Brittany Snow - Café com Filme

Crítica do filme X – A Marca da Morte | Morrendo de prazer, mas com estilo

X – A Marca da Morte” pode não ser um título genial, mas seu roteiro tem boas ideias, que devem levar os fãs de slashers de volta à década de 1970. Dirigido e roteirizado por Ti West, este é mais um filme da enorme lista de obras recentes que foge da atualidade e busca no passado espaço para ineditismo.

Dá certo e não dá. Apesar de ter um script original, é raro um filme de slasher trazer algo que seja totalmente novo, ainda mais depois de tantas investidas nas ideias mais malucas possíveis. Assim, mesmo a mistura ousada de sensualidade com matança não é algo novo, temos aí “Virgens Acorrentadas” como exemplo dessa pegada.

Então, o que faz “X – A Marca da Morte” ser atraente? Bom, o primeiro trunfo do filme é a trama, que gira em torno de um grupo de jovens buscando fama ao tentar reinventar o gênero de filmes pornográficos com um toque apimentado. Para tanto, eles decidem alugar uma casa numa fazenda remota: o local perfeito para morrer de prazer!

xamarcadamorte01 9eaa6Fonte da imagem: Divulgação/A24 Films

Recheada de clichês? Sem dúvida! Inventiva em alguns pontos? Com certeza, até porque não é todo dia que estamos prontos para conceber que o instinto assassino não tem limite de idade. No entanto, o que mais prende a atenção é o cuidado nos detalhes e a construção de cenas que elevam a tensão com suspense e banhando a tela de sangue em momentos inesperados.

Previsível, mas meticuloso

Não se trata de spoilers, até porque não é preciso ser um gênio para saber que um slasher é um filme concebido para proporcionar momentos de terror através da sensação de impotência de vítimas que não esperavam por um perigo maior do que elas imaginavam. Então, se você leu a sinopse ou viu o trailer de “X – A Marca da Morte” você já começa o filme sabendo que essa sacanagem vai acabar em choro.

Assim, apesar do esforço de Ti West em construir algo criativo e marcante, o resultado não surte muito efeito no sentido amplo da trama. Há sim fatores que surpreendem, porém eu gostei mais de algumas cenas complementares na trama — que estão ali para ambientação — do que de determinadas cenas de matança que só parecem mais do mesmo.

xamarcadamorte02 cd832Fonte da imagem: Divulgação/A24 Films

Apesar da criatividade no modus operandi, é inegável que o clímax de certas execuções acaba ficando aquém do esperado. Por outro lado, é notável o esforço de West em criar arte nos instintos mais primitivos e na sanguinolência. E é justamente nessa pegada que a obra pode agradar uns e decepcionar outros. Curiosamente, o filme tenta até ter um fundamento sobre moralidade, mas o contexto é tão perdido em meio a loucura, que fica difícil conectar as coisas.

É claro que nem todo mundo está disposto a ver um banho de sangue acompanhado de uma fotografia detalhista com a loucura embalada por uma trilha sonora em volume exagerado. Tal técnica já é de praxe em filmes de slasher, mas West tem seus truques e faz um bom trabalho ao retratar o apetite sexual, o sadismo, a perversão e a violência. E sempre com músicas instigantes!

Parte do mérito vai para o elenco com artistas convincentes, que vão do erotismo ao perigo em questão de instantes, sendo que os destaques ficam para às mulheres. Com nomes como Mia Goth (de “A Cura” e “Suspíria - A Dança do Medo”), Jenna Ortega (de “Pânico 5”) e Brittany Snow (de “A Escolha Perfeita”), o filme tem uma dualidade entre inocência e violência.

xamarcadamorte03 1dcbeFonte da imagem: Divulgação/A24 Films

Apesar da quebra de clímax em alguns momentos, “X – A Marca da Morte” consegue entreter em sua proposta sensual e brutal. É um filme mais visceral do que tenso, sendo inegável que uma abordagem mais incisiva no terror (e menos pedante na arte) poderia deixar a trama mais assustadora. Há criatividade, a tensão funciona, mas a gente sempre quer mais, né?

De qualquer forma, um bom filme para os amantes de slashers e não por acaso vem mais um longa-metragem ambientado nesta mesma bolha proposta na trama. Então, fique de olho em “Pearl” para apreciar mais do terror de Ti West, mas só vá atrás desta obra se você já tiver visto “X – A Marca da Morte”.

X - A Marca da Morte | Trailer legendado, dublado e sinopse

Na década de 1970, um grupo de filmmakers descem para uma antiga casa de fazenda no interior de uma cidade no Texas para gravar um filme pornográfico. Mas quando os reclusos e idosos anfitriões da antiga casa os pegam em flagrante, o elenco logo se vê em uma luta desesperada por suas vidas.

Alguém Especial | Trailer legendado e sinopse

A aspirante a jornalista Jenny (Gina Rodriguez) acabou de conquistar o emprego de seus sonhos em uma famosa revista de música e está pronta para se mudar para São Francisco. O problema é que em vez de apostar em um relacionamento à distância, seu namorado (Lakeith Stanfield) decide terminar tudo. Para curar o coração partido, Jenny convoca suas amigas Erin (DeWanda Wise) e Blair (Brittany Snow) para uma última noite de aventuras em Nova York. Da roteirista e diretora Jennifer Kaytin Robinson (criadora da série Sweet/Vicious da MTV), ALGUÉM ESPECIAL é uma história sensível e divertida sobre amizade, amor e os ritos de passagem para a vida adulta.

Letras da Morte | Trailer legendado e sinopse

O detetive Archer (Al Pacino) se vê forçado a deixar a aposentadoria. Isso porque um serial killer está atacando e seus crimes têm relação com um caso que Archer investigou. Na companhia de outros dois policiais, ele tenta desvendar o caso em que as vítimas aparecem enforcadas, como no jogo infantil da forca.

Janie Jones - Uma História de Amor | Trailer legendado e sinopse

A estrela do rock Ethan Brand (Alessando Nivola) e sua banda, os Ethan Brand Experience, preparavam-se para regressar de um concerto, quando uma antiga paixão de Ethan (Elizabeth Shue) lança-lhe uma bomba de treze anos nas mãos... Janie Jones (Abigail Breslin). Inicialmente, Ethan recusa-se a acreditar que Janie é sua filha, mas quando a mãe da menina a abandona para ir para uma clínica de reabilitação, Ethan não tem outra opção a não ser ficar com Janie.

Sem a mínima inclinação paternal, Ethan continua a levar a vida boêmia que tinha anteriormente, deixando Janie entregue a própria sorte em hotéis, pensões baratas, bares e outros locais pouco recomendados para uma criança da sua idade. Quando parecia que a espiral auto-destrutiva de Ethan iria colocar em cheque o seu o seu regresso, Janie utiliza seu surpreendente talento musical para ajudar o pai a encontrar o caminho para a redenção. 

A Escolha Perfeita 3 | Trailer legendado e sinopse

Depois do enorme sucesso ao ganhar o Campeonato Mundial, as Bellas se encontram separadas e descobrem que não há bons empregos para cantoras. Mas quando elas tem a chance de se reunir para uma tour do outro lado do mundo, o grupo de nerds vai voltar com tudo para fazer mais músicas  e tomar decisões bem questionáveis, uma última vez.