Se Beber, Não Case - Café com Filme

Crítica do filme Entre Facas e Segredos | Longe do óbvio, próximo do genial

Auguste Dupin, Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Miss Marple e outros tantos detetives da ficção permearam nossa imaginação por anos sugerindo todos os tipos de histórias, modus operandi, manias, trejeitos e frases de efeito. Muitos dos fãs do gênero investigativo foram educados pelos personagens de Poe, Doyle e Christie, sendo difícil termos uma surpresa no segmento, seja em obras escritas ou do tipo audiovisual.

Muitas das vezes, o que temos são releituras ou colchas de retalhos com detetives que usam traços de diferentes personagens clássicos. Assim, é de pontuar logo de cara como “Entre Facas e Segredos” consegue algo inusitado, não tanto pelo ineditismo, mas pelo brilhantismo na construção de uma trama que flerta com o impossível, porém que nos mantêm atentos aos detalhes que revelam algo improvável, mas verdadeiro.

Nesta história, acompanhamos A Grande Família os Thrombey em um momento delicado. Era para ser uma manhã tranquila após a festa de 85 anos de Harlan Thrombey (Christopher Plummer), que é famoso por seus romances especializados em crimes. Todavia, os familiares são surpreendidos quando o patriarca da família é encontrado morto em sua propriedade, o que deixa todos muito assustados e sem saber exatamente o que aconteceu.

entrefacasesegredos01 a3133

Dadas as circunstâncias esquisitas do ocorrido, o detetive James Bond Benoit Blanc (Daniel Craig) aparece misteriosamente no local e se dispõe a investigar o caso. Agora, ele pretende examinar absolutamente todos os fatos, desde a família, que assim como tantas outras tem suas desavenças, bem como a equipe que cuidava do senhor Thrombey.

Num esquema investigativo que lembra muito o clássico jogo Detetive (ou Clue, no original), somos levados a acompanhar as técnicas distintas de Blanc, que tem de examinar meias-verdades e descobrir os fatos nessa teia de mentiras. A premissa já tem muito potencial, mas o roteirista e diretor Rian Johnson vai muito além do óbvio e nos presenteia com uma obra que certamente se destaca em 2019, bem como aflora em seu portfolio.

Vale resumir que “Entre Facas e Segredos” é o tipo de filme único em seu estilo. Apesar de beber da fonte de Agatha Christie, relembrar filmes como “Os 7 Suspeitos” e de se aproveitar de um elenco de talentos (o que, às vezes, até dá um medo), este longa-metragem se destaca pelo equilíbrio perfeito entre suspense e drama, mas isso sem deixar de encontrar espaço para uma dose de comédia. Um filme imperdível!

Todos são suspeitos até que se prove o contrário

Ora, e o que seria dos detetives sem possíveis culpados? Pois é, não há trama investigava sem um fato e, ao menos, alguns poucos suspeitos. Possivelmente pensando nessa equação e tomando como inspiração outros títulos clássicos, Rian Johnson opta por desenvolver uma trama com quase uma dúzia de personagens, o que deixa a coisa bem interessante e, por incrível que pareça, não é um filme cansativo.

entrefacasesegredos03 90c81

O intrigante é a forma como as pontas vão se conectando. Através dos mais variados perfis de personagens e com base na investigação minuciosa de Blanc, o roteiro vai se amarrando de forma desparelha: por vezes as informações se conectam, mas há outras em que os fatos não parecem fazer muito sentido. Assim, o filme nos coloca como investigadores junto ao detetive, de modo que tentamos desvendar a verdade sobre esses sujeitos perspicazes.

E não são quaisquer pessoas, estamos falando de personagens diversos (às vezes um tanto caricatos) interpretados por atores e atrizes gabaritados, incluindo: Chris Evans, Ana De Armas, Jamie Lee Curtis, Don Johnson, Michael Shannon, Toni Collette, LaKeith Stanfield, Katherine Langford e Jaeden Martell. Reforço que nomes não significam muito, pois temos exemplos de como isso pode dar errado, mas nesse caso, em específico, o resultado é excelente!

entrefacasesegredos02 7ec73

Obviamente, uma coisa está amarrada na outra, de modo que os atores interpretam de forma coerente graças ao roteiro e o roteiro fica convincente graças aos bons atores. Importante pontuar, contudo, que apesar de vários famosos e de cada um ter seu tempo e importância em tela, é Ana de Armas que se destaca, pois ela não é apenas uma peça-chave na trama, mas também interpreta uma imigrante, o que agrega um tópico adicional bem aproveitado.

Com grandes fortunas vem grandes investigadores

Bom, se por um lado temos uma personagem improvável conduzindo o roteiro, de outro temos um detetive inusitado complementando cada trecho. É James Bond na melhor vibe Freelancer que faz “Entre Facas e Segredos” ter seu charme, pois mesmo sendo um detetive gabaritado, o filme se prolonga por mais de duas horas até resolver todos os detalhes. E o melhor é que ele consegue prender nossa atenção e guardar o melhor para o fim.

entrefacasesegredos05 ef9b8

Contudo, é importante pontuar que Benoit Blanc não surge apenas do talento de Daniel Craig, mas também do personagem muito bem construído por Johnson, que consegue dar ênfase ao investigador com uma direção sensacional. O cineasta abusa de composições inesperadas para criar uma aura sobre o detetive e posteriormente inova ao salientar o modus operandi com diversas cenas bem inteligentes.

E falando em direção, é interessante como as coisas avançam de forma simultânea no filme. Conforme a investigação vai progredindo, o roteiro sai do cenário básico e explora mais locais que podem ter relação com o caso, o que amplia consideravelmente as possibilidades para o diretor. Com isso, o filme deixa de ser apenas uma investigação básica e ganha proporções maiores, que permitem explorar um bocado de ação com direito a perseguições insanas.

Tudo isso obviamente só é possível graças ao nível de detalhes elevado da produção. O cenário principal é a mansão do Sr. Thrombey, a qual já tem muitos ambientes e possibilita a criação de várias situações simultâneas. E interessante perceber também como uma coisa está atrelada a outra, pois parte da elegância do filme está justamente na fotografia e nesse local aconchegante, mas cheio de nuances misteriosas.

entrefacasesegredos04 a7503

Eu poderia passar horas comentando de tantos detalhes bem pensados e de como este filme consegue fisgar os fãs de suspense, mas o que vale é deixar claro que “Entre Facas e Segredos” encontra seu próprio estilo e surpreende pelos detalhes. Isto é o que eu chamo de cinema inovador, sem precisar cair na mesmice ou apelar para remakes. Certamente, um filmão para você investir seus dons investigativos e curtir com um balde de pipoca.

Lista | Os melhores filmes para esquentar a Oktoberfest!

Chope & Dança, quando chega outubro é dífil não lembrar das tradicionais polcas germânicas, wurst e, é claro, muita cerveja. Isso porque em outubro, tem Oktoberfest, a mais conhecida comemoração popular alemã.

Reza a lenda que a festa começou lá nos idos de 1810, em Munique, na Baviera, quando o rei bávaro Luís I resolveu comemorar seu casamento com a princesa Therese (ou Tereza), da Saxônia com uma baita festança. A coisa deu tão certo que o pessoal achou uma boa fazer uma todo ano, sempre em outubro.

Para não perder nenhum gole e já entrar no ritmo da polca aqui vai uma lista com os maiores beberrões do cinema e alguns dos melhores parceiros para uma Oktoberfet inesquecível. Temos a "matilha de lobos" de Se Beber Não Case, os animais do Clube dos Cafajestes, os campeões mundiais de Beerfest, ou aqueles amigos que sempre topam uma última rodada, mesmo que o mundo esteja acabando. Além deles,  não podemos nos esquecer dos mestres da fermentação, esses nobres heróis por trás da refinada arte de transmutar ouro em bebida, gênios como Albert Einstein, não aquele, que inventou o colarinho da breja, e aquela turma que prefere Pegar Seu Emprego e..., do que perder a chance de tomar uma Cerveja Maluca e fazer Um Brinde À Amizade.

Crítica do filme Coringa | Vilão, herói ou vítima?

No próximo ano, o personagem Coringa completa 80 anos, sendo não apenas o maior vilão das histórias do Batman, mas também um dos mais importantes da DC Comics. Apesar desse longo tempo de figuração nos quadrinhos, filmes, séries, desenhos animados e games, o detentor do sorriso mais marcante das HQs nunca teve uma origem bem definida.

Já tivemos várias versões convincentes — algumas até aclamadas pelos fãs —, mas a verdade é que, tirando algumas características icônicas, não há sequer um nome definido para a pessoa por trás da maquiagem. Assim, diferente de Bruce Wayne que tem sempre a mesma história retratada nas diferentes mídias, o Palhaço segue sendo um personagem misterioso.

Foi assim que Todd Phillips e Scott Silver optaram por criar uma versão inédita do comediante. No filme “Coringa”, acompanhamos não apenas uma história inédita no cinema, mas também cheia de novidades para os fãs dos quadrinhos. A trama trata das desventuras de Arthur Fleck (que sequer existe nos gibis), um homem desprezado na já conhecida Gotham.

Assim, é perfeitamente normal haver polêmicas do porquê da existência de um filme que não usa o material de base já consagrado para adaptações cinematográficas, bem como dos motivos que levaram a Warner (nem temos referências significativas à DC Comics durante a projeção) a liberar a produção de um longa-metragem sobre um vilão.

coringa01 6eb9a

Alguns poderia alegar que o motivo é a moda, ainda mais após o sucesso de “Venom”, mas o que digo é que “Coringa” não é necessariamente um filme sobre quadrinhos, vilões e estopins para o surgimento de heróis. Estamos numa época em que é preciso reinventar o cinema, o que a Warner parece ter visto de antemão e, assim, optou por ir na contramão da concorrente.

De louco, todo mundo tem um pouco

Se você pensa em ver um filme com o carimbo DC Comics, nos moldes de Esquadrão Suicida ou mesmo na pegada de qualquer Batman, você pode parar por aí. O filme “Coringa” está mais para um drama do que para um filme que tenta se encaixar em uma adaptação de quadrinhos. E essa nova ideia de reinventar gêneros cinematográficos é primordial para levar novidades a um público já cansado da mesmice.

Além disso, é muito importante constatar algo de antemão: a existência de um vilão sem seu rival. Não é de todo errado pensar que o Joker não existiria sem o Batman, ainda mais que — em sua essência — ele nasceu na HQ do Homem-Morcego, mas o filme “Coringa” vem para provar que o personagem existe sem seu arquinimigo, podendo ser o protagonista de sua própria história. Afinal, apesar de ser um vilão, também estamos falando de um ser humano.

Óbvio que, da mesma forma em que há uma genialidade aqui, essa tomada de decisão tem um lado que vai contra a popularidade: a insatisfação de fãs presos às “reais” origens do Joker. É claro que essa mudança de abordagem com um tom muito mais dramático e realista tira toda a referência a um filme do gênero, mas aqui entra a velha história de que não é possível agradar gregos e troianos.

coringa02 c7ebf

Conservadores poderiam alegar que não se deve contar histórias sobre criminosos (e há polêmicas sobre uma possível incitação à violência aqui), mas o script do “Coringa” vai justamente na questão primordial do debate: como surgem os vilões? Assim, além de ter seu mérito por trazer um personagem icônico às telonas, o filme de Todd Philips se destaca pela ousadia em fomentar algo raro num título do gênero.

Oras, se esta é uma história de origem, é até necessário que possamos entender o processo de transformação do personagem. E eis aqui o trunfo do filme, que opta por não jogar seguro e fugir do óbvio, afinal seria fácil adaptar um conto conhecido das HQs. Então, sem dúvidas podemos classificar a obra como audaz por propor uma explicação mais humana — e menos fantasiosa.

Os vilões que criamos

Genial em sua concepção, a ideia central pode, por outro lado, ser um tanto repetitiva ou talvez até alongada para quem busca um filme mais com a cara do Coringa e menos com a cara de Arthur Fleck. Particularmente, eu mesmo achei que as coisas poderiam ter sido um tanto aceleradas ou mesmo mais unificadas para evitar a repetição de uma mesma mensagem.

coringa03 6d148

Contudo, ao mesmo tempo em que vale a crítica a tal aspecto, eu acho justíssimo ter divagações ou até repetições de determinados momentos para que a gente possa apenas desfrutar do talento exuberante de Joaquin Phoenix. Eis aqui o homem que fez tudo isso possível, afinal somente um ator muito gabaritado poderia suscitar as nuances mais sutis de um ser humano tão complexo.

E eu digo ser humano, pois o “Coringa” não é um filme que tem o personagem apenas como um apoio para determinadas cenas. O filme é totalmente focado no protagonista, de modo que não há uma sequência que se sustente sem a presença do ator. Phoenix está aqui para dar dramaticidade nos momentos mais tensos, fazer o Joker resplandecer com danças e ações performáticas e externar sua mensagem nos momentos mais intensos.

Falando em espetáculo, resta enaltecer três pilares que dão sustentação para toda a obra: fotografia, direção e trilha sonora. Primeiro que este é provavelmente o primeiro retrato mais ousado de Gotham durante o período diurno. Por não precisar focar no Batman, o filme não necessita criar situações que obriguem a execução no período noturno.

coringa04 114a2

Segundo, temos uma direção surpreendente de Todd Philips (que muita gente só conhece de “Se Beber, Não Case!”). A versatilidade do cineasta para sair de uma pegada muito cômica para encarar uma obra muito dramática surpreende, principalmente pela sua visão intimista e também pelo olhar preciso da grande Gotham. E, terceiro, que trilha é essa? A composição de Hildur Guðnadóttir (das séries “Trapped” e “Chernobyl”) é o complemento perfeito para extrair esse novo Coringa!

E olha, para ser sincero, eu passei boas horas refletindo e escrevendo esse texto, tentando ponderar prós e contras, vendo as diferentes perspectivas, que o próprio filme propõe. Contudo, não há uma conclusão simples, assim como deveria ser em qualquer obra engenhosa. Se “Coringa” nos consegue fazer pensar em tópicos como criminalidade, vilões, heróis, sociedade, política, cotidiano e afins, eu acho que ele alcança seu resultado com maestria.

Na minha opinião, o filme “Coringa” é uma obra genial justamente por ser despretensioso ao tratar de um personagem de quadrinhos, mas por ser incisivo em suas mensagens intrínsecas quanto ao nosso lado mais humano. Talvez, para alguns o tom seja até glamourizado, porém eu acho que o recado vem de forma precisa para que tantos possam enxergar a desgraça.

Critica do filme Te Peguei! | Se não aguenta brincar, não desce pro play

A Warner parece ter encontrado a nova fórmula para as “grandes comédias" contemporâneas. Com histórias simples que entregam o que prometem e apoiado na estrutura de um grande estúdio, com direito a elencos de peso e recursos técnicos antes reservados para produções de alto investimento as comédias da Warner apostam em roteiros ágeis e técnicas cinematográficas coerentes para entregar filmes que dialogam livremente com vários gêneros.

TePeguei! é a nova amostra da estrutura que já entregou pérolas como Se Beber Não Case e o recente A Noite do Jogo. Apesar de não trazer o mesmo brilho que A Noite do Jogo, a obra de Jeff Tomsic mostra os mesmos elementos que vem dando certo nas outras produções da gigante de Hollywood.

Com um elenco comandado pelo sempre energético Ed Helms, o filme uma ode à amizade (e a nostalgia infantil típica dos homens de meia-idade). Livremente inspirado na inacreditável história real de um grupo de amigos que mantém um vivo um jogo de pega-pega por mais 30 anos, Te Peguei! é ágil e principalmente, engraçado.

Mesmo com alguns deslizes no tom, que derrapa um pouco na entrega de algumas piadas, o filme é mais uma boa pedida para quem procura uma comédia que não envolva paródias preguiçosas ou escracho escatológico.

Ele não sabe brincar…

A inusitada premissa de Te Peguei! é tão absurda que só poderia ter saído da vida real. Um artigo do Wall Street Journal sobre um grupo de amigos que “brincam” de pega-pega a mais de 30 anos é o ponto de partida para o roteiro de Rob McKittrick e Mark Steilen, que acompanha o jogo que mantém vivo a amizade de cinco homens que seguiram caminhos bem diferentes desde a sua infância.

A ideia é que todo ano, durante o mês de maio, vale tudo para pegar o coleguinha. Disfarces, mentiras e armadilhas, não há limites e poucas regras (nada de pegar de volta). Hoagie (Ed Helms) é o coração do grupo, e é por ele que o espectador conhece os outros membros dessa fraternidade. Bob é um executivo bem-sucedido vivido por Jon Hamm, enquanto Chilli (Jake Johnson) é o chapadão caricato e Hannibal Buress é o neurótico -- e muito mal-aproveitado -- Fumaça.

Mas a grande estrela do grupo é Jeremy Renner, que encarna o grande campeão da brincadeira, Jerry, detentor do recorde de nunca ter sido pego. No entanto, de casamento marcado, parece que este será o seu último ano jogando, notícia que deixa seus amigos ansiosos para explorar a situação e finalmente desbancar o maioral.

Se você procura uma comédia inteligente que desafia conceitos, recheada de ironia e diálogos sarcásticos é melhor procurar em outro lugar. As analogias da brincadeira com a vida pessoal de cada um é bem óbvia, mas a simplicidade da mensagem é a forma de introduzir um pouco de drama sem deixar que isso afete as risadas.

tepeguei01 8dd03

Ninguém é “café com leite”

Não há dúvidas de que o elenco é o ponto forte do filme. Comandados por Ed Helms (Se Beber Não Case), um veterano do gênero, o grupo mistura bem carisma e talento explorando estereótipos dos próprios atores.

Jon Ham como o executivo orgulhoso é uma piada pronta de seu papel mais famoso, o misógino Don Drapper da série Mad Men. Algo ainda mais explícito no caso de Jeremy Renner, e seu “Vingador” suburbano capaz de antecipar movimentos (à la Sherlock Holmes) e de fugas acrobáticas no melhor estilo Aaron Cross (Legado Bourne).

Fica aqui também o lamento pelo talento desperdiçado de Hannibal Buress, cujo personagem “Fumaça” é mal-explorado e mais parece uma “inclusão” social. Uma pena, pois Buress é, de fato, o ator que entrega a performance mais genuína, sem cair no seu repertório básico. Sendo que o mesmo vale para o elenco feminino composto das excelentes Isla Fisher, Rashida Jones e Leslie Bibb.

A direção de Jeff Tomsic não é tão inspirada quanto a da dupla Jonathan Goldstein e John Francis Daley (A Noite do Jogo), mas entrega algumas cenas bem construídas. Perseguições dignas de filmes de ação entregam comédia física sem cair no ridículo.

O grande deslize fica por conta da aparente falta de química do grupo. Em nenhum momento o grupo realmente transparece toda a amizade que os mantém juntos a tanto tempo. Pode-se argumentar que esse aparente distanciamento é intencional e parte do desenvolvimento da trama que toca em temas como o distanciamento e maturidade. Na prática, fica difícil de acreditar em uma amizade tão verdadeira em um grupo tão dissociado.

tepeguei02 83ea3

Pique!

Te Peguei! é uma boa comédia que aproveita um modelo que a Warner parece ter refinado com muita autoridade. A comédia para adultos que não se prende a gêneros, mas sabe seus limites. Drama e humor são balanceados pela ação, com roteiros simples e diretores criativos.

O estúdio conseguiu entregar “gostosas risadas” sem cair em extremos do gênero. Se o padrão Warner de fazer comédia tem espaço para crescimento ou se já está saturado não é importante, desde que continue nos fazendo rir.

Te Peguei! não é perfeito, e certamente não é memorável, mas em um nicho tão explorado, é um filme que entrega exatamente o que você espera, algumas horas de escapismo com alguma boas risadas.

Warner Bros. confirma Joaquin Phoenix como Coringa em filme solo do vilão

O segredo menos guardado do mundo finalmente foi confirmado. Depois de todo mundo já cochichar sobre o desenvolvimento de um filme solo do Coringa, arqui-inimigo do Batman, a Warner Brothers finalmente confirmou que Joaquin Phoenix vai encarnar o Rei Palhaço do Crime.

Vários rumores já circulavam dando conta do desenvolvimento de um filme sobre a origem do vilão da DC Comics e agora, o "The Hollywood Reporter"confirmou toda a história. A Warner fechou contrato com o ator vencedor do Globo de Ouro e do Grammy, para encabeçar o elenco da produção que terá orçamento de "apenas" US$ 55 milhões e deve começar a filmar já em setembro deste ano.

Na direção temos Todd Phillips, da trilogia Se Beber, Não Case!, que além de dirigir também assina o roteiro, ao lado de Scott Silver (8 Mile - Rua das Ilusões). O filme deve inaugurar o "selo" DC Dark, que terá orçamentos mais modestos e histórias mais sombrias e autorais. 

HaHaHaHaHaHahahaHAhahahAHHAHA

De acordo com a Variety, a história mostrará a origem do vilão e será ambientada nos anos 80, apostando em um tom maduro e se distanciando do estilo típico dos filmes de heróis. Além disso, a publicação também sugere que Robert De Niro estaria sendo cotado para se juntar ao elenco.

Caso 39 | Trailer legendado e sinopse

Renée Zellweger, vencedora do Oscar, estrela esta aterrorizante história sobrenatural, sobre uma assistente social que é designada para o espantoso e perturbador caso de Lillith Sullivan, uma garota com um estranho e misterioso passado. Quando leva Lillith para sua casa, numa tentativa de ajudá-la, tudo se transforma num pesadelo mortal, do qual Emily (Zellweger) pode não sobreviver. Coestrelando Bradley Cooper (Se Beber, Não Case), Caso 39 é um thriller arrepiante, de parar o coração, com assustadoras surpresas que levam a um chocante e sinistro final.

Crítica do filme Cães de Guerra | Trapaceando o sonho americano

Cães de Guerra testa as habilidades cinematográficas de Tood Phillips, mostrando que o diretor é capaz de oferecer algo diferente. Ótimas atuações (com destaque para Jonah Hill), boas risadas e até mesmo um pouco (bem pouco) de reflexão moral, fazem de Cães de Guerra um dos melhores títulos da filmografia do diretor.

O grande trunfo de Cães de Guerra é a sua capacidade de enganar o público. O filme se veste de comédia para contar um drama, celebra o sucesso para mostrar a queda, e essa habilidade ganha corpo em Efrain Diveroli (Jonah Hill), o golpista carismático que guia David Packouz (Miles Teller) e o espectador pelo terreno moralmente ambíguo do mercado internacional de armas.

A história, inspirada em um artigo publicado na revista Rolling Stone, segue a jornada de dois amigos que encontram uma forma (totalmente legal) de participar de licitações do exército estadunidense durante a Guerra do Iraque. Assim, dois caras chapados de vinte e poucos anos em um escritório de Miami, acabam descolando um contrato de 300 milhões de dólares. Porém, todo sonho acaba eventualmente, até mesmo o sonho americano.

caes de guerra01 d4cd9

David Packouz (Miles Teller) anda meio perdido, trabalhar como massoterapeuta malmente paga as contas e sua nova empreitada, vendendo lençóis de luxo para casas de repouso em Miami, não deu muito certo. Sem saber ao certo o que fazer da vida, ele recebe a noticia de que sua namorada Iz (a bela Ana de Armas) está grávida. Essa é a deixa para que Efrain, um velho amigo dos tempos de escola, assuma o controle da vida de Miles e da película como um todo.

Jonah Hill (O Lobo de Wall Street) e Miles Teller (Whiplash – Em Busca da Perfeição) se firmam como dois grandes nomes da sua geração e mesmo com alguns altos e baixos, a presença dos dois é marcante ao longo de Cães de Guerra. Sem sombra de dúvida Jonah Hill é o nome do filme, sua atuação é extravagante como a própria vida de Efrain. É impossível não reparar quando ele está em cena, até mesmo pela sua corpulência (Jonah parece estar mais obeso do que em qualquer outro filme) um traço que evidencia a sede por excesso que guia o personagem.

David é o narrador, mas é Efrain quem se destaca.

Efrain está sempre em busca de mais, mais dinheiro, mais drogas, mais tudo, ele é expansivo e acelerado, seja por conta da sua personalidade ou pela cocaína que flui à la Scarface ao longo de todo o filme. Já David Packouz é o oposto, comedido, mínimo, tranqüilo. Ele é a contraparte perfeita para Efrain.

Jonah cunha um personagem que odiamos amar. Ele é petulante ao extremo e sua flexibilidade moral é uma afronta, mesmo assim ainda criamos empatia por ele.

Se beber dirija...  outros filmes

Todd Phillips (Se Beber Não Case) mostra que atingiu sua maioridade em Hollywood, o que não significa dizer que ele amadureceu. Seguindo os passos de ouros diretores como Adam McKay (Quase Irmãos) e Jay Roach (Austin Powers), Philips foge do seu bioma e explora um cinema diferente, mesmo que apenas na teoria.

Phillips é tão trapaceiro quanto Efrain, ele absorve o ritmo alucinante de Scorsese em O Lobo de Wall Street a linguagem dinâmica de McKay em A Grande Aposta e faz com que tudo pareça naturalmente seu. Ficamos com a impressão de que se trata de um novo episódio da franquia Se Beber Não Case, especialmente durante a primeira parte do filme.

caes de guerra02 c3732Longe de ser perfeito, Phillips acaba somando mais acertos do que erros, entregando assim um filme mordaz e bem afinado. Com uma trilha sonora acertada e alguns artifícios narrativos inteligentes (como a divisão do filme em capítulos) a película consegue maquiar muitas de suas falhas. No final temos um bom filme que nos deixa com a impressão geral de que Phillips ainda possui algumas cartas na manga.

Perfeita É A Mãe! | Trailer legendado e sinopse

Em Perfeita É A Mãe! (Bad Moms, USA, 2016), três mães estafadas com a maternidade chegam no limite, e se unem para uma cômica e revolucionária reviravolta. Dos roteiristas da trilogia Se Beber, Não Case!, esta comédia traz no elenco as incríveis Mila Kunis (Amizade Colorida), Kristen Bell (House of Lies, Gossip Girls), Christina Applegate (Férias Frustradas), Kathryn Hahn (Quase Irmãos) e Jada Pinkett Smith (Gothan, O Professor Aloprado).

Cinema: confira as estreias do dia 10 de Setembro

A semana foi um pouco mais curta e já chegou quinta-feira, o que significa que temos grandes lançamentos chegando aos cinemas de todo o Brasil.

O dia é marcado por alguns filmes que são muito esperados. Quem mais vai se dar bem neste final de semana é a galera que curte filmes de ação e comédia.

Sem mais delongas, vamos ver as estreias da semana!

Carga Explosiva: O Legado

Prequel de Carga Explosiva. O início da trajetória de Frank Martin, seu relacionamento com o pai e a vida antes de se tornar transportador de mercadorias desconhecidas. No filme, Frank é contratado pela femme fatale Anna e suas três deslumbrantes ajudantes, mas logo ele descobre que ele está sendo enganado.

Anna e suas cúmplices sequestraram seu pai (Ray Stevenson), a fim de coagir Frank em ajudá-las a derrubar um grupo cruel de traficantes de seres humanos russos. Alimentado pela vingança, ele irá quebrar todas as suas regras e não vai parar por nada para resgatar seu pai neste longa de ação através da Riviera Francesa.

Férias Frustradas



A nova geração dos Griswolds está de volta. Férias Frustradas, uma produção da New Line Cinema, é estrelado por Ed Helms (filmes “Se Beber, Não Case”) e Christina Applegate (“O Âncora”, “Tudo Por Um Furo”), que embarcam com a família numa outra desastrosa aventura. O filme marca a estreia de Jonathan Goldstein e John Francis Daley na direção.

Seguindo os passos de seu pai e esperando enriquecer a relação familiar, um Rusty Griswold (Helms) já adulto surpreende sua esposa, Debbie (Applegate), e seus dois filhos com uma viagem de carro cruzando o país com destino ao parque de diversão em família favorito da América: Walley World.

Nocaute

No auge da carreira e da vida pessoal, o boxeador Billy "The Great" Hope (Jake Gyllenhaal) tem basicamente tudo o que sempre sonhou para sua vida. Até que num terrível golpe do destino ele perde a esposa (Rachel McAdams), sua filha é levada pelo Serviço Social, sua casa e seus bens são tomados pelo banco. Billy fica apenas com a bebida e as drogas.

Sem amigos e recursos, ele procura a ajuda do ex-lutador de boxe Tick (Forest Whitaker) para voltar ao ringue, recuperar a guarda da filha, o título mundial e também a sua própria vida. Estreia dia 10/09 nos cinemas.

m cafe 5407e

Fala pra gente, qual desses filmes você vai conferir nos cinemas?

Café com Filme convida para a Pré de Férias Frustradas em Curitiba

A nova geração dos Griswolds está de volta. Férias Frustradas, uma produção da New Line Cinema, é estrelado por Ed Helms (filmes “Se Beber, Não Case”) e Christina Applegate (“O Âncora”, “Tudo Por Um Furo”), que embarcam com a família numa outra desastrosa aventura. O filme marca a estreia de Jonathan Goldstein e John Francis Daley na direção.

Seguindo os passos de seu pai e esperando enriquecer a relação familiar, um Rusty Griswold (Helms) já adulto surpreende sua esposa, Debbie (Applegate), e seus dois filhos com uma viagem de carro cruzando o país com destino ao parque de diversão em família favorito da América: Walley World.

O Café com Filme tem o prazer de convidar você para conferir a sessão exclusiva de pré-estreia do filme "Férias Frustradas", que vai acontecer nesta quarta-feira (09/09), às 21h30, no UCI Cinemas do Shopping Palladium.

Para ver este filme no cinema antes de todo mundo, basta preencher o formulário abaixo das 12h do dia 09/09 até as 16h do dia 09/09:

Atenção: a promoção é limitada a cota de 15 pares de convites e cada pessoa pode realizar apenas um cadastro (não sendo possível obter convites para terceiros). Não serão aceitos cadastros realizados fora do período estipulado acima. Os contemplados serão comunicados via email.