Crítica do filme O Hobbit: A Desolação de Smaug

Pouca história, muita ação!

por
Fábio Jordan

17 de Dezembro de 2013
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 4 min

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Finalmente, depois de um longo ano, a segunda parte da jornada de Bilbo chega aos cinemas. Apesar de não ter lido o livro, gosto do universo de Tolkien e não poderia deixar de conferir mais este “grande capítulo” da história do Hobbit. Aproveitei uma sessão 2D (o 3D em 48 fps não me agradou muito no ano passado) para ver a continuação dessa aventura.

Para você que não tá ligado no que acontece, nosso amigo Metadílio e o bando de anões continuam na jornada em direção à Montanha da Solidão, onde tem um lagartão sinistro residindo. O bichano que mora no reino dos anões é o Smaug, um dragão que apenas vimos de relance no primeiro filme e que promete tocar o terror nesses carinhas que tão na empreitada.

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A primeira coisa que posso dizer sobre “O Hobbit: A Desolação de Smaug” é que gostei muito do resultado geral do filme. O longa-metragem acompanha bem o clima do primeiro, mas tem um ritmo bem mais acelerado. Como não tem muito o que contar, toda a emoção do filme acaba sendo compensado com as cenas de ação sequenciais (começa e não para mais). 

Claro, mesmo com uma história rasa, o filme desenvolve vários fatos durante a jornada dessa turminha de anões do barulho. A maioria das situações, na verdade, consegue prender a atenção do espectador. Graças a monstros bem assustadores, cenários sombrios, visuais belíssimos e outros recursos, o filme mantém o público sempre atento. 

hobbitc3Uma boa surpresa da película é a presença do nosso amigo Legolas. O elfo lindão esbanja charme e mostra que desde cedo manjava muito. Pensando bem, as cenas dos elfos, em geral, são magníficas, com ambientes incrivelmente belos e um show de flechas que dançam e se movem perfeitamente, perfurando orcs, aranhas e outros bichos.

Como todo bom filme, aqui também cabem alguns clichês e exageros. Nosso amigo Bilbo continua sendo um desastrado, então pode ter a certeza de que ele vai fazer muita besteira. Por outro lado, o hobbit cria mais coragem e dá uma força essencial para a turma dos anões (claro que em momento algum ele não vai nem receber um obrigado).

Sobre os exageros, podemos dizer que eles são bem variados e que são essenciais para que o longa continue rolando. A galera vai se safar da morte muitas vezes (aí é que tá a graça da coisa), seja participando de uma coreografia com barris, correndo de um urso gigante ou descendo o cacete em aranhas sinistras. Isso tudo é muito legal!

Uma coisa que é fácil reparar é que, apesar de se chamar O Hobbit, este segundo filme não foca quase nada no Bilbo. Há uma ou outra cena em que a atuação dele é essencial, mas o longa destoa muito da primeira parte em que vimos os dilemas, emoções e acompanhamos o personagem mais de perto.

Algo que sempre me cativa nesses filmes épicos é a trilha sonora e, assim como rolou em toda a trilogia do Senhor dos Anéis e no primeiro Hobbit, aqui a música é perfeita. A orquestra toca sem parar e dá o vigor, o suspense e a emoção necessária. Juntando isso aos excelentes efeitos sonoros, temos uma sinfonia muito agradável.

Não posso finalizar minha resenha sem falar sobre o temível Smaug. O dragão é simplesmente irado! Os efeitos visuais ajudaram muito, mas a dublagem e toda a movimentação da criatura talvez sejam o maior charme da coisa. É muito legal ver que este bichão não é apenas um ser ignorante, mas é um inimigo que se dá ao luxo de brincar com sua comida.

Bom, como todo mundo já comentava, “O Hobbit: A Desolação de Smaug” é um filme que foi realmente espichado para que a trilogia pudesse ficar completa e coerente. A parte ruim disso é que temos uma série de cenas desnecessárias que acabam até sendo chatas — tipo quando um anão fica no maior clima de romance desnecessário. De qualquer forma, o filme é ótimo e vale muito a pena conferir no cinema!

Fonte das imagens: Divulgação/