Guy Pearce - Café com Filme

Sem Remorso | Trailer legendado e sinopse

John Clark, um fuzileiro naval das forças especiais dos EUA descobre uma conspiração internacional enquanto busca justiça pelo assassinato de sua esposa grávida. Adaptado do livro Sem Remorso de Tom Clancy, a história de origem explosiva do herói de ação John Clark — um dos personagens mais populares no universo de espionagem estrelado por Jack Ryan do autor Tom Clancy.

Quando um esquadrão de soldados russos mata sua família em retaliação por seu papel em uma operação ultrassecreta, o chefe John Kelly (Michael B. Jordan) persegue os assassinos a todo custo. Juntando forças com um companheiro SEAL (Jodie Turner-Smith) e um sombrio agente da CIA (Jamie Bell), a missão de Kelly involuntariamente expõe uma conspiração secreta que ameaça jogar os EUA e a Rússia em uma guerra total. Dividido entre a honra pessoal e a lealdade ao seu país, Kelly deve lutar contra seus inimigos sem remorso se espera evitar o desastre e revelar as figuras poderosas por trás da conspiração.

Crítica do filme Bloodshot | Ação nanorobótica

Parece quase indispensável encontrar distrações nessa época tão sombria que estamos vivendo, seja por conta do distanciamento social ou seres completamente ineptos no poder. Com a impossibilidade do povo ir ao cinemas, as distribuidoras encontram estratégias alternativas para não perder totalmente o lucro das produções.

Por essa razão a Sony Pictures (entre diversas outras empresas) resolveu adiantar o lançamento digital de alguns filmes, e no caso de "Bloodshot", disponibilizou no canal oficial os 8 primeiros minutos do longa, para instigar todo mundo a assistir.

Parece quase indispensável encontrar distrações nessa época tão sombria que estamos vivendo, seja por conta do distanciamento social ou seres completamente ineptos no poder. Com a impossibilidade do povo ir ao cinemas, as distribuidoras encontram estratégias alternativas para não perder totalmente o lucro das produções.

bloodshot2 07031

Para quem gosta de filmes de ação e do astro Vin Diesel, “Bloodshot” promete agradar. Porém, ninguém mais aguenta histórias de origem de super heróis, ainda mais um tão obscuro quanto esse. Por isso o diretor David S. F. Wilson teve a complicada tarefa de entregar um filme com potencial para iniciar uma franquia longe das enormes Marvel e DC Comics.

“Bloodshot” quase consegue renovar o gênero com muita ação e uma pitada de diversão, mas falha por conta do ator principal ser excelente com lutas e carros e péssimo quando a atuação exige mais do que três palavras.

Uma nova franquia de heróis?

Raymond Garrison, codinome Bloodshot, é um personagem criado em 1992 por Kevin VanHook, Bob Layton e Don Perlin. Foi publicado pelo selo Valiant Comics, que contava com diversos heróis alternativos, mas foi apenas em 2012, depois de contratar diversos membros da Marvel Comics, que a editora Valiant relançou seu universo de super heróis, dando um reboot total da história e atualizando todos os personagens. O resultado foi excelente, revitalizando os personagens para um público novo sem desagradar o público antigo e hoje em dia a Valiant possui o terceiro maior universo compartilhado dos quadrinhos.

bloodshot1 fff0d

A adaptação para as telonas precisou “achatar” bastante a história para caber no formato proposto, mas o essencial está todo ali. Ray Garrison é um militar dedicado e excelente em seu trabalho, mas sua vida sofre uma reviravolta quando ele e sua esposa são sequestrados e mortos. Ray consegue ser ressuscitado pelo Dr. Emil Harting (Guy Pearce), que conseguiu essa façanha substituindo todo o sangue por nanitas, que são nanorobôs que agem em uma células sanguínea, só que nesse caso de uma forma muito criativa e exagerada.

Muito semelhante ao Wolverine, Ray não consegue se lembrar de nada do seu passado e  adquire a capacidade de se regenerar por completo, não importando o quando ele fique ferido, além de ter suas capacidades físicas ampliadas. Ele também ganha acesso a redes de computador, incluindo a internet, sem precisar de nenhum dispositivo além de seu cérebro,
o tipo de herói que todo adolescente quer ser.

Há ainda um grupo de super soldados: KT (Eiza González), Jimmy Dalton (Sam Heughan) e Tibbs (Alex Hernandez), cada um com uma história trágica e um membro robótico, que estão ali apenas para desempenhar um papel genérico e não se desenvolvem na trama. Tudo muito legal, até Ray lembrar-se que foi assassinado e viu sua esposa ser morta friamente. Ele decide vingar-se a qualquer custo, mas nem tudo é o que aparenta.

Uma nanotrama

Potencialmente tudo isso seria perfeito para um filme de ação desenfreada e muita computação gráfica, que são entregues até certo ponto. Pessoalmente, eu parei de considerar Bloodshot como um filme e comecei a ver como se fosse um videogame, pois a proposta seria perfeita para um jogo, se não fossem todos os aspectos genéricos da trama que qualquer pessoa que já assistiu filmes de ação ou de super-heróis reconhece sem esforço. Isso não é necessariamente ruim, o longa é até divertido, mas o que decepciona é o potencial desperdiçado.

Sem entrar em detalhes para não estragar a trama, o filme é repleto de clichês e uma mistura de diversas outras obras, o que não seria um problema se fosse bem utilizado. São poucas cenas de ação que se destacam, não existe desenvolvimento do personagem e a inexpressividade do astro Vin Diesel não ajuda a criar empatia com o personagem. Existe ainda uma tentativa de subtexto sobre liberdade e sobre cada um ter a escolha de quem quer ser, mas é preciso um esforço enorme para enxergar algo além dos nanitas espalhando-se e voltando em câmera lenta, que é o charme do filme (fica aqui meu parabéns à nanotecnologia). 

bloodshot3 3a93d

A história coescrita por Jeff Wadlow e Eric Heisserer busca uma fórmula desnecessária. É quase como se eles soubessem que a franquia não tem futuro e só entregassem o básico, com medo de errar. Quando o longa encosta timidamente na comédia, subitamente volta a ser “séria”, por medo de ser mal interpretada. Nesse sentido, o grande destaque fica por conta de uma adição surpreendente de Wilfred Wigans (Lamorne Morris), que com pouquíssimo tempo  de tela, é um personagem lunático e genial, com falas malucas que fazem rir sem esforço.

Enfim, “Bloodshot” é um filme mediano quando poderia ser excelente. O final é totalmente anti climático e é até ironizado por um dos personagens, com pouca expectativa para o futuro. Se o universo Valiant continuar nos cinemas, será preciso um esforço bem maior (e talvez um ator no papel principal que seja mais expressivo) para decolar.

Bloodshot | Novo trailer legendado e sinopse

Bloodshot é um ex-soldado com poderes especiais, o de regeneração e a capacidade de se metamorfosear. Essas capacidades foram desenvolvidas por ele após injetarem nanites em seu sangue. Após apagarem sua memória várias vezes, ele finalmente descobre quem é e parte em um busca de vingança daqueles que usaram ele como experiência científica.

Dominó | Trailer legendado e sinopse

Um policial (Nikolaj Coster Waldau) de Copenhague, Dinamarca, busca justiça para o assassinato do seu parceiro, morto pelas mãos de um misterioso homem chamado Imran. Ele se junta com um colega da polícia e a amante (Carice Van Houten) do seu parceiro para caçar Imran, mas acabam envolvidos num jogo de gato e rato com um agente da CIA, que os leva da Escandinávia para a Espanha.

Crítica do filme Duas Rainhas | Uma rainha... A outra nadinha...

Por mais que a disciplina de história tente ensinar uma grande gama de assuntos sobre os mais variados períodos e personagens, há temas que são abordados de forma muito superficial e outros sequer temos uma noção básica. Isto é perfeitamente normal, pois não há como lecionar as minúcias de todas as situações, principalmente quando se trata de algo superficial para a construção de uma visão mais ampla de mundo.

Assim, é possível que você tenha ouvido falar sobre a Rainha Elizabeth I da Inglaterra, mas talvez você não saiba a razão pela qual o sucessor do trono foi James I, que era, na verdade, filho da Rainha Mary da Escócia – algo incomum para a época. A verdade é que o Reino Unido tem uma longa história e seria difícil abordar os pormenores da região no período escolar.

Dessa forma, vez ou outra, algum autor publica uma obra (que obviamente depois vira um filme) para fazer uma retratação, principalmente no sentido de revelar a verdade ao público. Justamente pela superficialidade, muitas vezes, as pessoas podem ter impressões errôneas e não dar o devido reconhecimento a grandes nomes da história, como é o caso da protagonista de “Duas Rainhas”.

duasrainhas01 10ec7

Aqui, acompanhamos a história de Mary Stuart (Saoirse Ronan), que no Brasil ficou conhecida como Maria – é pra acabar traduzir nome de rainha hein?! Ela era da família real escocesa, mas foi à França casar com Francis II. Com a morte prematura do rei, ela reassume o trono da Escócia, mas sua intenção era derrubar a Rainha Elizabeth I (Margot Robbie) e assumir a Inglaterra. E aí começa o jogo dos tronos do Reino Unido.

Uma mulher à frente de seu tempo

Bom, antes de entrar nos detalhes da trama, eu acho importantíssimo já comentar que a tradução do nome do filme para o Brasil ficou simplesmente péssima. A ideia de querer vender o longa-metragem como um título que visa mostrar as “Duas Rainhas” é deveras cretina, uma vez que o título original dá total atenção à Mary, que é de fato a protagonista da história e a personagem que se destacou historicamente.

Pontuado isso, vamos ao que importa: Mary! Senhoras e senhores, o que dizer de uma personagem tão empoderada e ousada? Sim, é claro que adaptações tem um bocado de fantasia e exagero, mas a base da história de “Duas Rainhas” nos permite perceber a ousadia de Mary, principalmente numa época em que muitas figuras femininas na corte tinham papéis decorativos e muitas vezes não tomava ações.

Com uma personalidade forte e uma presença marcante, Mary rouba a cena em todas as situações e faz todos os homens se dobrarem aos seus pés – algo inimaginável para a época, sendo a fagulha necessária para os inúmeros desentendimentos ao longo da trama. É simplesmente impagável ver os religiosos da época e grandes políticos tendo que engolir o poder de Mary, algo possível aqui graças a atuação magistral de Ronan.

duasrainhas02 90d50

A atriz de Ladybird abre suas asas em novos ventos ao explorar uma personagem mais árdua do que uma jovem em conflito. Com sutileza, Saoirse Ronan nos mostra os entraves de governar em meio a tantos traidores. Ela tem um toque sutil para mostrar a elegância de uma rainha quando necessário, mas também mostra sua acidez e coragem até mesmo em batalhas. Realmente surpreende!

Nada de novo no reino...

Apesar da trama bem montada e dos personagens desenvolvidos com cautela, o filme “Duas Rainhas” não deve surpreender àqueles que já têm uma mera noção de mundo. Basicamente, temos as mesmas rixas até hoje: religião tentando disputar espaço em meio a política. Por se tratar de um filme de época, a gente só acompanha tudo de forma natural, já que ali a confusão entre protestantes e católicos estava em seu auge.

duasrainhas03 238d2

Obviamente, não havia como fugir disso, já que se trata de um retrato histórico, então é gratificante ver que o filme aposta em algumas cenas que fogem disso, abordando até algumas batalhas e cenas mais picantes na realeza – afinal, mostrar esse lado mais safado também pode ajudar a deixar a trama mais suave, já que a plateia pode se entediar facilmente com os longos debates nos corredores dos castelos.

Por conta dessas características, o roteiro de “Duas Rainhas” acaba fluindo de forma muito natural, sendo que a primeira metade do filme passa num piscar de olhos. A segunda parte sofre por ter que fechar algumas lacunas, mas o ritmo não se perde, graças a alguns fatores que são apresentados de surpresa. As traições, as fofocas e os personagens frouxos ajudam muito a manter o interesse do público.

Eu só fiquei impressionado como a Rainha Elizabeth realmente não tem vez na trama. E tudo bem que isso pode ser parte da intenção ou mesmo de uma aproximação da realidade, mas são pesos bem distintos entre as duas personagens. E não que a atriz Margot Robbie não se destaque, pelo contrário, ela é quem consegue extrair toda a dramaticidade de uma rainha que se vê inferior e que não sabe governar.

duasrainhas04 9c996

Aliás, importante mencionar alguns aspectos do filme: maquiagem e figurino (esses dois primeiros foram inclusive os pontos que colocaram a obra na corrida do Oscar 2019). Sério, Robbie está simplesmente irreconhecível, enquanto Ronan esbanja presença por sua personagem impecável. Além disso, fotografia e trilha sonora também se destacam, num conjunto magnífico!

Se você busca um filme completo pra ver na telona e quer fugir do tradicional, “Duas Rainhas” é a pedida perfeita. Ideal para aprender mais sobre o mundo, apreciar bons dramas e admirar a força de uma mulher que marcou a história!

Duas Rainhas (2018) | Novo trailer legendado e sinopse

Maria (Saoirse Ronan), ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francisco II, e é levada para a França. No entanto, Francisco morre prematuramente e Maria é obrigada a retornar para Escócia, na tentativa de derrubar sua prima Isabel I (Margot Robbie), a Rainha da Inglaterra.