco, na questão da atuação, quanto da produção em questões de captação, efeitos e edição.

Primeiro porque, o trabalho de praxe que seria de memorizar diálogos e interpretar de forma convincente ganha um desafio a mais, uma vez que é preciso transparecer que sua vida realmente está em risco. Contudo, a coisa fica muito mais complicada quando há apenas duas protagonistas, que dominam 99% do tempo em tela.

aqueda02 66aadFonte da imagem: Divulgação/Lions Gate Entertainment

Segundo porque há todo um trabalho corporal, afinal, você não escala uma torre sem fazer esforço e, muito menos, você fica no topo dela sem transparecer o pânico. É claro que a gente sabe que as atrizes não escalaram de fato os mais de 600 metros da torre, porém elas escalaram uma boa parte disso para alguns trechos.

Ainda que pouco conhecidas, Grace Caroline Currey (que interpreta Becky) e Virginia Gardner (no papel de Hunter) são muito boas atrizes e devem ganhar ainda mais projeção daqui para frente. Interessante que Jeffrey Dean Morgan faz uma ponta no filme, mas sua curta aparição não demonstra seu talento.

Falso, mas realista

E, na questão da produção, é interessante saber que boa parte de “A Queda” não se aproveitou de tecnologias como fundo verde e computação gráfica excessiva. Em vez disso, Scott Mann optou por reconstruir uma versão fictícia da Torre da KVLY-TV. Sim, a construção exibida no filme existe na realidade e fica na Dakota do Norte.

De acordo com a entrevista de Mann ao Radio Times, a produção optou por reconstruir uma réplica de uma porção da torre em uma montanha isolada. A ideia era justamente de trazer realismo ao resultado, bem como de proporcionar adrenalina às atrizes, já que elas gravaram parte das cenas numa altura similar, com os ventos soprando a mais de 600 metros.

aqueda03 f8839Fonte da imagem: Divulgação/Lions Gate Entertainment

Há claro muitos truques de gravação e de edição, que nos permitem ter uma ideia do quão alto é a torre, bem como entregam tomadas com movimentos livres pelo ar ao redor da construção. Tudo isso culmina num filme raso em roteiro (não que a história seja ruim, mas é que não há muito para contar mesmo), mas profundo (literalmente) na aventura e no drama.

Mesmo que não seja uma obra que se aproveita de alguns clichês e tenha alguns errinhos (tanto de continuidade quanto de conceitos, ), é inegável que “A Queda” não deixa os ânimos caírem em nenhum momento, surpreende no roteiro e esnoba na sensação de perigo, algo muito difícil de fazer, mas que eles conseguiram de forma bem convincente. Uma boa pedida para ver nas telonas!

Rogai por Nós | Trailer legendado e sinopse

Alice, uma jovem com deficiência auditiva que, após uma suposta visita da Virgem Maria, é inexplicavelmente capaz de ouvir, falar e curar os enfermos. À medida que a notícia se espalha e pessoas de perto e de longe se reúnem para testemunhar seus milagres, um jornalista decadente (Jeffrey Dean Morgan), que espera reviver sua carreira, visita a pequena cidade da Nova Inglaterra para investigar o fenômeno. Quando eventos terríveis começam a acontecer por toda parte, ele começa a questionar se esses fenômenos são obras da Virgem Maria ou algo muito mais sinistro.

Encontros e Desencontros do Amor | Trailer oficial e sinopse

Molly (Amy Poehler) é a dona de uma pequena loja que está prestes a perder seu negócio para um grande conglomerado. A situação fica ainda mais complicada quando ela começa a construir uma relação de amor e ódio com Joel (Paul Rudd), um representante da corporação que quer acabar com o negócio de Molly.

Crítica do filme Rampage – Destruição Total | O grande encontra o enorme

O que acontece quando Dwayne “The Rock” Johnson encontra um monstro maior que ele? Tenta salvar o mundo com seu enorme carisma! “Rampage – Destruição Total” é baseado em um aclamado jogo de 1986, mas a adaptação é bem livre, então não adianta muito se prender a detalhes. A história ensinou que não se pode esperar muito de filmes vindos dos game e “Rampage” não é a exceção.

Importante ressaltar que a adaptação é bem livre, já que existem pouquíssimas coisas que remetem a obra original. Aliás, apenas a ideia de três monstros gigantes detonando uma cidade foi utilizada, e mesmo isso não é fiel. Mas isso não é nem um pouco importante, já que a premissa do jogo já era bem simples.

No game, as criaturas não são animais. George, o Gorila, Lizzie o Lagarto e Ralph o Lobo são humanos que sofreram mutação após um experimento de laboratório dar muito errado. A escolha de evitar  O diretor Brad Peyton tomou a decisão de usar animais ao invés de humanos mutantes, porque se fosse pra fazer um filme de um lobisomem gigante destruindo a cidade, seria tudo muito diferente.

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Em “Rampage – Destruição Total”, o primatologista Davis Okoye (Dwayne Johnson) é um homem solitário que tem uma amizade inabalável com George, um gorila albino extremamente inteligente que está sob os seus cuidados desde o seu nascimento. Porém, quando um experimento genético não autorizado dá errado, este primata gentil é transformado em uma criatura feroz e de tamanho descomunal.

Para piorar as coisas, descobre-se que há outros animais que sofreram mutações similares. À medida que estes superpredadores atravessam os Estados Unidos, destruindo tudo em seu caminho, Okoye se une a uma geneticista desacreditada para desenvolver um antídoto, abrindo caminho em um campo de batalha em constante mutação, não só para impedir uma catástrofe mundial, mas também para salvar a temida criatura que já foi seu amigo.

Não é bom, mas também não é péssimo

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Rampage entrega exatamente o que promete. Tem muito tiro, explosão, destruição e monstro saindo da jaula. Só que durante isso tudo, os roteiristas fizeram questão de tentar explicar toda a situação o tempo todo. A origem dos monstros vem de um experimento realizado pela corporação Energyne, cheia de objetivos escusos, que desenvolveu um patógeno em uma estação espacial para fins militares. A geneticista Dr. Kate Caldwell (Naomie Harris) vai ajudar Okoye, pois também tem um passado relacionado a essa empresa e sabe que existe um antídoto para os bichões infectados. 

E como o governo não pode ser deixado de fora, eles enviam Agente Russell (Jeffery Dean Morgan) para controlar minimamente a situação, que claramente são totalmente do controle. Mas o agente Russel é um cowboy muito sensato e faz de tudo para ajudar o nosso herói Okoye a salvar seu amigo George, além de tentar evitar que a cidade de Chicago seja totalmente destruída.

Os três possuem uma boa dinâmica, Okoye e a Doutora Caldwell não são o clichê de heróis que salvam o mundo e encontram o amor de suas vidas no processo, enquanto o agente Russel rouba a cena com seu jeito bastante peculiar toda vez que resolve aparecer.

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Vale destacar o design das criaturas, os efeitos visuais estão incríveis e apesar do roteiro não ser aquela maravilha, consegue carregar a história de forma natural. Basicamente é um filme para sentar, olhar a destruição e não pensar em nada, pois não há muito o que entender. Desnecessário dizer que o 3D é totalmente dispensável, principalmente durante as cenas de ação.

Ao tentar se levar a sério e explicar tudo o que está acontecendo para existir um certo senso de realidade em meio ao caos, “Rampage” quer se levar a sério demais e isso é um pouco frustrante. O filme todo tenta desviar nossa atenção dos monstros, focando bastante nos personagens humanos e chatos. Pelo menos até o terceiro ato, onde os bichões devoram helicópteros, derrubam prédios inteiros e não parecem sofrer danos com os tiros constantes de diversos veículos militares. 

Infelizmente a loucura não dura muito. Brad Peyton fez um ótimo trabalho de direção nas cenas de ação, mas não sai do básico. A maioria das cenas remetem a filmes já consagrados, como Godzilla e King Kong, e onde Rampage poderia aproveitar o absurdo inerente da coisa toda, prefere jogar no fácil por medo de perder.

Rampage - Destruição Total | Novo trailer legendado e sinopse

Davis Okoye (Dwayne Johnson), um primatologista, é um homem fechado cujo único vínculo realmente inabalável é com George, um gorila albino e muito inteligente, que está sob seus cuidados desde o nascimento. No entanto, um acidente com um experimento genético aacaba afetando o animal, transformando ele em um monstro gigante enfurecido que destroe tudo em seu caminho. Agora Okoye tenta conseguir um antídoto e impedir que seu amigo provoque uma catástrofe global.

Deserto (2015) | Trailer legendado e sinopse

Moises (Gael García Bernal) está, junto com um grupo de pessoas, tentando atravessar a pé a fronteira do México com os Estados Unidos, buscando uma nova vida no Norte. No caminho eles se deparam com um solitário homem, Sam (Jeffrey Dean Morgan), que patrulha por sua própria conta a fronteira e se diverte em sua caça aos imigrantes. Todos terão de achar um jeito de sobreviver nessa paisagem incrivelmente brutal antes do deserto consumi-los.

Os Perdedores | Trailer legendado e sinopse

Um explosivo conto de vingança, Os Perdedores apresenta os membros de um grupo das Forças Especiais americanas enviado para a floresta boliviana em uma missão de busca e eliminação. O time Clay, Jensen, Roque, Pooch e Cougar torna-se alvo de um poderoso inimigo conhecido apenas como Max.

Considerado morto, o grupo planeja vingar-se quando se une à misteriosa Aisha, uma bela agente com seus próprios planos. Trabalhando juntos, eles devem manter-se disfarçados enquanto vão ao encalço do fortemente protegido Max, um impiedoso homem que pretende começar uma guerra tecnológica em todo mundo.

O elenco de Os Perdedores inclui Jeffrey Dean Morgan (Watchmen) no papel de Clay, Zoë Saldana (Avatar, Star Trek) como Aisha, Chris Evans (O Quarteto Fantástico) como Jensen, Idris Elba (Obsessiva, RocknRolla A Grande Roubada) como Roque, Columbus Short (Poder do Ritmo e Terror na Antártida) como Pooch, Oscar Jaenada (Che A Guerrilha) como Cougar e Jason Patric (No Vale das Sombras) como Max

Crítica do filme Presságios de um Crime | Tão Ardiloso quanto espalhafatoso

O gênero de suspense é marcado por muitas tramas que exploram crimes complexos arquitetados, em geral, por sujeitos com ideias mirabolantes que, supostamente, têm alguma razão com certa lógica para cometer atrocidades.

A ideia desse tipo de história é fazer a público acompanhar o caso de perto e até tentar desvendar o quebra-cabeça junto com os personagens. O thriller policial sobrenatural "Presságios de um Crime" tenta seguir uma linha similar com essas caracerísticas.

Estrelado por Anthony Hopkins (Silêncio dos Inocentes), Jeffrey Dean Morgan (Watchmen) e Abbie Cornish (RoboCop), o filme nos leva a acompanhar um caso junto a dois agentes do FBI (Morgan e Cornish) que estão de mãos atadas na investigação de um serial killer que mata com precisão e, aparentemente, sem nenhum motivo.

É nesse momento que os policiais decidem recorrer à ajuda de um ex-colega, o médico aposentado Dr. John Clancy (Hopkins), o qual tem visões premonitórias e um dom excepcional para desvendar crimes. Juntos, eles correm contra o tempo para descobrir o próximo passo do assasino.

Muito mistério, boa montagem

O roteiro de “Presságios de um Crime” talvez não seja a coisa mais brilhante de todos os tempos, já que a história aproveita várias ideias já usadas em outras obras e coloca tudo num único pacote. É normal ver este longa e imediatamente lembrar de filmes como Seven, afinal são tramas bem similares.

O filme com Hopkins até pode lembrar alguns outros, mas ele tem sua porção de genialidade. A forma como os crime são executados, as motivações do assassino, os últimos instantes das vítimas, as premonições e outros elementos na montagem do filme acabam formando um conjunto legal no todo.

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Depois que as peças do quebra-cabeça começam a se encaixar, o filme fica ainda mais interessante. Ele é bem astuto em alguns pontos, chegando a ser sacana com a plateia ao fazer várias manobras para enganar até mesmo os mais atentos. No geral, todo o suspense construído é bacana.

Só que o filme não é totalmente redondo. O roteiro deixa algumas pontas soltas, incluindo detalhes sobre como o assassino se aproxima das vítimas, motivações mais convincentes, como a polícia detecta tudo tão rapidamente, de que forma algumas pistas  foram descobertas e assim por diante. Talvez isso tudo alongaria a história, mas pelo menos evitaria alguns probleminhas que podem incomodar os mais exigentes.

É exagerado, mas é do Brasil!

Eu não assisti ao filme 2 Coelhos, que foi a estreia do diretor brasileiro Afonso Poyart nas telonas, mas não foram poucas as pessoas que me indicaram o filme — infelizmente, não dá pra ver tudo e esse acabou passando. Agora, o cineasta volta aos cinemas no comando de “Presságios de um Crime”, filme internacional com elenco de peso.

Só isso já é um baita mérito para a carreira de Poyart, mas, além de assumir as rédeas do projeto, ele conseguiu adaptar o roteiro de forma bacana, aproveitando muito do que já aplicou em 2 Coelhos. O filme não é um primor em questão de direção, porque rola muito descuido nas mudanças de câmeras, mas há sim boas ideias.

Os closes excessivos para mostrar as caras dos personagens, principalmente as vítimas, acaba funcionando legal para chocar o público. O foco em pequenos detalhes que servem para construir a trama, sequências de câmera lenta intercaladas com efeitos (uma gota de leite que cai no chão, uma xícara de café que se despedaça em mil partes), balas voando vagarosamente pela tela e por aí vai.

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Rola até uma overdose de tantos efeitos e câmeras lentas. Em alguns momentos isso até é desnecessário e não se encaixa de forma coerente no roteiro, mas dá pra relevar alguns pequenos descuidos, pois a maioria das ideias de Poyart acabam funcionando legal.

Ainda bem que alguns desleixos no roteiro e até os exageros na direção acabam sendo compensados pela história que segue sempre instigante, principalmente por conta de Anthony Hopkins. Mesmo com a idade avançada, o ator ainda se sobressai com seu sorriso enigmático e ao abraçar um personagem de alta complexidade.

Por fim, só quero relatar minha satisfação com a trilha sonora do mestre Brian Wayne Transeau, produtor de música eletrônica que conduziu bem legal a sonoridade da película. Não dá pra dizer que temos aqui um novo Seven, nem de longe, mas “Presságios de um Crime” acaba se saindo melhor do que o esperado. Quem gosta de um bom enigma pode se surpreender ao ver o filme no cinema.

O Sequestro do Ônibus 657 | Trailer legendado e sinopse

Um pai está sem condições para pagar o tratamento médico de sua filha. Como último recurso, pede ajuda a um colega de trabalho que lhe propõe roubar um cassino, mas as coisas não saem como o planejado e eles são forçados a sequestrar um ônibus na cidade.