J.J. Abrams - Café com Filme

Desaparecida | Trailer legendado, trailer dublado e sinopse

Quando sua mãe (Nia Long) desaparece durante as férias na Colômbia com seu novo namorado, a busca de June (Storm Reid) por respostas é prejudicada pela burocracia internacional. Presa a milhares de quilômetros de distância em Los Angeles, June usa criativamente toda a tecnologia mais recente ao seu alcance para tentar encontrá-la antes que seja tarde demais. Mas conforme ela se aprofunda, sua investigação digital levanta mais perguntas do que respostas... e quando June desvenda segredos sobre sua mãe, ela descobre que nunca a conheceu de verdade.

Batman de Matt Reeves terá sequência com Robert Pattinson

"B de Vingança" ou simplesmente "Batman" fez um sucesso estrondoso e, como já era de se esperar, com grandes bilheterias vêm grandes sequências. Nesta terça-feira (26 de abril), a Warner Bros. Pictures anunciou, durante a Cinemacon, que o diretor Matt Reeves começou a roteirizar a sequência de Batman, onde ele e Dylan Clark voltam a produzir juntos.

Obviamente, o ator Robert Pattinson que surpreendeu por sua boa atuação e fez um bom trabalho para apagar a memória terrível de vampiro de Crepúsculo retorna no papel do herói Batman, bem como retorna como Bruce Wayne — spoiler: eles são a mesma pessoa. No entanto, é claro que não há informações sobre outros personagens, muito menos sobre os vilões que desafiarão o grande detetive de Gotham que foi bem falho no seu trabalho de Sherlock Holmes neste primeiro filme.

A notícia sobre a sequência do Batman vem logo após o filme atual ultrapassar a marca de US$ 750 milhões nas bilheterias globais e já conquistar mais elogios ao chegar à plataforma de streaming HBO MAX (o que não implicou na retirada do filme dos cinemas, uma vez que ainda há público querendo ver o herói na telona). O anúncio da continuação de Batman foi feito em Las Vegas por Toby Emmerich, presidente do Warner Bros. Pictures Group, e pelo próprio Matt Reeves.

Além disso, a HBO Max anunciou recentemente uma série centrada em Colin Farrell como o Pinguim, derivada diretamente do universo lançado pelo Batman. Vale mencionar que Reeves está atualmente trabalhando novamente com J.J. Abrams e o veterano do universo DC Bruce Timm na próxima série animada do streamer “Batman: Caped Crusader” (título ainda sem tradução).

Code 8 - Renegados | Trailer legendado e sinopse

Super poderes pode ser o desejo de muitos, mas no filme Code 8 - Renegados, ter poderes torna os poderosos à margem de tudo. No universo criado por Chris Pare e pelo diretor Jeff Chan, 4% da população desenvolveu habilidades especiais. Entre eles está um jovem que tem poderes surpreendentes, mas que passou a vida toda escondendo na busca de ser uma pessoa normal. Sem emprego e com a mãe doente, ele passou a fazer de tudo para salvá-la.

Efeito Corona: STARZPLAY por R$ 5 mensal nos 3 primeiros meses de assinatura

As opções de streaming aumentam a cada dia, mas entre tantas novas plataformas algumas chamam a atenção. É o caso da STARZPLAY, que chegou há algum tempo ao Brasil e que se destaca por oferecer algumas séries exclusivas - e agora por ter um preço ainda mais camarada em tempos de coronavírus.

Pois é, para quem vai passar os próximos dias maratonando séries e assistindo a bons filmes em casa, a plataforma STARZPLAY, serviço de streaming premium da norte-americana Starz, oferece uma promoção e os novos assinantes pagam apenas R$5 por mês nos três primeiros meses.

A promoção é por tempo limitado, mas a empresa não informa até qual data vai a oferta. O aplicativo STARZPLAY está disponível para iPhone, iPad, Apple TV e para a maioria dos dispositivos Android em países como Brasil, França, Alemanha, México, Reino Unido e deve chegar a mais 20 países ao longo de 2020.

Para concorrer com outras grandes plataformas do segmento, a STARZPLAY promete que até quatro usuários podem assistir às produções simultaneamente. Entre os destaques da plataforma, que é vinculada à produtora Lionsgate, estão filmes de sucesso e séries aclamadas como as destacadas a seguir:

Séries na STARZPLAY

THE CAPTURE

The Capture é um thriller de inteligência em seis partes que analisa um mundo problemático de notícias falsas e os recursos extraordinários dos serviços de inteligência. Nesta "era pós-verdade", podemos realmente acreditar no que vemos? Quando a condenação do soldado Shaun Emery (Callum Turner) por assassinato é revogada devido a evidências frágeis em vídeos, ele volta à vida como um homem livre com sua filha.

Mas quando imagens comprometedoras de câmeras de segurança feitas em uma noite em Londres são reveladas, sua vida dá uma guinada chocante e ele deve lutar por sua liberdade mais uma vez. A inspetora Rachel Carey (Holliday Grainger) foi recrutada para investigar o caso de Shaun, mas rapidamente descobre que a verdade pode ser uma questão de perspectiva: ela deve confiar em Shaun Emery?

SPARTACUS

Traído pelos romanos, escravizado e renascido como um gladiador. O conto clássico do rebelde mais famoso da República ganha vida em Spartacus: Sangue e Areia, uma série gráfica e visceral.

Arrancado de sua terra e da mulher que ama, Spartacus é condenado ao mundo brutal da arena, onde sangue e morte são divertimento. Traição, corrupção e o fascínio de prazeres carnais testam Spartacus. Para sobreviver, ele deve se tornar mais do que um homem ou um gladiador. Ele deve se tornar uma lenda.

CASTLE ROCK

Castle Rock leva os telespectadores para o mundo arrepiante do aclamado autor best-seller Stephen King nesta série de horror psicológico com JJ Abrams. Estão disponíveis duas temporadas da série de horror psicológico. Castke Rock combina a escala mitológica e a narrativa de caráter íntimo das obras mais amadas de King, tecendo uma saga épica de escuridão e luz, jogadas em alguns quilômetros quadrados da floresta do Maine.

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THE ACT

The Act é uma série de antologia criminal dos autores Nick Antosca (“Channel Zero”) e Michelle Dean, inspirada em histórias de crimes e personagens verdadeiros, surpreendentes e mais estranhos que a ficção. A primeira temporada é baseada no artigo de 2016 de Dean no Buzzfeed, “Dee Dee queria que sua filha ficasse doente, Gypsy queria que sua mãe fosse assassinada”.

Ela acompanha Gypsy Blanchard, uma garota que tenta escapar do relacionamento tóxico que mantém com sua mãe superprotetora. Sua busca por independência abre uma caixa de Pandora de segredos, que acaba levando ao assassinato. Antosca e Dean, juntamente com Greg Shephard e Britton Rizzio, são os produtores executivos.

THE SPANISH PRINCESS

A Princesa Espanhola traz em sua primeira temporada a dramatização da história vívida e cativante de Catarina de Aragão (Alicia Borrachero) que tem sido historicamente ofuscada por seu infame casamento com Henrique VIII.

THE GIRLFRIEND EXPERIENCE

The Girlfriend Experience é uma releitura do filme de mesmo nome de Steven Soderbergh, lançado em 2009 e aclamado pela crítica, que explora as relações entre acompanhantes exclusivas e seus clientes, a quem elas fornecem muito mais do que sexo. Conhecidas como GFEs, elas são mulheres que oferecem a "experiência de namorada": relacionamentos emocionais e sexuais a um preço muito alto.

STARZPLAY no Brasil

STARZPLAY, o serviço premium de streaming da Starz, está disponível no STARZPLAY App, lançado recentemente para iOs and Android, assim como na Apple TV para toda a América Latina. Os assinantes dessas plataformas têm acesso a:

  • Séries aclamadas, como “Mr. Mercedes” e “Das Boot”;
  • Séries premiadas, como “The Act”; a série prelúdio de Batman, “Pennyworth”, da DC Comics (confira o trailer abaixo);
  • A esperada segunda temporada de “Castle Rock”, série de terror psicológico de Stephen King e J.J. Abrams;
  • Além de uma crescente seleção de conteúdos exclusivos STARZ Originals, disponíveis no mesmo dia do lançamento nos Estados Unidos, incluindo “The Spanish Princess”, o thriller de suspense “Dublin Murders” e o premiado “Vida”, assim como filmes de sucesso.

O app STARZPLAY está disponível para download em iPhone e iPad, assim como em uma ampla variedade de dispositivos Android. Até quatro usuários podem assistir aos conteúdos simultaneamente, disfrutando de uma seleção de shows e filmes a serem baixados e assistidos off-line. Os usuários do aplicativo podem aproveitar as recomendações personalizadas de shows e filmes, feitas com base em seus interesses, e selecionar sua linguagem preferida de áudio e legendas.

Assinantes do canal STARZPLAY na Apple TV App também podem assistir online ou aproveitar downloads de seus shows e filmes favoritos através do app STARZPLAY, que está disponível em iPhones, iPads, Apple TV e em smart TVs selecionadas da Samsung.

Um Crime para Dois | Trailer legendado e sinopse

Um casal (Issa Rae e Kumail Nanjiani) está passando por uma crise em seu relacionamento. Quando eles se veem de repente envolvidos em um misterioso assassinato, eles precisam tentar resolver o crime para limpar seus nomes enquanto tentam salvar a relação.

Crítica do filme Star Wars - A Ascenção Skywalker | A derradeira conclusão da saga épica!

É difícil analisar qualquer filme Star Wars sem considerar todo o universo expandido, isso sem falar das inúmeras obras transmídia como quadrinhos, livros e jogos. A franquia tornou-se tão grandiosa que dificilmente você vai encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar sobre a Força.

Acredito que esse seja o fator principal de tanta controvérsia a respeito de cada episódio novo. É impossível agradar todo mundo, e considerando que grande parte do planeta vai assistir esperando ter suas expectativas satisfeitas, pelo menos metade vai detestar.

É claro que “Só um Sith lida em absolutos”, mas tentando agradar a todos, o diretor J.J Abrams desagradou muita gente. Já deixo claro que eu não fui uma delas, saí extasiado do cinema e por mais que concorde que muitas escolhas não foram acertadas, a conclusão da saga de nove filmes episódicos foi bastante satisfatória.

Desde George Lucas, os temas abordados são descomplicados para criar um laço emocional direto com o público. O Bem contra o Mal, amor, redenção, amizade, esperança. Muitos podem considerar os filmes uma novela espacial e é disso que se trata mesmo.

Enfrentar o medo é o destino do Jedi

Contextualizações a parte, esse texto terá spoilers e por isso é recomendado assistir o filme antes de ler. “A Ascensão Skywalker” é o nono filme de uma saga de 40 anos e os Skywalkers são o elo condutor de toda essa bagunça cósmica, e carregar o fardo de concluir essa longa jornada estelar não é uma tarefa simples. 

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Pautada fortemente na nostalgia, o roteiro de Chris Terrio e J.J Abrams escolhe se opor a nova visão proposta por Rian Johnson em “Os Últimos Jedi” e continuar o que foi iniciado em “O Despertar da Força”. Esses dois filmes são os melhores exemplos sobre as expectativas e a base de fãs. “Os Últimos Jedi” quebra totalmente as expectativas e ousa abandonar muitas ideias antigas para focar numa base de fãs nova, mas em uma franquia com fãs tão chatos quanto exigentes, as expectativas precisam ser satisfeitas ou eles vão xingar muito na internet.

É para esse público que “Ascensão Skywalker” foi feito, surpreendendo em nada, entregando exatamente o que todo mundo já esperava e mesmo assim desagradando muitos. Particularmente eu gosto das duas visões, ainda que prefira coisas novas e não recicladas, se eu sou fã eu quero serviço.

Abrams renega quase que totalmente as escolhas de Johnson, mantendo apenas alguns elementos, como a conexão entre Rey (Daisy Ridley) e Kylo Ren (Adam Driver), ampliando e muito seus poderes e os possíveis usos da Força. Essa necessidade de “corrigir” seu antecessor faz com que o filme seja insuficiente para o curto período de 2 horas e 20 minutos com explicações apressadas e soluções simplistas como “A Força nos uniu”, com muitos personagens e cenas apressados.

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Vale destacar a lamentável subutilização de Rose Tico (Kelly Marie Tran) que aparece por pouco mais de um minuto. A justificativa de que ela originalmente deveria interagir com a General Leia (Carrie Fisher) e isso demandaria cenas complexas em computação gráfica é totalmente insatisfatória, já que todas as cenas foram pensadas a partir de filmagens não utilizadas e complementadas com computação gráfica. Apesar de tudo, a morte da atriz foi contornada com muita sensibilidade, com cenas tristes mas respeitosas.

Por outro lado, adicionar duas atrizes para “complementar” Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Isaac) e resumir suas histórias em “um passado distante algo aconteceu” é bastante simplista e sem graça. Jannah (Naomi Ackie) aparece apenas como uma manobra de combate boba e como easter egg de ser a filha de Lando Calrissian (Billy Dee Williams).

Já Zorii Bliss (Keri Russell) é apenas uma personagem com um design interessante e sem muita participação efetiva, muito semelhante ao “lendário” Boba Fett, mas ainda menos expressiva. Tudo isso é fácil de relevar, já que o foco da trama são os protagonistas Jedi/Sith e o equilíbrio entre o lado da luz e o sombrio.

Aliás, o grande desafio da nova trilogia foi criar novos personagens tão bons quanto os antigos e gerar a conexão emocional que os originais carregam. Em “A Ascensão Skywalker” esse objetivo se concretiza em parte, não por serem personagens icônicos mas por terem espaço em cena para finalmente demonstrar suas próprias características, intercalando os personagens da antiga e nova geração e dando o tom de aventura tão próprio de Star Wars. 

Eu tenho um mau pressentimento sobre isso

O retorno do Imperador Palpatine é bastante forçado e possivelmente a única escolha sem sentido, além da sua nunca antes mencionada família. Toda a aura de mistério em torno da origem de Rey foi fracamente construída e a conclusão foi ainda menos aceitável. Pessoalmente eu preferia a ideia de que ela não era filha de ninguém importante, apenas alguém que tem uma conexão com a Força, potencialmente qualquer ser do universo podendo ser um grande Jedi.

Mas sabemos que Star Wars é sempre sobre os Skywalker e isso não poderia ser deixado de lado no último filme. Essa tentativa de amarrar todas as pontas é o que desagradou muitos fãs. Apesar de tudo, nenhuma dessas escolhas controvérsias diminuam o entretenimento.

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O desfecho é deduzível, o que não significa que seja insatisfatório. São cenas monumentais e emocionantes carregadas de intensidade com Daisy Ridley e Adam Driver entregando tudo que poderia ser extraído dos papéis maniqueístas impostos a eles. Eu amo muito a Rey e vou protegê-la até o final, além de que o boneco Babu Frik é pura diversão e o desafio é não rir com essa criatura!

Muitas lacunas são preenchidas pela inigualável trilha do genial John Williams e qualquer coisa que eu tente usar para descrever não será o suficiente, então ouça aqui.

Considerando a jornada de anos de formação de um imaginário compartilhado sobre o símbolo Star Wars, a necessidade de concluir uma saga de anos conciliando tudo para agradar a maioria sem fechar as possibilidades para o futuro, foi difícil para “A Ascensão Skywalker” inovar e ser uma obra fechada em si mesma.

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Desde sempre as mesmas falhas podem ser apontadas para qualquer filme da saga. Roteiro esburacado, coincidências FORÇAdas, momentos bregas e fanservice até dizer chega, exatamente tudo que Star Wars é e sempre foi. E nada disso torna a experiência menos grandiosa, ao contrário, continua a despertar grandes emoções em todos os fãs. É o fim de uma era e não da franquia, espero que o futuro traga novas e diferentes aventuras para que Star Wars seja tão plural que não precise de apenas um filme para satisfazer a todos.

Crítica Histórias Assustadoras para Contar no Escuro | Explorando o medo obscuro

Eu juro que não sei qual é a dificuldade de alguns idealizadores na hora de criar um filme de terror, afinal só é preciso uma dose de criatividade para bolar algo com uma dose de novidade e que seja no mínimo assustador. E não é preciso reinventar a roda, até porque nem todas as histórias precisam trazer conceitos nunca antes vistos.

É apostando nessa simplicidade que “Histórias Assustadoras para Contar no Escuro” ganha seu mérito, indo na contramão de vários títulos recentes. Trata-se de um filme com um roteiro relativamente fácil de decifrar, talvez até já bem óbvio para os fãs do gênero, mas que ganha pela ousadia nos rumos da história e também pelo clima de terror bem construído, que aqui se dá através de pequenas histórias.

Os relatos apresentados no filme são de 1968, com a pequena cidade Mill Valley, nos Estados Unidos, como paisagem para o horror atípico. Durante gerações, o legado sombrio da família Bellows cresceu enormemente na região e assombrou o povoado. Segundo reza a lenda, a jovem Sara Bellows aterrorizou a todos com seus segredos e histórias macabras.

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E tudo poderia ser apenas uma lenda, mas os jovens Stella, Auggie e Chuck acabam tendo a infortuna ideia de visitar a casa dos Bellows, agora um lugar abandonado, bem no dia do Halloween. Lá, eles encontrar o livro de Sara Bellows, o que acaba sendo o pesadelo para todos eles. O problema é que este livro torna os mais terríveis pensamentos em monstros reais.

Terror bolado, mas roteiro manjado

Antes do lançamento do filme, eu confesso que imaginei uma trama apresentada mais num formato episódico, com pequenas histórias de terror sem uma conexão. No entanto, há um fio condutor bem interessante no script, que é a leitura do livro e as respectivas maldições transferidas para os protagonistas que foram infelizes de libertar essa maldição.

Sobre as historietas, se você já viu os trailers, é possível que você já tenha uma noção das criaturas do filme. Todavia, se você ainda não viu uma prévia, minha recomendação é não ver absolutamente nada para ter toda a surpresa no cinema. Aliás, é bom ressaltar que essa ideia de fazer contos menores funciona legal, já que os monstros do filme provavelmente não serviriam para um roteiro mais longo mesmo.

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Bom, os contos apresentados no decorrer do filme têm sua dose de ineditismo, que é justamente o que garante uma moral com o público que já conhece todo tipo de lenda do gênero. No entanto, é bom comentar que “Histórias Assustadoras para Contar no Escuro” peca ao amarrar as pontas, com um desfecho pra lá de clichê.

Felizmente, o filme deixa pra mostrar elementos de repeteco somente no fim da história, sendo que boa parte do desenvolvimento é muito bem dividido entre aquele famoso tour pela cidade (algo bem típico em filmes de terror que precisam de um cenário bem atraente), a apresentação dos personagens, que são bem entusiasmados, e a maldição da casa.

Poderia ser mais assustador...

Com essa dinâmica no script, o andamento do filme é bem coerente, o que faz as quase duas horas de projeção passarem bem rápido. Uma coisa que eu gostei muito é que o filme chega com uma vibe bem à la Stranger Things. Não, não se trata de uma cópia ou nem nada do tipo, mas justamente pela ambientação, a época da história e até os personagens divertidos, é bem provável que você consiga se empolgar facilmente com esse longa-metragem.

Aliás, importante mencionar o cuidado na produção com a parte dos efeitos visuais e sonoros, que casam muito bem e são os responsáveis pelo clima de tensão funcionar tão bem. Fique tranquilo que o filme não apela para a famosa técnica de jump scare. Em vez disso, há uma boa dose de terror mais grotesco, o qual funciona muito bem ao colocar os protagonistas bem de cara com o perigo — e aí pelo excesso de monstros, o capricho visual ajuda muito!

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É justo também pontuar a ótima condução do diretor André Øvredal, que se você gosta de terror já deve conhecê-lo de “A Autópsia” — e só por aí já dá pra saber da qualidade do filme. Com cenas que abusam de loopings infinitos nos cenários, ambientes claustrofóbicos e outros truques no escuro, uma direção bem variada é o que garante o sucesso da película. E a direção de arte ajuda muito, ainda mais em cenas que exploram muito uma mesma tonalidade de cor. Top demais!

Talvez, o único “defeito” relevante de “Histórias Assustadoras para Contar no Escuro” é que o clima de terror não é tão intenso, uma vez que os protagonistas são bem jovens e o excesso de bichos grotescos impede algo mais amedrontador. No entanto, é possível que alguns espectadores ainda se sintam amedrontados. É isso, um ótimo filme de terror pra ver no escurinho do cinema!

Histórias Assustadoras Para Contar no Escuro | Novo trailer legendado e sinopse

Nos Estados Unidos, em 1968 pode-se sentir a mudança no ar. No tranquilo povoado de Mill Valley, durante gerações, o legado sombrio da familia Bellows cresceu enormemente.  Sara Bellows, uma jovem que oculta horríveis segredos, transformou sua tortuosa vida em uma série de histórias macabras escritas em um livro, cuja particularidade é que as mesmas se tornan reais para um grupo de adolescentes que o encontram.

Critica do filme Operação Overlord | Os terrores da guerra

O grande feito de Operação Overlord é não apresentar grandes erros. Misturando gêneros e narrativas o filme faz um trabalho competente sem se sobressair em nenhum lado. O título — que por muito tempo foi dado como atrelado a franquia Cloverfield, muito provavelmente por conta do envolvimento de J.J. Abrams na produção — é comandado pelo novato Julius Avery, que faz um belo trabalho de câmera e entrega algumas cenas interessantes, mesmo que a soma total de seu trabalho não seja impressionante.

Combinando elementos de bons filmes de guerra com bons thrillers sobrenaturais, Operação Overlord apresenta uma mescla dinâmica que podem até não se destacar separadamente, mas que acabam trabalhando muito bem como um todo. A ação e o medo são bem dosados e mesmo com alguns escorregões na direção e no roteiro, Julius Avery e a dupla Billy Ray e Mark L. Smith, entregam um filme ágil e envolvente.

A inserção do elemento sobrenatural traz outro nível de terror ao já caótico cenário da Segunda Guerra Mundial. Fãs de videogames certamente reconhecerão elementos de Wolfenstein 3D, mas esse conceito não é nenhuma novidade, haja vista os elementos de “misticismo nazi” em filmes como Indiana Jones e Horror em Alto Mar, sem contar o anime Hellsing e os quadrinhos de Hellboy. O que Operação Overlord faz com muita habilidade é navegar entre os gêneros sem causar muitas marolas.

As causas ocultas da presente guerra

Antes mesmo das forças aliadas desembarcarem nas praias da Normandia, no que seria o evento estratégico decisivo da Segunda Guerra Mundial, uma missão de suporte já acontecia em plena madrugada. Para garantir o sucesso da operação Aliada, era necessário destruir uma estação de comunicação do Eixo instalada na pequena vila francesa de Cielblanc. Assim os paraquedistas da 101ª Divisão Aerotransportada são enviados para penetrar as linhas alemãs horas antes do Dia D, preparando o terreno do que seria o início do fim da Segunda Grande Guerra.

O que os soldados não sabem é que além de aparato de comunicação, a vila de Cielblanc também esconde um segredo nazista ainda mais perigoso. Antes de chegar ao solo o esquadrão já sofre as primeiras baixas. Abatidos antes de alcançar seu objetivo, os poucos soldados devem se organizar rapidamente para tentar cumprir a missão, caso contrário toda a ofensiva pode falhar.

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Entre os sobreviventes temos o bastião moral Boyce (Jovan Adepo) e o endurecido Ford (Wyatt Russell) — Russell e Adepo entregam atuações muito boas e evidenciam a dualidade moral da guerra e quais os limites em um cenário tão aterrador. Independente de eventuais questionamentos históricos, é poderosa a mensagem de se colocar um soldado negro em uma posição de destaque dentro do filme — mesmo que na realidade a segregação racial também evidenciasse dentro do próprio exército estadunidense.

Depois de encontrarem outros soldados do pelotão, Tibbet (John Magaro) e Chase (Iain De Caestecker), o grupo segue com a missão rumo a Cielblanc. Lá acabam esbarrando com Chloe (Mathilde Ollivier) uma jovem francesa presa no meio do conflito. Fazendo o necessário para sobreviver a guerra enquanto cuida de sua tia — vítima dos nazistas em seus experimentos profanos — e de seu irmão menor Paul (o carismático garotinho Gianny Taufer).

Mas até onde o grupo está disposto a ir para completar a missão? Os custos morais podem ser altos demais e não se trata do tipo de economia que permite parcelamentos. Se a guerra em si é uma oposição moral ao pensamento nazifascista, a emulação de suas táticas e comportamentos para derrotá-los já desqualificaria a vitória. Os terrores de Overlord podem ser de origem fantasiosa, mas a metáfora — por mais cafona que seja — ressona muito alto especialmente hoje em dia. 

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Triangulação tática

O primeiro ato inteiro é um filme de guerra como poucos. Começando com uma sequência na qual conhecemos nossos protagonistas conforme se preparam para saltar de paraquedas atrás das linhas inimigas. A tensão é tangível e a ação ganha corpo com o uso muito habilidoso de efeitos especiais e mixagem de som. O caos do cenário nos remete diretamente a sequência inicial do excelente O Resgate do Soldado Ryan.

A dupla Billy Ray e Mark L. Smith aposta nos clichês dos filmes de guerra para contextualizar toda a ação e os personagens, o próprio uso de um pelotão da famosa 101ª Divisão Aerotransportada — a mesma que protagoniza a minissérie Irmãos de Guerra (Band of Brothers) — é uma forma de criar um passado sem perder tempo dentro do filme. O que pode soar como demérito acaba funcionado, pois o espectador sabe exatamente o que esperar de cada personagem sem se apoiar em uma grande construção das personalidades, assim temos o oficial endurecido pela guerra, o jovem idealista, o piadista ítalo-americano e assim por diante.

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Se no primeiro ato o foco é na ação militar, literalmente, a segunda parte desvia mais para o suspense. A marcha dos soldados atrás das linhas inimigas carregava uma tensão própria da guerra, no entanto, a introdução de um elemento de mistério cria uma nova camada de medo. Os sustos (aqueles tradicionais jump scares) estão presentes e bem utilizados. Sem abusar do recurso Julius Avery consegue desestabilizar o espectador com pulos na poltrona.

Por fim, no terceiro ato a ação retorna com tudo, equilibrando todos os elementos e entregando momentos intensos —  mesmo que regados a diálogos fracos e melodramáticos, com direito a discurso do vilão e herói gritando frase de efeito. Mesmo com a narrativa sofrendo um pouco na parte final, especialmente por não saber dosar os frontes — as ações se desenrolaram em dois lugares, nas ruas do vilarejo francês e o interior do laboratório nazista — o diretor faz um trabalho competente e ainda entrega um empolgante plano sequencia pelos corredores labirínticos do reduto fascista, no que é certamente um dos pontos altos do filme inteiro.

Ao vencedor as batatas!

Operação Overlord pode não ser o melhor filme de guerra que você já viu, e sequer é o melhor filme de terror do ano. Entretanto, o filme consegue entregar uma mistura bem equilibrada entre os dois gêneros apresentando um filme que consegue agradar aos fãs de ambos os estilos.

O elenco de jovens talentos entrega atuações convincentes, mesmo quando os diálogos são reduzidos a trocas melodramáticas. Fica o destaque para o trio principal, Jovan Adepo (Um Limite Entre Nós), Wyatt Russell (filho dos veteranos Kurt Russell e Goldie Hawn) e a novata Mathilde Ollivier (que de estrar o novo projeto de Joe Carnahan com Mel Gibson, Frank Grillo e Naomi Watts).

Embrulhado em um belo pacote, Operação Overlord entrega um presente para os fãs de “filmes B”

Nos quesitos técnicos o filme é um sucesso quase que absoluto. A sequência inicial, com a queda do avião e o salto de paraquedas já evidencia todo o empenho da equipe de efeitos especiais e mixagem de som. A maquiagem também é outro destaque, com a nojeira rolando solta (o bom e velho gore) o filme entrega visuais bem trabalhados e monstros dignos de um bom filme de zumbi.

Entre mortos e feridos é fácil reconhecer a vitória de Operação Overlord. O resultado final pode não surpreender, mas não há como negar as vitórias ao longo do caminho. Boas atuações, uma direção inteligente e um roteiro que mistura bem os gêneros fazem de Operação Overlord uma das boas surpresas do ano.