Morgan Freeman - Café com Filme

Sindicato de Atores de Hollywood elege os melhores do ano

A temporada de premiações de Hollywood continua a toda. Agora foi a vez do Sindicato de Atores de Hollywood divulgar seus favoritos do ano. A festa comandada pela atriz Kristen Bell rolou dia 21 de janeiro e premiou os melhores do cinema e televisão e concedeu três estatuetas para o filmes Três Anúncios Para um Crime.

Vale lembrar que o SAG Awards é um dos principais termômetros para o Oscar e, principalmente nas categorias de melhor atuação, servem como uma boa aposta para o que deve rolar no dia 4 de março na nonagésima edição da principal premiação do cinema. 

A noite também contou com uma homenagem a Morgan Freeman, que recebeu uma estatueta em comemoração a sua carreira e contribuição ao cinema.

Confira os vencedores: 

Melhor Elenco de Filme

Melhor Ator

  • Timothée Chalamet - Me Chame Pelo Seu Nome
  • Daniel Kaluuya - Corra!
  • Gary Oldman - O Destino de Uma Nação
  • James Franco - O Artista do Desastre
  • Denzel Washington - Roman J. Israel, Esq.

Melhor Atriz

Melhor Ator Coadjuvante

Melhor Atriz Coadjuvante

  • Mary J. Blige - Mudbound
  • Hong Chau - Pequena Grande Vida
  • Holly Hunter - Doentes de Amor
  • Allison B. Janney - Eu, Tonya
  • Laurie Metcalf - Lady Bird - É Hora de Voar

Melhor Elenco de Dublês em Filme

Podcafé 23: Desvende os mistérios do cinema com a ajuda de detetives arrasadores

A estreia de “Assassinato no Expresso Oriente” trouxe de volta aquele arzinho noir de suspense e muito mistério para as telonas do cinema. Mas sabe o que mais ele trouxe? Descubra indo para a linha 5.

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O longa metragem dirigido por Kenneth Branagh traz o detetive Hercule Poirot, um dos personagens mais famosos da autora, para investigar um crime que acontece dentro de um trem em movimento, a bordo do qual ele próprio está voltando embora. Confira aqui a nossa crítica para saber o que esperar do filme! E sabe o que mais também estreia quase que simultaneamente? O longa “Boneco de Neve”, protagonizado por Michael Fassbender, conta a história de um assassino que mata as pessoas e deixa um boneco de neve de lembrança. Quem é a atriz que contracena com Fassbender no filme? Se você respondeu Rebecca Ferguson, vá para o 7. Se respondeu Jodie Foster, vá para o 13.

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2

Isso mesmo, Harry Potter. Mas qual é a relação? Bem, a questão é que, assim como em diversas outras histórias voltadas para o público teen e infantil, os livros e filmes do bruxinho são pura investigação, do começo ao fim. Quem é que disse que detetive precisa ter treinamento policial? A prova é que nem mesmo o investigador mais famoso de todos os tempos é policial e inclusive vive entrando em conflito com a Scotland Yard. De quem estamos falando? Se você aposta em Mrs. Marple, corre para o 4. Se seu voto é Sherlock Holmes, anda logo para o 8.

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3

Que tal a gente começar com um exemplo bem jovem? Em “Bravura Indômita”, Hailee Steinfeld interpreta a menina Mattie Ross, que encara qualquer coisa para encontrar o assassino do pai. Quer mais? Sally Field monta todo um esquema de vigilância em torno do suposto assassino e estuprador da filha, em “Olho por Olho”. A Emma Stone faz um verdadeiro trabalho de jornalismo investigativo em “Histórias Cruzadas”, enquanto que a Drew Barrymore, a Cameron Diaz e a Lucy Liu formam o trio de “As Panteras Detonando”, as espiãs mais sexies, desastradas e bem-equipadas de todas. Por falar em Lucy Liu, a atriz faz um papel atualmente na série Elementary, no qual ela interpreta a assistente de vocês sabem quem? Vá para o 8 para descobrir!

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4

Excelente resposta, Mrs. Marple não dá pinta de investigadora nem aqui nem na China. A personagem, que também é da Agatha Christie, é uma senhorinha toda charmosa. Mas não é dela que a gente está falando aqui. Então pode seguir seu caminho para o 8.

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5

Isso mesmo, a estreia da adaptação do livro de Agatha Christie trouxe uma vontade grande de relembrar os grandes detetives do cinema. Você já conhece a história de “Assassinato no Expresso Oriente? Se sim, vá para o item 10. Se não conhece, volte para o 1.

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6

Claro que foi o Hopkins, todo mundo sabe disso, arrombado. Mas podemos voltar a falar de atrizes um pouquinho? Assim como Clarice Starling, diversas outras mulheres já mostraram talento para papéis investigativos, principalmente nas séries de TV. Mariska Hargitay, a Olivia Benson, de Law & Order SVU, Gillian Anderson (A Danna Scully de Arquivo X e a Stella Gibson, de The Fall), e Mireille Enos, a Sarah Linden, de The Killing, são apenas um grupinho restritíssimo de exemplos. Outra detetive meio atrapalhada mas muito competente é a D.S. Ellie Miller. Se você quer saber de onde ela vem, vá para o 15. Se você prefere conhecer algumas detetives ou personagens que acabam investigando sem querer, vá para o 3.

Vamos arrancar o sorriso daquele filho da puta - Olivia Benson

7

Isso mesmo. E sabe onde mais ela está? No longa "A Garota no Trem", um suspense excelente do ano passado, no qual a protagonista é que é a investigadora principal e o público acaba tendo a mesma perspectiva dela. Se você já viu esse filme e quer cortar caminho, vou recomendar que você pule direto para o 11, pois você merece. Se não, larga essa crítica e vai ver o filme. (ou que ignore toda a historinha e dê o play no Podcafé!, lá no final!) Mas, se você quer saber mais sobre outras histórias de investigação, siga em frente e vá para o 13.

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8

Elementar, meu caro Watson. É claro que a gente estava falando do Sherlock, que já tantas vezes transpôs as páginas dos livros e as ruas de Baker Street para marcar presença na TV, no cinema e no teatro. Até para o Brasil ele já veio. Você sabe que autor brasileiro escreveu um livro tendo Holmes como protagonista? Se não te interessa, vai logo para o 12. Se você quer saber, pule para o 17.

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9

Cê tá chapado, cara? Desde quando que Jogos Vorazes é britânica e tem 20 anos? Volta lá pro 15 e responde direito.

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Pois bem, a trama que é uma das mais envolventes da autora é construída em torno de personagens interpretados por estrelas do cinema e, entre as atrizes que fazem parte deste grupo, está Olivia Colman que, por coincidência ou não, interpreta uma grande detetive de uma série britânica. Se você tirou de letra e sabe qual é, vá para o 3. Se não, pula lá para o 15.

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11

Em Zodíaco, Robert Downey Jr. interpreta Paul Avery.  O filme conta a história de um famoso serial killer cujo caso que até hoje não foi descoberto solucionado. No elenco também, estão Jake Gyllenhaal e Mark Ruffalo, além de o longa-metragem ter sido dirigido por David Fincher. Se você quer falar de Fincher, se joga no 16. Mas se está mais interessando em Mark Ruffalo, ande três casas até o 14.

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12

Bem, o fato é que adaptação mais recente da obra de Arthur Conan Doyle para o cinema trouxe ninguém menos que Robert Downey Jr no papel do gênio da luta contra o crime. Mas Downey Jr. já participou de outro suspense de crimes e investigação, interpretando um jornalista. Para saber qual, vá para o 11.

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Não, meu bem, a Jodie Foster não tem nada que ver com isso. O que ela tem, isso sim, é um puta histórico junto a investigações e suspenses. “Plano de Vôo”, “O Plano Perfeito”, “O Quarto do Pânico” (tá que aqui é mais negociadora do que investigadora, mas dá um desconto), e muito mais. Ela fez até uma ponta em Arquivo X. Mas, mais do que tudo isso, ela é a agente do FBI Clarice Starling, que tem que lidar com ninguém menos do que Hannibal Lecter, em “O Silêncio dos Inocentes”. Você lembra quem vive Lecter? Se você acha que é o Anthony Hopkins, vai diretinho para o 6. Se você jura que era o Mark Ruffalo, dá um passinho só e vai para o 14.

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Amamos Mark Ruffalo, mas tudo cês acham que é ele, né? Se vc chegou até aqui via 13, então não, amigão, vai para o 6, que não foi o Mark Ruffalo quem fez o Lecter. Agora, se você veio aqui pra falar do Zodíaco, MEU! Tamo falando de detetive, caras, faz a coisa direito e vá para o 16.

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Olívia Colman, a Hildegarde Schmidt, de "Assassinato no Expresso do Oriente", também interpreta a D.S. Ellie Miller, da série Broadchurch, onde tem como parceiro o perturbado Alec Hardy (David Tennant). David Tennant, assim como outros quatro ou cinco atores da série, estão no elenco de qual saga britânica que vem encantando gente de diversas gerações há vinte anos? Se respondeu Jogos Vorazes, pule para o 9. Se você respondeu Harry Potter, vá para o 2.

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Além de "Zodíaco", Fincher também dirigiu Seven, outro filme sobre crimes tão genial quanto "Zodíaco" e que traz Morgan Freeman, Kevin Spacey, Brad Pitt e uma cacetada de gente boa na tela. Mais recentemente, o diretor também assinou Garota Exemplar, protagonizado por Rosamund Pike e Ben Affleck, sobre o sumiço da protagonista e a loucura da investigação para encontrá-la.  Legal, né? Então sugiro que você pule o 17 aqui e leia o parágrafo seguinte!

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Trata-se de Jô Soares, ele mesmo, o apresentador de TV. O jornalista é também autor do livro “O Xangô de Baker Street”, que traz o detetive famosão para o Brasil para resolver um problema por essas bandas - e que foi até adaptato para o cinema. Legal, né? Então agora que tal retomar a leitura. Vá para o 1 para voltar a falar de Hercule Poirot e Agatha Christie!

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Cansou de exemplos? Não cansa não, dá o play aqui embaixo e vem discutir com a gente sobre detetives que são o mais puro reflexo da definição da palavra, mas também saber mais sobre gente que faz um minucioso trabalho de investigação por puro talento. Isso tudo e muito mais nesse divertido e misterioso podcast.

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Crítica Despedida em Grande Estilo | 11 Homens e Um Segredo da Terceira Idade

Todo mundo se preocupa um pouco, volta e meia, com como vai ser a vida quando a gente passar dos 70. Em tempos de "reforma" da previdência então, nem se fala.

Pois bem, Al (Alan Arkin), Willie (Morgan Freeman) e Joe (Michael Caine) achavam que já tinham tudo garantido, com seguro social e pensão fornecida pela empresa em que trabalharam por 40 anos. Até que a corporação resolveu mudar sua operação para o Vietnã, desobrigando-se, assim, de manter um fundo de pensão.

Desesperado, sem perspectiva e correndo o risco de perder a casa hipotecada, Joe resolve fazer o que qualquer pessoa em pânico e com pouco a perder resolveria em seu lugar: elaborar um plano mirabolante de roubar um banco - mas só levar o que lhe é devido por direito. Para tanto, ele conta com o apoio de seus amigos, que claramente não sabem nada do assunto.

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Dirigido por Zach Braff e Arthur Lewis, “Despedida em Grande Estilo” tem roteiro de Theodore Melfi – o mesmo de “Estrelas Além do Tempo” e é baseado na história original de Edward Cannon e Martin Brest - confere aqui uma cena do original!

Essa versão esteve em cartaz nos cinemas em 1979, protagonizada por George Burns, Art Carney e Lee Strasberg. Boa inspiração, não é mesmo?

De volta para o passado

Só os nomes do elenco principal já são um chamariz para curtir esse filme divertidíssimo. Alan Arkin, Morgan Freeman e Michael Caine são três gigantes do cinema que já chegaram nessa fase de fazer filmes sobre a terceira idade, todos com excelente reputação.

Mas longe de estarem se aposentando, com sorte eles ainda vão continuar nos divertindo e nos entretendo com seus talentos por muitos e muitos anos. E as performances dos três são realmente hilárias, com as doses certas de humor e drama, mantendo o público atento e vidrado em cada cena.

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Esse time é coroado pela participação de diversos outros bons atores, mas um nome merece menção especial. Christopher Lloyd aterrissou de DeLorean no cast, chegando de onde quer que ele esteve nos últimos anos com a missão incrível de dar o toque final de humor ao filme. No papel do caquético Milton, ele surpreende, convence e arranca gargalhadas cada vez que aparece na tela. Great Scott!

Rindo da desgraça alheia

É claro que velhinhos perdendo suas pensões não é exatamente uma situação de fazer rir, né. Maso filme consegue nos fazer rir até mesmo das situações mais trágicas.

Em termos de roteiro, Theodore Melfi já mostrou seu talento para um humor refinado com “Estrelas Além do Tempo” e “Um Santo Vizinho”, então já sabíamos que estávamos em boas mãos. E é tão incrível quando você consegue assistir uma boa comédia e rir sem culpa, porque ela não se baseia em argumentos rasos, piadinhas preconceituosas e estereótipos, não é mesmo?

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Pois bem, “Despedida em Grande Estilo” é também uma comédia em grande estilo. É claro que o roteiro não é perfeito, tem algumas falhas e é cheio das famosas cenas “Ah, vá!!!”. Aquelas que você assiste e pensa “Ah, velho, não é possível!”.

Mas, quando você vai ao cinema ver um filme sobre velhinhos que decidem roubar um banco, você de certa forma está assinando um contrato em que concorda com certos tipos de impossibilidades-tornadas-possíveis, não é mesmo? Pois bem, esse é o caso. E ainda assim, não é nada nonsense ou algo do tipo.

É como um filme da franquia “Onze Homens e um Segredo”, só que com velhinhos: exageradamente improvável, potencialmente engraçado.

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No fim, a única coisa que você precisa saber sobre “Despedida em Grande Estilo” é que você vai chorar de rir, vai quase chorar de emoção também – a trilha sonora ajuda muito nesse sentido – e vai pensar em quão bonitos são os prédios em que funcionam os estabelecimentos bancários nos Estados Unidos.

Enfim, recomendadíssimo.

Menina de Ouro | Trailer oficial e sinopse

Maggie Fitzgerald (Hillary Swank) é uma jovem que tem o sonho de virar uma profissional do boxe e não mede esforços para se tornar uma campeã. Determinada a conseguir o que deseja, ela precisa conquistar a confiança do treinador Frankie Dunn (Clint Eastwood). O que seria uma parceria apenas no esporte se torna uma emocionante relação de cumplicidade.

Despedida em Grande Estilo | Trailer legendado e sinopse

Willie, Joe e Al são três amigos que decidem deixar a aposentadoria de lado e quebrar a rotina pela primeira vez em suas vidas quando o dinheiro de seus fundos de pensão desaparece. 

Desesperados para pagar as contas e não decepcionar aos que amam, os três arriscam tudo em uma aposta ousada para dar um golpe no banco que sumiu com o dinheiro deles.

Crítica do filme Ben-Hur | Nem todo épico vira clássico

A história de Judah Ben-Hur vem sendo contada pelo cinema há tanto tempo que já tem gente que acredita que o personagem fictício criado por Lew Wallace para o livro “Ben-Hur: A Tale of the Christ”, lançado em 1880, seja real ou faça parte da Bíblia. 

Adaptada para o cinema primeiro em 1925, pelo diretor Fred Niblo, e depois em 1959, na premiada versão dirigida por William Wyler, a saga do judeu Judah Ben-Hur agora retorna aos cinemas, desta vez sob o comando do diretor Timur Bekmambetov ("Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros", "O Procurado").

Com roteiro adaptado por Keith R. Clarke, "Ben-Hur" conta a história épica de um príncipe de Jerusalém, vivido pelo novato Jack Huston (conhecido por "Boardwalk Empire"), que cresce muito próximo do irmão adotivo Messala (Toby Kebbell). Depois de um desentendimento com a família de Judah, Messala se envolve com os romanos, em uma época na qual Roma está determinada a dominar o mundo inteiro, sai para lutar na guerra pelo lado romano e retorna a Jerusalém como um oficial de alto escalão desse exército. 

Envolvido sem querer com os zelotes, grupo de resistência à dominação romana, Judah Ben-Hur acaba acusado de um crime que não cometeu, condenado à escravidão por conta do ressentimento do irmão e outras mazelas que levam ao desenvolvimento de sua saga em busca de vingança contra o irmão.

Remake, né! ¯\_(ツ)_/¯

Nessa era de remakes, até que demorou pra um filme tão clássico entrar na lista de produções a serem refilmadas. E convenhamos, a galera que idealizou e conduziu este novo projeto foi bem corajosa. Vejam, estamos falando de um longa-metragem épico que não necessariamente se beneficia tanto das evoluções tecnológicas do cinema.

E não é qualquer filme, é um verdadeiro marco na história do cinema que, em 1959, já havia se consagrado com 11 estatuetas do Oscar e como uma produção de altíssima qualidade, inovando em vários aspectos.

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Assim, a equipe comandada pelo Timur Bekmambetov arriscou e muito quando decidiu refazê-lo. Levando isso em consideração, “Ben-Hur” consegue ser surpreendentemente bom. Não se trata de uma superprodução impressionante, porém, confesso que mordi minha língua quando subiram os créditos, pois o filme tem uma pegada bem diferente da esperada. 

Me acompanhe no passo-a-passo de porque isso acontece!

Um bom arroz com feijão

Um grande mérito do Timur e seus coleguinhas é que eles não foram muito ambiciosos, ou seja, não se propuseram fazer uma coisa incrível e transformar um remake em um novo clássico, nem nada disso. Em nenhum momento essa parece ser a pretensão nem na sua divulgação, nem no decorrer do filme, mesmo. É isso, um filme legal, sem inventar moda, fazendo bem o feijão com arroz antes de sair inovando.

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A impressão que fica para quem assiste o longa no cinema é de que o objetivo é simplesmente recontar a história de um outro jeitinho, pra quem ainda não existia quando a última versão foi lançada.

Assim, com recursos que antes não eram viáveis e com um outro olhar, “Ben-Hur” revela cenários modestos, mas caprichados, com uma bela fotografia, apesar de ficar devendo bastante para o filme de 1959 nesse sentido.

Se compararmos recursos dos dois filmes, o antigo foi muito mais imponente, com cenários bastante ousados e bonito, principalmente as construções. Enquanto o novo traz tudo de uma forma modesta e que às vezes até parece de baixo orçamento.

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O que compensa a simplicidade nos cenários, no entanto, é a trilha sonora, que é bastante adequada à proposta, com sons épicos e instigantes para as cenas mais agitadas. A trilha inclusive faz toda a diferença para as cenas mais agitadas de lutas e corridas com as bigas. E que corridas! Essa parte é um dos destaques do filme, que investe bonito nas cenas de ação, que mantêm o público com olhar preso na tela enquanto os esportistas competem.

Outro ponto positivo para o remake foi a escolha do elenco, que, com exceção de Morgan Freeman, opta por atores e atrizes novatos, o que traz um frescor para quem assiste. A não opção por galãs para incorporarem Ben-Hur e Messala permitiu muito mais verossimilhança e é um dos fatores que contribui para a simplicidade que faz de “Ben-Hur” um filme legal.

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Apesar disso, nenhum ator deixou a desejar a ponto de prejudicar o andamento da história. Jack Huston dá conta tranquilamente do papel, assim como Toby Kebbell. O resto é resto, já que a trama acaba ficando muito em torno dos dois. Ainda assim, vale mencionar a sempre bela atuação de Morgan Freeman no papel de Deus Sr. Ilderim e a participação bastante positiva do brasileiro Rodrigo Santoro como Jesus.

Falta um tanto pra ser épico de verdade

Nesse conjunto de boas atuações, trilha bacana, cenários modestos, porém ok, são dois os principais pontos negativos de “Ben-Hur”. O primeiro deles é a caracterização dos personagens, principalmente no que diz respeito ao figurino. 

Em algumas cenas, os personagens parecem estar vestidos para um passeio no clube, e não caracterizados para um filme que se passa contemporâneo a Jesus Cristo.  Parece que na maior parte do tempo o figurino está um pouco fora do lugar.

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O segundo ponto é a adaptação do roteiro, que tenta ser bastante fiel ao original. O problema é que nem tudo que funcionava na década de 1950 funciona atualmente, então alguns aspectos mais dramáticos não fazem muito sentido. Falo especialmente do final, embora não queira entrar em detalhes para não trazer muitos spoilers. 

Mas o fato é que em um determinado ponto o filme se perde um pouco e parece esquecer que é um filme épico, e não religioso, tornando o fechamento da história um pouco forçado. 

Apesar desses dois pontos, “Ben-Hur” é um filme interessante e que consegue prender a atenção do público por mais de duas horas sem deixar o espectador cansado. O tempo passa rápido, a história é interessante. Vale a pena ver, especialmente para quem gosta de épicos com essa pegada mais religiosa e não é lá tão exigente com estes detalhes épicos. Uma surpresa positiva frente a tantos remakes bem ruins que vêm sendo feitos.

Rodrigo Santoro e Jack Huston vêm ao Brasil para o lançamento de “Ben-Hur”

Os atores de “Ben-Hur” Rodrigo Santoro e o britânico Jack Huston estarão em São Paulo para divulgar o filme nos dias 1 e 2 de agosto, quando participam da pré-estreia do filme e atendem a imprensa. No longa, que estreia no circuito nacional no dia 18 do mesmo mês, Santoro interpreta Jesus Cristo e Huston, o protagonista - Judah Ben-Hur.

Inspirada no livro de Lew Wallace, que já virou filme em 1959, a nova versão de “Ben-Hur” é focada na história do nobre Judah (Jack Huston). Ele é injustamente acusado de traição e sobrevive a anos de escravidão para se vingar de seu delator: o próprio irmão Messala (Toby Kebbell). Ao recuperar sua liberdade, Judah se tornar um exímio competidor de corrida de bigas e encontra a chance de enfrentar seu traidor na arena.

O filme também traz no elenco Morgan Freeman (Sheik Ilderim), Nazanin Boniadi (Esther), Sofia Black D'Elia (Tirzah), Ayelet Zurer (Naomi), Moises Arias (Gestas) e Pilou Asbæk (Pôncio Pilatos).

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Como se faz uma corrida de bigas? Veja nos bastidores do novo Ben-Hur!

A gente já contou aqui no Café com Filme sobre o novo "Ben-Hur", que vai trazer o brasileiro Rodrigo Santoro no papel de Jesus Cristo.

Pois bem, o filme está em produção com estreia prevista para agosto aqui no Brasil e, pelo visto, a galera do elenco está se divertindo nesse mergulho pelos tempos de Cristo.

Isso porque a equipe gravou recentemente as cenas em que acontecem as então tradicionais corridas de bigas, que pelo jeito deram bastante trabalho!

Nessa semana, a Paramount Pictures divulgou um vídeo em que os atores Jack Huston e Toby Kebbell e o diretor Timur Bekmambetov explicam como fizeram da icônica corrida de biga de "Ben-Hur" a mais real possível.

Dá o play e confere o que eles têm a dizer!

Para quem não viu os primeiros filmes ou não conhece a história, a gente reforça: "Ben-Hur" é a história épica de Judah Ben-Hur (Jack Huston), um príncipe falsamente acusado de traição por seu irmão adotivo Messala (Toby Kebbell), um oficial do exército romano.

Destituído de seu título, afastado de sua família e da mulher amada (Nazanin Boniadi), Judah é forçado à escravidão. Depois de muitos anos no mar, Judah retorna à sua pátria em busca de vingança, mas encontra a redenção. Baseado no romance clássico de Lew Wallace, "Ben-Hur: Uma História dos Tempos de Cristo". 

Crítica do filme Truque de Mestre: O Segundo Ato | Ilusionismo sem mágica

Os Quatro Cavaleiros retornam para o segundo ato, elevando os limites do ilusionismo a novos patamares e levando sua mágica por todo o mundo. Ou pelo menos, esse era o objetivo. Truque de Mestre - O Segundo Ato, se passa um ano após o anterior, onde Os Quatro Cavaleiros conseguiram despistar o FBI e ganhar a admiração do público, roubando um banco e fazendo o dinheiro cair sobre as cabeças da platéia.

Durante todo esse tempo os Cavaleiros precisaram ficar escondidos da sociedade, mas são convocados para um novo trabalho pelo seu novo líder, o agente da CIA Dylan Rhodes (Mark Ruffalo). O mestre ilusionista J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), o hipnotista Merritt McKinney (Woody Harrelson), e o mágico de rua Jack Wilder (Dave Franco) estão de volta a ativa, e para substituir o papel da escapista Henley Reeves (Isla Fisher) temos Lula (Lizzy Caplan). Os antagonistas Thaddeus Bradley (Morgan Freeman) e Arthur Tressler (Michael Caine) também estão de volta, com a adição do famoso bruxo Harry Potter Walter Mabry (Daniel Radcliffe).

E é exatamente Mabry quem precisa dos serviços dos famosos mágicos, pois o objetivo é roubar uma placa de circuito de um supercomputador, que torna possível acessar as informações pessoais de todas as pessoas do mundo, uma tarefa não tão simples assim. Os Cavaleiros precisam aprender a superar suas diferenças para agir “como um organismo”, e a razão dessa empreitada deverá ficar para o terceiro ato do filme, que já está em produção.

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O primeiro Truque de Mestre, lançado em 2013, foi um filme sobre espetáculos e truques, mostrando como é possível enganar a percepção do espectador para prestar atenção em qualquer coisa, enquanto a distração serve para o truque acontecer. Essa é a graça das mágicas, você não sabe o que vai acontecer até que o show termine. E por essa razão o filme pegou todos de surpresa e cumpriu o papel de entreter.

Entretanto, a sequência deixa um pouco a desejar. O filme ainda conta com atores de peso, o que colabora para chamar atenção. Mas o encanto e a surpresa já não são os mesmos. Ainda que os atores sejam renomados e competentes, em diversos momentos a impressão é de que eles estão ali só repetindo as falas decoradas, sem muita profundidade ou emoção.

E apesar de ser um filme sobre truques de mágica, vemos apenas três shows, um deles interrompido, outro para chamar atenção e o ato final, que desaponta por desafiar a inteligência da audiência em diversos níveis. Todos os truques contam com efeitos especiais e truques de camera, nenhuma das mágicas funcionaria em uma apresentação ao vivo. E cada vez que um truque é explicado, a sensação de ter sido feito de bobo aumenta, mas não no bom sentido de uma mágica bem feita. Claro que devemos desligar essa voz do bom senso pelo entretenimento, mas em determinado ponto essa voz interior grita e não dá para ignorar. Porém, o filme tem pontos positivos também.

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Apesar dos truques abusarem dos efeitos especiais, uma cena em particular é bastante interessante. Para roubar a já mencionada placa de circuito de um local com segurança máxima, os mágicos precisam trabalhar em equipe e não deixar o detector de metais disparar na saída. Para isso, eles contam com uma habilidade comum a diversos mágicos, mas que exige muito treino: arremessar uma carta de baralho a uma distância considerável. E essa mesma cena conta com disfarces que enganam tanto os personagens quanto quem está assistindo. Apesar de totalmente inverossímil, para mim essa cena resume a ideia de um Truque de Mestre, mas infelizmente o filme não segue esse padrão.

E o que realmente se destaca é a nova personagem, Lula. O diretor Jon M. Chu e o roteirista Ed Solomon escreveram a personagem pensando em Lizzy Caplan antes mesmo dela aceitar o papel, e a escolha foi muito bem acertada. Em todas as cenas em que a “Cavaleiro mulher”, como ela mesmo se descreve, está executando os truques, é visível o quanto ela está se divertindo fazendo aquilo.

O interessante é que ela quebra o estereótipo de mulher frágil ou sedutora. Ao contrário, ela é independente e talentosa por seus próprios méritos, e aproveita para provar seu ponto tanto para seus colegas masculinos quanto para quem está assistindo. Vale destacar que a sua especialidade são “pegadinhas sangrentas”, como cabeças decepadas ou braços amputados, e em diversas cenas ela teve liberdade criativa para adaptar as falas e ações, o que torna tudo um pouco mais divertido.

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Em uma ultima análise, é como se o mesmo show fosse apresentado novamente, mas prestando atenção e sabendo exatamente o que vai acontecer fica fácil descobrir que não há mágica nenhuma ali, apenas um truque que não encanta tanto quanto da primeira vez.