Omar Sy - Café com Filme

Espíritos Obscuros | Trailer legendado e sinopse

Uma jovem professora descobre que o pai e irmão mais novo do seu aluno problemático escondem um segredo sobre-humano mortal. Tendo decidido tomar conta do menino, a professora deve lutar pela sobrevivência dos dois contra horrores além da imaginação.

Um Ato de Coragem (2002) | Trailer oficial e sinopse

John Q. Archibald (Denzel Washington) é um homem comum, que trabalha em uma fábrica e vive feliz com sua esposa Denise (Kimberly Elise) e seu filho Michael (Daniel E. Smith). Até que Michael fica gravemente doente, necessitando com urgência de um transplante de coração para sobreviver. Sem ter condições de pagar pela operação e com o plano de saúde de sua família não cobrindo tais gastos, John Q. se vê então numa luta contra o tempo pela sobrevivência de seu filho. Em uma atitude desesperada, ele então decide tomar como refém todo o setor de emergência de um hospital, passando a discutir uma solução para o caso com um negociador da polícia (Robert Duvall) e com um impaciente chefe de polícia (Ray Liotta), que deseja encerrar o caso o mais rapidamente possível.

A Vida Invisível | Novo trailer oficial e sinopse

Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis que moram com os pais em um lar conservador. Ambas têm um sonho: Eurídice o de se tornar uma pianista profissional e Guida de viver uma grande história de amor. Mas elas acabam sendo separadas pelo pai e forçadas a viver distantes uma da outra. Sozinhas, elas irão lutar para tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto nunca desistem de se reencontrar.

Crítica do filme Culpa | Um suspense que mexe com a mente

Com tantas adaptações que relatam as rotinas de inúmeras profissões, eu sempre questionei o porquê de não ter muitas obras que retratem o cotidiano de telefonistas. A resposta pode ser um tanto óbvia, uma vez que profissionais desse ramo geralmente ficam enclausurados numa sala, o que dificulta o desenvolvimento de uma trama que consiga fisgar o público.

Todavia, há títulos como “Chamada de Emergência” que já mostraram de forma bem-sucedida a complexidade dessa profissão, mais especificamente de policiais que trabalham no sistema de emergências. Nesse sentido, o filme dinamarquês “Culpa” não traz ineditismo, uma vez que ele tem o mesmo tipo de cenário e personagem, mas sua abordagem ímpar certamente merece atenção.

O protagonista aqui é o policial Asger Holm (Jakob Cedergren), que, devido a um conflito ético no trabalho, é confinado à mesa de emergências. A rotina normalmente é permeada por uma série de casos banais, mas logo ele é surpreendido pela chamada de uma mulher desesperada, que tenta comunicar seu rapto sem chamar a atenção do sequestrador.

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A partir dessa ligação, o filme se desdobra em situações tensas que nos fazem experimentar um pouco desse caso desesperador. Com informações escassas e sem muitas ações possíveis através do teclado numérico do telefone, acompanhamos todo o caso pela perspectiva do policial, sem ter uma única imagem do que está acontecendo com a vítima. E acredite: é uma experiência genial!

Lidando com o invisível

É interessante perceber que “Culpa” não é um filme que pretende esbanjar em conceito visual, tanto é que não temos nenhum policial correndo nas ruas para resolver um sequestro. Em vez disso, o filme opta por usar a imaginação do público como recurso narrativo, o que é, de certa forma, algo genial, já que cada pessoa tem uma concepção do ocorrido.

Conforme a ligação se desenvolve, o espectador obtém detalhes mínimos e vai compondo a cena em sua própria mente. Isso garante a atenção do público, já que nada está “mastigado”, e também uma experiência bem interessante. Como não há informações claras sobre cenários, personagens e situações, somos levados a imaginar cada situação e aí cada pessoa tem uma concepção diferente.

Eu acho muito legal que “Culpa” não é só uma degustação de algo pronto, mas ele consegue passar uma sensação similar ao que temos quando lemos um livro, em que a nossa imaginação dita o rumo das coisas. Aí que uma pessoa pode imaginar o vilão de uma determinada forma, com um tipo especifico de veículo e dirigindo numa determinada rodovia, enquanto outra pessoa pode ter uma impressão totalmente distinta.

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Inclusive, é interessante perceber como o roteiro do filme é bem estruturado nesse sentido, já que ele deve ter uma construção pausada para dar tempo de a gente raciocinar o que está acontecendo. Todavia, ao mesmo tempo, o script tem um timing tão pontual, que parece que estamos acompanhando o caso em tempo real. E é curioso que parece que estamos realmente na sala de chamadas, participando da chamada de emergência.

Outro ponto que merece atenção é a ausência de trilha sonora, uma vez que temos de prestar atenção até mesmo aos mínimos sons provenientes da ligação, então o barulho do limpador de para-brisas é fundamental para construção do cenário em nossa cabeça. Além disso, a voz que vem através do telefone precisa ser o fio condutor da história, pois é no nervosismo dessa pessoa que o filme vai nos manter apreensivos.

Fecha com chave de ouro a atuação excepcional de Jakob Cedergren, que por ser praticamente o único personagem em tela em tempo integral consegue desempenhar o papel de policial com maestria. Quase todo o peso do filme está nas feições dele, então um olhar, uma respiração ou até mesmo uma hesitação reflete no rumo do longa-metragem.

No fim, é o tipo do filme que já ganha pelo trailer, mas que se mostra ainda mais inteligente e surpreendente no andar da carruagem. Se você procura um filme de suspense inusitado e que sirva como uma experiência diferenciada, pode apostar suas fichas em “Culpa” que a satisfação é garantida. Um ótimo título dinamarquês que merece sua atenção!

Luce | Trailer legendado e sinopse

Luce Edgar (Kelvin Harrison Jr.) é um jovem brilhante, além de ser muito estudioso e campeão em debates ele também é um excelente atleta. Tudo isso faz com que seus pais adotivos (Naomi Watts e Tim Roth) sejam muito orgulhosos. No entanto, a professora de Lucas, Harriet (Octavia Spencer), descobre um artigo político escrito por ele que revela traços obscuros de sua personalidade desencadeando uma série de situações negativas na vida de todos os envolvidos. 

Crítica do filme Jornada da Vida | Uma aventura ao passado

Até onde você iria pelo seu ídolo? Yao, um garoto de 13 anos, fugiria de casa e percorria mais de 380 quilômetros sozinho para conhecer pessoalmente o seu herói, Saydou Tell, um famoso ator francês. Com direção de Philippe Godeau e atuação de Omar Sy, conhecido pelo seu papel em “Intocáveis”, o filme de produção senegalense e francesa é uma obra belíssima sobre o sentimento de pertencimento e autodescoberta.

Nesta aventura em busca da assinatura do ícone de Sanegal, uma nova jornada de descobertas e reencontros surge na vida de Yao (Lionel Louis Basse) e Saydou Tell (Omar Sy), que retorna ao seu país natal pela primeira vez. O que era para ser uma viagem de volta para casa, torna-se uma longa caminhada pelas raízes de sua ancestralidade.

Assim como “Djón, África” de João Miller Guerra e Filipa Reis conta a história de Miguel Tibars em busca de conhecer a sua história e o país que originou, “Jornada da Vida” não é muito diferente. O jovem francês de descendência senegalesa, Saydou pouco sabe sobre o país do seu avô e de seus pais, um sentimento que somente aflorou ao conhecer Yao, que mora em um pequeno vilarejo no interior cheio de costumes tradicionais.

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Com tom crítico às consequências do colonialismo e o imperialismo no continente africano, o longa, sem apelar para clichês, ressalta a luta da cultura africana em estar viva e presente na vida de seus descendentes. 

Uma viagem linda na tela que deixa a desejar no papel

Apesar de o filme "Jornada da Vida" explorar toda a beleza exótica e singular que existe no Senegal, o longa peca no roteiro e na construção dos personagens, que raramente são explorados a fundo.

A preocupação em mostrar diferentes cenários e de criar pontos de ligação entre o protagonista e os lugares que visita não permite que o espectador os conheça por completo. Essa superficialidade é vista, especialmente, na relação fria e vazia de Saydou com o seu filho, que está na França, como também em toda a sua ambição e vida profissinal.

Entratanto, o filme é uma obra sensível que não tem medo de expõr um dos problemas mais íntimos que os países coloniais vivem: o sentimento de voltar para o lar. A sensação de pertercer em algum lugar e de se identificar com a sua cultura de origem. Com um tom cômico e levemente ácido, Godeau não deixa de expressar a sua opinão em "Jornada da Vida" e ressaltar a conexão entre família, costumes e lar.