Charles Dance - Café com Filme

Império Proibido 2 | Trailer oficial e sinopse

No século 18, o czar Pedro I, o Grande, ordena que o cartógrafo Jonathan Green mapeie os limites do extremo oriente russo até a China. Em sua jornada ele encontrará grandes aventuras, criaturas fantásticas, mestres lutadores, princesas e até mesmo o Rei dos Dragões.

Império Proibido | Trailer oficial e sinopse

No início do século 18, o cartógrafo Jonathan Green empreende uma viagem científica da Europa para o Oriente. Passando pela Transilvânia e cruzando as montanhas dos Cárpatos, ele se encontra em uma pequena vila perdida na floresta. Somente o acaso e o nevoeiro pesado poderia levá-lo a este lugar amaldiçoado. As pessoas que vivem aqui não se parecem com qualquer outro povo que o viajante viu antes.

Crítica do filme Como Eu Era Antes de Você | Muitas cores, mas poucas surpresas

Só o trailer já é suficiente para perceber que, acima de tudo, “Como Eu Era Antes de Você” é um filme sobre o amor. Mas não é apenas isso. O longa-metragem inspirado no best seller da britânica Jojo Moyes é sobre conformismo e zona de conforto e o que é preciso para nos tirar dela.

Dirigido por Thea Sharrock e roteirizado pela própria autora do livro, em parceria com Scott Neustadter e Michael H. Weber, o longa era um dos títulos mais esperados para 2016 e estreou liderando bilheterias nos cinemas brasileiros. Tanto alvoroço é motivado, claro, por um romance daqueles de fazer o coração acelerar e encher os olhos de lágrimas. 

“Como Eu Era Antes de Você” nos transporta a uma pacata cidadezinha do Reino Unido, onde vive a jovem Louisa “Lou” Clark (Emilia Clarke – sim, ela mesma, a Nascida na Tormenta, a Não Queimada, a Mãe dos Dragões, a Quebradora de Correntes Daenerys Targaryen, de Game of Thrones). Lou tem 26 anos e não sabe muito bem o que vai ser de sua vida, o que na verdade parece não importar muito. O que ela sabe é que precisa trabalhar para ajudar no sustento da família, já que o pai está desempregado. 

Por conta disso, quando perde o emprego em uma simpática e tradicional cafeteria onde trabalhou por seis anos, ela aceita uma vaga para trabalhar no castelo da riquíssima família Traynor. Ali, deve atuar como cuidadora de Will Traynor (Sam Clafin), o herdeiro que perdeu os movimentos do corpo todo após um acidente de trânsito.

Mais do que a mobilidade nos membros e no tronco, o incidente tira todo o prazer de viver de Will, que até então era um jovem aventureiro e desbravador, que amava a vida e aproveitava tudo o que ela tinha a oferecer. 

Roteiro previsível, mas não tão óbvio

O medo de spoilers não é exatamente uma preocupação dos espectadores de “Como Eu Era Antes de Você”, uma vez que grande parte do público busca este filme já tendo lido o livro ou ao menos conhecendo o plot. 

Mesmo quem não leu, o que é o meu caso, já consegue pescar bem rápido do que a história vai tratar e, logo de cara, perceber pontos como quais vão ser os grandes desafios dos dois protagonistas. 

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A estrutura é bastante básica e um acerto em cheio da autora: uma garota cheia de vida e um jovem que está paralisado e perdeu o desejo de viver se conhecem e se apaixonam. Simples, mas um tiro certo. É difícil não se emocionar com a história de Louise e Will.

No entanto, apesar do sofrimento e de ser bastante previsível, a maneira como o longa é conduzido ainda reserva espaço para algumas surpresas no andamento da trama, que tornam a narrativa bem interessante e, no fim das contas, não tão óbvia assim.

Mais riso do que choro

Embora se proponha na fronteira entre drama e romance, “Como Eu Era Antes de Você” desperta bastante o riso do público. Particularmente, fui ao cinema esperando sair de lá com a cara inchada de tanto chorar, mas não achei o longa tão emocionante assim e, mais do que isso, achei que as cenas alegres e divertidas equilibram bastante as tristes.

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E o crédito desse lado engraçado é em boa parte do roteiro, que traz diálogos bem-humorados, algumas piadas quase politicamente incorretas e até mesmo uma pitada de ironia. Mérito também dos protagonistas, que são personagens interessantes e divertidos, cada um com a sua forma de humor: a doçura de Lou e o sarcasmo de Will, ela sempre colorida e com suas roupas no mínimo exóticas, ele com sua amargura e impaciência. Nesse ponto, merece menção também o elenco competente, falaremos dele em seguida.

A distinção que o orçamento permite

Bem, antes de tudo é preciso lembrar que estamos tratando aqui da adaptação de um best seller. Dito isso, fica bastante claro que o orçamento para produção o longa não deve ter sido baixo, certo? E não foi. Com o investimento de 20 milhões de dólares, o mínimo que a gente espera de um longa-metragem é um elenco recheado de gente boa, uma fotografia impecável, figurino digno e trilha sonora original. E o filme britânico de fato entrega tudo isso. 

A começar pelo casting, que arrasou na escolha de Emilia Clarke e Sam Clafin. Ambos estão super bem nos papeis centrais, especialmente a moça. Quem está acostumado a vê-la na pele da inexpressiva Rainha dos Dragões até se surpreende com a profundidade dos movimentos, das falas, da agitação e da linguagem corporal de Louise. 

“Como Eu Era Antes de Você” também nos brinda com alguns nomes celebrados como o também Game of Thrones Charles Dance, Brendan Coyle (o Mr. Bates de Downton Abbey), Jenna Coleman (Dr. Who), Janet McTeer (Damages e a franquia Divergente) e Matthew Lewis (o queridíssimo Neville Longbottom de Harry Potter).

De encher os olhos

Além do elenco, destaque para a fotografia maravilhosa do filme. As cores não estão somente no figurino da protagonista – que merecia uma crítica inteira só pra ele, de tão alegre, vivo, colorido e sensacional –, mas nos detalhes dos ambientes e nos cenários pensados em cada detalhe. 

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E que cenários, hein? A locação escolhida para o filme é linda e charmosa, os espaços naturais são todos paradisíacos, a representação dos ambientes internos também é fiel e muito bonita Mesmo os espaços que não são milionários, como o quarto de Louise, é retratado de uma forma aconchegante e nos faz sentir à vontade, como se fizéssemos parte da cena. 

A trilha sonora assinada por Craig Armstrong nos leva pelos diferentes momentos da trama com bastante competência, com algumas composições originais e muito som comercial, incluindo músicas de Ed Sheeran e Imagine Dragons, por exemplo, mas sempre muito propícias a cada uma das emoções que o filme quer despertar no público.

Boas reflexões, mas dentro do lugar comum

Como blockbuster, “Como Eu Era Antes de Você” não deixa nada a desejar. É um belo conjunto de questões técnicas e elenco, boa produção e boa direção. Embora a história fuja pouco do lugar comum, ela consegue despertar a reflexão: até que ponto vivemos nossa vida no modo automático, resolvendo questões práticas do dia a dia e esquecendo de, de fato, viver cada momento.

Como eu disse lá no comecinho, é claro que esta é uma história de amor, mas não apenas aquele amor que só quer que os mocinhos fiquem juntos no final. O filme nos mostra como é possível amor com desapego e sem egoísmo e como o amor pode nos tirar da nossa zona de conforto e nos mostrar novos horizontes e nossas possibilidades. 

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Certo, é fácil fazer isso com todo o dinheiro dos Traynor disponível na conta, então vamos problematizar um pouquinho essa parte também? Apesar de ser um filme sobre justamente fugir da zona de conforto, “Como Eu Era Antes de Você” permanece naquele círculo convencional dos romances de Hollywood. 

Todo mundo dentro dos padrões de beleza consolidados, nenhum personagem negro ou de qualquer outra minoria e nota bem baixa no Teste de Bechdel (lembra dele?), ou seja, embora a protagonista seja mulher, todos os seus diálogos envolvem um homem, mesmo aqueles em quem há apenas mulheres. Pelo menos a questão da construção pessoal da personagem também é focada, o que dá um bom crédito neste sentido.

Resumindo, se você está atrás de uma história que fuja dos padrões, este não é o seu filme. Mas também tem grandes méritos, é um filme bonito e emocionante, bem feito e divertido. É uma boa experiência especialmente para os românticos de carteirinha. 

Warner divulga fotos de Emilia Clarke em “Como Eu Era Antes De Você”

O longa Como Eu Era Antes de Você, baseado no best-seller de Jojo Moyes, estreia no Brasil em 16 de junho e o público já pode conferir fotos da atriz Emilia Clarke (Game of Thrones) interpretando a sonhadora Louisa.

Além de Emilia Clarke, Como Eu Era Antes de Você também apresenta Sam Claflin (dos filmes “Jogos Vorazes”) em seu elenco, ambos sob a direção de Thea Sharrock, que estreia como diretora.

Recentemente, os atores falaram sobre o filme e adiantaram alguns aspectos sobre o filme. "É uma história sobre amor, amizade e família. São dois jovens que enfrentam situações bem diferentes, mas que terminam se aproximando", contou Emilia ao Warner Chanel.

Sam Clafin também participou da mesma entrevista, na qual falou sobre seu persongaem: "Will perdeu a vontade de viver. E acho que interpretar isto foi mais difícil do que não poder mover o resto do meu corpo. É um jovem que sente ter perdido tudo e que a vida já não tem mais sentido. Pelo menos é o que pensava, até conhecer Louisa", afirmou o ator.

 No filme, Louisa “Lou” Clark (Clarke) vive em uma pitoresca cidade de campo inglesa. Sem direção certa em sua vida, a criativa e peculiar garota de 26 anos vai de um emprego a outro para tentar ajudar sua família com as despesas. Seu jeito alegre, no entanto, é colocado à prova quando enfrenta o novo desafio de sua carreira.

Ao aceitar um trabalho no "castelo" da cidade, ela se torna cuidadora e acompanhante de Will Traynor (Claflin), um banqueiro jovem e rico que se tornou cadeirante após um acidente ocorrido dois anos antes, mudando seu mundo dramaticamente em um piscar de olhos.

Não mais uma alma aventureira, mas o agora cínico Will, está prestes a desistir. Isso até Lou ficar determinada a mostrar a ele que a vida vale ser vivida. Embarcando juntos em uma série de aventuras, Lou e Will irão obter mais do que esperavam e encontrarão suas vidas — e corações — mudando de um jeito que não poderiam ter imaginado.

O filme também é estrelado pela indicada ao Oscar Janet McTeer (“Albert Nobbs”, “Livre Para Amar”), Charles Dance (“O Jogo da Imitação”), Brendan Coyle (“Downton Abbey”), Stephen Peacocke (“Hercules”), Matthew Lewis (filmes “Harry Potter”), Jenna Coleman (“Dr. Who”), Samantha Spiro (“Do Inferno”), Vanessa Kirby (“Questão de Tempo”).

Sharrock dirige um roteiro de Jojo Moyes, baseado em seu livro. O filme está sendo produzido por Karen Rosenfelt (filmes “Saga Crepúsculo”, “Max”) e Alison Owen (“Walt nos Bastidores de Mary Poppins”, “As Sufragistas”).  Sue Baden-Powell (“Elysium”, inédito “Orgulho e Preconceito e Zumbis”) é produtora executiva.

O time criativo por trás das câmeras inclui o diretor de fotografia indicado ao Oscar Remi Adefarasin (“Elizabeth”), o designer de produção Andrew McAlpine (“Educação”), o editor John Wilson (“Downton Abbey”) e a figurinista Jill Taylor (“Sete Dias com Marilyn”). A trilha sonora é do compositor Craig Armstrong (“O Grande Gatsby”).

Crítica do filme Orgulho, Preconceito e Zumbis | Precisa dizer muito?

Cada vez que o cinema internacional lança uma adaptação de uma história clássica inventando moda, eu fico imaginando e admirando a audácia e a criatividade do sujeito que leu uma obra prima da literatura mundial e pensou: “hmmm, que história boa, imagina se tivesse zumbis? Ou vampiros?”

Foi assim que eu me senti quando saiu Abraham Lincoln – Caçador de Vampiros e a história se repetiu agora com Orgulho, Preconceito e Zumbis, que incorpora simpáticos comedores de cérebros à obra Orgulho e Preconceito, de Jane Austin.

O enredo original é focado nos conflitos de classe gerados quando o ricaço Mr. Bingley (Douglas Booth) chega à cidadezinha onde vive a família Bennet, que é de uma classe social inferior. O recém-chegado se apaixona por uma das filhas dos Bennet, Jane (Bella Heathcote), envolvendo na treta a família inteira – as irmãs Elizabeth, Lydia, Mary e Kitty.

Elizabeth (Lily James, a fofíssima Lady Rose, de Downton Abbey) é a protagonista, a mais desbocada das irmãs e a que não engole preconceito de classe, ainda mais quando ele vem de um dos amigos do Mr. Bingley, o orgulhoso Mr. Darcy (Sam Riley) – que, claro, é seu parzinho romântico da história.

Orgulho, Preconceito e Zumbis

O que muda para essa adaptação escrita e dirigida por Burr Steers? Quase nada, já que a parte romântica e dramática do roteiro é bem fiel ao original. Bem, tem o fato de que tudo isso acontece enquanto o mundo está sendo tomado por zumbis, claro. É até um pouco admirável que o cara tenha conseguido incorporar os ~walkers~ na história sem mexer quase nada na base do livro que a Jane Austen penou tanto pra escrever. Nesse ponto, ele bem que merece respeito!

No filme, as jovens filhas da família Bennet não se encaixam nos padrões mocinha comportada preparada pra casar, embora seja isso que a mãe das meninas espera delas. Ao contrário, são treinadas na China para combater os zumbis e sabem se defender muito bem sozinhas.

A história começa a se encaminhar quando entra em cena o amistoso oficial George Wickham (Jack Huston), que vai se mostrando não ser exatamente quem Elizabeth pensa que ele é.

Zumbis espertalhões

É óbvio que Orgulho, Preconceito e Zumbis não foi feito pra ser aclamado pela crítica pelo primor nos quesitos mais técnicos. É um filme escuro na maior parte do tempo, mas não de um jeito misterioso, está mais pra bizarro. A trilha sonora é bem clichê e pouco surpreendente, assim como o figurino e a fotografia não são dos melhores.

Zumbis na obra de Jane Austen

E tem os zumbis, que até que são razoavelmente bem feitinhos – porém medíocres, se você compara com os da série The Walking Dead, por exemplo. Levando em conta que são duas produções com orçamentos e objetivos completamente diferentes, podemos dar um desconto, né!

O que me chamou a atenção, mais do que a caracterização, é que os zumbis falam e são conscientes. Salvo o fato de que eles perdem um pouco a noção quando se trata de cérebros, no restante do tempo são civilizados e fazem até piadinha.

Para quem gosta de histórias de zumbis e é fã das criaturas na sua forma mais lenta e menos esperta, isso pode incomodar um pouco. Eu acho que zumbis são divertidos sempre, então não me perturbou que eles falassem, pensassem e até fizessem emboscadas com suas presas.

Que salada!

Orgulho, Preconceito e Zumbis não é um título que você vai ver esperando um grande filme. Acho que isso ajudou pra que eu não saísse do cinema achando que perdi um tempo que podia ter usado revendo Zumbilândia em casa – embora essa seja sempre uma boa pedida.

Por uns 15 segundos, achei que Orgulho, Preconceito e Zumbis até ia conseguir me surpreender de verdade com o desenrolar da história, mas não foi o caso. No entanto, apesar de ser uma salada e atirar pra todos os lados, o longa consegue ser divertido e razoavelmente bem construído.

Jane e Elizabeth Bennet

 Vejam, é uma produção que traz moças bonitas vestidas de um jeito tão sexy quanto um figurino de uma história que se passa no século 18 permite (ou seja, decotes, basicamente), empunhando espadas e machados e cortando os pescoços dos zumbis. Como a história é legal (obrigada, Jane Austen), a fórmula acaba sendo até que bem acertada.

E, claro, tem a personagem mais largada de paraquedas da história, a Cersei Lady Catherine de Bourgh (Lena Headey), que honestamente faz pouquíssima diferença para o longa, mas está ali pra parecer bad ass.

Cersei de tapa-olho

Qual, afinal, o propósito daquele tapa-olho, que não para parecer bad ass?

Assim, se você é exigente e procura um roteiro amarrado e se importa com qualidade técnica, nem inventa de ver esse filme, jovem, que ele não é pra você. Mas, se você curte produções mais escrachadas e seu objetivo é ver algo pra não pensar muito e, de quebra, curtir uns sotaques britânicos delicinhas, vai fundo que quem sabe você consiga curtir!