Crítica do filme Anjos da Noite: Guerras de Sangue
Cada vez mais girl power
Após quatro anos na geladeira, Anjos da Noite retorna às telonas, para a alegria dos fãs. Acredito que boa parte dos admiradores da saga (me incluo na lista) estava um tanto quanto decepcionado com "O Despertar", mas relaxa, encha sua xícara de café e vamos conversar sobre esse novo capítulo.
“Anjos da Noite: Guerras de Sangue” chega mostrando que a franquia ainda tem muita história para contar, porém se a sua preocupação é o entendimento de enredo após ter perdido quatro filmes, pode ficar tranquilo, pois há um resuminho.
O início do longa traz uma boa explicação para situar o público naquele contexto. É uma introdução bem básica com o propósito de relembrar os ocorridos de uma jornada que iniciou em 2003, mas funciona bem para quem nunca ouviu falar na treta entre lycans e vampiros.
A história se passa alguns anos após o quarto filme da franquia, nos trazendo Selene (Kate Beckinsale), uma vampira, fugindo do clã dos vampiros, que desejam matá-la por incidentes do seu passado.
Além desse problema, um grupo de Lycans está atrás da filha de Selene e Michael (um humano mordido por um Lycan e um vampiro), a híbrida original, para colocar em prática um plano de invencibilidade e vitória na guerra.
A protagonista acaba sendo caçada pelas duas raças, pois os Lycans acham que ela sabe o paradeiro da filha, enquanto os vampiros querem seu julgamento. Com o objetivo de resgatar fãs e agregar novos, o longa promete novidades, mas será que ele cumpre?
O filme continua no mesmo estilo dos outros quatro, mantém a coloração azul e a porcentagem estonteante de pancadaria e tiroteio dentro da história. No entanto, a produtora apelou para a computação gráfica desta vez (sendo que nos filmes passados, existia o uso de robôs), o que faz com que, em algumas cenas, haja a perda da naturalidade dos Lycans, por exemplo.
O enredo do filme contém erros de continuidade e alguns clichês, a ponto de gerar questionamentos sobre algumas situações, porém abre uma brecha para novos filmes. Entretanto, o longa consegue surpreender em inúmeros pontos, principalmente nas cenas de batalha, onde há uma certa inteligência imprevisível nos ataques, o que dá uma ótima sensação ao telespectador.
O filme é bem ambientado e traz um figurino caprichado, cenários propícios para as batalhas, contando com um ar medieval em meio a uma grande cidade. Contudo, o que mais intriga, a ponto de eu ver como ponto principal do filme, é um upgrade da personagem principal. O enredo leva Selene a um novo nível de poder, novas conquistas e aproxima mais o público com as emoções da vampira.
A trilha sonora mantém o estilo adotados nos filmes anteriores, com músicas e sons que conduzem o sentimento e o ritmo, tanto das personagens quanto do público. Tudo isso aumenta a imersão e cria cenas de batalha mais violentas e sanguinárias.
“Anjos da Noite: Guerras de Sangue” é um filme regular, mas não há nenhuma novidade além de um personagem em particular e uma expansão grande na ideologia da batalha, que é um ganho ótimo para inovação nos próximos filmes.
A história original é respeitada e faz com que você viaje alguns anos atrás, navegando pelo histórico da guerra épica entre as raças. Além disso, como um fã, fiquei satisfeito com a volta da franquia e muito feliz em rever aquele tom azulado nos cinemas, mas o que mais me deixa confortável é saber que vem muita coisa pela frente, com um novo e poderoso futuro de Anjos da Noite, assim como novos fãs.
Devo dizer que “Anjos da Noite: Guerras de Sangue” traz um bom recomeço para a franquia; tem lá seus erros, mas diverte muito nas telonas com as cenas de guerra. Não foi o melhor filme da série que eu já assisti, mas posso garantir que vale a pena para quem gosta de muita ação e quer ver uma batalha entre monstros totalmente diferente. Para os fãs da série, o longa vai deixar um gostinho de quero mais.
Vampiros e lobisomens em uma guerra insana