Henry Cavill - Café com Filme

Fuga Implacável | Trailer legendado e sinopse

Will Shaw (Henry Cavill) é um executivo de Wall Street que vai passar as férias com a família no litoral da Espanha. Porém, aquele momento de lazer se transforma num verdadeiro inferno quando as pessoas que ele mais ama são sequestradas. Correndo contra o tempo, ele acaba descobrindo que o crime faz parte de uma conspiração do governo americano.

Crítica do filme Missão: Impossível - Efeito Fallout | Legal fera, mas já deu né

Lá nos idos de 1996 chegava aos cinemas o primeiro filme da franquia Missão: Impossível. Agora, 22 anos depois (isso mesmo) e com cinco filmes na conta, o impossivelmente lépido Tom Cruise (sem brincadeira, agora com 56 anos) chega a sexta iteração da saga que parece ter como único objetivo arremessar o ator (literal e figurativamente) de lugares cada vez mais absurdos. 

É impossível deixar de lado a falta de profundidade da trama e a superficialidade dos personagens. Christopher McQuarrie, que também comandou o quinto filme da série, aposta no seguro e não se arrisca em momento algum. A história funciona como um epílogo para Nação Secreta e não expande em nada a mitologia da franquia.

Dito isso, é impossível negar que Efeito Fallout é um filme incrível. A ação é frenética, são perseguições, saltos, lutas, explosões e uma série de eventos de tirar de fôlego. A direção de McQuarrie é louvável com movimentos de câmera ágeis que não perdem o foco da ação, por sinal, toda a sua equipe merece elogios por elaborar cenas envolventes, técnicas e bem construídas. Entre erros e acertos, Efeito Fallout é mais uma boa adição à franquia.

Contraespionagem

Todos elementos de Efeito Fallout estão presentes na franquia Missão Impossível desde o primeiro título, aquele que estreou 22 anos atrás. A equipe encurralada, briga de egos entre as diferentes siglas governamentais, traições dentro da própria agência, escolhas morais em prol do sucesso da missão... 

Por essas e outras é bem fácil apontar o dedo e dizer que o sexto filme da série não traz absolutamente nada de novo. Além disso, a escolha de trazer de volta o mesmo vilão do filme anterior apenas evidencia essa recorrência dos temas. Sem entrar em detalhes da trama e estragar possíveis reviravoltas (que são evidentes desde o primeiro minuto de filme) não há nenhum elemento novo, tudo que está presente em Efeito Fallout já foi feito nos outros filmes. 

O pior de tudo é que a superficialidade da trama também se aplica aos personagens. Mesmo os rostos recorrentes, que já tiveram arcos bem explorados em edições anteriores, regridem para coadjuvantes sem grande evolução narrativa. Isso não é necessariamente prejudicial ao filme, a história se desenrola de maneira coerente e bem amarrada, o único demérito é a sua incapacidade de explorar outros aspectos da franquia.

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Missão: Impossível – Efeito Tom Cruise  

Tom Cruise é um show à parte. Se no quesito “atuação” ele opera no modo automático, o ator vai além do esperado no quesito entrega. Dispensando o uso de dubles, o rapazote de 56 anos se tornou o primeiro ator a executar um salto de pára-quedas HALO (Queda Livre Militar), além de fraturar seu tornozelo ao saltar de um edifício durante uma das inúmeras cenas de perseguição presentes no filme.

A capacidade física de Tom Cruise contribui muito para filme. Colocar uma câmera na frente do ator enquanto ele pilota um helicóptero em chamas rende uma tomada muito mais interessante do que as obtidas em um estúdio filmando uma carcaça metálica em frente a uma tela verde. Tom Cruise é sem sombra de dúvida o ponto alto do filme, mas ele não é o único destaque.

Henry Cavill e Rebecca Ferguson também merecem elogios. Cavill tem uma presença marcante — mesmo que a trama não lhe ofereça tempo suficiente para crescer. O mesmo vale para Rebecca Ferguson, que já havia mostrado seu potencial em Nação Secreta.

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Tava meio ... Tava... Agora parece que...

Efeito Fallout mostra que a longeva e multimilionária franquia de filme de ação não perdeu o fôlego. É verdade que a história é jogada para o fundo enquanto a ação se desenrola freneticamente em primeiro plano, mas de maneira alguma podemos sugerir que o novo Missão: Impossível é um filme ruim. 

Bem executado em vários aspectos, o filme entrega exatamente o que um fã da série espera, Tom Cruise pulando das mais diversas plataformas e de alturas cada vez maiores. Brincadeiras à parte, é notável o empenho da equipe responsável pelas cenas de perseguição, bem como as coreografias de luta.

Até quando o Tom Cruise conseguirá saltar da estratosfera?

Christopher McQuarrie entendeu o funcionamento da franquia, mas já está na hora de mudar um pouco esse formato. Filmes de ação pura são sempre bem vindos, mas já tivemos exemplos de que Missão: Impossível pode entregar muito mais do que uma mera compilação de acrobacias e explosões.

Stardust - O Mistério da Estrela | Trailer legendado e sinopse

O jovem Tristan (Charlie Cox) tenta conquistar o amor da bela e fria Victoria (Sienna Miller) indo em busca de uma estrela cadente. A jornada o leva a uma terra esquecida e misteriosa, além dos muros da cidade. Porém Tristan não é o único atrás da estrela cadente. Os quatro filhos do rei de Stormhold (Peter O'Toole) e os espíritos de seus três filhos já falecidos também estão atrás dela, assim como a feiticeira Lamia (Michelle Pfeiffer), que deseja usá-la para recuperar a juventude. Para enfrentar todos estes concorrentes Tristan precisará ganhar o amor da estrela, que se transformou em uma garota chamada Yvaine (Claire Danes).

Crítica do filme Liga da Justiça | Uma busca pela esperança perdida

A tão aguardada reunião dos Superamigos finalmente aconteceu. Após o controverso “Batman vs Superman” e o filme solo da “Mulher Maravilha”, que conseguiu dar uma direção mais agradável aos filmes da DC/Warner com algumas novidades como cor e humor, em "Liga da Justiça" chegamos a um meio termo prazeroso entre ambos.

Se em “Batman vs Superman” temos a queda dos heróis idolatrados como deuses e em “Mulher Maravilha” vemos uma deusa conhecendo o mundo dos homens, “Liga da Justiça” é sobre a elevação desses seres superiores a um patamar de deuses em um panteão, uma visão contemporânea sobre figuras que representam arquétipos mitológicos.

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Após a morte de Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) está afundado em culpa e percebe que sozinho não será capaz de conter a ameaça que está por vir, iniciando uma busca por outros heróis para formar uma equipe que será responsável pela defesa da Terra para vencer o Lobo da Estepe (feito com captura de movimentos por Ciarán Hinds), um guerreiro com um machado gigante e segundo em comando do exército de Darkseid. Sua missão é recuperar as três Caixas Maternas escondidas na Terra. Ao lado da Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Batman recruta Victor Stone (Ray Fisher), o Ciborgue, o velocista Flash (Ezra Miller), e Aquaman (Jason Momoa), o Rei de Atlântida.

Como em qualquer filme de equipe de heróis, a primeira parte é focada em introduzir os personagens, cada um com suas peculiaridades. A impressão é que estamos vendo pedaços de filmes diferentes que mais tarde serão um só. A cidade de Gotham, carregada com a visão de Zack Snyder (o que é bem positivo, acredite), um Aquaman relutante em aceitar suas origens, escondido em um vilarejo de pescadores em busca de autoconhecimento, enquanto o Flash, único nome realmente legal mas que nunca é mencionado, tem algumas cenas curtas e quase dramáticas com seu pai, que está preso após alegadamente ter assassinado a esposa.

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Ciborgue, que também tem uma origem trágica e uma relutância em aceitar sua nova condição, é um dos pontos principais para a trama funcionar. Ele foi “criado” por uma das Caixas Maternas que o Lobo da Estepe procura, e essa relação é decisiva para os heróis conseguirem impedir o mundo de ser transformado em um inferno. Admito que eu estava insatisfeito com a escolha do Ciborgue para integrar a Liga, mas após assistir tudo ficou melhor. Ray Fisher fez um ótimo trabalho em esconder as emoções, visto que ele agora é 90% máquina, mas ainda consegue ter muita expressão e desempenha bem o papel.

É quase redundante falar sobre Diana, Princesa das Amazonas de Themyscira e rainha dos nossos corações, após seu filme solo Mulher Maravilha deixa a relutância e aceita finalmente ser um símbolo da esperança, assim como Superman foi um dia, e acaba servindo como mãe do grupo, o que infelizmente não é o papel mais apropriado para a deusa.
De qualquer forma, pausa para enaltecer essa divindade:

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Visualmente, o filme busca um distanciamento da realidade, finalmente é possível distinguir  outras cores além de preto e cinza, durante o desenrolar da história é possível perceber um aspecto cada vez mais fantástico durante as cenas. No entanto, acaba pesando muito no uso de recursos digitais, o que gera um estranhamento ao invés de um deslumbramento.

Outra novidade é o uso de piadas, algo estritamente proibido nos filmes DC até pouco tempo atrás, o que já pode ser notado em um dos 700 trailers lançados pela Warner. Para um personagem como Flash, que é o um piadista nato, fazer algumas palhaçadas faz todo sentido, mas quando Batman tenta ser engraçado é só um pouco constrangedor, sempre parecendo fora do lugar, o que talvez não seja um problema para a maioria dos fãs, mas pessoalmente acho que essa foi a pior representação do Batman até agora.

Lobo da Estepe, anunciado como uma grande ameaça, chega de repente e é derrotado da mesma forma, sempre em segundo plano e sem muita substância ou motivação. Outro ponto em que o filme peca é a conveniência de todas as situações apresentadas, cada desafio mostrado é facilmente superado de forma trivial, desde convencer um garoto Ciborgue a arriscar a vida enquanto descobre o que ele é, até reviver o maior herói do mundo.

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E se você realmente achou que o Superman não ia voltar e salvar todo mundo, eu admiro e invejo muito sua inocência. Então só para garantir, o próximo parágrafo contém spoilers:
Sem revelar muitos detalhes, seu retorno é uma das partes mais interessantes do filme, mas ele não se torna maligno, como previsto pelos fãs dos quadrinhos em que essa situação é baseada. Ao contrário, ele assume exatamente o papel que o Superman deveria cumprir desde o começo. Ele é um campeão da justiça, se preocupa mais com os civis que estão em perigo do que com o invasor alienígena que tem um machado gigante e está batendo em seus aliados, ele é mais poderoso que toda a Liga e ainda assim auxilia ao invés de acabar com tudo usando seus poderes. Finalmente, ele é a própria esperança que retorna em um mundo prestes a ser exterminado. Se em “Liga da Justiça” eu vi o pior Batman, em compensação eu vi o melhor Superman.

Visando uma possível aceitação maior, “Liga da Justiça” se satisfaz em apenas manter um nível mediano, sem querer ousar em nenhum ponto. A quantia enorme de frases de efeito, diversas piadas e muitas referências a um possível futuro universo DC em toda a sua glória mostram um esforço enorme em agradar os fãs, mas deixa aquela sensação de que “faltou algo”. É repleto de cenas incríveis, mas a história em si é bastante trivial. Em especial, a cena das Amazonas, Atlantes e OUTROS heróis famosos enfrentando o Lobo da Estepe durante a Era dos Heróis dão um ânimo para as futuras produções da DC. A impressão é de que esse filme tenta reparar os erros passados e deixar tudo nivelado para finalmente criar histórias épicas.

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Como manda a tradição, temos duas cenas pós-créditos: a primeira é praticamente um presente para os fãs, a segunda mostra um possível (ainda que preocupante) futuro para além dos filmes solos já programados, mas novamente nada que seja equivalente a grandiosidade desses heróis. As baixas expectativas deixam todos os filmes melhores, não usem drogas e continuem estudando, até a próxima!

Castelo de Areia | Trailer legendado e sinopse

Ambientado no Iraque, em 2003, Sand Castle segue um grupo de soldados americanos nos dias iniciais da segunda Guerra do Golfo. O inexperiente soldado Matt Ocre (Nicholas Hoult), testemunha dos horrores, é convocado com outros soldados para consertar uma estação de água danificada pelas bombas americanas na periferia de Baqubah.

Mas, como Ocre descobre, em uma atmosfera cercada de raiva e ressentimento, conquistar os corações dos nativos é uma tarefa perigosa. É aqui, nas ruas, praças e escolas, que ele descobre o verdadeiro custo da guerra.