Netflix premia produções brasileiras com voto popular
Parece que a Netflix quer mesmo conquistar o coração dos brasileiros. A gigante do streaming divulgou recentemente o mote do Prêmio Netflix 2016: Histórias para o mundo ver, uma iniciativa que visa eleger dois entre dez filmes brasileiros a partir da opinião dos próprios brasileiros.
O intuito é promover e prestigiar filmes nacionais que são do cenário independente. Serão escolhidas duas produções, um pelo público e outro pelo júri do Prêmio, que é composto por nomes do cinema e entretenimento nacional: Alice Braga, Fernando Andrade, César Charlone, Adriana Dutra, Hugo Gloss, Lully de Verdade e Fabrício Boliveira.
A Netflix Brasil fez até um vídeo para promover a ação, confira:
Os filmes vencedores serão incluídos no catálogo global da Netflix, que atinge ao todo espectadores de 190 países. A votação ocorre até o dia 03 de outubro e pode ser realizada pelo Facebook ou Twitter, através do site do Prêmio Netflix.
Ainda não conseguiu decidir em quem votar? Veja quem são os concorrentes:
Diretor: Camilo Cavalcante
Um falso plano sequência que pretende conduzir o espectador a uma viagem dentro dos instintos humanos, através de uma linguagem poética e metafórica. Acontecimentos que representam um amplo panorama da civilização ocidental e tudo que o ser humano é capaz, desde trucidar seu semelhante brutalmente até inventar a arte para libertar os sonhos estão presentes neste exercício visceral que expõe, sem concessões, a eterna tragédia humana.
Diretora: Theresa Jessouroun
Um documentário investigativo de 90' que mostra a violência e a corrupção da polícia do Rio de Janeiro nos últimos 20 anos. O documentário apresenta os fatos mais emblemáticos deste período do ponto de vista dos familiares, testemunhas, sobreviventes e demais envolvidos diretamente nos casos, como advogados, promotores e juízes.
O filme parte da Chacina de Vigário Geral de 1993, culminando com execuções cometidas em nome da lei, em 2012 e 2013.
Diretora: Marina Person
O ano é 1984. Estela vive a conturbada passagem pela adolescência. O sexo, os amores, as amizades; tudo parece muito complicado. Seu tio Carlos é seu maior herói, e a viagem à Califórnia para visitá-lo, seu grande sonho. Mas tudo desaba quando ele volta magro, fraco e doente. Entre crises e descobertas, Estela irá encarar uma realidade que mudará, definitivamente, sua forma de ver o mundo.
Diretor: Petrus Cariry
A árida pedreira e a floresta que ainda pulsa.Um pai muito doente revê a filha. Ressentimentos são postos à mesa. A memória dos mortos, despertada por sangue, objetos, sombras e sonhos, afetaClarisse nesse cenário de beleza e agonia. Seu marido e os negócios aesperam na cidade, para um desfecho cartático.
Diretores: Susanna Lira e Barney Lankester-Owen
O filme mostra como a tecnologia se traduz em uma poderosa ferramenta de inovação da comunicação através de pessoas que se “levantaram” contra injustiças sociais em diversas partes do mundo.
Diretora: Elizabete Martins Campos
Um filme musical com a cantora Elza Soares, ícone da cultura brasileira, numa saga que ultrapassa o tempo, espaço, perdas e sucessos. Elza e seu espelho, cara a cara, nua e crua, ao mesmo tempo frágil e forte, real e sobrenatural, uma fênix, que com a força da natureza transcende e canta gloriosamente.
Diretor: Iberê Carvalho
O jovem Marlombrando (Breno Nina) se vê obrigado a voltar à Brasília, sua cidade de natal, devido à doença de sua mãe, Fátima (Rita Assemany). Lá, ele vai reencontrar seu pai, Almeida (Othon Bastos), dono do Cine Drive-in, há 37 anos. Ele insiste em manter vivo o cinema, mesmo não atraindo mais espectadores como na década de 70.
Para isso, conta com a ajuda de apenas dois funcionários: Paula (Fernanda Rocha), que cuida da projeção e da lanchonete, e José (Chico Sant'anna), um velho amigo de Almeida, que ajuda a vender ingressos no caixa e da limpeza do local. Com a ameaça de demolição do Cine Drive-in e o agravamento da doença de Fátima, pai e filho vão ter que se unir e tentar reviver o passado.
Diretor: Gregório Graziosi
Irandhir Santos interpreta um arquiteto envolvido na construção de seu primeiro grande projeto. Lá testemunha a descoberta de um cemitério clandestino no terreno que pertence a seus ancestrais. Questionando seu passado e origens, ele entra em conflito com sua consciência, herança familiar e com a memória da cidade que retorna à superfície.
Diretor: Susanna Lira
Porque Temos Esperança mostra a jornada de uma mulher pernambucana e a sua rejeição para tudo aquilo que parece não ter jeito. Vivendo profundos dilemas na vida pessoal e na tentativa de reconstruir outras vidas, ela inicia uma trajetória pelos presídios de Recife, na intenção que pais reconheçam seus filhos. Experimentando na própria pele a solidão, Marli nos mostra que o afeto pode ser redentor e que a falta de esperança é o mal mais intolerável para o ser humano.
Diretor: Gabriel Mascaro
Shirley deixou a cidade grande para viver em uma pequena e pacata vila litorânea cuidando de sua avó. Ela trabalha numa plantação de coco dirigindo trator e, mesmo isolada, cultiva o gosto pelo punk rock e o sonho de ser tatuadora. Ela está de caso com Jeison, um rapaz que também trabalha na fazenda de cocos e nas horas vagas faz pesca subaquática de lagosta e polvo.
Durante o mês de Agosto, com a chegada das tempestades e da maré alta, um estranho pesquisador chega na Vila para registrar o som dos ventos alísios que emanam da Zona de Convergência Intertropical. Os ventos crescentes marcarão os próximos dias da pequena vila colocando Shirley e Jeison numa jornada sobre perda e memória, a vida e a morte, o vento e o mar.