Stan Lee - Café com Filme

O Grande Golpe | Trailer oficial e sinopse

Quando o ex-presidiário Johnny Clay (Sterling Hayden) diz que tem um grande plano, todos querem participar. Especialmente quando o plano é roubar 2 milhões de dólares em um esquema no qual "ninguém vai se machucar". Entretanto, apesar de todo o planejamento, Clay e seus homens se esqueceram de uma coisa: Sherry Peatty (Marie Windsor), uma garota ambiciosa e traiçoeira que está planejando um grande golpe só seu... mesmo que para isso ela precise acabar com toda a gangue de Clay!

Abacus: Pequeno o Bastante para Condenar | Trailer oficial e sinopse

Um mergulho no singular processo da família Sung de imigrantes chineses, donos do banco Abacus Federal Savings, acusados de fraude hipotecária em 2012 pelo procurador-geral de Nova York, Cyrus Vance Jr., na esteira da grave crise financeira de 2008. Durante cinco anos, Thomas Sung, o advogado nascido em Xangai que fundou o banco em 1984, e suas três filhas, moveram uma desgastante e custosa batalha contra as autoridades, defendendo-se das acusações de envolvimento com irregularidades atribuídas a seus empregados e de recebimento de propinas.

Critics' Choice Awards confirma favoritismo de A Forma da Água

Ocorreu ontem, dia 11 de janeiro de 2018, em Santa Monica, Califórnia, o 23º Critics' Choice Awards. A premiação organizada pela Broadcast Film Critics Association (BFCA) e a Broadcast Television Journalists Association (BTJA) — a associação de críticos de cinema de Estados Unidos e Canadá — foi apresentada por Olivia Munn (a Psylocke de X-Men: Apocalipse) e confirmou o favoritismo de A Forma da Água, que levou quatro prêmios e segue forte na "award season" que culminará na estrega dos Oscars, dia 4 de março.

O longa de Guillermo del Toro venceu em quatro categorias. Frances McDormand (Três Anúncios Para um Crime) e Gary Oldman (O Destino de uma Nação) também foram agraciados e certamente serão indicados para o Oscar. O mesmo vale para Sam Rockwell (Três Anúncios Para um Crime) e Allison Janney (Eu, Tonya).

A premiação também homenageou Gal Gadot com o #SeeHer Award, que escolhe mulheres de destaque na indústria. A diretora Patty Jenkins, que trabalhou com Gadot em Mulher Maravilha fez um discurso empoderado e entregou o troféu para a atriz israelita, que é a segunda mulher a receber a honraria; ano passado a homenageada foi Viola Davis, que recebeu o prêmio das mãos de Meryl Streep.

Confira os vencedores do Critics' Choice Awards 2018:

Melhor Filme 

  • Doentes de Amor
  • Me Chame pelo Seu Nome
  • O Destino de uma Nação
  • Dunkirk
  • Projeto Flórida
  • Corra!
  • Lady Bird
  • The Post: A Guerra Secreta
  • A Forma da Água
  • Três Anúncios Para um Crime

Melhor Ator

  • Timothée Chalamet – Me Chame pelo Seu Nome
  • James Franco – Artista do Desastre
  • Jake Gyllenhaal – O Que te Faz Mais Forte
  • Tom Hanks – The Post: A Guerra Secreta
  • Daniel Kaluuya – Corra!
  • Daniel Day-Lewis – Trama Fantasma
  • Gary Oldman – O Destino de uma Nação

Melhor Atriz

Melhor Ator Coadjuvante

  • Willem Dafoe – Projeto Flórida
  • Armie Hammer – Me Chame pelo Seu Nome
  • Richard Jenkins – A Forma da Água
  • Sam Rockwell – Três Anúncios Para um Crime
  • Patrick Stewart – Logan
  • Michael Stuhlbarg – Me Chame pelo Seu Nome

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Mary J. Blige – Mudbound
  • Hong Chau – Pequena Grande Vida
  • Tiffany Haddish – Viagem das Garotas
  • Holly Hunter – Doentes de Amor
  • Allison Janney – Eu, Tonya
  • Laurie Metcalf – Lady Bird
  • Octavia Spencer – A Forma da Água

Melhor Ator ou Atriz Jovem

Melhor Elenco

Melhor Diretor

  • Guillermo del Toro – A Forma da Água
  • Greta Gerwig – Lady Bird
  • Martin McDonagh – Três Anúncios Para um Crime
  • Christopher Nolan – Dunkirk
  • Luca Guadagnino – Me Chame pelo Seu Nome
  • Jordan Peele – Corra!
  • Steven Spielberg – The Post: A Guerra Secreta

Melhor Roteiro Original

  • Guillermo del Toro and Vanessa Taylor – A Forma da Água
  • Greta Gerwig – Lady Bird
  • Emily V. Gordon and Kumail Nanjiani – Doentes de Amor
  • Liz Hannah and Josh Singer – The Post: A Guerra Secreta
  • Martin McDonagh – Três Anúncios Para um Crime
  • Jordan Peele – Corra!

Melhor Roteiro Adaptado

  • James Ivory – Me Chame pelo Seu Nome
  • Scott Neustadter and Michael H. Weber – Artista do Desastre
  • Dee Rees and Virgil Williams – Mudbound
  • Aaron Sorkin – A Grande Jogada
  • Jack Thorne, Steve Conrad, Stephen Chbosky – Extraordinário

Melhor Fotografia

  • Roger Deakins – Blade Runner 2049
  • Hoyte van Hoytema – Dunkirk
  • Dan Laustsen – A Forma da Água
  • Rachel Morrison – Mudbound
  • Sayombhu Mukdeeprom – Me Chame pelo Seu Nome

Melhor Design de Produção (cenários)

Melhor Edição

Melhor Figurino

  • Renée April – Blade Runner 2049
  • Mark Bridges – Trama Fantasma
  • Jacqueline Durran – A Bela e a Fera
  • Lindy Hemming – Mulher Maravilha
  • Luis Sequeira – A Forma da Água

Melhor Maquiagem

Melhores Efeitos Visuais

Melhor de Animação

Melhor Longa de Ação

  • Em Ritmo de Fuga
  • Logan
  • Thor: Ragnarok
  • Planeta dos Macacos: A Guerra
  • Mulher Maravilha

Melhor Filme de Comédia

  • Doentes de Amor
  • Artista do Desastre
  • Viagem das Garotas
  • Eu, Tonya
  • Lady Bird

Melhor Ator em Filme de Comédia

  • Steve Carell – A Guerra dos Sexos
  • James Franco – Artista do Desastre
  • Chris Hemsworth – Thor: Ragnarok
  • Kumail Nanjiani – Doentes de Amor
  • Adam Sandler – Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe

Melhor Atriz em Filme de Comédia

  • Tiffany Haddish – Viagem das Garotas
  • Zoe Kazan – Doentes de Amor
  • Margot Robbie – Eu, Tonya
  • Saoirse Ronan – Lady Bird
  • Emma Stone – A Guerra dos Sexos

Melhor Filme de Terror ou Ficção-Científica

  • Blade Runner 2049
  • Corra!
  • It: A Coisa
  • A Forma da Água

Melhor Filme Estrangeiro

  • 120 Batimentos por Minuto
  • Uma Mulher Fantástica
  • First They Killed My Father
  • Em Pedaços
  • The Square
  • Thelma

Melhor Canção

Melhor Trilha-Sonora

  • Alexandre Desplat – A Forma da Água
  • Jonny Greenwood – Trama Fantasma
  • Dario Marianelli – O Destino de uma Nação
  • Benjamin Wallfisch e Hans Zimmer – Blade Runner 2049
  • John Williams – The Post: A Guerra Secreta
  • Hans Zimmer – Dunkirk

A Seita Maligna | Trailer oficial e sinopse

Durante uma patrulha de rotina, Daniel Carter encontra, em uma estrada isolada, um jovem mancando e ensopado de sangue. Ao levar o garoto até o hospital, eles passam a ser atacados por criaturas assustadoras e misteriosos homens encapuzados.

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado | Trailer oficial e sinopse

Reed Richards e Susan Storm estão prestes a se casar. Mas, durante a cerimônia, algo estranho surge nos céus de Nova York: o Surfista Prateado. Ele é um ser alienígena com grandes poderes, que veio anunciar a chegada de Galactus, o destruidor de planetas, e preparar a Terra para ser destruída por seu mestre. Mas para atingir seu objetivo precisará enfrentar o Quarteto Fantástico.

Crítica do filme Star Wars – Os Últimos Jedi | O despertar dos fanboys

O tão aguardado oitavo episódio de Guerra nas Estrelas despontou nos cinemas na semana passada. De lá para cá, tivemos uma enxurrada de notícias estapafúrdias sobre a aceitação do público quanto ao rumo que as coisas tomaram nas cenas do filme escrito e dirigido por Rian Johnson (que você talvez conheça de “Looper: Assassinos do Futuro”).

De um lado, os fãs mais ávidos aclamam o homem por trás da caneta e da câmera por seus incríveis feitos, alegando que este é o melhor Star Wars de todos os tempos. Do outro, muitos fãs enfatizam suas decepções com uma série de decisões que alegam ser errôneas no contexto geral do universo e incoerentes dentro do próprio filme.

E, dos dois lados da história, temos a velha guerra de xingamentos, com ambos os lados não compreendendo a opinião alheia e jogando argumentos aos quatro ventos de que aqueles que têm ideias diferentes das suas não são os verdadeiros fãs. Claro, como não poderia deixar de ser, ainda temos gente tomando partido político para defender esquerda ou direita.

No meio dessa bagunça, falta gente para avaliar o filme como obra de entretenimento, sem tomar muito partido quanto às decisões nos rumos da história. Aliás, é importante pautar que não adianta espernear e fazer petições, pois tudo que foi passado na telona foi aprovado pela Disney e não há mais volta. O que está ali é o rumo da história e ponto final.

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Assim, resta pontuar aqui o quanto as coisas são coerentes dentro do que foi mostrado e se o filme se sustenta sem precisar retomar ideias do século passado. Antes de partir para o falatório, já adianto que apesar de uma enorme dificuldade, eu tentei manter este texto sem spoilers reveladores. Todavia, se você ainda não viu o filme, recomendo não ler o texto, pois isto pode alterar sua expectativa.

Uma nova pegada nas estrelas

A primeira coisa que devemos dar os parabéns ao senhor Johnson é pela tomada de decisões que foge um bocado das tantas teorias que os tantos fãs tinham antes de ver o filme — mas vamos dar um crédito a alguns fãs, porque sempre vai ter um que dirá “eu falei que ia ser assim”. Bom, tirando os espertalhões, geral ficou surpreso com quase tudo que foi mostrado.

As retomadas das cenas inacabadas do episódio anterior são coerentes em sua maioria, de modo que o filme se conecta bem ao antecessor. Uma guerra nas estrelas top de começo, o retorno real de Luke Skywalker (ao menos ele agora fala e se movimenta), o desenvolvimento dos personagens inéditos desta saga e outras conexões são feitas para conectar os filmes.

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Agora, o que pode vir a chocar — seja positivamente ou negativamente — é a cadeia de ideias subsequentes. É inegável que a mudança no comando do filme deu uma virada chocante no andar da carruagem galáctica, então é normal sentir uma grande chacoalhada do Episódio VII para o VIII. Talvez, seja nesta nova abordagem que as coisas deixaram o público tão dividido.

É perceptível que Rian Johnson recebeu liberdade total para fazer o que bem entendesse com a saga de Star Wars, tanto que ele muda o posicionamento e desenvolvimento de personagens a seu bel-prazer. Sim, a Disney aprovou tudo, então está tudo certo, nada a questionar nesse ponto. Agora, a complexidade da coisa é quando as pontas não se amarram.

Tropeços nas estrelas

Muitos fãs — e eu também — perceberam que há ideias um tanto absurdas e incoerentes com o universo de Guerra nas Estrelas. A mudança no comportamento de personagens-chave, que já tinham todo um background histórico, acaba causando um choque numa geração que estava habituada a uma saga bem consistente.

Além disso, o filme aproveita dicas de outras épocas para explorar coisas que talvez não sejam bem preto no branco. A preguiça notável em criar soluções coerentes no roteiro para dar vez a cenas que deixam os fãs esperneando de emoção é um dos pontos que pode deixar outros tantos fãs irrequietos com grandes besteiras que talvez não façam sentido.

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Seja por falta de evidências claras ou argumentos, cada tomada de decisão crucial no roteiro pode ser tropeço e aí, na soma de todos, pode virar uma grande cambalhota. É curioso que até Mark Hamill diz ter ficado insatisfeito com o rumo do seu personagem e, mesmo que ele tenha voltado atrás, as palavras fortes dele apenas corroboraram o argumento de alguns fãs.

Outro ponto que prejudica muito a trama é a trajetória dos personagens da nova saga. Nós havíamos visto muito pouco deles no primeiro filme, mas agora temos protagonistas mais consistentes em questão de personalidade, mas é claro que isso pode causar reações diferentes em cada fã.

Parte do problema é que, às vezes, o rumo de alguns sujeitos vai contra o ritmo do filme, seja no fator carisma ou na questão de relevância mesmo perante o conceito mais amplo da obra. E vale notar que não estou falando só de desenvolvimento, mas de sequências que deixaram o filme muito mais comprido e não necessariamente agregam valor ao camarote Jedi.

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Há erros de sequência e intromissões de mais, tudo com o único objetivo de deixar o filme mais desesperador. No meu ponto de vista, é impossível não ver esse filme e ter a impressão de que todos os protagonistas vão morrer a todo instante. É uma constante apostar em situações ousadas e que parecem não ter saída, só que aí a emenda saiu pior do que o soneto.

Também fica bem claro que o filme peca no fator ousadia de formas distintas. Há inúmeros clímax, sendo que as decisões drásticas não necessariamente são benéficas para a trama — e, em outras, elas caem em clichês bem toscos. Sim, a decisão cabe apenas ao roteirista, mas se ele queria agradar uma parcela maior de fãs, faltou pensar melhor nas escolhas.

Devemos pautar ainda que o humor pode estar levemente diferente e insistente aqui. Numa época em que se criou um conceito “praçódia da Marvel”, uma enxurrada de fãs pode ter estranhado o excesso de piadas. Sim, é inegável que Star Wars sempre teve cenas engraçadinhas, porém também não podemos negar que isto não foi acentuado na última obra.

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No fim das contas, tal qual disse Mark Hamill, este é claramente um filme para uma nova geração de Star Wars, então pedir coerência nem sempre funciona no roteiro. Ele é um filme que nasceu para agradar a geração que aceitou Rogue One como um Star Wars, sendo também um título que faz alguns fans services em troca de outros desserviços.

Particularmente, eu saí do cinema satisfeito. Apesar de perceber inúmeras falhas, acredito que foram momentos divertidos, principalmente com aqueles Porgs e os nossos androides favoritos. Discordo de muita coisa que tem ali, já que que sempre pode ser diferente, mas a gente está aqui só de espectador. Agora, resta pegar a pipoca e continuar assistindo a guerra dos fanboys, uma das mais pointless.