Eva Green - Café com Filme

Baseado Em Fatos Reais | Trailer legendado e sinopse

Delphine é a autora de um romance altamente pessoal dedicado a sua mãe que se tornou um best-seller. Esgotada em função das inúmeras cobranças e frustrada por suas memórias, Delphine é atormentada por cartas anônimas que a acusam de ter jogado sua família para os leões. A romancista está em uma rotina, paralisada com a ideia de ter que começar a escrever novamente. Seu caminho então cruza o de Elle. A jovem é encantadora, inteligente e intuitiva. Ela entende Delphine melhor do que qualquer um. Delphine gosta de Elle, confia nela, abre-se. Até onde ela irá depois de se mudar para o apartamento da escritora? Ela veio preencher um vazio ou criar um novo? Dar um novo impulso ou roubar sua vida?

Veja quem foram os vencedores do Globo de Ouro 2018

Com uma cerimônia marcada pelas manifestações a favor da igualdade de gênero e raça, presentes em desde os discursos até os looks no tapete vermelho, o 75º Globo de Ouro aconteceu neste domingo, dia 08 de janeiro de 2017. A começar pelo host Seth Meyers, que acertou nos cutucões mencionando de Harvey Weinstein a Kevin Spacey, o evento foi cheio de mensagens a favor da sororidade, contra os abusos, contra a desigualdade.

E assim as premiações em si quase ficaram como coadjuvantes! As estrelas da noite foram os filmes "Três Anúncios Para Um Crime", "Lady Bird - É hora de voar" e "A Forma da Água" que levaram mais do que um Globo de Ouro cada, enquanto "Dunkirk" e "The Post - A Guerra Secreta" ficaram para escanteio. Já com relação às produções para TV, brilharam "Big Little Lies", "The Handmaid's Tale" e "The Marvolous Mrs. Maisel".

Oprah Winfrey, por sua vez, foi a homenageada da noite, fazendo um discurso direto e inspirador sobre os temas que vêm sendo discutidos no universo do cinema e da televisão. "Este ano, nós nos tornamos a história. Mas não é a história das mulheres no cinema, é uma história que transcende tudo isso. São as mulheres que trabalham como empregadas domésticas, que trabalham nas fazendas, nas fábricas", disse ela, que finalizou seu discurso fazendo menção à campanha Time's Up, que pede o fim dos abusos contra as mulheres.

Veja a lista completa de indicados e respectivos vencedores!

Melhor Filme Dramático

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Me Chame pelo seu Nome

Dunkirk

The Post - A Guerra Secreta

A Forma da Água

Melhor Filme Cômico ou Musical

m cafe 5407e Lady Bird - É hora de voar

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Eu, Tonya

Artista do Desastre

Corra

O Rei do Show

Melhor Diretor

m cafe 5407e Guillermo del Toro - A Forma da Água

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Martin McDonagh - Três Anúncios Para Um Crime

Christopher Nolan - Dunkirk

Ridley Scott - Todo o Dinheiro do Mundo

Steven Spielberg - The Post - A Guerra Secreta

Melhor Roteiro

m cafe 5407e Martin McDonagh - Três Anúncios Para Um Crime

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Liz Hannah, Josh Singer - The Post - A Guerra Secreta

Aaron Sorkin - A Grande Jogada

Guillermo del Toro, Vanessa Taylor - A Forma da Água

Greta Gerwig - Lady Bird - É hora de voar

Melhor Atriz em Filme Dramático

m cafe 5407e Frances McDormand - Três Anúncios Para Um Crime

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Sally Hawkins - A Forma da Água

Meryl Streep -  The Post - A Guerra Secreta

Michelle Williams - Todo o Dinheiro do Mundo

Jessica Chastain - A Grande Jogada

Melhor Ator em Filme Dramático

m cafe 5407e Gary Oldman - O Destino de Uma Nação

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Timothée Chalamet - Me Chame pelo seu Nome

Daniel Day-Lewis - A Ameaça Fantasma

Tom Hanks - The Post - A Guerra Secreta

Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.

Melhor Série Dramática

m cafe 5407e The Handmaid's Tale

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The Crown

Game of Thrones

Stranger Things

This Is Us

Melhor Série de Comédia ou Musical

m cafe 5407e The Marvelous Mrs. Maisel

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Black-ish

Master of None

SMILF

Will & Grace

Melhor Canção Original

m cafe 5407e This Is Me - O Rei do Show

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Mighty River - Mudbound - Lágrimas Sobre O Mississipi

Remember Me - Viva - A Vida é uma Festa

The Star - The Star

Home - O Touro Ferdinando

Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical

m cafe 5407e Saoirse Ronan - Lady Bird - É hora de voar

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Judi Dench - Victoria & Abdul

Helen Mirren - The Leisure Seeker

Margot Robbie - Eu, Tonya

Emma Stone - A Guerra dos Sexos

Melhor Ator Coadjuvante em Cinema

m cafe 5407e Sam Rockwell - Três Anúncios Para Um Crime

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Willem Dafoe - The Florida Project

Armie Hammer - Me Chame pelo seu Nome

Richard Jenkins - A Forma da Água

Christopher Plummer - Todo o Dinheiro do Mundo

Melhor Atriz Coadjuvante em Cinema

m cafe 5407e Allison Janney - Eu, Tonya

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Mary J. Blige - Mudbound - Lágrimas Sobre O Mississipi

Hong Chau - Pequena Grande Vida

Laurie Metcalf - Lady Bird - É hora de voar

Octavia Spencer - A Forma da Água

Melhor Trilha Sonora Original

m cafe 5407e Alexandre Desplat - A Forma da Água

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Carter Burwell - Três Anúncios Para Um Crime

Jonny Greenwood - Ameaça Fantasma

John Williams -  The Post - A Guerra Secreta

Hans Zimmer - Dunkirk

Melhor Ator em Comédia ou Musical para o Cinema

m cafe 5407e James Franco - Artista do Desastre

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Daniel Kaluuya - Corra

Steve Carell - A Guerra dos Sexos

Ansel Elgort - Em Ritmo de Fuga

Hugh Jackman - O Rei do Show

Melhor Filme Estrangeiro

m cafe 5407e Em Pedaços - França, Alemanha

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Loveless - Rússia

The Square - A Arte Da Discórdia - Suécia, Alemanhã, França

Uma Mulher Fantástica - Chile

First They Killed My Father - Camboja

Melhor Atriz em Série Dramática

m cafe 5407e Elisabeth Moss - The Handmaid's Tale

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Caitriona Balfe - Outlander

Claire Foy - The Crown

Maggie Gyllenhaal - The Deuce

Katherine Langford - 13 Reasons Why

Melhor Atriz em Série de Comédia ou Musical

m cafe 5407e Rachel Brosnahan - The Marvelous Mrs. Maisel

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Alison Brie - Glow

Issa Rae - Insecure

Frankie Shaw - SMILF

Pamela Adlon - Better Things

Melhor Ator em Série de Comédia ou Musical

m cafe 5407e Aziz Ansari - Master of None

Anthony Anderson - Black-ish

Kevin Bacon - I Love Dick

William H. Macy - Shameless

Eric McCormack - Will & Grace

Melhor Filme de Animação

m cafe 5407e Viva - A Vida é uma Festa

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O Poderoso Chefinho

The Breadwinner

O Touro Ferdinando

Com Amor, Van Gogh

Melhor Ator em Série Dramática

m cafe 5407e Sterling K. Brown - This Is Us

Jason Bateman - Ozark

Freddie Highmore - The Good Doctor

Bob Odenkirk - Better Call Saul

Liev Schreiber - Ray Donovan

Melhor Minissérie ou Filme Feito para TV

m cafe 5407e Big Little Lies

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Fargo (TV show)

Feud: Bette And Joan

The Sinner

Top of The Lake: China Girl

Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV

m cafe 5407e Alexander Skarsgård - Big Little Lies

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Christian Slater - Mr. Robot

David Thewlis - Fargo (TV show)

David Harbour - Stranger Things

Alfred Molina - Feud: Bette And Joan

Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para TV

m cafe 5407e Nicole Kidman - Big Little Lies

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Jessica Biel - The Sinner

Jessica Lange - Feude: Bette and Joan

Susan Lange - Feude: Bette and Joan

Reese Whiterspoon - Big Little Lies

Melhor Ator em Minissérie ou Filme para TV

m cafe 5407e Ewan McGregor - Fargo

Robert De Niro - The Wizard of Lies

Jude Law - The Young Pope

Kyle MacLachlan - Twin Peaks

Geoffrey Rush - Genius

Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Filme para TV

m cafe 5407e Laura Dern - Big Little Lies

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Ann Dowd - The Handmaid's Tale

Chrissy Metz - This Is Us

Michelle Pfeiffer - The Wizard of Lies

Shailene Woodley - Big Little Lies

Império Proibido | Trailer oficial e sinopse

No início do século 18, o cartógrafo Jonathan Green empreende uma viagem científica da Europa para o Oriente. Passando pela Transilvânia e cruzando as montanhas dos Cárpatos, ele se encontra em uma pequena vila perdida na floresta. Somente o acaso e o nevoeiro pesado poderia levá-lo a este lugar amaldiçoado. As pessoas que vivem aqui não se parecem com qualquer outro povo que o viajante viu antes.

Crítica do filme Blade Runner 2049 | Da tecnologia à sedução

Já faz quase meio século que Philip K. Dick previu — em “Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?” — que as máquinas dominariam o mundo. Ainda que aclamada pela crítica, tal obra se popularizou mesmo em “Blade Runner, o Caçador de Androides”, adaptação que levava parte deste universo para a telona.

Dirigido pelo mago da ficção Ridley Scott, o filme que completa seus trinta e poucos anos ganha agora uma continuação inesperada. Ambientado trinta anos no futuro, “Blade Runner 2049” revela que a Terra não mudou tanto, mas que há segredos que podem desencadear em uma série de eventos que podem ser destrutivos.

Nesta continuação, temos um novo blade runner na trilha investigativa. O policial K (Ryan Gosling) segue à risca as ordens da tenente Joshi (Robin Wright) e, em seu atual caso, ele tem a incumbência de interrogar um fazendeiro rebelde e levá-lo para as autoridades. Todavia, a missão que parecia bastante simples acaba dando pistas para uma nova apuração.

Após desenterrar uma caixa misteriosa, ele encontra pistas que podem indicar onde está o antigo blade runner Rick Deckard (Harrison Ford). Como o policial aposentado está relacionado aos novos fatos? O que a polícia sabe de fato sobre as pistas deste caso? E qual a ligação da empresa dos replicantes por trás disso tudo?

Há inúmeras indagações e não pretendo dar pistas neste texto, já que as respostas estão todas nas 2 horas e 43 minutos de filme, tempo bem aproveitado para expandir este universo a patamares inimagináveis. Com isso, posso adiantar que “Blade Runner 2049” não é apenas uma sequência espetacular, mas uma ficção ousada e muito completa. Vamos prosear.

Um vislumbre nítido do futuro

Toda obra cinematográfica pode estar um tanto limitada à sua época de produção, bem como à proposta de roteiro. No caso desta continuação, o atual momento é mais do que propício para criar e transformar toda a parte artística de inúmeras formas, já que a tecnologia de efeitos visuais não é uma limitação para a ambição da equipe de design e fotografia.

Falando na história do filme, há elementos reaproveitados e expandidos do longa-metragem de origem, mas, graças ao avanço no período de narração de “Blade Runner 2049”, podemos perceber como é possível incrementar ainda mais um universo rico em imaginação e levar a plateia para um futuro mais coerente e até convincente. Tecnologia é a palavra-chave e ela está em tudo, de carros a sistemas, de androides a interfaces.

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Enquanto o primeiro título era focado no cenário noturno e em ambientes fechados, a obra dirigida por Denis Villeneuve nos dá uma imersão maior na grande cidade dos androides. O colorido ainda é chamativo, porém há maior nível de detalhes na construção de cenários, com uso de luzes, imagens, outdoors e elementos futuristas que deixam a ambientação mais crível.

Inúmeras cenas são desenvolvidas em plena luz do dia, mostrando regiões inexploradas da Califórnia dividida entre devastação e megaconstruções. Um simples passeio do policial K pelas ruas já é motivo para ficar extasiado com o avanço tecnológico. É claro que aqueles que já viram “Vigilante do Amanhã” podem notar similaridades, mas há inovação para todos os lados.

Os novos personagens apresentados em “Blade Runner 2049” são elementos-chave para essa expansão gloriosa já comentada. Primeiramente, temos o protagonista que, além de ser um androide charmoso, é um herói complexo em todos os sentidos. É talvez a presença de K que garante um desenvolvimento tão misterioso e ao mesmo tempo atraente para a trama.

A interação com sua namorada Joi (Ana de Armas) também vem a calhar, pois ela dá mais uma pincelada das novas tecnologias e agrega em cenas marcantes que reforçam a importância do Blade Runner na trama. Apesar de secundário e justificável, quem fica devendo no desenrolar da história é Jared Leto, que dá uma de Coringa e novamente só aparece de enfeite.

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Tão importante quanto o desenvolvimento de cenário e a imersão dos personagens na história é a direção suprema de Denis Villeneuve, que cria uma conexão perceptível com a narração do roteiro — e também com o estilo de Ridley Scott — e inova ao acrescentar seu dinamismo em inúmeras ocasiões. Todo o aspecto minimalista dos ambientes internos, bem como a característica colossal dos grandes cenários aflora com a visão bem aguçada do diretor.

Revirando a poeira do passado

É claro que Villeneuve não leva os créditos sozinho. Roger Deakins é o homem por trás da fotografia, sendo então um visionário que levou essa nova perspectiva do deserto para o universo de Blade Runner. Há toda uma imensidão, lugares inóspitos, montanhas inacabáveis de lixo e muita poeira — numa tonalidade laranjada que deixa o visual estonteante — que nos levam a conhecer mais do mundo inabitado.

E não é preciso ver o filme para saber que, no meio disso tudo, em algum momento veremos Deckard novamente. O personagem está aqui com dois propósitos: vender ingressos (afinal, os fãs podem se interessar muito mais por revê-lo na telona) e agregar valor ao roteiro, que acaba usando alguns fatos do passado para fazer a ponte e deixar as coisas mais interessantes.

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Seria perfeitamente possível fazer uma continuação sem o policial do primeiro filme, mas sua participação é conveniente e deixa o roteiro bem mais atraente. Apesar de puxar alguns acontecimentos do primeiro longa-metragem, posso afirmar com tranquilidade que não se faz necessário ver o primeiro filme para entender os pormenores da história.

Os roteiristas Michael Green (de “Alien: Covenant” e “Logan”) e Hampton Fancher (de “Blade Runner, o Caçador de Androides”) deixaram a história bem mastigada, ainda que alguns bugs (ou furos) sejam perceptíveis na trama. Os mais atentos vão ver que nem tudo foi resolvido em sua essência, mas pequenas incoerências nem de longe atrapalham a magnitude do filme.

Finaliza o pacote de “Blade Runner 2049” a trilha sonora espetacular e sem precedentes do mestre Hans Zimmer (que você já conhece de inúmeros filmes de Christopher Nolan) e de seu parceiro Benjamin Wallfisch (nome de peso que se destacou neste ano pelas trilhas de “IT – A Coisa” e “Annabelle 2”).

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A colaboração aqui é impecável e o tom de cada artista é notável por características simples, mas que já marcaram suas carreiras. Hans Zimmer entra com tudo com recursos mais pesados, que lembram muito os grandes estrondos de “Dunkirk”, enquanto Wallfisch garante o tom de mistério constante em boa parte da trama.

O resultado são composições intensas, que remetem à sonoridade clássica do Vangelis (compositor da trilha do primeiro filme), porém inovadoras a seu tempo ao trazer algo muito mais robótico e assustador, o que caracteriza bem esse futuro mais carregado de suspense e tecnologia. A trilha já está disponível no Spotify.

Felizmente, todos esses momentos não se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. 

Hoje, temos uma continuação fenomenal chegando aos cinemas, que deve perpetuar o mundo dos replicantes e os Blade Runners para a eternidade. Veja e contemple o futuro!

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Crítica do filme Jogo Perigoso | Ninguém está pronto para este jogo

Parece que Hollywood descobriu uma estante cheia de livros de Stephen King e decidiu fazer todas as adaptações no mesmo ano — o que pode ser muito bom... ou não.

Tudo bem que muito conteúdo do autor é adaptado em forma de curta, mas tivemos dois grandes lançamentos no cinema (“A Torre Negra” e “It – A Coisa”) e, agora, temos a chegada de mais uma história no Netflix.

Sim, estamos falando de “Jogo Perigoso” ou simplesmente “Jogo do Geraldão” (Gerald’s Game, no original). A história é bastante simples, mas o desenrolar pode dar pano pra manga. Após um casamento que caiu na mesmice, Gerald (Bruce Greenwood) decide dar uma apimentada no relacionamento.

A ideia dele é bem simples: passar um fim de semana numa casa isolada com sua esposa Jessie (Carla Gugino) e brincar pesado para reativar o fogo da paixão. Só que, no meio do “vamo vê”, o pobre Gerald acaba sofrendo um ataque cardíaco e o que era para ser um fim de semana romântico pode virar um pesadelo.

Agora, Jessie, algemada na cama, tenta chamar por socorro e encontrar uma saída dessa furada. Todavia, a mente humana pode acabar delirando rapidamente, ainda mais quando o sono, a sede, a fome e visões começam a atrapalhar o senso de realidade. Os perigos são inúmeros quando a vida parece estar próxima do fim.

Na simplicidade do sensual

Bom, é bem possível que você esteja questionando a qualidade deste filme, haja visto que vários títulos cinematográficos provenientes das histórias de King são arduamente criticados por conta de adaptações pouco compatíveis com a criatividade do escritor ou mesmo em termos de produção.

Assim, o primeiro recado é o seguinte: “Jogo Perigoso” é um filme humilde em sua essência, o que implica em simplicidade nas premissas do roteiro e, consequentemente, na transposição dos elementos textuais para a telinha. A história é centrada na casa de campo e nas redondezas, então não espere ver muito mais do que boas cenas num quarto caloroso.

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Aliás, muito legal ver como o roteiro consegue amarrar bem as pontas numa situação que não parece ser tão complexa de resolver. Parte da substância aqui está no mundo real, nas tentativas de encontrar uma saída fácil. Contudo, é claro que o longa-metragem vai além dos simples fatos e mergulha no relacionamento dos personagens para levar a história adiante.

Ainda que a química entre os protagonistas não dure muito, os dois personagens têm bom entrosamento, o que é primordial para o restante da trama. Os dois atores desempenham muito bem e se mostram ainda mais dedicados em cenas posteriores que exigem mais vigor para diálogos intensos.

O destaque, é claro, fica para Gugino. Apesar de alguns primeiros passos fracos, a personagem principal é muito bem construída e dá espaço para a atriz revelar suas múltiplas facetas. Um bom trabalho com muita expressividade, que leva a ajudinha do time de maquiagem e de efeitos.

No limite do desespero mental

Agora, o mais legal em “Jogo Perigoso” é ver a mudança de tonalidade da película. O filme sai do quarto convencional preenchido pelo romance e leva o espectador para um ambiente sombrio, repleto de possibilidades para deixar a mente perturbada. É na fronteira entre o real e o imaginário que o filme consegue prender a atenção do espectador.

É nas brincadeiras com a perspectiva da protagonista que o filme tem seus acertos. Ao mesmo tempo em que a consciência vai perdendo sua lucidez, somos levados para divagações, que parecem tão reais a ponto de nos confundir sobre a veracidade dos fatos. Seria tudo uma grande pegadinha? Um pesadelo pode acabar tão rápido?

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Parte do mérito fica para o diretor e roteirista, Mike Flanagan. O cineasta já se mostrou ousado ao transitar em propostas que vão do suspense tradicional, passando pelo terror convencional (como em "Hush: A Morte Ouve") até chegar num tom mais psicológico. Aqui, ele divide o roteiro com Jeff Howard, com quem já trabalhou em outros filmes como “O Sono da Morte” e “Ouija: Origem do Mal”.

Aos poucos, a trama bem desenvolvida ganha inúmeros desdobramentos, que tanto dão esperança ao rumo das coisas quanto ajudam a explicar os segredos da protagonista. Todavia, o mergulho no subconsciente pode ser profundo e revelar bem mais do que você pode imaginar.

Assim, com essas cartas na manga, o filme arrebenta as correntes de um suspense raso e nos leva a tatear no escuro para conhecer alguns truques mais obscuros da mente. Uma ótima pedida para quem é fã do rei ou simplesmente quer ver um suspense com uma pegada diferente.

O Que te Faz Mais Forte | Trailer legendado e sinopse

Jeff Bauman (Jake Gyllenhaal) é um homem comum que capturou os corações de sua cidade e do mundo para se tornar o símbolo da esperança após o ataque da Maratona de Boston, em 2013. O jovem trabalhador de apenas 27 anos estava na maratona para tentar recuperar sua ex-namorada Erin (Tatiana Maslany). Esperando por ela na linha de chegada, ele acabou perdendo as duas pernas no momento da explosão.

Depois de recuperar a consciência no hospital, Jeff pôde ajudar o policial a identificar um dos criminosos, mas sua própria batalha acaba de começar. O longa retrata meses de reabilitação física e emocional com o apoio inabalável de Erin e sua família. Um relato profundamente pessoal de Jeff sobre a jornada que testa o vínculo de uma família, define o orgulho de uma comunidade e inspira sua coragem interior para superar adversidades devastadoras.