antonio pedro - Café com Filme

A Guerra dos Pelados | Cena oficial e sinopse

Durante a campanha do Contestado, sangrento conflito de fronteiras que tumultua o interior catarinense - de 1912 a 1916, a concessão de vasta extensão de terras a uma companhia ferroviária desaloja os posseiros que, formando um exército — chamado de "pelados", pois rasparam a cabeça e se entricheiraram num reduto messiânico, lembrando Canudos — e se lançando em luta contra os donos das terras.

Dor e Glória | Novo trailer legendado e sinopse

Salvador Mallo (Antonio Banderas) é um melancólico cineasta em declínio que se vê obrigado a pensar sobre as escolhas que fez na vida quando seu passado retorna. Entre lembranças e reencontros, ele reflete sobre sua infância na década de 1960, seu processo de imigração para a Espanha, seu primeiro amor maduro e sua relação com a escrita e com o cinema.

Quase Memória | Trailer oficial e sinopse

Carlos Jovem recebe um pacote, uma situação rotineira para um jornalista. Mas o pacote soa diferente. O nó que amarra o embrulho, o cheiro, a letra no envelope: só poderia ter sido enviado por seu pai, Ernesto , morto há anos. Um pai que sempre criou situações inusitadas – como essa. Abrir ou não essa surpreendente remessa? Enquanto decide, Carlos reconstrói suas divertidas memórias ao lado desse pai genialmente louco enquanto conversa com ele mesmo em outra fase da vida: Carlos Velho.

No (2012) | Trailer legendado e sinopse

Chile, 1988. Pressionado pela comunidade internacional, o ditador Augusto Pinochet aceita realizar um plebiscito nacional para definir sua continuidade ou não no poder. Acreditando que esta seja uma oportunidade única de pôr fim à ditadura, os líderes do governo resolvem contratar René Saavedra (Gael García Bernal) para coordenar a campanha contra a manutenção de Pinochet. Com poucos recursos e sob a constante observação dos agentes do governo, Saavedra consegue criar uma campanha consistente que ajuda o país a se ver livre da opressão governamental.

A Fábrica de Nada | Trailer legendado e sinopse

Em uma fábrica portuguesa, um grupo de funcionários começa a notar um esquisito padrão: a cada dia, mais e mais máquinas e matérias-primas somem do complexo industrial. Logo, eles descobrem que seus próprios patrões são os responsáveis pelos roubos. Determinados a mudar a situação, eles decidem adotar uma postura drástica: permanecer na fábrica até os roubos cessarem.

DPA - O Filme 2: O Mistério Italiano | Novo trailer oficial e sinopse

Desta vez, os Detetives do Prédio Azul são desafiados a atravessar um oceano para concluir uma investigação e salvar um grupo de crianças enganadas por dois bruxos disfarçados de produtores de um concurso musical. Seguindo pistas, Pippo (Pedro Henriques Motta), Sol (Leticia Braga) e Bento (Anderson Lima) encaram uma viagem de vassoura até a Itália, onde, não por acaso, também acontece o maior evento de magia do mundo – a Expo-Bruxo. Com a missão de salvar a implicante feiticeira Berenice (Nicole Orsini) e as outras crianças enganadas por Máximo (Diogo Vilella) e Mínima Buongusto (Fabiana Karla), o trio é ajudado por Nonno Giuseppe (Antonio Pedro), o avô italiano de Pippo. A bordo do tuk-tuk do avô, Pippo e seus amigos prometem desvendar mais um mistério e provar que para os Detetives do Prédio Azul nada acaba em pizza.  

Crítica do filme Ferrugem | Cuidado com o que compartilha

Quando você compartilha imagens íntimas, você também compartilha consequências. Esse assunto enfrentado por muitos pais, professores e adolescentes torna “Ferrugem”, dirigido por Aly Muritiba, um filme universal. O conteúdo compartilhado pode gerar consequências bem graves, como no caso abordado no longa e em histórias que são vistas diariamente na internet.

Desde sua estreia no Festival de Sundance em janeiro e mais recentemente ganhando os holofotes após levar o Kikito de Melhor Filme no Festival de Gramado, “Ferrugem” tem como objetivo principal gerar discussões a respeito do tema.

A campanha “#eAgoraqueVoceSabe” foi criada para que essa discussão seja centralizada, compartilhando os possíveis problemas causados pelo compartilhamento de conteúdos íntimos, além dos cuidados para não ser vítima de “revenge porn”.

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A trama já está apresentada no trailer, que já serve como ponto de partida para uma discussão mais detalhada, mas o interessante é ver como as consequências das ações dos personagens são abordadas. O roteiro é assinado por Muritiba e Jessica Candal, que dividem o filme em duas partes, a primeira focada na jovem Tati (Tiffanny Dopke) que teve um vídeo íntimo vazado e a segunda em todas as consequências dessa atitude.

A direção de fotografia de Rui Pocas entrega o tom necessário para cada momento da história, alternando entre explosão de cores e algo quase monocromático. Mas o brilho fica por conta do desenho de som de Alexandre Rogoski, criando uma sutil atmosfera angustiante complementada por longos momentos de silêncio mórbido.

A primeira parte é decididamente feita pensando nos adolescentes, com um ritmo acelerado, muita cor e música, mas que abruptamente se torna um drama familiar carregado de tons escuros e longos momentos silenciosos na segunda parte. A perspectiva da história passa para Renet (Giovanni de Lorenzi), um garoto esquisito e depressivo, que parece estar bastante abalado por tudo que aconteceu com Tati.

Enquanto a primeira parte trilha o abrupto caminho auto-destrutivo de Tatiana, a segunda parte revela momentos cotidianos da vida de Renet, com a culpa corroendo e se arrastando lentamente, tal como ferrugem. 

Sua esquisitice é reflexo do divórcio de seus pais e todo esse cenário aliado a falha de comunicação é exposto com Renet se recusando a falar com sua mãe Raquel (Clarissa Kiste) e seu pai/professor Davi (Enrique Diaz) que está aprendendo a exercer a função de pai desde que Raquel o deixou. 

Raquel representa uma mulher que busca seu espaço sem ter medo de ser feliz. Depois de se dedicar exclusivamente aos filhos durante 17 anos, parte em busca de tudo que ela abandonou antes de formar uma família. Ela não possui o tradicional sentimento de culpa por nada disso, muito menos em deixar a guarda dos filhos, que ela deixa bem claro que ama muito, com o ex-marido. Ela é a personagem mais sensata e que aparece para movimentar a trama, e consequentemente representa diversos tabus a respeito de família e do papel da mulher na sociedade e na maioria dos filmes. 

Um dos momentos mais geniais é a conversa entre Raquel e Davi dentro do carro. A cena toda é gravada do banco de trás do carro, e assim como toda a segunda parte, é bastante fechada e intimista. Chove bastante e o vidro do carro começa a embaçar. Enquanto Davi dirige, Raquel tenta conversar para tentar resolver ou pelo menos entender o que está acontecendo durante o tempo em que ela esteve longe.

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Entre remorsos e lembranças do passado, Raquel fala que Davi nunca a enxergou de verdade, e por isso seu novo marido é diferente. Enquanto várias coisas são discutidas e esclarecidas, ao final da cena o vidro está desembaçado e a chuva parou. Esse é o tipo de cuidado, tanto na direção quanto roteiro, que tornam Aly Muritiba tão respeitado.

A quebra no tom da narrativa infelizmente resulta em um enredo desnecessariamente complicado e insuportavelmente previsível. É claro que era exatamente essa a ideia a ser passada, a noção de responsabilidade, a comunicação aberta entre pais e filhos e também todas as formas erradas de lidar com isso, como tentar acobertar os erros dos próprios filhos com mentiras.

A premissa é bem cativante, mas o segundo ato é tão lento que retira boa parte do drama. Por outro lado, não acaba de uma forma ainda mais sombria, servindo quase como uma lição para ser transmitida nas escolas e evitar que esse tipo de situação continue se perpetuando. Nenhuma das cenas polêmicas são mostradas na íntegra, já que o objetivo é conscientizar e não chocar, mais um ponto positivo para que o filme sirva de ponto de apoio para discussões como bullying, revenge porn e atos semelhantes.

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Apesar da proposta ser interessante, alguns detalhes impedem “Ferrugem” de ser um filme categórico e abafam seu impacto. A própria disparidade de tempo entre os dois atos, mesmo construindo bem o clima opressivo com os enquadramentos apertados e todas as boas ideias já citadas, a primeira parte não dá a profundidade necessária para que haja mais tempo de empatia com a protagonista.

Talvez a escolha seja proposital, já que essa é a história de diversas meninas que passam por essa situação, mas a distância emocional persiste e a superficialidade dos diálogos colabora para aumentar essa sensação. De forma alguma os atores ou o roteiro são fracos, mas falta uma certa audácia nos confrontos entre personagens, mas acaba sendo mais didático que de fato cinematográfico.

Sem dúvida “Ferrugem” merece todo o destaque e prêmios que já conquistou, principalmente por mostrar um Brasil diferente do esperado, além de debater um tema sempre relevante, propondo reflexões interessantes sobre o tema, mas não impacta tanto quanto poderia. Ainda assim, é recomendadíssimo para todas as idades e público, e que o cinema nacional continue com esse nível de abordagem.

Ferrugem, Las Herederas e Guaxuma são eleitos os melhores filmes em Gramado

"Ferrugem", de Aly Muritiba, foi eleito pelos jurados do 46º Festival de Cinema de Gramado o Melhor Filme de longa-metragem brasileiro dessa edição. A produção paranaense levou ainda os Kikitos de Melhor Roteiro (Jessica Candal e Aly Muritiba) e Melhor Desenho de Som (Alexandre Rogoski, por Ferrugem). "A Cidade Dos Piratas", de Otto Guerra, recebeu menção honrosa "por colocar questões atuais no formato de humor não domesticado".

Entre os longas estrangeiros, o filme paraguaio "Las Herederas" saiu consagrado, com quatro dos seis Kikitos em disputa: além de Melhor Filme, Marcelo Martinessi foi eleito o Melhor Diretor e ganhou também o prêmio de Melhor Roteiro. O Kikito de Melhor Atriz ficou com o trio de protagonistas da película, que aborda o amor entre mulheres na terceira idade: Ana Brum, Margarita Irun e Ana Ivanova. "Las Herederas" também foi o favorito do público do 46º Festival de Cinema de Gramado.

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Já o prêmio Especial do Júri foi para "Averno", de Marcos Loayza, "pela sua ousadia em contar uma história que se inspira na mitologia própria da Bolívia, mas distanciada dos modelos cinematográficos tradicionais".

Entre os filmes de curta-metragem brasileiros, vitória da animação "Guaxuma", de Nara Normande. O júri ainda concedeu um prêmio especial para "Estamos todos aqui", "pela coragem e pertinência de retratar cinematograficamente temas de grande relevância social, num ato criativo de imersão e de digna resistência".

Nessa competição, os jurados também justificaram a escolha de Maria Tugira Cardoso como a melhor atriz. Ela, na verdade, é a personagem do documentário "Catadora de gente", mas os avaliadores de Gramado entenderam que "pela força de seu carisma singular, história de vida e por entender que o protagonismo no documentário está como para a atuação na ficção", a recicladora merecia o Kikito. Ainda entre os curtas, o Prêmio Canal Brasil ficou com "Nova Iorque", de Leo Tabosa.

O júri da crítica presente no 46º Festival de Cinema de Gramado também elegeu os três melhores filmes na opinião de seus integrantes. Entre os longas, "Benzinho", de Gustavo Pizzi se destacou em razão do "domínio do ritmo, dos pequenos detalhes do cotidiano e do retrato terno dos laços familiares aliados à simplicidade de sua narrativa e à força do elenco".

Também recaiu sobre "Las Herederas", de Marcelo Martinessi, a escolha da crítica: "pela delicadeza ao destacar personagens de uma faixa de idade pouco retratada através da sexualidade, assim como seus espaços em nossa sociedade como também seu impressionante conjunto de atuações".

Por fim, o melhor filme em curta-metragem brasileiro na opinião da crítica foi "Torre", de Nádia Mangolini. A justificativa foi o "uso inventivo da técnica animação" e também "pelo respeito aos personagens e suas memórias, e pela reflexão de um período traumático da nossa história". A produção levou também o troféu do Juri Popular.

Veja quem foram os vencedores do 46º Festival de Cinema de Gramado

Curta-metragem brasileiro

Melhor Desenho de Som: Fábio Carneiro Leão, por Aquarela
Melhor Trilha Musical: Manoel do Norte, por A Retirada Para Um Coração Bruto
Melhor Direção de Arte: Pedro Franz e Rafael Coutinho, por Torre
Melhor Montagem: Thiago Kistenmacker, por Aquarela
Melhor Fotografia: Beto Martins, por Nova Iorque
Melhor Roteiro: Marco Antônio Pereira, por A Retirada Para Um Coração Bruto
Melhor Ator: Manoel do Norte, por A Retirada Para Um Coração Bruto
Melhor Atriz: Maria Tugira Cardoso, por Catadora de Gente
Prêmio Especial do Júri: Estamos todos aqui, de Chico Santos e Rafael Mellim
Prêmio Canal Brasil de Curtas: Nova Iorque, de Leo Tabosa
Melhor Filme do Júri Popular: Torre, de Nádia Mangolini
Melhor Direção: Fábio Rodrigo, por Kairo
Melhor Filme: Guaxuma, de Nara Normande

Longas estrangeiros

Melhor Fotografia: Nelson Waisntein, por Averno
Melhor Roteiro: Marcelo Martinessi, por Las Herederas
Melhor Ator: Nestor Guzzini, por Mi Mundial
Melhor Atriz: Ana Brum, Margarita Irun e Ana Ivanova, por Las Herederas
Prêmio Especial do Júri: Averno, de Marcos Loayza
Melhor Filme do Júri Popular: Las Herederas, de Marcelo Martinessi
Melhor Direção: Marcelo Martinessi, por Las Herederas
Melhor Filme: Las Herederas, de Marcelo Martinessi

Longas brasileiros

Melhor Desenho de Som: Alexandre Rogoski, por Ferrugem
Melhor Trilha Musical: Max De Castro e Wilson Simoninha, Por Simonal
Melhor Direção de Arte: Yurika Yamazaki, por Simonal
Melhor Montagem: Gustavo Giani, por A Voz Do Silêncio
Melhor Ator Coadjuvante: Ricardo Gelli, por 10 Segundos Para Vencer
Melhor Atriz Coadjuvante: Adriana Esteves, por Benzinho
Melhor Fotografia: Pablo Baião, por Simonal
Melhor Roteiro: Jessica Candal e Aly Muritiba, Por Ferrugem
Melhor Ator: Osmar Prado, por 10 Segundos Para Vencer
Melhor Atriz:  Karine Telles, por  Benzinho
Menção Honrosa: A Cidade Dos Piratas, de Otto Guerra
Melhor filme do Júri Popular: Benzinho, de Gustavo Pizzi
Melhor Direção: André Ristum, por A Voz Do Silêncio
Melhor Filme: Ferrugem, de Aly Muritiba

Prêmios da Crítica

Melhor filme em curta-metragem brasileiro: Torre
Melhor filme em longa-metragem estrangeiro: Las Herederas
Melhor filme em longa-metragem brasileiro: Benzinho

Não Se Preocupe, Nada Vai Dar Certo! | Trailer oficial e sinopse

O ator Lalau Velasco vive mambembando pelo Brasil uma comédia em pé sobre as agruras de sua vida. Em turnê pelo Ceará, ele é contratado para representar na vida real um guru internacional, atração de um workshop sobre enriquecer sem culpa. Lalau aceita o desafio e se vê envolvido em um plano de corrupção, traição e assassinato de uma empresária e candidata ao Senado, Carol Gomide.

Preso como assassino, jura que é inocente e que foi contratado por uma jornalista para representar o guru. Eis que entra em cena o ator Ramon Velasco, seu pai e empresário. Conseguirá Ramon descobrir o verdadeiro assassino e libertar o filho? Não se preocupe nada vai dar certo...

Vendo Ou Alugo | Trailer oficial e sinopse

Um casarão no pé de um morro, na Zona Sul do Rio, é habitado por uma família com quatro gerações de mulheres, que já foi riquíssima, mas está afundada em dívidas. Maria Alice (Marieta Severo) terá que convencer a mãe, a filha e a neta de que só há uma solução para escaparem da falência: tentar vender a casa antes que ela vá a leilão. Resta saber se a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) à favela vai ajudar ou atrapalhar a venda da mansão.