A história se passa quando uma jovem americana é enviada a Roma para começar uma vida de serviço à Igreja e se depara com uma escuridão que a faz questionar sua própria fé. Ela acaba desvendando uma aterrorizante conspiração que deseja provocar o nascimento do mal encarnado.
Acompanhe esta jornada pela Hollywood da década de 1930 através dos olhos do roteirista alcoólatra e crítico social Herman J. Mankiewicz (Gary Oldman) enquanto ele corre contra o tempo para terminar o roteiro de Cidadão Kane para Orson Wells (Tom Burke).
Quando um grupo formado pelos piores tiranos e criminosos mais cruéis de todos os tempos planeja uma ameaça capaz de matar milhões de inocentes, um homem é obrigado a correr contra o tempo na tentativa de salvar o futuro da humanidade.
Pode ser difícil de acreditar, mas Godzilla II: Rei dos Monstros é sobre monstros gigantes lutando contra o icônico kaiju nipônico. Digo isso para não decepcionar os desavisados que buscam nesse filme um thriller político ou quem sabe um drama familiar; algo que, por mais insólito que pareça, já foi abordado em edições anteriores da franquia Godzilla.
Desta vez o foco é outro e é bem claro: pancadaria colossal. Seguindo os ganchos das produções anteriores do MonsterVerse (o universo expandido de monstros gigantes), mais precisamente Godzilla (2014) e Kong: Ilha da Caveira (2017), o filme não perde tempo com o fator humano da história e mira exclusivamente nos gigantes que quebram o pau e algumas cidades do início ao fim.
Michael Dougherty parece entender um pouco melhor a dinâmica de Godzilla, apesar de carecer do refinamento técnico para fazer tudo funcionar. Os protagonistas de Godzilla II: Rei dos Monstros são os Titãs (como são chamadas às criaturas gigantes) e justamente por isso o filme se sustenta mesmo sem uma história sólida. Apesar das várias limitações, o filme entrega exatamente o que os fãs querem, monstros gigantes caindo na porrada.
Rei morto, rei posto
A parada começa quente conforme retornamos para São Francisco de 2014 quando o lagartão radioativo emergiu dos abissais oceânicos para “salvar” a humanidade de dois Muto (Massive Unidentified Terrestrial Organism). No meio do caos deixado pelo embate entre Godzilla e as criaturas, está à família da paleobióloga Emma Russell e do antrozoólogo Mark Russell, e sua filha Madison, conforme descobrem que seu outro filho morreu no meio da destruição.
Anos se passam e descobrimos que Emma trabalha para a organização da cripto-zoólogica Monarch, a mesma dos filmes anteriores, que rastreia e estuda os Titãs. Ela e sua filha estão acompanhando o despertar de uma larva gigante apelidada de Mothra e graças a um dispositivo criado por Emma — capaz de emitir freqüências bioacusticas — ela consegue acalmar a criatura. Mas antes mesmo de a equipe de cientistas poder comemorar o sucesso do aparelho, uma organização de eco-terroristas — liderados por Alan Jonah — invade a instalação seqüestrando Emma e Madison, além de levar a “Orca”, nome dado ao aparelho que controla os Titãs.
Em uma corrida para descobrir os planos de Jonah, os veteranos da Monarch, o Dr. Ishiro Serizawa e Vivienne Graham, vão atrás Mark para rastrear sua ex-mulher e filha, além de encontrar a Orca. Em tempo o grupo descobre que o eco-terrorista planeja libertar o maior Titã já encontrado, o Monstro Zero, também conhecido como Ghidorah.
A trama, que até guarda alguns elementos interessantes, é extremamente mal explorada e na verdade não tem propósito algum. O drama familiar é raso e o meta-enredo do MonsterVerse tem mais destaque em pequenos recortes ao longo dos créditos finais do que durante todo o filme, entretanto, tudo isso não faz diferença alguma.
Mesmo com um roteiro fraco o filme se apóia em quatro pilares muito sólidos, Godzilla, Ghidorah, Mothra e Rodan. As quatro criaturas dominam o filme e cada urro colossal vale mais do que mil linhas de diálogo expositivo que tentam explicar o funcionamento zoológico dos monstros.
Digo isso sem qualquer demérito ao elenco, que traz alguns ótimos nomes como Vera Farmiga, Ken Watanabe e Millie Bobby Brown, além da participação de Charles Dance. Salvo por alguns raros momentos, com destaque especial para Farmiga e Watanabe, os atores não tem espaço (ou material) para trabalharem seus personagens.
O mesmo pode ser dito dos quesitos técnicos, apesar de contar com efeitos especiais exuberantes, e combates sensacionais, o estilo de Michael Dougherty nunca explora todo o potencial das criaturas. Com uma fotografia muito escura, e uma câmera muita agitada, os gigantes não tem toda a sua glória representada na tela.
Daikaiju
Godzilla II: Rei dos Monstros acerta ao apostar nos monstros em vez de dar muito espaço aos elementos humanos da história. Entretanto, falta muita substância para o filme e para a franquia como um todo. Kong: Ilha da Caveira parece ter acertado mais, no entanto com o universo de criaturas crescendo a cada filme será necessário encontrar um equilíbrio maior entre a pancadaria titânica e a história por trás de tudo isso.
Godzilla II é um divertido aquecimento para o tão aguardado embate entre o lagarto radioativo e o gorila colossal
Por melhor que seja ver Godzilla disparar rajadas de energia contra um dragão de três cabeças seria ainda mais interessante se o restante das duas horas de filme tivessem algum conteúdo. Como a próxima iteração do MonsterVerse já está agendada para 2020, com o aguardado duelo entro Godzilla e King Kong, resta saber se a série está guardando o melhor para o final.
A agência criptozoológica, Monarch, segue sua luta de proteção da humanidade conforme monstros de proporções divinas travam uma batalha épica destruindo tudo ao seu redor. Godzilla reemerge das profundezas do pacífico para lutar contra contra a mariposa gigante Mothra, o pterossauro Rodan, e seu maior rival, o dragão de três cabeças Rei Ghidorah. Quando esses deres ancestrais, antes consideradas apenas mitos, se erguem novamente, a própria existência da humanidade fica ameaçada.