T.J. Miller - Café com Filme

Olhos de Gato | Trailer oficial e sinopse

Um gato é o elo entre três histórias de terror escritas por Stephen King. O primeiro episódio é sobre Morrison (James Woods), que integra um grupo de ajuda para fumantes, liderado pelo Dr. Monatti (Alan King). No segundo episódio, Cressner (Kenneth McMillan) é um viciado em jogos de azar que faz uma aposta com o amante da esposa. No último episódio, uma garotinha (Drew Barrymore) é aterrorizada por uma pequena e assustadora criatura.

Eli | Trailer legendado e sinopse

Em uma tentativa desesperada de curar o filho de uma doença autoimune, o casal Miller se muda para a mansão esterilizada onde ele será tratado. Lá, Eli tem visões terríveis consideradas alucinações. Mas será que algo muito mais sinistro está acontecendo?

Ameaça Profunda | Novo trailer legendado e sinopse

 Um grupo de pesquisadores se encontra num laboratório subaquático a onze mil metros de profundidade, quando um terremoto causa a destruição do veículo e expõe a equipe ao risco de morte. Eles são obrigados a caminhar nas profundezas marítimas, com quantidade insuficiente de oxigênio, para tentarem sobreviver. No entanto, conforme se deslocam pelo fundo do mar, descobrem a presença de uma criatura mortal.

Pagando Bem, que Mal Tem? | Trailer legendado e sinopse

A vida não tem sido fácil para Zack (Seth Rogen) e Miri (Elizabeth Banks), amigos de longa data que dividem um quarto e uma montanha de dívidas. Depois de terem a água e a luz cortadas, eles têm a idéia de fazer um filme pornô caseiro para ganhar dinheiro rápido, e selecionam alguns amigos para ajudá-los. Os dois juram que o sexo não vai arruinar a amizade que existe entre eles. Mas, quando as gravações começam, o que era um negócio entre amigos se torna algo muito maior.

Crítica do filme Jornada da Vida | Uma aventura ao passado

Até onde você iria pelo seu ídolo? Yao, um garoto de 13 anos, fugiria de casa e percorria mais de 380 quilômetros sozinho para conhecer pessoalmente o seu herói, Saydou Tell, um famoso ator francês. Com direção de Philippe Godeau e atuação de Omar Sy, conhecido pelo seu papel em “Intocáveis”, o filme de produção senegalense e francesa é uma obra belíssima sobre o sentimento de pertencimento e autodescoberta.

Nesta aventura em busca da assinatura do ícone de Sanegal, uma nova jornada de descobertas e reencontros surge na vida de Yao (Lionel Louis Basse) e Saydou Tell (Omar Sy), que retorna ao seu país natal pela primeira vez. O que era para ser uma viagem de volta para casa, torna-se uma longa caminhada pelas raízes de sua ancestralidade.

Assim como “Djón, África” de João Miller Guerra e Filipa Reis conta a história de Miguel Tibars em busca de conhecer a sua história e o país que originou, “Jornada da Vida” não é muito diferente. O jovem francês de descendência senegalesa, Saydou pouco sabe sobre o país do seu avô e de seus pais, um sentimento que somente aflorou ao conhecer Yao, que mora em um pequeno vilarejo no interior cheio de costumes tradicionais.

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Com tom crítico às consequências do colonialismo e o imperialismo no continente africano, o longa, sem apelar para clichês, ressalta a luta da cultura africana em estar viva e presente na vida de seus descendentes. 

Uma viagem linda na tela que deixa a desejar no papel

Apesar de o filme "Jornada da Vida" explorar toda a beleza exótica e singular que existe no Senegal, o longa peca no roteiro e na construção dos personagens, que raramente são explorados a fundo.

A preocupação em mostrar diferentes cenários e de criar pontos de ligação entre o protagonista e os lugares que visita não permite que o espectador os conheça por completo. Essa superficialidade é vista, especialmente, na relação fria e vazia de Saydou com o seu filho, que está na França, como também em toda a sua ambição e vida profissinal.

Entratanto, o filme é uma obra sensível que não tem medo de expõr um dos problemas mais íntimos que os países coloniais vivem: o sentimento de voltar para o lar. A sensação de pertercer em algum lugar e de se identificar com a sua cultura de origem. Com um tom cômico e levemente ácido, Godeau não deixa de expressar a sua opinão em "Jornada da Vida" e ressaltar a conexão entre família, costumes e lar. 

Crítica do filme Banquete Coutinho | As identidades de Coutinhos

Ninguém nada no mesmo rio duas vezes, o mesmo acontece em produções cinematográficas. Um filme nunca é o mesmo filme, é outro filme, como afirma Eduardo Coutinho no documentário "Banquete Coutinho", que estreou mundialmente na 8º edição do Festival Olhar de Cinema. 

Nesta metalinguagem de fazer documentário sobre o documentarista, o diretor Josafá Veloso convida o espectador a conhecer as técnicas de quem sempre esteve por de trás das câmeras, o célebre diretor Eduardo Coutinho. Utilizando-se do formato expositivo, característica principal das obras de Coutinho, o filme aborda questões filosóficas sobre o ato de fazer filme e a linha tênue da ficção e a realidade.

Seguindo a curadoria de abertura do Festival Olhar de Cinema, que busca colocar uma reflexão no ato de fazer filme e a  relação híbrida da realidade e ficção,  também levantado no filme inaugurou a sétima edição do festival "Djón, África" de Filipa Reis e João Miller Guerra , o documentário de Josafá traz ao público uma análise profunda de Coutinho, que criou esta linha tênue de pessoas e atores, personagens e rotinas. 

De forma intensa e com tom sarcástico do personagem principal, o longa torna-se  uma viagem no profundo processo de criação que o documentarista Coutinho desenvolveu ao longo de 49 anos de produção. Para isso, diretor Veloso, também personagem do seu filme, cria uma linha narrativa entre a entrevista de Coutinho, dois anos antes da sua morte, com vasto material de arquivo produzido pelo jornalista, incluindo grandes obras do cinema brasileiro, como "Cabra Marcado Para Morrer" e "Jogo de Cena".

Durante 74 minutos, é possível notar a busca do diretor para entender quem é o personagem do seu documentário,  que transita entre o seu perfil mau humorado e sem abertura com o seu lado mais empático de conhecer os sentimentos e histórias mais densas das pessoas que conheceu e entrevistou.

Neste mistério de tentar compreender, Josafá tenta responder a pergunta que não quer calar: Será que o Coutinho fez sempre o mesmo filme? De forma reflexiva, o questionamento ultrapassa a percepção do cinema e entra no hemisfério profundo de como encontramos uma história na rotina e o que torna aquele momento em algo ficcional.Um filme que não só aproxima o público de Coutinho, mas que coloca o espectador em frente as várias pessoas e personagens que o tornaram documentarista.