Brad Pitt - Café com Filme

Primeiras imagens do making of de Fury, filme de tanques de guerra com Brad Pitt

Brad Pitt, Shia LaBeouf, Logan Lerman, Jon Bernthal e Michael Pena surgem no primeiro vídeo making of de "Fury", que acompanhará as batalhas da Segunda Guerra Mundial.

O filme se passa em abril de 1945, um sargento do exército norte-americano  chamado Wardaddy (Brad Pitt) comanda um tanque Sherman chamado Fury,  além de uma tripulação de cinco homens em uma missão mortal para trás das linhas inimigas. 

David Ayer ("Marcados para Morrer") roteirizou e dirige, a estreia acontece em 14 de novembro de 2014.

Crítica do filme Malévola | Então você terá medo...

“Malévola” foi um filme que, assim que soube que seria lançado, me empolgou muito. O longa estreou, não ouvi falar muito bem sobre, e meio que a contra gosto decidi ir. (Obrigada a você que me fez ir, muito obrigada, de verdade!)

Não me recordo direito de “A Bela Adormecida”. A história da princesa Aurora nunca me interessou muito. Sei que já assisti, mas faz muito tempo, e lembro pouquíssimo sobre o filme, mas, pelo pouco que me recordo, “Malévola” tem a mesma essência de “A Bela Adormecida” com algumas pequenas diferenças.

Assisti a todos os trailers do novo longa, e posso dizer que não dizem muita coisa sobre o filme — isso eu gostei muito. Em “Malévola”, somos apresentados à "bruxa" de "A Bela Adormecida" e acompanhamos sua vida desde a infância até ela se tornar a grande vilã do clássico Disney.

Malévola é uma fada (não é spoiler, quem assistiu a pelo menos um trailer, já sabe disso) que acreditou no amor verdadeiro e acabou sendo enganada por seu amado e essa desilusão acabou endurecendo seu coração.

Corroída pelo ódio e pela vingança, a fada do mal lança um poderoso feitiço sobre a recém-nascida princesa Aurora — filha do rei que cortou o coração da nossa querida Malévola. O rei então decide isolar a filha de seu mundo, para protegê-la do feitiço.

Em resumo a história é esta, não muda muito da original, mas digamos que dá para ter algumas surpresas no decorrer do filme.

Well, well

Agora, depois de assistir, ouso dizer que ninguém melhor que Angelina Jolie para interpretar o papel de Malévola. A voz, os olhos, a boca, tudo se encaixou. A atuação de Angelina neste longa me surpreendeu muito. Tinha perdido o gosto por ela, quando ela passou a fazer sempre filmes do mesmo estilo, em que era uma heroína que nunca se machucava ou morria.

Inclusive vale comentar que, claro, não somente por ela ser a protagonista, mas é a boa atuação dela que mantém o filme no ritmo, que “segura” o filme. Quem também merece destaque é a atriz Isobelle Molloy, que interpreta Malévola quando criança. É a coisa mais bonitinha ela de chifrinhos e asas.

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Falando em crianças, apenas a titulo de curiosidade, a menininha que pede colo a Malévola em uma das cenas é ninguém menos que Vivienne Jolie-Pitt — filhinha de Angelina e Brad de apenas 5 anos, que foi escolhida para o filme pois foi a única criança que não chorou ao ver a fada do mal. A jovem Aurora, interpretada por Elle Fanning, também não deixa a desejar, a atriz mandou muito bem como princesa.

Pensando nos detalhes

A caracterização da personagem título ficou muito boa. A maquiagem, os chifres, as bochechas protuberantes e as asas... O que são aquelas asas?! Lindas, enormes, assustadoras.

A trilha do filme também ficou excelente. James Newton Howard que foi o responsável está de parabéns. A escolha das músicas combinou perfeitamente com cada cena.

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De maneira geral, os efeitos do filme são ótimos. Assisti em 3D e amei cada detalhe, a fotografia, o figurino, tudo foi cuidadosamente escolhido. A computação gráfica aplicada na hora de criar os bichinhos do mundo de Moor e todo o colorido das fadas é muito bacana.

As três fadinhas

Como falei anteriormente, não me lembro de muito de "A Bela Adormecida", consequentemente, não me recordo muito das três fadinhas. Sim, elas também estão em "Malévola" e são as responsáveis por cuidar de Aurora quando o rei decide afastar a filha de seu mundo.

Confesso que sai do cinema pensativa quanto à função delas no filme. Elas fazem de tudo, menos cuidar de Aurora. A princesa some das vistas delas por diversas vezes no decorrer da história, e as três fadinhas nem sequer saem a sua procura, e não parecem preocupadas em questionar por onde ela andou.

A impressão que eu tive é que as três estão ali apenas para fazer um paralelo com o longa original, pois, na história de 1959, elas tem grande destaque (pelo pouco que me lembro) e quem já assistiu sentiria falta delas se não estivessem presentes no atual.

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Além de não fazerem muito sentido neste novo filme, as fadinhas estão feias, mal feitas, tanto quando estão pequenininhas e também quando estão grandes. A maquiagem está exagerada, o figurino parece precário e o tipo de humor que elas tentam fazer simplesmente "não cola".

É um filme para crianças?

Não, "Malévola" não é o filme mais indicado para quem procura um filme para levar o filho ao cinema. Também não vá ao cinema com a expectativa de que o longa será mais um ao estilo "conto de fadas Disney" que você vai sair decepcionado.

Claro que o longa tem o seu lado Disney, de passar uma boa mensagem, de ter uma moral e etc., mas ele foge completamente do clássico em geral.

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Como vocês puderam notar, meu desanimo inicial quanto ao filme, desapareceu, sai super empolgada do cinema e querendo muito ter uma Malévola para chamar de fada madrinha!

Ah, só pra constar, "Malévola" é bem melhor do que Alice!

Brad Pitt manjando das guerras nas primeiras imagens de Fury

A Sony Pictures liberou hoje as primeiras fotos em alta qualidade do longa-metragem “Fury” (ainda sem tradução para o português). O filme de guerra que trata do combate ao nazismo é estrelado por Brad Pitt e Shia LaBeouf.

A direção e roteiro de “Fury” ficam por conta de David Ayer (que dirigiu Marcados para Morrer e Reis da Rua). O trailer ainda não foi divulgado, mas a sinopse oficial do filme é a seguinte:

Abril, 1945. Enquanto os aliados fazem seu esforço final na Frente Ocidental, um sargento do exército chamado Wardaddy (Brad Pitt) comanda um tanque Sherman e uma equipe de cinco homens em uma missão mortal atrás das linhas inimigas. Em desvantagem e desarmados, Wardaddy e seus homens enfrentam adversidades em suas tentativas heróicas de ataque no coração da Alemanha nazista.

Confira outras duas imagens de “Fury”:

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De acordo com a Sony, “Fury” deve chegar aos cinemas brasileiros no dia 20 de novembro de 2014.

Confira o resultado do MTV Movie Awards 2014

O Oscar pode até ser a premiação “mais importante” do mundo dos filmes, mas ele não tem muita graça se comparado ao MTV Movie Awards. Seja por conta das piadas (cheias de palavrões) ou da participação do público, que vota em seus atores e filmes prediletos, o evento da famosa emissora americana sempre chama a atenção com suas categorias inusitadas.

Ontem, rolou a edição 2014 do MTV Movie Awards e claro que tivemos diversas surpresas. Além das premiações normais, pudemos conferir uma homenagem à Paul Walker, um prêmio especial para Mark Wahlberg e uma  série de trailers e prévias dos filmes que mais vão bombar neste ano — destaque especial para os vídeos de “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido” e de “O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro”.

Os resultados não foram tão surpreendentes, afinal, eles só reforçaram o que a maioria do público acha mais interessante (e, consequentemente, merecedores das pipocas douradas). Confira abaixo os ganhadores e indicados de cada categoria:

Melhor Filme do Ano - Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Filme do Ano

 

Personagem Favorito – Vencedor

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Outros indicados a Personagem Favorito

 

Melhor Ator – Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Ator

 

Melhor Atriz – Vencedora

 

Outras indicadas a Melhor Atriz

 

Melhor Cena de Susto – Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Cena de Susto

 

Desempenho Surpreendente – Vencedor

 

Outros indicados a Desempenho Surpreendente

 

Melhor Dupla – Vencedora

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Outros indicados a Melhor Dupla

 

Melhor Atuação sem Camisa – Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Atuação sem Camisa

 

Melhor Luta – Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Luta

 

Melhor Beijo – Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Beijo

  • Ashley Benson, James Franco & Vanessa Hudgens – Spring Breakers: Garotas Perigosas
  • Jennifer Lawrence & Amy Adams – Trapaça
  • Joseph Gordon-Levitt & Scarlett Johansson – Como Não Perder Essa Mulher
  • Shailene Woodley & Miles Teller - The Spectacular Now

 

Momento WTF – Vencedor

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Outros indicados a Momento WTF

 

Melhor Vilão – Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Vilão

 

Melhor Momento Musical – Vencedor

  • Backstreet Boys, Jay Baruchel, Seth Rogen & Craig Robinson – É o Fim

 

Outros indicados a Melhor Momento Musical

 

Melhor Performance de Comédia – Vencedor

 

Outros indicados a Melhor Performance de Comédia

 

Melhor Transformação – Vencedor

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Outros indicados a Melhor Transformação

 

Melhor Curta Participação – Vencedora

 

Outros indicados a Melhor Curta Participação

 

Melhor Herói – Vencedor

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Outros indicados a Melhor Herói

Palahniuk, Fincher e uma adaptação que complementa o original

Eu cheguei à obra de Chuck Palahniuk pelo cinema — e aposto que muita gente que hoje vai atrás das coisas que ele escreveu também chegou até ele dessa maneira. Se você não sabe a quem estou me referindo, eu esclareço: Palahniuk é autor de livros como “Cantiga de Ninar”, “No Sufoco” e “Clube da Luta”. Ele já escreveu diversas outras obras além dessas e, duas delas, exatamente “Clube da Luta” e “No Sufoco”, chegaram ao cinema.

Se você não é um entusiasta da obra de Palahniuk, talvez nem se lembre de “Choke - No Sufoco”, a adaptação cinematográfica da obra levada à telona em 2008 pelas mãos de Clark Gregg (que além de dirigir e roteirizar, também atuou na película) e estrelada por Sam Rockwell (“Lunar”) — Gregg é mais conhecido por interpretar o agente Phil Coulson em filmes da Marvel, como “Homem de Ferro” e “Os Vingadores”.

Muita gente não imagina que “Clube da Luta” é a adaptação de um romance, mas provavelmente já ouviu falar na obra que se tornou um verdadeiro clássico do “cinema cult”, se é que podemos dizer assim, no final dos anos 90 — na verdade, se você viu o filme e não sabia disso, é um grande desatento, pois a informação aparece logo nos créditos iniciais.

Chuck Palahniuk

Em 1999, David Fincher (“A Rede Social”) dirigiu a versão cinematográfica desse verdadeiro “soco na mente” de Palahniuk, comandando um elenco de respeito com Brad Pitt (“Entrevista com Vampiro”), Edward Norton (“A Outra História Americana”) e Helena Bonhan Carter (“Alice no País das Maravilhas”),  mostrando que não precisa do marido na direção pra esbanjar talento, diga-se de passagem. No apoio, nomes que dão um toque especial à película, como Meat Loaf (“Tenacious D - Uma Dupla Infernal”) e o agora vencedor do Oscar Jared Leto (“Senhor Ninguém”), completam o time.

Bem, voltando ao início do texto, eu conheci a obra literária de Chuck Palahniuk por meio do filme, que fui assistir somente em 2007. Depois disso, encontrei alguns livros dele para vender, outros eu baixei na internet, mas desde então procuro ler tudo que sai em português. A obra mais fascinante pra mim é, sem dúvida, “Clube da Luta”, e é aí que entra um ponto interessante: a abordagem dada por Fincher e por Jim Uhls, o roteirista, consegue capturar muito bem o espírito do livro de Palahniuk.

David Fincher

Depois de ler o livro e ver o filme algumas vezes, as lembranças de ambos se embaralham e às vezes fica difícil lembrar exatamente de qual obra é determinada fala. O filme tem muito do livro, é óbvio, mas também adiciona algumas coisas novas (como por exemplo a forma como o narrador conheceu Tyler Durden e ainda o fim que ele dá aos problemas com seu chefe), porém sem inventar demais, sem desrespeitar a obra original, digamos assim.

Os responsáveis por adaptar o texto de Palahniuk para o cinema conseguiram capturar o perfil psicológico da obra e de seus personagens de forma excepcional, criando uma atmosfera caótica e bizarra, trabalhando de forma competente o humor ácido e crítico que o autor esbanja no livro.

Enfim, arrisco dizer que os dois “Clubes da Luta” são complementares e podem muito bem ser apreciados em sequência um do outro. Fazer isso várias vezes, aliás, vai deixar aquela sensação de não saber qual é qual na hora de fazer uma citação, como se você estivesse quase imerso na obra e não soubesse quem é Tyler e quem é Narrador.

Crítica do filme 12 Anos de Escravidão | 2 horas de chibatadas para refletir

O Oscar 2014 está acirradíssimo e, de certa forma, bem diversificado. Há muitas boas histórias, diretores altamente qualificados e atores talentosos, mas, se eu fosse um dos votantes da premiação, eu não hesitaria em dar a estatueta para “12 Anos de Escravidão”.

Além de tratar de uma questão histórica como poucos tiveram coragem, o longa dirigido por Steve McQueen (o mesmo responsável por Shame) coloca o espectador em uma posição muito difícil. Até quem tem coração de pedra acaba se sensibilizando com a história de Solomon Northup.

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O roteiro do filme é baseado no livro homônimo escrito pelo próprio Northup. Livre da escravatura e já tendo uma família constituída, o protagonista desta triste história jamais imaginou que acabaria voltando aos dias de sofrimento. Ocorre que, ao embarcar em uma oportunidade de ouro, ele acabou caindo na armadilha do homem branco.

Desesperado, Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) acorda acorrentado em um cárcere. Ele não faz ideia do que aconteceu, mas logo percebe que não adianta revidar. Acompanhado por outros negros indefesos e reféns do medo, o protagonista desta triste história percebe que somente a obediência poderá ajudá-lo a passar pelas adversidades.

Uma vida de merda!

Durante a história, Northup passa pelas mãos de vários capatazes. Alguns são terríveis e até tentam amenizar o sofrimento, outros são impossíveis e tratam os escravos como simples objetos pelos quais eles pagaram. O filme passa perfeitamente essa noção errada e doentia que existia naquela época e que, infelizmente, ainda é parte de algumas pessoas.

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Há algumas cenas muito doídas. Executadas com maestria e verossimilhança, as imagens de tortura, punição e humilhação são difíceis de visualizar. O espectador não tem nada a ver com tamanha brutalidade, mas assistir a essas terríveis tomadas é importante para refletir sobre a maldade do ser humano – que hoje ainda é uma dura realidade.

Não há nem como tentar imaginar o quanto Solomon sofreu, mas as imagens dão uma mínima noção. Se pensarmos, duas horas assistindo a tais brutalidades nem se comparam aos 12 anos (que são mais de 105 mil horas) que ele sentiu na pele toda a raiva de um povo que se achava superior e que ainda acreditava que estava fazendo a vontade de Deus.

A única coisa que salva a rotina do protagonista é a possibilidade de tocar violino. Aliás, algumas das músicas do filme são executadas pelo elenco. Alguns sons como “Roll Jordan Roll” servem para mostrar as poucas alegrias da época – e do filme. A trilha sonora original é maravilhosa (não preciso dizer que é Hans Zimmer fazendo o que sabe fazer melhor, né?), mas as semelhanças com o tema de “A Origem” mostram que faltou um pouco de originalidade.

É difícil acreditar que a realidade era ainda pior

Chiwetel Ejiofor se doa completamente ao projeto e consegue ser muito convincente. Ele abraça o papel e passa toda a dramaticidade, a angústia, o desespero e a injustiça que os escravos sofreram durante longos e árduos anos.

Todavia, não é apenas Ejiofor que encarna o papel e dá o seu melhor. Lupita Nyong'o também merece muitos elogios por sua excelente performance como a escrava Patsie. Ela tem um papel secundário, mas ela faz uma das partes mais dramáticas do filme. Trabalhadora como nenhum outro, Patsie sofre abusos sexuais e ainda é punida terrivelmente.

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Outros coadjuvantes como Benedict Cumberbatch (protagonista da série Sherlock) e Brad Pitt cumprem seus deveres e contracenam muito bem, apesar de que eles aparecem rapidamente. Agora, se há alguém que merece aplausos, esse alguém é Michael Fassbender, que interpreta Edwin Epps, um terrível amo que realmente judia dos escravos. Ele é brutal, sério, imponente e convincente. Certamente, uma magnífica atuação.

É impossível deixar a sala de cinema sem refletir um bocado sobre tudo que é mostrado. Pense que o caso do filme é apenas um de milhões. O filme mostra a realidade do passado, mas não há como não ligar os fatos e imaginar o tanto que essas atrocidades do passado não impactaram diretamente no futuro (e presente) dos afrodescendentes.

De fato, “12 Anos de Escravidão” é uma verdadeira lição. Uma lição para que a humanidade aprenda a respeitar e amar o próximo e impedir que tais ideias ridículas sejam perpetuadas novamente. Sinceramente, todo mundo deve ver este filme, ainda mais quem é racista e quer se achar o prejudicado da história, para levar um tapa e acordar para a realidade.

12 Anos de Escravidão | Trailer legendado e sinopse

Esta história, baseada em fatos reais, apresenta Solomon Northup, um escravo liberto que é sequestrado em 1841 e forçado por um proprietário de escravos a trabalhar em uma plantação na região de Louisiana, nos Estados Unidos. Ele é resgatado apenas doze anos mais tarde, por um advogado.

Babel | Trailer legendado e sinopse

Terceiro filme da trilogia do aclamado diretor Alejandro González Iñárritu (Amores Brutos, 21 Gramas), Babel é um emocionante e envolvente filme sobre as barreiras que separam a humanidade.

Um trágico acidente no Marrocos deflagra uma sucessão de eventos que irão ligar quatro grupos de pessoas, divididas por diferenças culturais e longas distâncias, que vão compartilhar um destino que vai conectá-los definitivamente.

O Conselheiro do Crime | Novo trailer legendado

Um advogado (Michael Fassbender) está prestes a se casar com sua noiva (Penélope Cruz), e decide juntar dinheiro participando de um dos esquemas ilegais organizados por seus clientes. O plano envolve o tráfico de centenas de quilos de droga, no valor de 20 milhões de dólares.

Apesar de hesitar no início, ele aceita, mas a execução do esquema não ocorre como planejado, e logo todos serão visados pelos chefes de um cartel mexicano. Enquanto os outros parceiros têm experiência no crime e sabem como desaparecer, o advogado não sabe como agir, e teme pela segurança de sua noiva. Sem escapatória, este homem perturbado começa a refletir sobre seus atos, tendo que aceitar as consequências brutais de seu envolvimento no crime.

Crítica O Homem da Máfia | Picuinhas da máfia resolvidas por alguém com colhões!

A julgar pelo nome, e também pela sinopse, temos a impressão de que “O Homem da Máfia” é mais um filme que ganha destaque apenas pelo ator principal. De fato, Brad Pitt tem grande peso no elenco, porém ele não é o principal em boa parte da película e, na verdade, parece que sua participação reduzida faz bem ao resultado final da obra.

Ainda que Brad Pitt seja o homem dos colhões e resolva qualquer parada com seu olhar matador e suas atuações fenomenais, ele não é o grande trunfo do filme. Deixar o grande astro um pouco de lado para construir uma história focada em outros personagens faz este filme ser diferente de tantos outros.

A ideia do roteirista, Andrew Dominik, de dar atenção às picuinhas da máfia é válida, principalmente porque o filme trata de grupos de criminosos modernos que não têm chefes específicos e sofrem com traições.

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O modo ímpar de construção de “O Homem da Máfia” é um aspecto que me conquistou. Na película, longas cenas recheadas de detalhes que parecem não ser relevantes para o enredo deixam o filme mais completo e divertido.

Muitas situações não são regadas a chuvas de balas ou explosões, mas ainda servem para deixar a história mais recheada, momentos, por exemplo, em que vemos um drogado sofrendo para conseguir ficar acordado e dialogar com outro criminoso ou em que vemos um grande matador desabafando sobre sua vida amorosa.

É interessante que o filme consegue prender a atenção até mesmo com suas cores apagadas – que mais parecem efeitos do Instagram. Boa parte da película é construída em ambientes escuros, em dias nublados e em cenários vazios. A utilização desse recurso parece ajudar a dar o tom de seriedade ao filme e o devido respeito à máfia.

Os diálogos sempre ligados e as explicações jogadas uma em seguida da outra também são importantes, pois, apesar de não ter um roteiro muito complexo, “O Homem da Máfia” conta com uma série de personagens e situações que podem confundir o público, portanto não deixar pontas soltas e procurar focar na trama é deveras interessante.

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Quanto à ação, podemos dizer que o filme de Andrew Dominik é bem equilibrado. Apesar de não exagerar na violência, o longa-metragem não deixa a desejar quando resolve mostrar os executores da máfia em ação. O principal assassinato, em câmera lenta, é simplesmente sensacional! Qualquer um fica boquiaberto e satisfeito com a execução da cena.

Enfim, “O Homem da Máfia” é um filme que conta com elenco bem preparado e competente, acompanhado de efeitos compatíveis e uma trilha sonora adequada. Tudo isso fica ainda melhor quando vemos que o roteiro, apesar de simples, tem algo a mostrar sobre as situações gerais, às vezes ilusórias, do povo e da economia dos Estados Unidos.