Crítica do filme Os Cavaleiros do Zodíaco – A Lenda do Santuário

Por Atena!

por
Thiago Moura

29 de Agosto de 2014
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 3 min

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“Saint Seiya – Os Cavaleiros do Zodíaco” é um dos desenhos que mais marcaram a infância da molecada na década de 90. E por isso mesmo “Os Cavaleiros do Zodíaco – A Lenda do Santuário” foi feito, para agradar os fãs saudosistas assim como o público infantil atual, e vender muitos jogos e brinquedos, é claro!

Todo o visual foi reformulado, e os personagens foram refeitos para parecerem mais “modernos”. São mudanças interessantes, mas nada que altere a essência da coisa. Por exemplo, Mu de Áries agora usa óculos, Miro de Escorpião é uma mulher que ao contrário da crença popular, não mostra nenhuma parte do corpo enquanto usa armadura, ao contrário, é blindada dos pés à cabeça.

Todas as batalhas são impressionantes, e todos os golpes são desferidos de verdade. Não vemos mais os Cavaleiros num fundo verde fazendo posses com planetas ao fundo, uma explosão e o fim da luta. Agora é no soco e chute mesmo, mas claro que os ataques característicos de cada Cavaleiro ainda estão presentes.

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A história segue a mesma estrutura da Saga do Santuário. Aiolos de Sagitário morre enfrentando o Mestre do Santuário, mas salva a bebê Saori que na verdade é Atena. Muitos anos depois, após cada Cavaleiros de Bronze receber sua armadura respectivamente, precisam levar Atena até o Santuário e reivindicar seu poder. Mas para isso eles precisam passar pelos Cavaleiros de Ouro, e essa é uma tarefa que nunca foi completada antes.

O problema é que resumir essa Saga em apenas uma hora e meia é bem complicado. E por isso mesmo é tudo muito corrido. No começo, vemos os Cavaleiros chegando ao Santuário e encontrando Mu, que conta que eles precisam levar Atena até o final das casas. Então vemos a luta emblemática de Seiya de Pégaso contra Aldebaran de Touro, com demonstrações espetaculares de golpes. E quando eles encontram Máscara da Morte de Câncer somos surpreendidos, mas negativamente.

De todos, esse é o personagem que mais decepciona. Ele é exageradamente cômico, chegando a ser irritante, com suas dancinhas e cantoria sem sentido. E a partir daí, tudo começa a ter um ritmo mais frenético ainda. Seiya, Shiryu, Hyoga e Shun não passam mais que um minuto em cada casa, contando com a ajuda de alguns Cavaleiros de Ouro mais poderosos, como Shaka de Virgem.

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E só na luta contra Shura de Capricórnio que Ikki de Fénix aparece, em uma entrada triunfal, desmoralizando Shun e... apanhando, Shun e Ikki são a segunda maior decepção, sendo jogados totalmente de lado na história, fazendo apenas pequenas aparições medíocres. 

Não é novidade pra ninguém que Seiya recebe mais destaque que qualquer Cavaleiro durante a série, mas aqui isso fica ainda mais evidente. Não que isso seja um problema, mas seria interessante explorar os outros personagens também. É claro que o tempo reduzido para uma história longa dificulta,

As dublagens merecem muito destaque, principalmente para os fãs antigos. As vozes são uma das marcas registradas dos Cavaleiros, e ouvi-las novamente dão o ar de nostalgia certeiro para o filme. Só faltou a clássica música de abertura, mas não podemos reclamar.

Visualmente o filme está impecável, as dublagens são perfeitas, e apesar do foco no humor e nas expressões e gestos japoneses, “Os Cavaleiros do Zodíaco – A Lenda do Santuário”, deve satisfazer os fãs de todas as idades, mas principalmente os mais novos. 

Fonte das imagens: Divulgação/
Thiago Moura

Curto as parada massa.