Entre no clima da Páscoa | Filmes que respiram espiritualidade e religião

Em 2016, o longa-metragem brasileiro “Os Dez Mandamentos - O Filme” conquistou o posto de maior bilheteria da história do cinema nacional, com mais de 11 milhões de ingressos vendidos. Em 2015, o filme “Quarto de Guerra”, dirigido pelo pastor Alex Kendrick, foi um estouro, faturando mais de nove milhões de dólares e liderando as bilheterias norte-americanas.

Estes são apenas dois exemplos de um nicho do cinema que nunca decepciona no quesito faturamento – o dos filmes que se situam entre o religioso e o espiritual, especialmente focados em públicos cristãos.

O mercado dos filmes gospel ou com pegada religiosa se tornou tão lucrativo que até o Nicholas Cage quis tirar uma casquinha com a participação no longa “O Apocalipse”.

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A mais nova promessa nesse sentido é o longa-metragem “A Cabana", que acaba de entrar em cartaz e já vem lotando salas. Se você ainda não teve a oportunidade de conferir este título, que acaba de ser lançado, aproveite o clima de reflexão dessa Páscoa para curtir outros filmes do gênero gospel – ou similares – que já estão disponíveis já tem um tempo e que a gente listou aqui. Ah, e não deixe de conferir também a crítica do filme “A Cabana”, aqui no Café com Filme!

A Virada

Por Carlos Augusto Ferraro

"A Virada" é o primeiro filme da Sherwood Pictures, a produtora de filmes do ministério da Igreja Batista de Sherwood, e ajudou a estabelecer o tom e qualidade das películas sucessoras do estúdio.

A empresa utiliza, em sua maioria, voluntários em suas produções e no filme "A Virada" (Flywheel) não é diferente, sendo que o carismático Alex Kendrick - o pastor associado de mídia da igreja - age à frente e atrás das câmeras, assumindo o papel principal do filme, além de assinar a direção e roteiro.

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Realizado com apenas 20 mil dólares, dinheiro este oriundo exclusivamente de doações, A Virada acompanha a história de “redenção” do desonesto vendedor de carros usados, Jan Austin, cuja personalidade parece ser tão degradada quanto os veículos que ele tenta empurrar para os clientes. Seu comportamento manipulador não se restringe ao pátio da sua concessionária e sua própria família não o reconhece mais.

Quando Austin parece ter atingido o fundo do poço, com o casamento em crise e afundado em dívidas, ele finalmente aceita a mensagem de Deus e resolve parar com suas atitudes desonestas e se arrepende de suas transgressões passadas. Independente do revestimento religioso do filme, "A Virada" é um bom drama que mostra a jornada de redenção de um homem.

No entanto o grande trunfo do filme foi o de estabelecer uma base sólida para a fundação e futuro crescimento da Sherwood Pictures, um estúdio independente que, a cada produção consegue aumentar seu orçamento e faturamento.

"A Virada" custou apenas 20 mil, e arrecadou mais de 37 mil, lucro que financiou o desenvolvimento de "Desafiando Gigantes" e outros filmes que gradativamente aumentam as expectativas do estúdio, culminando na mais recente produção, "Quarto de Guerra" (2015) que teve orçamento de 3 milhões e embolsou mais de 73 milhões nas bilheterias.

Desafiando gigantes

Por Nicole Lopes

Há momentos em nossa vida que tudo parece ir por água abaixo. A vontade de desistir aumenta e o sentimento de medo e a falta de confiança tornam-se companheiros do nosso dia a dia. E aí, o que fazer? Pensando em responder essa pergunta, o filme “Desafiando Gigantes” de Alex Kendrick conta a história de um time de futebol americano que nunca chegou ao título, ou pelo menos por enquanto.

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Há seis anos atuando como técnico do Shiloh Eagles, Grant Taylor, interpretado por Alex Kendrick, ainda não levou à sua equipe para final, os pais não confiam mais em seu trabalho e problemas em sua vida pessoal levam o treinador a desistir de tudo, pelo menos por um momento. 

Sem esperança e abalado psicologicamente, Grant Taylor se depara com seus fantasmas, ou como ele define, gigantes do medo e do fracasso, que só estão esperando para esmagá-lo. Até que uma mensagem de um visitante muda o seu destino e do seu time. O recado do filme é claro: “Não desista quando você pode ir mais longe”.

Milagres do Paraíso

Por Lu Belin

Não fosse o nome, “Milagres do Paraíso” passaria muito bem despercebido como apenas um drama comum, na maior parte do tempo. Mas, não se engane, trata-se de um filme com uma mensagem muito clara: não deixe sua fé se perder no caminho das pedras. Apesar das dificuldades, Deus vai encontrar uma forma de fazer tudo ficar bem de novo.

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Ao menos é essa a interpretação da família Beam, que inspirou o roteiro dessa produção assinada pela diretora Patricia Riggen e protagonizada por Jennifer Garner e Martin Henderson. O filme traz no elenco ainda Kylie Rogers e Queen Latifah, entre outras atrizes talentosas, e conta a história da pequena Anna, que aos 10 anos de idade apresenta sintomas de uma doença rara e incurável.

Vai ser preciso muita fé e muita garra e perseverança dois pra continuarem firmes em busca de uma cura para a filha, enquanto os limites da própria fé em Deus são desafiados. Um filme extremamente emocionante, recomendado para qualquer público, independente da sua crença.

Veja a crítica do filme "Milagres do Paraíso"!

O Céu é de Verdade

Por Fábio Jordão

Todd Burpo é famoso por sua fé, uma vez que ele é o pastor de uma igreja em sua cidade. Apesar de confiar bastante em Deus, ele tem este princípio questionado quando seu filho Colton passa por uma experiência inusitada. O que é tão inacreditável? Basicamente, o menino relata ter visto o paraíso.

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Nesta história incrível sobre crença, o garotinho conta em detalhes sobre sua jornada e revela muitas coisas que ele, sendo apenas uma criança, jamais teria como saber. Essa situação improvável leva Todd e sua família a questionar tudo que tem acontecido em suas vidas.

Apesar da pegada gospel, “O Céu É de Verdade” não é um filme que tenta pregar o cristianismo a todo custo. É um filme sobre religião que mostra ideias da doutrina, mas ele não força a barra na mensagem de conversão. Uma bonita obra, talvez um pouco longa em seu roteiro, porém com lições para pensarmos sobre a sinceridade de nossas crianças.

Confira a critica do filme "O Céu é de Verdade"!

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Curtiu a seleção? Já viu algum desses filmes? Tem mais algum título para recomendar? Deixe sua contribuição aqui nos comentários!

No comando | Diretoras de cinema que você respeita

Patty Jenkins, Laís Bodansky, Jane Campion, Andrea Arnold, Anna Muylaert, Catherine Hardwicke, Kimberly Peirce… Você provavelmente nunca ouviu falar dessas mulheres, e, ainda assim, é bem provável que já tenha visto alguma coisa escrita ou dirigida por elas. Esses são apenas alguns dos nomes de cineastas mulheres que conseguiram abrir seu caminho deste universo tão majoritariamente masculino que é a cadeira de diretor cinematográfico.

E, ainda assim, seus nomes continuam tão frequentemente ocultos na história da cultura internacional.

Que tal conhecer algumas das mulheres que, ao longo da história do cinema, conseguiram comandar filmes de grande alcance e se tornar as primeiras a obter reconhecimento por seus feitos? Contaremos a seguir algumas histórias!

Alice Guy-Blache

Por João Gabriel

Com centenas de filmes dirigidos, Alice Guy-Blche detém o título de primeira cineasta da história e uma das pioneiras do cinema francês. Nascida em 1° de Julho de 1873, na França, ela iniciou a sua participação na indústria cinematográfica com 21 anos, trabalhando como secretária do fotógrafo Léon Gaumont.

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Há indícios de que sua paixão pelo cinema se iniciou em uma participação de Alice numa apresentação feita pelos Irmãos Lumière a respeito de uma câmera 60mm. Ao que conta a história, a diretora ficou tão fascinada com uma das projeções, que acabou por pedir a máquina de Gaumont emprestada para criar então seu primeiro filme, baseado em um conto francês, chamado "The Cabbage Fairy", uma comédia sobre uma fada que cria crianças dentro de um repolho.

Utilizando todo seu conhecimento na área da fotografia, Alice criou o estereótipo de diretor que conhecemos hoje, realizando centenas, talvez milhares de trabalhos diversificados entre longas e curta-metragens, escolhendo desde o cenário até o elenco do filme, sendo dona e tocando seu próprio estúdio sozinha, além de filmar inúmeras obras com a ideologia da ficção, o que ainda não era muito comum na época.

Alice Guy-Blache foi inspiração de muitos outros diretores renomados, como Alfred Hitchcock e Barbra Streisand.

Uma de suas obras de maior valor histórico chama-se “A Fool and His Money”, lançado em 1912, que conta a história de um homem que encontra uma carteira abarrotada de dinheiro. Por um momento ele se torna amigo de todos da cidade, até que a grana acabe. O filme teve uma produção com elenco feito totalmente por negros, sendo que as filmagens contaram com centenas de figurantes, algo não muito comum para a época.

Ava DuVernay

Por Lu Belin

Com apenas 44 anos, Ava Marie DuVernay já fez seu nome em Hollywood. Depois de dirigir 17 produções e atuar também como roteirista, produtora e publicitária em distribuidoras de filmes, a norte-americana já conta 53 indicações a prêmios no mundo todo - entre eles um Oscar, a que foi indicada pela direção do documentário 13ª Emenda, neste último ano, ao lado de Spencer Averick e Howard Barish.

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Você muito provavelmente a conhece também de Selma, longa-metragem aclamadíssimo indicado a Oscars e Globos de Ouro, entre tantos outros reconhecimentos.

Além de atuar intensamente em Hollywood, a californiana Ava DuVernay também é a primeira cineasta negra a ganhar o prêmio de Melhor Direção no Festival de Sundance, assim como a primeira diretora negra a ser nomeada para o Globo de Ouro na categoria e a primeria também a ter seu filme nomeado ao Oscar.

Grandes feitos para uma mulher incrível!

Kathryn Bigelow

Por Carlos Augusto Ferraro Miorim

Kathryn Bigelow não é a ex-esposa de James Cameron. Ela é a primeira é única mulher a ganhar um Oscar, Directors Guild of America Award, BAFTA e o Critics' Choice Movie Award como diretora do filme “Guerra ao Terror.” De quebra ela também foi a primeira mulher a ganhar um Saturn Award também por Melhor direção, mas dessa vez pelo filme “Estranhos Prazeres”.

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Achou pouco, pois ela também é responsável por “Caçadores de Emoção”, o bom, o original, aquele de 1991. Outro destaque é “K-19”, que mostra a história real da tripulação do primeiro submarino nuclear soviético. Mas não é só isso não, Kathryn Bigelow também assina a direção de “A Hora Mais Escura”, o filme que mostrou os “bastidores” da caçada a Osama bin Laden.

Em suma, Kathryn foi casada sim com James Cameron, mas de nenhuma maneira isso define a vida e a carreira dela. Ela conquistou seu espaço na indústria com filmes intensos, seja na ação ou na dramaticidade.

Marjane Satrapi

Por Thiago Moura

Nascida em Teerã, além de cineasta é a primeira iraniana a escrever história em quadrinhos. Cresceu em meio à revolução em seu país em uma família que se envolveu com os movimentos comunista e socialista no Irã antes da Revolução Iraniana.

Sua infância e juventude são retratadas no filme "Persépolis" (2007), animação adaptada do quadrinho autobiográfico homônimo. Por essa obra, recebeu o prêmio especial do Júri no Festival de Cannes e uma indicação ao Oscar de melhor animação, tornando-se a primeira diretora indicada nessa categoria.

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Depois de "Persépolis", continuou a dirigir e chegou até a atuar em um de seus filmes, adaptou mais uma de suas histórias em quadrinho mas não se limitou à animação, usando atores reais em seus filmes seguintes.

Talvez não seja o nome mais popular ao se falar em diretoras de grandes filmes, mas Marjane continuou na carreira de diretora com Frango com Ameixas (Poulet aux prunes, 2011), adaptado de seu quadrinho de mesmo nome e que retrata a depressão a partir de um violinista que tem seu instrumento quebrado; La Bande des Jotas (2012) em que assume o papel de protagonista; As Vozes (The Voices, 2014), sobre um serial killer que ouve os conselhos de seu cão e gato; e Berlin, I Love You, ainda em pré-produção.

Seus trabalhos tratam de temas bem pesados, mas uma característica interessante é a forma humorada que Marjane consegue impor as suas histórias. 

Claro que é um humor bem particular e por vezes "negro", mas ainda sim são histórias cativantes. Apesar de ter conceitos que se aproximam muito ao do Movimento Feminista, Marjane se define como "Humanista". Seu desejo é que todos construam um mundo melhor juntos e que todos se tratem com respeito.

Nancy Meyers

Por Fábio Jordão

Com uma longa carreira de roteirista, tendo aí mais de dez obras assinadas para as telonas, Nancy Meyers é uma cineasta reconhecida por sua participação em múltiplos fronts. A carreira dela como diretora se deu lá em 1998, com o filme “Operação Cupido”, uma produção da Walt Disney, na qual Meyers também deu uma ajudinha no texto.

De lá para cá, a cinegrafista trabalhou de forma tripla (como produtora, roteirista e diretora) em grandes títulos com elencos bastante expressivos — em parcerias com Kate Winslet, Cameron Diaz, Diane Keaton, Meryl Streep, Jack Nicholson e outros tantos. Nancy Meyers é conhecida por obras de comédias românticas, mas ela se sobressai ao fugir do óbvio.

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Um dos filmes de Meyers que mais chama a atenção é o recente “Um Senhor Estagiário”, que aborda a história de um viúvo (Robert De Niro) de 70 anos que fica desiludido com a aposentadoria e resolve voltar ao trabalho. Apesar de o protagonista ser um homem, o filme tem uma personagem feminina empoderada: Jules Ostin (interpretada por Anne Hathaway). Uma boa comédia, com uma direção diferenciada e com nada de romance.

Sofia Coppola

Por Mike Ale

Pra quem não é familiarizado com o seu trabalho, a primeira coisa que vem à cabeça é: “A filha do Francis Ford Coppola”. Mas se tem uma coisa que Sofia conseguiu conquistar em seus cinco filmes, foi sua identidade. Sim, a diretora de 46 anos tem “apenas” cinco longa-metragens em sua carreira (o sexto deve sair ainda esse ano), mas isso deixa seu nome ainda mais admirável, pois foi com essas histórias que ela conseguiu cravar sua visão e seu diferencial.

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Com um tom poético, seus filmes tratam sobre questões existenciais de um jeito bem melancólico e até mesmo vazio… A maneira como ela expõe a alma de seus personagens, em geral mulheres, é ao mesmo tempo sutil e profunda.

O que eu quero dizer com tudo isso: Sofia já se destaca no meio acirrado de Hollywood com filmes nada convencionais e até mesmo bem dividos em relação ao público. Tem quem ame, tem quem odeie e tem quem tenha preguiça. Mas uma coisa é certa: Ninguém ignora.

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E aí, conhece mais alguma diretora como elas? Existem inúmeras, a gente garante! Que tal começar a prestar atenção nisso na hora de escolher um filme e tentar lembrar dos nomes das diretoras mulheres como a gente faz com os homens? Fica aí o desafio! ;)

Empoderadas | Conheça filmes com protagonistas mulheres cheias de conteúdo

Todos os anos, quando chega o Dia da Mulher, é aquele festival de indicações de clássicos da sessão da tarde com infinitos filmes água com açúcar, romancinhos e longas com protagonistas pouco consistentes ou que têm toda a sua história girando em torno de um grande amor.

Não tem nada errado com histórias de amor - muito pelo contrário, a gente também gosta muito. Mas, por quê estamos tão habituados a assistir apenas filmes sobre isso quando a protagonista é mulher?

Por isso, nesse ano o Café com Filme decidiu comemorar o 08 de Março trazendo algumas dicas de filmes com pratagonistas femininas cujas histórias desviam um pouco do caminho mais comum. Aqui vão ser desde relatos da vida real até ficções e desenhos animados - filmes que mostram que é possível criar uma trama interessante, inteligente e empoderada tendo mulheres no comando.

O próprio Oscar desse ano provou isso, com indicação a longas como "Estrelas Além do Tempo" em diversas categorias, além das animações "Zootopia", que levou a estatueta, e "Moana - Um Mar de Aventuras", e dos filmes "20th Century Women", "A Chegada", "Elle", "Jackie", "Florence - Quem é Essa Mulher", entre outros.

Demais, né? Embarque nessa onda e veja nossas sugestões!

Histórias Cruzadas

Por Lu Belin

Emma Stone acaba de ganhar o Oscar de Melhor Atriz por “La La Land: Cantando Estações”, mas ela já fez papéis bem mais profundos do que o da jovem e sonhadora Mia. E um dos exemplos disso é a aspirante a jornalista e escritora Skeeter Phelan, de "Histórias Cruzadas".

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Decidida a não casar-se apenas para reproduzir um padrão social e depois de se recusar a esconder seu brilhantismo atrás de um homem só porque a sociedade diz que sim, ela rompe com um padrão social - mas não para por aí. Skeeter decide contar o lado das mulheres negras que trabalham como empregadas domésticas no Mississipi durante os anos 60 - interpretadas por Viola Davis, Octavia Spencer, Carol Sutton . Quando começam a escrever uma coluna juntas, elas constroem uma improvável amizade e abalam as regras da sociedade.

De sua inesperada aliança, surge uma incrível irmandade, criando em todas elas a coragem para transcender os limites que as definem e a conscientização de que às vezes esses limites existem para serem ultrapassados, mesmo que isso signifique fazer com que todas as pessoas da cidade encarem os novos tempos.

Uma belíssima e necessária história, que todo mundo deveria conhecer, sobre mulheres que fizeram a diferença. “Histórias Cruzadas” é baseado no romance escrito por Kathryn Stockett e foi indicado ao Oscar em quatro categorias - melhor filme, melhor atriz principal, para Viola Davis, e Melhor Atriz Coadjuvante, para Jessica Chastain e Octavia Spencer, que inclusive levou o prêmio.

Logan

Por Thiago Moura

Apesar de estar classificada como coadjuvante no filme "Logan", Dafne Keen é uma jovem de apenas 12 anos que demonstra um potencial enorme, e certamente é a alma do primeiro filme do Wolverine que é realmente bom. Ela interpreta Laura Kinney, também conhecida como X-23 e clone do próprio Wolverine. Assim como seu "pai", ela possui uma rápida regeneração, maestria em combate corpo-a-corpo, duas garras de adamantium que saem de suas mãos, além de uma garra em cada pé.

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Laura representa a esperança em um mundo devastado onde nenhum mutante nasceu há 20 anos, e apesar de Logan relutar em aceitar a conexão entre eles, acaba aceitando o papel de pai e tutor. Claro que isso soa como algo cotidiano, mas é preciso lembrar que Wolverine é basicamente um animal furioso que é perseguido o tempo todo por pessoas que querem utilizar seu poder como uma arma para benifício próprio ou governamental, e a situação não é diferente com Laura.

Os enormes olhos castanhos de Dafne Keen e sua aparente fragilidade emprestam o tom de inocência de uma criança comum para X-23, mas é inegável que existe uma certa estranheza em seu olhar, e essa estranheza fica escancarada quando ela explode em fúria e massacra diversos soldados com as próprias mãos. Ela é basicamente muda, foi criada em um laborátório que a treinou para não possuir nenhum sentimento além de raiva e ainda assim é extremamente cativante e expressiva.

Ao contrário do que se espera, Logan não é quem salva, ensina e protege Laura mas justamente o oposto. Além disso, é um ótimo exemplo de heróina para todas as meninas que gostam de super-heróis e não tem uma boa representante ainda. Se a Fox quiser passar o manto do Wolverine para alguém, estaria em excelentes mãos.

Mad Max: Estrada da Fúria

Por João Gabriel

O fortemente premiado longa dirigido por George Miller, “Mad Max: Estrada da Fúria”, é o quarto filme da franquia que acompanha a saga do personagem Max Rockatansky (anteriormente vivido por Mel Gibson, e agora interpretado por Tom Hardy). Agora, ele está situado em um deserto insano e pós-apocalíptico, onde há a falta de água e gasolina. Os suprimentos são armazenados por um líder cultista denominado Immortam Joe (vivido por Hugh Keays-Byrne), que vive com um grande exército de serviçais dentro de um caminhão tanque.

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Okay, João. Acompanhamos a trajetória de mais um cara machista por aí em um filme de bombardeio e loucura? É aí que você se engana. O longa nos apresenta uma nova personagem que rouba a cena pro restante do filme. Seu nome? Furiosa (Interpretada por Charlize Theron)! A dominadora da Estrada da Fúria, que acaba se tornando a protagonista, possuindo as cenas mais bonitas e pesadas do filme.

George Miller consegue trazer um filme abarrotado de ação de altíssimo nível unido a fortes questionamentos sociais relacionados ao gênero feminino. Além de demonstrar muita força e inteligência, Furiosa é a personagem que mais representa a determinação e a união feminina na luta por um mundo melhor e igual entre homens e mulheres. Na minha humilde opinião, esse filme deveria se chamar “Mad Max - Estrada da Furiosa”

Menina de Ouro

Por Mike Ale

Quem disse que boxe é coisa de homem? Existe uma longa linha de filmes do ‘gênero’: "Touro indomável", "Rocky, O Campeão"… Todos com personagens masculinos se enfrentando nos ringues. Isso até 2004, quando Clint Eastwood resolveu contar a história de Maggie Fitzgerald (Hilary Swank). E a protagonista não fica devendo nada pra ninguém.

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A jovem determinada já começa o filme enfrentando sua primeira luta fora dos ringues: o machismo. Frankie Dunn (Clint Eastwood), um treinador durão e boxeador aposentado não aceita treinar a entusiasta pelo simples fato dela ser uma mulher, e pelo fato da moça já ser “velha demais”. Mas a persistência e a força de vontade de Maggie fazem Frankie perceber que ele está diante de uma grande lutadora (em todos os sentidos da palavra).

No decorrer da história a gente começa a conhecer mais de Maggie, sua família difícil, seu relacionamento conturbado com a mãe, e sua gana de vencer na vida. E em todos os aspectos, a gente torce por ela.

Um grande mérito do filme é justamente as cenas de luta. Nada de amaciar só porque são mulheres no ringue. Muito pelo contrário. A crueza e ferocidade dos golpes dão o realismo bárbaro de uma luta de verdade.

As motivações de Maggie são tão simples quanto complexas, ela quer simplesmente ser reconhecida por aquilo que faz de melhor: Lutar.

E ela luta. O tempo todo. A vida toda. Como toda mulher.

O Labirinto do Fauno

Por Carlos Augusto Ferraro Miorim

Em "O Labirinto do Fauno", Guillermo del Toro apresenta a sua “versão empoderada” de um conto de fadas. Subvertendo o estilo tradicional das donzelas em perigo e princesinhas indefesas, o filme traz três personagens femininas de destaque (Ofelia, Carmen e Mercedes) que lutam contra um mundo que tenta oprimir e subjugar a sua natureza independente.

Inclusive, se você prestar atenção, o filme passa no Teste de Bechdel (que é isso mesmo, clica aqui que a Lu te explica).

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Se você acha que "O Labirinto do Fauno" é apenas um conto de fadas está na hora de rever essa pérola do cinema. Por sinal, o filme foi indicado a seis Oscars e faturou três. Correndo o risco de entregar algum spoiler não posso deixar de falar um pouco das três heroínas do filme.

Primeiro temos a pequena a Ofelia, a protagonista da história. Ela pode ser uma princesa de um mundo fantástico e pode estar em perigo - seja nas garras dos monstros que encontra em sua jornada mística ou pelas mãos do seu terrível padrasto (nada de madrasta aqui, Cinderela), o Capitão Vidal -, mas em nenhum momento ela precisa de ajuda de alguém para encontrar o seu caminho neste labirinto.

Enquanto isso, Carmen, a mãe de Ofelia, é uma mulher forte. Um olhar mais atento revela que ela não é um objeto sem vontade própria, ela está ciente de suas escolhas e principalmente de seus desejos. Ela deixa bem claro que está com o Capitão porque se sentia solitária, e aí está a beleza da leitura do filme, que em nenhum momento a julga por ser humana e ter desejos sexuais e afetivos.

Por fim temos Mercedes. A guerrilheira espiã mostra o que acontece quando você subestima uma mulher. A mente machista do Capitão Vidal impede que ele perceba a força de Mercedes. A guerrilheira não luta apenas contra um regime fascista, mas contra toda uma cultura patriarcal misógina que oprime as mulheres.

Valente

Por Fábio Jordão

Baseados em uma triste realidade, muitos filmes com mulheres empoderadas apresentam histórias de violência, em que protagonistas sofrem algum tipo de agressão ou abuso e se libertam para revidar e reivindicar sua dignidade. Apesar das ações um tanto questionáveis (alô direitos humanos!), não há como negar que é gratificante ver a retribuição na mesma moeda — até porque a canalhice impera faz tempo.

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Entre tantos títulos com essa pegada, há um longa-metragem em particular que me chama a atenção pelas dúvidas que surgem na cabeça de uma mulher após passar por um episódio um bocado traumático. Em “Valente” (não é o filme da Disney), acompanhamos a história de Erica (Jodie Foster), uma radialista que vê seu noivo ser brutalmente assassinado, situação em que ela quase também virou uma vítima fatal.

Após tal ocasião, ela descobre dentro de si uma pessoa que lhe é totalmente desconhecida. Ela vaga pela cidade à noite, armada e em busca de vingança, em conflito consigo mesma. O roteiro é bastante comum, mas ainda é necessário para relembrar dos perigos, que são estampados diariamente em jornais do mundo todo. Recomendado para quem gosta de um suspense ousado e com muita ação.

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E aí, gostou das sugestões? Tem mais alguma para acrescentar? Conta pra gente nos comentários!

Além do Hype nas Telonas | Era uma vez um trailer que contou todo o filme

Hype: campanha publicitária que diz ao público de forma superlativa o quanto um filme é excelente em suas qualidades ou importante enquanto produto de cultura;

Com o boom da internet e as novas opções para campanhas de marketing, muitas produtoras se aproveitaram da inocência do público para criar enormes “hypes” sobre vários filmes.

Essa mudança na divulgação dos filmes foi positiva do ponto de vista de bilheteria (principal objetivo para as produtoras e os respectivos profissionais que desenvolveram tais táticas). Contudo, isso mudou um bocado o rumo das produções nos últimos anos.

É difícil definir o quanto isso foi positivo ou negativo para o público, mas é fato que muitas produtoras mudaram suas estratégias para focar em receitas mais marqueteiras, mas não necessariamente mais evoluídas do ponto de vista cinematográfico.

Por outro lado, o exagero nas peças publicitárias levou muita gente a cair em armadilhas, uma vez que nem sempre o resultado corresponde ao conteúdo apresentado nos trailers. Como eu disse, resta aqui uma parcela de inocência do espectador que acredita naquilo que vê.

E quando eu digo inocência, não quero que você leve para o lado pessoal. A gente não percebe esse tipo de ação dos profissionais do ramo e acabamos passando por inocentes e engolindo tudo o que eles divulgam.

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Pensando em todos esses pontos e tendo exemplos como “Esquadrão Suicida”, “A 5ª Onda”, “As Tartarugas Ninja – Fora das Sombras” e “O Lar das Crianças Peculiares” — isso só para citar alguns títulos de 2016 —, damos início hoje a uma série de artigos para falar sobre o excesso do hype e como a internet tem estragado um tanto da experiência no cinema.

Intitulada como “Além do Hype nas Telonas”, este punhado de textos pretende elucidar algumas mancadas das próprias produtoras, da equipe de marketing dos filmes e também do público que acaba exagerando nas reações. O objetivo aqui não é “ditar regras” ou determinar como a indústria deveria funcionar, mas apenas conversar sobre esses inconvenientes.

O objetivo de um trailer

Desde a inauguração do Café com Filme, lá em 2010, nós entregamos informação, conteúdo e opinião sobre cinema para você que busca simplicidade e sinceridade. Ao longo desses sete anos, nós divulgamos milhares de trailers aqui no site, focando bastante nas novidades, mas sem deixar de lado filmes pouco convencionais ou mais artísticos.

Independente do título, os trailers são sempre muito buscados, já que eles dão uma noção do que a pessoa verá no cinema. Este é justamente o objetivo, uma vez que esse tipo de material consiste na junção de pequenos trechos para divulgação e publicidade do filme, então apresentar algumas cenas do todo e deixar o espectador empolgado é apenas o básico.

A missão de quem monta um trailer é criar um vídeo que deixe a pessoa curiosa para ver a obra completa. Esse tipo de material pode ser bem apresentado, com uma trilha empolgante, com apenas algumas cenas curtas e sem revelar qualquer diálogo (veja o exemplo acima do filme “A Criada”).

Dá também para misturar cenas boas e deixar o público ansioso por mais dessa fórmula, uma tática bem mais fácil e comum para muitos filmes recentes. Em alguns casos, rola até apelação para trilhas sonoras comerciais (tipo o trailer novo do filme “Logan”).

Todavia, pensando no lado da propaganda, o trailer tem como único objetivo ressaltar o que há de melhor no filme. É como vender qualquer produto, onde somente as qualidades são evidenciadas. Nada de errado aqui, mas isso pode ser enganoso, já que um filme tem duas horas de duração e consiste em muito mais do que algumas poucas sequências de ação.

Quando o trailer revela tudo

Spoiler: ato de revelar informação substancial sobre a história de determinado filme para terceiros que ainda não tiveram a oportunidade de conferir o conteúdo completo.

Com a “hype” lá em cima, as pessoas correm desesperadas para o cinema para conferir os lançamentos em primeira mão. Inevitavelmente, empolgadas pelo que viram na telona, as pessoas acabam soltando “spoilers” sobre aquilo que assistiram e, consequentemente, estragam a experiência daqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ver os filmes.

Importante: não seja esse tipo de pessoa. Não é legal dar spoiler.

Dito isso, é preciso pensar que o spoiler não é uma exclusividade de amigos que não têm noção. Muitas vezes, a própria produtora solta spoilers e prejudica a experiência do público. Como? Bom, sinopse e trailer servem para divulgar o filme e dar uma noção do que o público deve esperar de uma produção, mas o problema é que isso pode fugir do controle.

Revelar um pouco da história é importante, mas mostrar muito pode ser prejudicial, já que o público não tem o que descobrir no cinema. E olha que não são raros os filmes que entregam informações cruciais para o desenvolvimento da trama. Um bom exemplo disso é “Invasão de Privacidade”, que não apenas dá pistas sobre os personagens, porém exibe todo o desenrolar da trama em um ou dois minutos.

Divulgar uma produção de um grande estúdio (pensa aí numa Disney ou Warner), com grandes personagens (de franquias como Star Wars ou Marvel) e atores famosos é moleza. Esse tipo de filme inclusive se vende sozinho, mas ainda é possível estragar a divulgação com uma enxurrada de trailers — Vingadores e similares que o digam...

Acontece que, muitas vezes, produtoras e as distribuidoras (principalmente as independentes) têm a difícil missão de vender a ideia de um filme com atores poucos conhecidos ou que já não estão tão em voga. Como proceder nesses casos? O jeito é apelar para a trama e para as cenas cheias de efeitos especiais, afinal, o público quer ver o inusitado na telona.

Aí que os marqueteiros pedem para os editores de vídeo capricharem nessa parte. É nessa parte do processo que eles colocam as cenas mais legais do filme e fazem um trailer de três minutos para convencer a galera a pagar o ingresso. No fim das contas, o tiro pode sair pela culatra, pois as pessoas já sabem tudo que vai acontecer e não topam ir ao cinema (tipo nesse trailer acima do filme Mr. Church).

Trailers de filmes ruins e a teoria do cartaz

O pior é que, em alguns casos, os trailers que mostram muito são mais comuns para divulgar filmes pouco inovadores ou até mesmo “ruins”. E isso não é algo que eu inventei, mas um mito (talvez com um fundo de verdade... ou com um poço de verdades) que se espalhou entre os espectadores que são fãs de carteirinha dos cinemas — e que aprenderam isso do pior jeito.

Não é por acaso que a galera viciada em trailer até bolou uma teoria sobre trailers. Reza a lenda que vídeos de filmes poucos conhecidos que tentam mostrar muita coisa são finalizados com a imagem do cartaz do longa-metragem (a mesma arte usada na divulgação de banners) tendem a ser uma propaganda muito bem argumentada para filmes ruins.

É claro que esta não é uma verdade absoluta, mas a probabilidade de isso acontecer em produções de baixo orçamento é grande. Por conta dos recursos limitados, esses filmes tendem a apresentar efeitos mais simples e até uma qualidade geral mais baixa, o que pode ser ainda mais intensificado por um roteiro furado.

No entanto, ultimamente, até mesmo grandes produtoras têm usado deste recurso em alguns trailers. E vale cogitar que nem mesmo obras de grandes estúdios estão livres de uma execução cheia de clichês ou de histórias incoerentes.

Então, se você é um aficionado por trailers, vale segurar o pé no pedal da empolgação. Com tantas artimanhas para deixar a gente no “hype”, as produtoras exageram na divulgação e, muitas vezes, entregam pouco. Uma pena que a indústria levou tudo para este lado enganoso. Você já se decepcionou com muitos trailers? Enxerga alguma verdade nisto que foi dito?

Cortina de água de “Moana – Um Mar de Aventuras” encanta o público em São Paulo

Os Walt Disney Animation Studios não cansam de encantar o público com sua criatividade nas animações - e também nas ações feitas para divulgar sua produções. 

E a mais nova invenção dessa galera foi uma atração exibida no Shopping JK, em São Paulo, no último dia 14 de janeiro, para divulgar o mais novo filme do estúdio, “Moana – Um Mar de Aventuras”.

Nela, imagens e conteúdos especiais em vídeo foram projetados em uma cortina de água que encantou e refrescou as famílias que participaram do evento. E tudo a ver, né, já que a animação se passa inteira no mar. 

A cortina de água possui uma tecnologia que faz com que formas e desenhos que remetem à animação se formem e assim o público possa brincar e interagir com a água. À noite, a cortina recebe projeções de conteúdos especiais e clipes das músicas do filme.

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Moana – Um Mar de Aventuras” traz para as telonas a história sobre uma adolescente polinésia de 16 anos (voz de Auli’i Cravalho na versão original) que se aventura pelo Oceano Pacífico para desvendar o mistério que envolve seus ancestrais.

Durante esta grande aventura, ela encontra o “espirituoso” e poderoso semideus Maui (voz de Dwayne Johnson na versão original) e, juntos, eles embarcam em uma viagem cheia de ação, enfrentando criaturas inusitadas, algumas até ferozes, e muita diversão.

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Do mesmo estúdio de “Zootopia” e “Frozen - Uma Aventura Congelante” e dirigido pela consagrada equipe de cineastas Ron Clements e John Musker ("A Pequena Sereia" e "Aladdin"), “Moana – Um Mar de Aventuras” iniciou sua odisseia nos cinemas brasileiros no dia 5 de janeiro de 2017. Veja aqui a nossa crítica da animação!

E confira o vídeo com a transmissão ao vivo que o Youtuber Lucas Rangel fez durante o evento: 

Das telonas às telinhas | Confira algumas histórias de filmes que viraram séries

Primeiro foram 13 elaborados livros cuja história começou a ser contada no cinema. "Desventuras em Série", inspirado na história criada por Lemony Snicket, estreou no Brasil em 2005, trazendo apenas uma parte de todos os incidentes vividos pelos irmãos Baudelaire. E agora, 12 anos depois, mais uma vez essas linhas vão extrapolar as páginas e virar roteiro de audiovisual, por meio da nova série assinada pelo Netflix.

Mas, "A Series of Unfortunate Events" está longe de ser o primeiro roteiro a ganhar uma extensão por meio da televisão - ou do streaming, no caso. É claro, também, que alguns fizeram o caminho contrário: de série, viraram filmes, como é o caso de Prison Break, por exemplo. 

Pra comemorar esse lançamento, lembramos aqui algumas das adaptações mais recentes — e outras nem tanto — que estão entre as nossas favoritas.

Ash vs Evil Dead

Por Carlos Augusto Ferraro

"Ash vs Evil Dead" é tudo o que os fãs poderiam esperar de um seriado baseado na franquia Uma Noite Alucinante. O programa é uma espécie de continuação dos filmes, trazendo o retorno de Ash e sua interminável luta contra os terríveis deadites

O programa tem a mesma pegada dos filmes, misturando humor e terror, isso sem poupar nem uma gota de sangue. Ponto para a produção que entrega maquiagens e efeitos especiais de alta qualidade. 

Bruce Campbell segue perfeito como Ash, conferindo aquele jeito canastrão que criou uma amalgamação quase que inseparável entre ator e personagem. Também vale destacar os novatos Ray Santiago (Pablo) e Dana DeLorenzo (Kelly), além da bela Lucy Lawless (lembram da Xena, A Princesa Guerreira?) que completam o elenco principal com muita qualidade. 

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A razão de "Ash vs Evil Dead" funcionar tão bem é a maneira como o show expande a mitologia da franquia cinematográfica explorando novas narrativas e se aprofundando em elementos recorrentes da franquia, como o Necronomicon (o livro dos mortos).

Highlander

Por Carlos Augusto Ferraro

Tudo o que "Highlander: O Guerreiro Imortal" tinha de incrível foi sumariamente destruído com a chegada do segundo filme. O roteiro atrapalhado e as inventices da trama arruinaram a mística criada pelo clássico cult de 1986.

Porém, a magia do filme acabou ressuscitando em outra mídia. Pegando o gancho do que foi apresentado no primeiro filme e desconsiderando totalmente as atrocidades do segundo filme, a série aproveita as coisas que funcionavam na película - luta de espadas, magia e trilha sonora do Queen - e expande para algo muito maior. 

No filme, fomos apresentados a Connor MacLeod (Christopher Lambert), um guerreiro escocês que descobre ser imortal e deve lutar combater outros como ele, para não perder a cabeça na luta pelo prêmio final (mortalidade).

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No seriado, descobrirmos que Connor tem um primo, Duncan MacLeod que também é um Imortal, sendo que o programa acompanha a jornada de Duncan, conforme ele descobre mais sobre a mitologia dos Imortais e do Jogo (como é chamada a guerra entre Imortais em busca do prêmio final).

A série deu certo em vários aspectos e além de seis temporadas ainda rendeu dois spin-offs (um para a internet) dois filmes.

Os 12 Macacos

Por Lu Belin

Muitas possibilidades ficaram em aberto e perguntas seguiram sem resposta nas idas e vindas de James Cole pelo tempo e pelo mundo. É por isso que a galera do Netflix decidiu que a história de "Os 12 Macacos" precisava continuar - 20 anos depois da estreia internacional do filme estrelado por Bruce Willis

Na película dirigida por Terry Gilliam, Cole é um solitário viajante do tempo vindo do ano de 2035, de onde traz notícias de uma terra devastada. Ele chega ao passado com a missão de impedir alguns fatos que levaram à quase extinção da raça humana.

Chegando nos tempos atuais, ele encontra a dra. Cassandra Railly (ou Kathryn Railly, interpretada por Madeleine Stowe) que pode ajudá-lo, ainda que contra à vontade, a impedir que um terrível vírus seja espalhado e, para isso, encontrar o Exército dos 12 Macacos.

A adaptação do filme, que é até hoje muito bem avaliado, deixou muita gente decepcionada - embora eu particularmente ache suficientemente divertida. Com Aaron Stanford na pele de Cole e Amanda Schull no papel de Dra. Cassandra, a série expande a narrativa para contar um pouco mais sobre como é esse futuro, ao mesmo tempo em que explora os paradoxos temporais e amplia a capacidade de Cole de passear pelo passado.

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Dentro desse universo futurístico, novas rivalidades são criadas, novos grupos e facções. Outros personagens são introduzidos e antigos ganham novas e aprofundadas histórias, além de a própria capacidade de ir e vir pelos anos afora ser ampliada para muito mais viagens.

Stanford até poderia ter se dado bem no papel, mas convenhamos, não é fácil competir com ninguém menos que Bruce Willis, então acaba deixando a desejar nesse sentido. Alguns aspectos do roteiro e do próprio personagem ficam devendo, mas é uma adaptação divertida, embora não muito consistente.

A série começou recentemente e a Netflix soltou a segunda temporada não tem muito tempo. Agora é ver se engata já que a primeira vem sendo bem criticada. 

Buffy - A Caça-Vampiros

Por Lu Belin

Uma das personagens femininas mais inspiradoras, engraçadas, sexys e matadoras da história da televisão saiu, acreditem, de um filme. Muita gente não sabe, mas cinco anos antes da série ser concebida, em 1997, Buffy foi personagem de um filme, em 1992, que trazia o mesmo título: "Buffy - A Caça-Vamiros".

Intepretada por Kristy Swanson, no longa-metragem o roteirista Joss Whedon revela o início da história da estudante de ensino médio líder de torcida quando ela descobre que é muito mais do que uma menina comum. Uma série incrível que vem nos proporcionando gifs engraçados desde os anos 90

Ela na verdade herda uma força e uma habilidade incríveis de caçar vampiros - e toda a sorte de outras criaturas demoníacas. Na série, Buffy (Sarah Michelle Gellar) tem a ajuda dos amigos Xander (Nicholas Brendon) e Willow (Alyson Hannigan) e do professor Rupert Giles (Anthony Head) para enfrentar cada uma das mirabolantes criaturas que aparecem vindas de sei lá onde, enquanto lida com seus dilemas adolescentes e com seus amores - ou amor pelo vampiro Angel, que, por sinal também teve sua história contada em um spin-off.

O resultado é uma série meio dramática, meio suspense, meio adolescente, com uma composição extremamente trash, porém divertidíssima.

Um Drink no Inferno

Por Fábio Jordão

Robert Rodriguez é um cara que ganhou seu respeito lá na década de 1990 com filmes como “O Mariachi”, “A Balada do Pistoleiro” e, claro, “Um Drink no Inferno”. Esse último ganhou atenção especial na época e até hoje é considerado um grande título de terror.

Com o toque especial de Quentin Tarantino no roteiro (e como um dos protagonistas) e George Clooney no papel principal, o longa se destaca até hoje pelo tom excessivo de palavrões, ação, sangue e cenas divertidas. A produtora até tentou aproveitar o embalo para mais continuações cinematográficas, mas a mudança na produção causou grandes prejuízos.

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Quase duas décadas depois, o próprio Rodriguez resolveu voltar a este universo, entregando ao público uma história bastante similar com a do filme, mas recheada de efeitos especiais e com espaço para desenvolver muito melhor a história. Os irmãos Seth e Richie voltam a cometer crimes pesados e acabam presos no velho bar frequentado pelos vampiros. 

A série que recebe o mesmo título do longa original estreou no Netflix e chamou a atenção com um elenco competente, que inclui nomes como DJ Cotrona, Zane Holtz, Eiza González e Jesse Garcia. É interessante que muito do clima do filme foi mantido, então tanto fãs antigos quanto novos espectadores são bem-vindos neste universo de crimes, trevas e loucuras.

Westworld

Por Fábio Jordão

Muita gente que está acompanhando — ou que viu alguma coisa — da recente série da HBO sequer imagina que a obra de Jonathan Nolan e Lisa Joy é baseada em um filme homônimo lá de 1973. Pois é, apesar de tomar um rumo completamente diferente do longa-metragem de Michael Crichton, a série aproveita vários conceitos do título cinematográfico.

Na história de “Westworld – Onde Ninguém, Tem Alma”, somos levados para um futuro em que androides imitam perfeitamente os comportamentos e trejeitos dos seres humanos, servindo como anfitriões de um parque de diversões com vários cenários. Quer viver uma aventura no mundo medieval, na antiga roma ou no velho oeste? Tudo é possível neste lugar!

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A série da HBO pega a linha de um futuro pautado em tecnologias utópicas e joga o espectador para conhecer os perigos de um verdadeiro cenário de faroeste. Com um sistema repleto de possibilidades, esta obra televisiva mostra como é possível transformar uma ótima ideia (o roteiro do filme já era interessante) em algo meticuloso, emocionante e bastante intrigante.

Nesta série, o público é levado para dentro do parque, onde vai começar a compreender como funcionam as emoções humanas, um pouco do mundo robótico e também os perigos que residem no limite entre a ficção e a realidade. No elenco tem nomes como Anthony Hopkins, Ed Harris, Rodrigo Santoro, Ben Barnes e Evan Rachel Wood. Simplesmente, imperdível!

Especial Halloween: a bruxa está solta no Café com Filme!

Finalmente chegou o 31 de Outubro e, para fechar o mês e o nosso Especial Halloween, trouxemos uma lista com alguns dos melhores filmes que giram em torno delas, as rainhas desse dia, as bruxas!

Confira as escolhas da galera do Café com Filme para esse Dia das Bruxas!

A Bruxa (2016)

Sugestão do Fábio Jordan

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Nada melhor do que começar uma lista de filmes sobre bruxas com um título bem propício. O filme “A Bruxa” é uma produção bem recente, lançada no começo de 2016, que consta a história de uma família cristã da Nova Inglaterra, lá na década de 1630, que resolve se mudar para uma casa nova, longe da cidade e também das encrencas.

Eles queriam um novo começo, porém a escolha de um lugar perto da floresta talvez não tenha sido a melhor ideia de todas. Após a mudança, coisas bizarras começam a acontecer. Os animais agem de forma esquisita, as plantas morrem, uma das crianças desaparece sem deixar vestígios. A família acusa a jovem Thomasin (Anya Taylor Joy) de feitiçaria, mas o perigo pode ser maior do que eles imaginam.

O grande charme do filme não é nem as cenas de terror, mas todo o clima de tensão construído em meio ao suspense e a ambientes cheios de perigos. O filme já está disponível em DVD e no iTunes, sendo uma das melhores produções do gênero. Recomendado ver no escuro e em silêncio.

A Maldição (1996)

Sugestão da Lu Belin

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Essa segunda indicação não é exatamente de um filme de Bruxa, embora envolva feitiçaria. Recentemente, entrou para o catálogo da Netflix o longa-metragem Thinner, inspirado no livro homônimo do Stephen King - que só agora eu fui descobrir que no Brasil foi lançado como "A Maldição". Bem, se ele não fala de bruxa, tá fazendo o que nessa lista? Talvez você precise ver o filme para saber ?

O que eu posso adiantar aqui é que a produção conta a história de um proeminente advogado norte-americano chamado Billy Halleck, que anda sofrendo para sair da sua condição de obesidade. Voltando para casa depois de um evento, ele e a esposa se distraem no trânsito e acabam atropelando uma pessoa, que pertence ao clã dos ciganos locais.

O ancião dos ciganos fica tão furioso que lança uma curiosa maldição sobre o advogado. Daí por diante, a história descamba por cenas terríveis, vingança, violência e correria, além de, claro, muita bruxaria. Uma das gratas surpresas que o Netflix nos trouxe, com destaque para excelentes efeitos especiais e maquiagem, considerando que estamos falando de um filme de 1996.

Arraste-me para o Inferno (2009)

Sugestão do Fábio Jordan

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Eu não sou muito ligadão em filmes de bruxas, pelo simples fato de que muitos desses filmes abordam bruxinhas mais sensuais, adolescentes ou pouco convincentes. Nada contra quem curte, mas gosto muito mais de uma pegada mais séria ou que ao menos mostre os poderes dessas mulheres perigosíssimas, como o próprio "A Bruxa" que comentei acima.

Outro filme que me chamou bastante atenção e que acho que deve estar nessa lista é “Arraste-me para o Inferno”. Dirigido e roteirizado por Sam Raimi (especialista no gênero, que escreveu “Uma Noite Alucinante”), esta obra conta a história de uma analista de crédito (Alison Lohman) que rejeita um empréstimo para uma senhora e tem sua vida amaldiçoada.

O filme ainda tem Justin Long como um dos protagonistas e apresenta várias ligações entre a bruxaria e as forças das trevas. Por ser um filme de Raimi, você pode esperar algumas cenas mais trashes, mas não se deixa enganar, pois o terror é real e vai ter muita coisa assustadora. Veja no escuro e com poucos amigos. E não se esqueça de ser mais generoso com senhoras sinistras.

Convenção das Bruxas (1990)

Sugestão da Lu Belin

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Uma das principais características da figura da bruxa nos mais diferentes mitos, lendas e histórias sobre ela é a capacidade de alterar sua imagem para disfarçar perante os humanos sua aparência horripilante.
Seja para poder viver entre os não bruxos, seja para atrair vítimas desavisadas, elas se transformam, com frequência em mulheres de beleza extraordinária.

Em "Convenção das Bruxas", elas não apenas se disfarçam para viver entre nós, como também são muito más e ardilosas, mas, principalmente, organizadas.

Nesse filme, a sensacional Anjélica Huston (que já tinha ali no seu histórico de magia a feiticeira Vivianne, de As Brumas de Avalon, e a assustadora Mortícia Addams) é Eva Hernst, a líder de um grupo de feiticeiras malignas bem no meio de um superencontro que reúne centenas delas. Curioso, o menino Luke (Charlie Potter) acaba envolvido no meio dessa treta e transformado em um rato por uma delas.

Típico filme de Sessão da Tarde (mas nem por isso pouco assustador), "Convenção das Bruxas" é uma aventura infantil para todas as idades, cheia de reviravoltas, poções, feitiços e caldeirões. Se você ainda não viu, coloca aí na sua lista e não perde tempo!

Suspiria (1977)

Sugestão do Carlos Augusto

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Eu não gosto de filmes de bruxas, mas... vamos falar de terror e de bruxas não posso deixar de lembrar do grande Dario Argento e de “Suspiria”. A trama é bem simples, uma garota vai estudar em uma famosa, e supersinistra, escola de dança na Europa. Quem diria que o lugar é o covil de um bando de Bruxas sanguinárias?

O clima gótico ajuda a estabelecer um suspense que praticamente define o “giallo” contemporâneo que Argento imprime ao longo de toda a sua carreira. Se você superar as limitações técnicas e financeiras da época e entrar de cabeça no filme, “Suspiria” entrega tudo o que espera de um suspense sobrenatural.

Serviço de Entregas da Kiki (1989)

Sugestão do Carlos Augusto

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Se um dos principais argumentos para você assistir “Suspiria” é a marca de Argento, basta dizer que “O serviço de Entregas da Kiki” é mais um longa do gênio Hayao Miyazaki.

O quarto filme do icônico estúdio Studio Ghibli traz a habitual qualidade das animações orientais para contar a adorável história de Kiki, uma bruxinha que aos 13 anos deve sair de casa para descobrir seu dom, para que possa sobreviver em uma nova cidade.

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E você, qual seu filme favorito envolvendo as feiticeiras? Conta pra gente nos comentários e não deixe de conferir também nossa lista com os melhores longa-metragens de terror, dicas de filmes que vão passar no Telecine e no Megapix e também a lista com as bruxinhas mais queridas do cinema!

Especial Halloween: filmes de terror pra ver nesse 31 de outubro

Monstros, vampiros, diferentes interpretações do diabo, zumbis, entidades, fantasmas e toda a sorte de criaturas são revividas nesta época do ano - e o cinema vem usando toda a sua criatividade para nos assustar usando esses seres do outro lado do mundo.

Como parte do nosso Especial Halloween, selecionamos algumas das películas de terror favoritos da equipe do Café com Filme como sugestão para você curtir um medo nesse Halloween. Veja a lista e boa sorte!

A Cidade dos Amaldiçoados (1995)

Indicação da Lu Belin

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Filmes de terror não são o meu forte, atualmente, mas quando criança e adolescente lembro que via muita coisa do gênero e gostava muito. E um dos favoritos era esse aqui. "A Cidade dos Amaldiçoados" se passa em uma típica cidadezinha norte-americana chamada Midwich. Algo muito estranho acontece e, de repente, dez mulheres estão grávidas.

Quando as crianças nascem, coisas ainda mais estranhas começam a acontecer, despertando a curiosidade do médico da cidade, Dr. Alan Chaffee (Christopher Reeve), e da cientista Dra. Susan Verner (Kirstie Alley), que se juntam para tentar entender melhor e lidar com o terror que as crianças começam a impor sobre a comunidade.

Dirigido por um dos mestres do terror no cinema, John Carpenter (Christine - O Carro Assassino), o filme é uma refilmagem do "Aldeia dos Amaldiçoados", de 1960. Mesmo com vários furos no roteiro e com diversas limitações por conta da época, ainda é uma excelente pedida para a noite de Halloween.

Colheita Maldita (1984)

Indicação da Lu Belin

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Um verdadeiro clássico baseado no livro de Stephen King, o filme Colheita Maldita (1984) é o primeiro de diversos filmes com o mesmo título, não necessariamente continuidades. Nos Estados Unidos, se chamava "Children of the Corn" [Crianças do Milho ou Crianças do milharal, em tradução livre].

No longa-metragem, um casal que vive na zona rural é testemunha de um cruel assassinato e decide ir até a cidade mais próxima para chamaro xerife. Quando chegam ao povoado de Gatlin, percebem que o crime que presenciaram é de longe a coisa mais estranha que acontece por lá.

Acontece que a cidade está praticamente dominada por uma criança, o menino Isaac Chroner, que tem um sinistro e misterioso controle sobre as outras crianças da região. Mas não apenas ele decidiu mandar nos coleguinhas: o garoto ordenou que as crianças assassinassem todos os adultos para usar o sangue como adubo para uma colheita que vai libertar uma espécie de entidade.

E aí é claro que quando o casal chega por lá, se torna o mais novo alvo das crianças aterrorizadoras.

Isaac conseguiu convencê-las a assassinarem todos os adultos para um ritual maldito. Na verdade, os sacrifícios são necessários, porque o sangue é utilizado para adubar uma colheita sagrada. E agora só resta ao casal lutar para fugir do mesmo destino.

O Dia da Besta (1995)

Indicação do Carlos Augusto

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Se estamos falando de terror temos que falar do vilão supremo, o Diabo! Vários filmes colocam o tinhoso em primeiro plano, mas um dos meus favoritos é “O dia da Besta”. O filme acompanha a insólita jornada de um trio formado por um padre, um fã de Black Metal e um apresentador de tv que juntam forças para impedir o nascimento do Anticristo.

Com uma mistura bem equilibrada de suspense, aventura e humor, “O Dia da Besta” é uma pérola do gênero que acaba passando despercebida por muita gente.

O Segredo da Cabana (2012)

Indicação do Carlos Augusto

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Não sabe qual filme de terror escolher, que tal todos de uma vez só. “O Segredo da Cabana” conta a já batida história de um grupo de jovens cheios de hormônios que resolvem se enfiar em uma cabana no meio do nada até o momento em que uma força sinistra começa a tocar o terror pra cima de todo mundo.

Claro que a história não para por aí, mas nada de spoilers aqui, basta dizer que a cabana realmente tem um segredo é aí que as coisas ficam interessantes. O grande trunfo de “O Segredo da Cabana” é a forma como ele brinca com o gênero, subvertendo tudo que você conhece dos filmes de terror e o desfecho é uma grande ode aos maiores títulos do gênero.

Olhos Famintos (2001)

Indicação do Fábio Jordan

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Os filmes de terror geralmente são marcados por clichês, o que inevitavelmente acaba diminuindo a carga de tensão sobre o espectador. Justamente por fugir de alguns padrões é que "Olhos Famintos" acabou chamando minha atenção. Apesar de eu ter visto o filme pela primeira vez quando ainda era pequeno, o longa-metragem estrelado por Justin Long e Gina Philips acabou mexendo bastante com meu imaginativo.

Na trama, dois jovens estão viajando tranquilamente por uma estrada quando são incomodados por um veículo misterioso, que os coloca em pânico. O susto é grande, mas nada de extraordinário acontece e os dois resolvem seguir viagem. Só que eles tiveram a infelicidade de ver o veículo estacionado em outro lugar, então a curiosidade toma conta e eles decidem ver quem era o lunático atrás do volante.

Péssima ideia. A partir desse momento, os dois embarcam numa jornada de pesadelo, quando um ser inusitado começa a persegui-los. Logo, o roteiro é tomado por desespero, desconfiança e mistério. Quem é essa criatura? O que ele deseja? Talvez era melhor não ter mexido com este sujeito perigoso, já que ele tem um olhar faminto. Vejam com bastante atenção e curtam cada momento de tensão. Boa sorte!

Pânico ao Anoitecer (1976)

Indicação do Fábio Jordan

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Muita gente leva em conta que terror é apenas um gênero composto por filmes de vampiros, bruxas, zumbis ou criaturas bizarras do espaço sideral, mas grande parte dos títulos que integram essa lista são compostos por antagonistas humanos que mostram o pior da humanidade.

Um ótimo título de terror com serial killers é o clássico de 1976 intitulado “Pânico ao Anoitecer” (no original é “The Town That Dreaded Sundown”, que seria algo como “A Cidade que Temia o Pôr do Sol”), que tem uma narrativa bem interessante e transpira terror em cada passo de um assassino real.

Disponível no Netflix, este filme narra os fatos da história de um assassino em série que apavorou a cidade de Texarkana, lá na década de 1940. Num cenário de medo, um Texas Ranger caça o criminoso conhecido apenas como Fantasma, que usa um capuz branco e costuma atacar casais com violência e métodos sinistros.

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E aí, já escolheu qual vai ver primeiro? Pegue sua cruz, sua estaca, sua bala de prata, faça seu círculo de sal e boa diversão!

Especial Halloween: Veja o que Megapix e Telecine prepararam para a data

O Dia das Bruxas costuma ser um um big deal em países como os Estados Unidos, que acabou ganhando força aqui no Brasil também nos últimos anos.

Por isso, muitos canais de TV, especialmente de TV a Cabo, lançam programações especiais para a data. Neste ano, o Megapix, por exemplo, preparou um especial para inundar a TV com vampiros, zumbis, bruxas e outras criaturas horripilantes.

Hotel Transilvânia

31/10, às 18h45

O lugar é um resort cinco estrelas, criado pelo Conde Drácula para receber monstros do mundo inteiro. Quando o anfitrião resolve dar uma festa para comemorar o aniversário de sua única filha, um humano atrapalhado aparece no local e cria muitas confusões.

Meu Namorado É um Zumbi

31/10, às 20h35

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Em um cenário pós-apocalíptico, o zumbi R. (Nicholas Hoult) começa um romance com a humana Julie (Teresa Palmer). O relacionamento acaba causando uma reação em cadeia em outros mortos-vivos, e eles começam a recuperar sua humanidade. Paralelamente, o general Grigio (John Malkovich), pai de Julie, está interessado apenas em exterminá-los.

João e Maria: Caçadores de Bruxas

31/10, às 22h30

Quando eram crianças, João e Maria foram abandonados pelos pais na floresta e acabaram indo parar na casa de uma malvada bruxa. Mas eles conseguem fugir da feiticeira e se tornam exterminadores de criaturas malignas. Já adultos (Jeremy Renner e Gemma Arterton) e famosos por seus atos, eles precisam solucionar o desaparecimento de várias crianças de uma cidade e derrotar a poderosa Bruxa Negra (Famke Janssen).

Zumbilândia

01/11, à 0h15

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A população mundial foi quase toda dizimada devido a um vírus que transforma pessoas em mortos-vivos. Para lutar contra os sanguinários zumbis, um grupo de humanos que se conheceu por acaso terá que unir forças e confiar uns nos outros para sobreviver.

No Telecine, o dia 31 será marcado por uma série de filmes de terror, além de o Telecine Play ter lançado diversas sugestões para a data.

Eu, Você e a Garota que Vai Morrer

Telecine Pipoca, às 15h40

Greg (Thomas Mann) está levando o último ano do ensino médio o mais anonimamente possível, evitando interações sociais, enquanto, em segredo, está fazendo animados filmes bizarros com Earl (RJ Cyler), seu único amigo. Mas tanto o anonimato quanto a amizade dos dois é abalada quando a mãe de Greg o força.

O Último Caçador de Bruxas

Telecine Premium, às 17h30

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Amaldiçoado com a imortalidade, o caçador de bruxas Kaulder (Vin Diesel) é obrigado a enfrentar mais uma vez sua maior inimiga e unir forças com a jovem bruxa Chloe (Rose Leslie) para impedir que uma convenção espalhe uma terrível praga pela cidade.

Ouija - O Jogo dos Espíritos

Telecine Action, às 18h30

Uma garota morre misteriosamente após mexer com um tabuleiro espírita Ouija e quando seus amigos tentam usar o mesmo para tentar se comunicar com ela, abrem uma passagem para poderes malignos que irão provocar seus maiores medos.

Halloween 2 - o pesadelo continua!

Telecine Cult, às 18h40

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Nesta sequência, Michael Myers reaparece para aterrorizar a vida da irmã Laurie, ainda traumatizada pelos eventos da história anterior. Rejeitado por ela, o assassino se torna ainda mais vingativo e transforma a vida dela e de seu antigo médico em um verdadeiro inferno.

Caminhos da Floresta

Telecine Pipoca, às 19h40

Amaldiçoados por uma bruxa para que nunca tenham filhos, um casal precisa entregar quatro objetos para que o feitiço seja desfeito. Na floresta, eles encontram Cinderela, o Príncipe Encantado, Chapéuzinho e João. Mas logo todos irão aprender a ter cuidado com o que desejam.

Sexta-feira 13: Bem-Vindo a Crystal Lake

Telecine Action, às 20h10

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Em busca da sua irmã desaparecida, Clay vai até a misteriosa floresta de Crystal Lake. Lá ele conhece uma jovem e, juntos, resolvem explorar o local. Apesar de terem sidos avisados pelos policiais e habitantes da cidade, eles não esperavam encontrar o assassino Jason.

Mansão mal-assombrada

Telecine Fun, às 22h

Jim Evers é um corretor de imóveis viciado em trabalho que decide interromper uma viagem de família para fechar um negócio em uma mansão. No entanto, o grupo se depara com uma casa mal-assombrada e é obrigado a acabar com uma maldição para libertar centenas de fantasmas que estão em guerra.

O Chamado

Telecine Action, às 22h

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Investigando a misteriosa morte de sua sobrinha, a jornalista Rachel Keller descobre vários casos relacionados a uma fita de vídeo que faz com que quem assista morra sete dias depois. Rachel precisa, então, encontrar uma maneira de impedir que a profecia se concretize após ela e seu filho assistirem ao vídeo.

A Família Addams

Telecine Fun, às 23h40

A macabra família Addams corre o risco de perder seu tesouro de moedas de ouro, pois seu advogado desonesto está em sérias dificuldades financeiras. Assim, ele finge ser Fester Addams, o irmão perdido de Gomez, para tentar encontrar a fortuna da família.

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E aí? Você já viu todos esses filmes? Se ainda não viu, esta é mais uma chance de preparar a pipoquinha e o coração para levar uns bons sustos! Ah, claro, se você tiver mais dicas, deixa aí nos comentários para que todo mundo possa curtir uns filmes assustadores :D

Especial Halloween: as feiticeiras mais queridas (e assustadoras) do cinema

Crescemos sendo ensinados a temer as bruxas, essas criaturas aterrorizadoras que preparam um caldeirão fervente especialmente para cozinhar criancinhas, lançar maldições e feitiços e conduzir sacrifícios humanos.

A própria história da humanidade já provou que as mulheres queimadas nas fogueiras da inquisição por bruxaria não necessariamente eram de fato criaturas do mal. O cinema também nos ajudou a criar uma afeição pelas feiticeiras mais simpáticas, divertidas e, claro, muito mágicas.

Neste Halloween, listamos algumas das bruxas que mais brilharam na história do cinema.

Elvira

A protagonista de "Elvira: A rainha das trevas" fez sucesso nos anos 80 em um filme no qual ela apresenta um programa sobre filmes de terror e se descobre na verdade dotada com poderes sobrenaturais.

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Mas a única coisa daqual Elvira é culpada é a de arrasar a TV da época com sua sensualidade. Aliás, a TV e a cidadezinha de Fallwell, Massachusetts, à qual ela se muda depois de herdar a casa (e os poderes) de sua tia Morgana.

Interpretada por Cassandra Peterson, Elvira é até hoje um verdadeiro símbolo de quebradoras de paradigmas dos anos 80 e um ícone do cinema norte-americano.

Morgana

Em "As Brumas de Avalon", a poderosa feiticeira Morgana (ou Morgaine), interpretada por uma suuuuper jovem Julianna Margulies, é meia-irmã do Rei Arthur. O filme conta a história de Camelot sob o olhar das feiticeiras de Avalon.

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O filme é uma adaptação da série de livros do mesmo nome, de autoria de Marion Zimmer Bradley, uma sequência belíssima, empoderadora e feminista sobre as bruxas Morgaine, Igraine e Viviane, sacerdotizas poderosas e senhoras do lago.

Sabrina

A saga de "Sabrina, Aprendiz de Feiticeira" chegou também primeiro como série, depois virou filme, com várias sequências: Sabrina vai a Roma, Sabrina vai à Austrália.

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Melissa Joan Hart, que interpreta a bruxinha Sabrina, já tinha 20 anos quando o filme foi lançado, mas a personagem tem apenas 16 anos. Na história, a adolescente é enviada para viver com duas tias excêntricas, quando descobre que tem poderes mágicos.

O principal encanto da saga é a união entre magias e forças misteriosas com as aventuras típicas de uma adolescente.

As irmãs Sanderson

Quem não se lembra das assustadoras Winifred, Sarah e Mary, as irmãs Sanderson do filme "Abracadabra"? As pobrezinhas acordam na década de 60, depois de três séculos adormecidas e aprisionadas, em um mundo completamente diferente daquele no qual nasceram.

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Elas precisam realizar uma magia especial para se tornarem imortais e dominarem o mundo. Para isso, atraem uma jovenzinha e trazem de volta alguns monstros que complicam a vida de quem precisa salvar a menina e, de quebra, o mundo.

No entanto, a confusão das irmãs na tentativa de se adaptar ao novo mundo e seu talento cômico e musical é tão forte que é impossível não criar simpatia por elas.

Hermione Granger

Por último, mas não menos importante, a bruxa mais inteligente de todos os tempos. Mais do que mágica, ela se tornou uma verdadeira heroína de  uma geração inteira, mostrando todo seu girl power e salvando o dia over and over again durante a saga Harry Potter.

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Ao lado de Harry e Rony, Hermione Granger (Emma Watson) usa todo o seu exímio talento para a pesquisa para ajudar a derrotar o bruxo das trevas Voldemort, ele que não pode ser nomeado. A melhor da classe de Feitiços, perfeccionista no uso de seus poderes, Hermione está sempre à frente dos outros bruxos.

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Para você, qual é a feiticeira mais querida de todas? Vale dizer também qual é a mais assustadora, já que elas são especialistas em dar sustos!