Rhys Ifans - Café com Filme

Nyad | Trailer oficial e sinopse

A história verídica da atleta Diana Nyad (Annette Bening) que, aos 60 anos e com a ajuda de sua melhor amiga e treinadora, Bonnie Stoll (Jodie Foster), se compromete a realizar o sonho de sua vida: nadar 177 quilômetros em mar aberto, de Cuba à Flórida.

Critica do filme Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa | Subindo pelas paredes

Desconsiderando suas participações em Capitão América: Guerra Civil, Vingadores Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, o teioso chega a sua nona iteração cinematográfica. Da trilogia original estrelada por Tobey Maguire e dirigida por Sam Raimi, passando pelas mal executadas produções de Marc Webb, que nos apresentaram o espetacular Homem-Aranha de Andrew Garfield, desviando para Homem-Aranha no Aranhaverso a uma animação sensacional (que nos introduziu o conceito do aranhaverso), até às reinvenções joviais de Jon Watts e seu novo Peter Parker, Tom Holland lá se vão quase duas décadas de escaladas.

Sem Volta Para Casa é a culminação não apenas do ciclo de Tom Holland, mas de toda uma jornada que começou lá no final do milênio passado e inicio dos anos 2000. Quando, muito antes de sequer existir a ideia de um MCU, Avi Arad manteve vivo o interesse do público em personagens que definhavam nas banquinhas, salvando uma editora falida e trazendo para as telas os heróis da “Casa de Ideias”. Não à toa, o filme presta homenagem ao controverso produtor responsável pela venda dos direitos de personagens icônicos da Marvel para diferentes estúdios de cinema — feito que paradoxalmente atravancou e impeliu o surgimento da Marvel Studios e do MCU.

Com uma nova fase ainda em seus primeiros momentos, o MCU — que agora também se expande para a TV (ou mais precisamente para o streaming da Disney+) — ainda reserva muitas emoções para os “zumbis marvetes”. A conclusão da trilogia de Jon Watts não deixa de seguir os moldes do MCU e ao final percebemos que todo o arco é, na verdade, uma grande história de origem para o jovem Peter Parker/Homem-Aranha. Apostando forte nas ramificações do multiverso, Sem Volta Para Casa é essencial para os fãs da Marvel e destila a quintessência dos filmes de herói.

Onde se vê a árvore não se vê a floresta

Entre as inúmeras discussões insignificantes, próprias dos reconditos nerds, uma das mais recorrentes é a de quem é o melhor Homem-Aranha dos cinemas. Os mais nostálgicos celebram a personificação de Tobey Maguire como um Peter Parker mais "convincente", enquanto outros millenials afirmam categoricamente que o carisma inato de Andrew Garfield faz dele um "Cabeça de Teia" perfeito, mas para toda uma nova geração de fãs Tom Holland é o único Peter Parker/Homem-Aranha.

Desde a primeira parte da trilogia comandada por Jon Watts, Homem-Aranha: De Volta para Casa, muito se questionava sobre a imaturidade do teioso e sua dependencia de Tony Stark/Homem de Ferro. Mal sabiam eles que tudo fazia parte de um plano maior, ou pelo menos é o que parece agora que temos a visão geral da trilogia com aa chegada de Sem Volta Para Casa.

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Próximos de mais das árvores para ver a floresta inteira, as criticas quanto ao desenvolvimento do jovem Peter de Tom Holland não eram de todo injustas. Todavia, agora percebemos que os três filmes, em únissono, funcionam como uma grande história de origem. Peter Parker surge como um adolescente impetuoso, ansioso para mostrar seu valor, mas cuja própria puerilidade é sua maior fraqueza. Alheio aos verdadeiros riscos de ser um herói e facilmente seduzido pelo glamour da fama, personificadas pelo ídolo/mentor Tony Stark (o Homem de Ferro), o Homem-Aranha de Tom Holland é um garoto deslumbrado no meio de gênios, magos, monstros e alienígenas. Quando chegamos em Sem Volta para Casa, a conta já está na mesa e Peter não tem como pagar.

Pierre Bayard — psicanalista, escritor e professor da literatura na Universidade Paris-VIII — já explicava "Como falar dos livros que não lemos", assim, tangeando o entrecho aforista de grandes poderes e responsabilidades, Jon Watts mostra que há mais de um jeito de se contar uma história e entrega a sua versão do adágio "Dâmoclediano" com muita perspicácia. Com uma narrativa muito competente, Watts joga tudo em um violento redemoinho alimentado pelos ventos da nostalgia, que não apenas revira a mitologia do MCU como também promove a evolução dos personagens em vários aspectos, entregando no final um Homem-Aranha ainda mais interessante para o futuro cinematográfico da Marvel.

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Na teia dos Aranhas

Sem Volta para Casa promove o retorno de vilões iconicos das produções passadas — incluindo aqui o infame J. Jonah Jameson de J. K. Simmons, que já havia aparecido no final de Longe de Casa. Jamie Foxx (Electro), Willem Dafoe (Duende Verde), Alfred Molina (Doutor Octopus), Thomas Haden Church (Homem-Areia) e Rhys Ifans (Lagarto) são arremessados no MCU, e entregam performances melhores do que na primeira vez.

Mesmo que o destaque inegável fique com Willem Dafoe, que mesmo dividindo o protagonismo com pelo menos outros 10 atores de peso, entrega um Norman Osbourn / Duende Verde multifacetado e fascinante, também devemos apontar apontar o trabalho de Alfred Molina e Jamie Foxx. Molina, que já havia apresentado uma versão inteligente do Dr. Otto Octavius / Doutor Octopus em Homem-Aranha 2, segue explorando bem a elegância e as minúcias do personagem, enquanto Jamie Foxx encontra a redenção de Max Dillon / Electro, cuja versão de O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro sofreu desde a concepção de seu design.

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Se a presença dos vilões dos filmes passados já era surpreendente, a grande revelação de Sem Volta Para Casa certamente foi o retorno de Tobey Maguire e Andrew Garfield. Abrindo de vez as portas do multiverso no MCU, a reunião dos três "Aranhas" alavanca a trama, alimenta a história de toda a franquia, e proporciona o crescimento tanto dos personagens como dos atores que os encarnam. A química entre os três é excelente, e permite que as interações não se limitem a um amontoado de memes, trazendo momentos verdadeiramente emotivos que, além de contextualizar cada figura dentro da história, também oferecem merecidos desfechos para os heróis.

Enquanto a atuação de Tobey seja impulsionada puramente (e de maneira suficiente) pela nostalgia, Andrew Garfield faz um esforço real para entregar a sua melhor versão do "teioso". Criticado durante sua passagem pela franquia, muito mais pelas viúvas de Tobey do que por sua performance em si, Garfield vai do cômico ao dramático com muita facilidade apresentando o Peter Parker / Homem-Aranha mais humano dos três. Por fim, Tom Holland parece que finalmente encontrou a sua voz dentro da série. Se nos título anteriores o ator parecia se apoiar mais na fisicalidade do papel, em Sem Volta Para Casa o britânico não veste apenas o uniforme do Homem-Aranha, mas também entra na pele de Peter Parker. Navegando com destreza por toda a jornada do personagem, Holland aproveita bem seus momentos e não fica apagado em meio a tantas estrelas.

A verdadeira felicidade está na própria casa

Sem Volta Para Casa não é uma obra prima, tem seus defeitos e acertos e no final não foge em nada ao padrão Marvel. O que pode soar como algo negativo é, mais uma vez, um grande trunfo. Assim, considerando o sucesso consistente do estilo Marvel de se fazer filmes é estranho questionar a suposta falta de criatividade das produções, mas deixo essa discussão para os "apocalipticos e integrados" e a dialética do modelo de reprodução cultural no contexto neogramsciano... ou por um bando de fãs um forum qualquer do Reddit

Com mais de 25 títulos lançados e um grande universo compartilhado é inegável que a formula já apresente alguns sinais de fadiga, mesmo que a cada novo lançamento sejam alcançados novos recordes de bilheteria. Entretanto, se a forma do bolo é a mesma o recheio certamente não é, e Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa mostra que Kevin Feige ainda esconde alguns truques na manga, olhando mais para o macro do que para o micro, apostando nos grandes arcos e não apenas nas histórias individuas.

Sem se emaranhar na própria teia de nostalgia, Sem Volta Para Casa revisita o passado de olho no futuro.   

Em suma, Sem Volta para Casa, como qualquer outra produção da Marvel Studios, é essencial para os fãs do MCU, ao mesmo tempo em que ainda se mostra minimamente atraente até para os não iniciados no mundo dos filmes de super-heróis. No entanto, para realmente apreciar os arcos narrativos de cada personagem é necessário algum conhecimento prévio, pelo menos da franquia Homem-Aranha. 

Um Lugar Chamado Notting Hill | Trailer legendado e sinopse

 Will (Hugh Grant), pacato dono de livraria especializada em guias de viagem, recebe a inesperada visita de uma cliente muito especial: a estrela de cinema americana Anna Scott (Julia Roberts). Dois ou três encontros fortuitos mais tarde, Will e Anna iniciam um relacionamento tenro, engraçado e cheio de idas e vindas.

Serena | Trailer legendado e sinopse

Em 1929 George Pemberton (Bradley Cooper) e Serena Pemberton (Jennifer Lawrence) decidem ir de Boston à Carolina do Norte no intuito de construir um império no ramo da madeira. Ao descobrir que é infértil, Serena começa a manifestar sentimentos de vingança contra a mulher com quem George teve um filho ilegítimo antes de se casar. Ela suspeita cada vez mais da relação do marido com esta outra família e a intensa união dos dois começa a se destruir.

Mulheres ao Poder| Trailer legendado e sinopse

Um grupo de mulheres interrompeu a cerimônia do Miss Mundo em 1970, em Londres, fazendo uma crítica ao patriarcado, ao padrão estético inalcançável promovido por esse tipo de concurso e à objetificação feminina. O movimento foi muito comentado, mas não foi a única surpresa da noite. Afinal, quem levou o prêmio foi a Miss Granada Jennifer Hosten, a primeira mulher negra a vencer o concurso.

King’s Man: A Origem | Novo trailer legendado e sinopse

Quando um grupo formado pelos piores tiranos e criminosos mais cruéis de todos os tempos planeja uma ameaça capaz de matar milhões de inocentes, um homem é obrigado a correr contra o tempo na tentativa de salvar o futuro da humanidade.

Segredos Oficiais | Trailer legendado e sinopse

Depois de passar anos trabalhando como tradutora de mandarim para inglês, Katharine Gun (Keira Knightley) tornou-se mundialmente famosa ao expôr segredos extremamente confidenciais da Agência de Segurança Nacional. Depois de obter acesso a memorandos secretos, ela foi capaz de provar que ocorreu uma grande pressão a seis países para que eles votassem a favor da invasão ao Iraque em 2003.

Terra do Nunca | Trailer oficial e sinopse

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Um Amor a Cada Esquina | Trailer legendado e sinopse

Tudo o que a garota de programa Izzy (Imogen Poots) quer da vida é virar atriz. Um de seus clientes é Arnold (Owen Wilson), um famoso diretor da Broadway, que lhe oferece US$ 30 mil para abandonar a prostituição. Mas, coincidentemente, ela consegue o papel de prostituta na peça de Arnold, estrelada por sua esposa (Kathryn Hahn), que, por sua vez, já teve um caso com um dos atores da produção (Rhys Ifans).

No meio dessa confusão ainda aparece o produtor da peça (Will Forte), que se apaixona por Izzy, deixando a terapeuta de ambos (Jennifer Aniston) com ciúmes.

Anônimo | Trailer legendado e sinopse

Ambientado no ninho de cobras político da Inglaterra Elizabetana, "Anônimo" trata de um assunto que há séculos intriga acadêmicos e mentes brilhantes como Mark Twain, Charles Dickens e Sigmund Freud: quem realmente criou os trabalhos que são creditados à William Shakespeare?

Os especialistas debateram, livros foram escritos e estudiosos tem dedicado suas vidas para proteger ou desmentir teorias em torno da autoria dos trabalhos mais famosos da literatura inglesa.

Anonymous apresenta uma resposta possível, concentrando-se numa época em que escandalosas intrigas políticas, romances ilícitos na Corte Real e esquemas de nobres gananciosos que cobiçavam o poder do trono foram trazidas à luz no mais improvável dos lugares: os palcos de Londres.