Aquarius não leva, mas Brasil vence Olho de Ouro em Cannes com "Cinema Novo"

por
Lu Belin

23 de Maio de 2016
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Não foi dessa vez que uma produção brasileira saiu do Festival de Cannes com a Palma de Ouro. Aquarius, do diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho (O som ao redor), era forte candidato, mas a estatueta ficou com “I, Daniel Blake”, do diretor britânico Ken Loach. Sonia Braga, que concorria a melhor atriz, também não saiu vencedora. Quem trouxe premiação para casa do conceituado festival foi o documentário Cinema Novo, de Eryk Rocha. 

A produção, que resgata momentos do maior movimento cinematográfico brasileiro, foi a primeira colocada na L'Oeil D'Or (Olho de Ouro), uma premiação paralela focada em documentários. No longa, o diretor Erick Rocha reaviva a memória de nossa melhor fase no universo dos filmes e aborda mais de 130 filmes produzidos durante essa época, fazendo uma conexão entre a produção cinematográfica e os diferentes momentos políticos vividos pelo Brasil. 

E não foi só isso: A Moça que Dançou com o Diabo, de João Paulo Miranda Maria, recebeu a premiação de Special Distinction em curta-metragem. O filme conta a história de uma menina que entra em conflito com a família extremamente religiosa e sai em busca de respostas e de seu próprio paraíso. 

A Moça que Dançou com o Diabo

A Moça que Dançou com o Diabo tem apenas 14 minutos e disputava a Palma de Ouro na categoria de curtas. Não levou, mas recebeu a merecida menção honrosa. Não é todo dia que um filme financiado com rifas e que teve um custo de R$ 500,00 de produção chega a um festival internacional do cacife de Cannes, não é mesmo?

O curta-metragem de João Paulo Miranda Maria ainda não é exibido no Brasil, mas deve ser lançado em eventos e exibido em mostras especiais em breve. Fique de olho aqui na página oficial da produtora para saber as novidades! 

Confira a lista com todos os premiados aqui.

Lu Belin

Eu queria ser a Julianne Moore.