Covil de Ladrões (2018) | Trailer legendado e sinopse
Um policial corrupto, envolto em metiras, planeja um audacioso roubo a banco enquanto tenta despistar seus colegas do departamento de polícia do condado de Los Angeles.
Um policial corrupto, envolto em metiras, planeja um audacioso roubo a banco enquanto tenta despistar seus colegas do departamento de polícia do condado de Los Angeles.
Um implacavél headhunter corporativo de Chicago está em plena guerra para conseguir assumir o controle das contratações de equipe da empresa. Em meio a rivalidade no trabalho, uma tragédia familiar faz com que sua vida pessoal e profissional entrem em conflito.
Quando a rede de satélites destinada a controlar o clima global apresenta uma pane, a Terra sofre consequências graves com uma tempestade insana. A chuva forte, no entanto, é apenas o começo de uma série de desastres naturais que vão castigar toda a população global. Agora, o mundo está numa corrida contra o tempo para descobrir a real ameaça e uma forma de tentar contê-la antes que seja tarde demais.
Todos os dias, inocentes em várias regiões do mundo sofrem – e muitas vezes pagam com suas vidas – nas mãos de extremistas que praticam o terrorismo. As motivações são as mais absurdas possíveis, as consequências de ações brutais são irreparáveis.
Neste mesmo cenário, do outro lado da história, temos a presença dos governantes e militares que, geralmente, de forma cruel tentam pagar na mesma moeda e evitar que os atos inconsequentes dos terroristas acabem com ainda mais vidas.
Casos como a história do filme “Decisão de Risco” já são bem comuns, quando vemos os bonzinhos encurralados por armadilhas cruéis. Neste longa-metragem, acompanhamos a história da Coronel Powell (Helen Mirren, de “A 100 passos de um Sonho”), que se vê em um beco em saída.
Após anos perseguindo alguns dos terroristas mais perigosos, ela finalmente tem a oportunidade de capturá-los. Acontece que a história muda completamente quando ela percebe que os criminosos podem estar se preparando para um atentado. A cada segundo, a situação fica mais tensa, o que piora quando a vida de uma garotinha está em jogo.
Em tempos que filmes com Gerard Butler dominam as telonas com corridas desenfreadas, tiroteios insanos e tramas mirabolantes, a chegada de um longa-metragem como “Decisão de Risco” acaba, com o perdão do trocadilho, caindo como uma bomba na cara do espectador.
A perspectiva aqui não é a do herói salvador da pátria, que enfrenta uma multidão e sai ileso do combate, mas da guerra à distância, se aproveitando de inúmeras tecnologias recentes para conferir os movimentos do inimigo sem precisar colocar soldados em risco.
O nome original do filme (“Eyes in the Sky” ou “Olhos no Céu”), inclusive, denota essa questão diferenciada na abordagem. Usando um veículo pilotado remotamente (que sobrevoa a região de uma altura considerável) com câmeras da mais alta qualidade, o exército americano consegue monitorar as atividades dos terroristas e, claro, ainda possui armas para tomar providências em casos de ameaças.
Só que a guerra não é protagonizada apenas a distância. O cenário principal desta história é uma pequena cidade na África, onde vemos outra perspectiva da guerra ao terror. O local habitado por um povo que passa por muitas necessidades e oprimido por milícias é o palco para mostrar como o povo se sente em meio a tal conflito. São duas formas diferentes e válidas de abordar o tema.
O filme ainda ressalta a questão dos soldados em campo que dedicam suas vidas para um serviço arriscado. Aqui temos apenas personagens (como Jama Farah, interpretado por Barkhad Abdi), mas na vida real teríamos pessoas de verdade, que, apesar de apresentarem valor imensurável no cumprimento da missão, são apenas peças num jogo de tabuleiro para grandes nações.
Apesar de o roteiro andar sob o comando de Helen Mirren, o filme é bem cadenciado, alternando cada pauta entre vários personagens. Ainda entre os chefes do exército norte-americano, temos a presença do General Frank Benson (o saudoso Alan Rickman em uma de suas últimas performances).
Rickman é peça-chave no desenrolar da história e mostra que nem tudo está nas mãos do exército. Na verdade, “Decisão de Risco” vem para mostrar que, muitas vezes, a resolução das guerras está nas mãos de políticos, que apenas dão a autorização para executar as missões. O resultado é um joguinho de vai e vem com opiniões de pessoas que não fazem ideia do que se passa em campo.
Há sim aqui alguns especialistas que se importam com a questão dos direitos humanos, dos danos às nações mais fracas, das questões de não deixar transparecer a fraqueza frente ao terror, mas o filme esclarece que nem tudo é tão simples quanto parece e ressalta que a politicagem apenas brinca com a vida de inocentes.
“Decisão de Risco” é um filme tenso em vários momentos, com uma trilha sonora competente, elenco de ponta (incluindo Aaron Paul, de “Need for Speed”), direção competente e um roteiro que acaba sendo bem dramático, tanto pela história fictícia quanto pela representação de cenários reais. É uma visão diferente, mas que vale ser conferida para averiguar outras perspectivas desse assunto delicado.
Assassinos... vamos matar todos eles!
"O mundo nunca mais foi o mesmo depois do 11 de setembro". Você já deve ter escutado isso em algum filme de ação/drama hollywoodiano nos últimos tempos. Isso porque a afirmação do terrorismo extrapolou a abordagem dos governos e mídia, entrando também na cultura cinematográfica. Invasão a Londres, continuação do sucesso de 2013, Invasão à Casa Branca, e dirigido pelo iraniano Babak Najafi, é mais um produto desse mercado, que se afirma na apelação sentimental do público para se reverter em bilheteria.
Não é por menos. A paranoia dos atentados do lado ocidental do globo nunca foi tão forte como nos últimos tempos. Os casos mais recentes, como no teatro Bataclan em Paris, ou no aeroporto de Zaventem na Bélgica, parecem justificar esse período para lançamento de um filme sobre a capital da Inglaterra sitiada por guerrilheiros do oriente médio.
Sobre o filme em si, uma história bem fantástica. Após a misteriosa morte do Primeiro-Ministro do Reino Unido, diversos chefes de estado são convidados para seguir até Londres e participar do funeral do político. Porém, isso nada mais é do que um grande e mirabolante plano dos terroristas para reunir os líderes mundiais em um único espaço e matá-los aos olhos da grande imprensa. Para o presidente dos EUA, interpretado por Aaron Eckhart, cabe ao seu fiel amigo e escudeiro, Gerard Butler, no papel de um agente do serviço secreto, planejar toda sua segurança pessoal durante a expedição até a Europa. E é obvio que essa ideia não ia dar nem um pouco certo.
Com boas cenas de ação e Gerard Butler ao melhor estilo "Chuck Norris" de ser - o personagem não sofre um único arranhão ao longo da história toda, e não é por falta de tentativa dos terroristas - Invasão a Londres é uma boa pedida para quem gosta de filmes desse gênero, com muito tiro, porrada, bomba, e frases de impacto dos protagonistas reafirmando suas importâncias e habilidades. Em uma cena tensa entre Eckhart e Butler, o presidente afirma: "Se eles [os terroristas] me pegaram, quero que você me mate, e não deixe eles acabarem comigo para colocar um vídeo no youtube". Essa é uma perfeita explicação da imagem do país que tem orgulho em demasia.
Butler personifica o famoso espírito do herói solitário, um exército inteiro em um homem só, que fará de tudo para proteger o sonho americano. Muitas horas parece que você está assistindo uma partida de Counter Strike, tornando o final um grande “counter terrorist wins”. Há, o filme tem o Morgan Freeman também, como aquele vice-presidente que serve para esclarecer e fundamentar a confusão toda em uma cena ou outra.
Em termos de mensagem, Invasão a Londres é uma grande propaganda da guerra ao terrorismo norte-americana, o que mostra a qualquer um, com um pouco de análise e reflexão, que política e guerras são questões de perspectivas, as quais dependem de qual lado do planeta você mora. Quem tem o direito de soltar a bomba? Fica pendente esse questionamento.
Quando saiu o trailer de "Deuses do Egito", pensei que era provável que esse filme não fosse muito bom. Tenho que dizer que me surpreendi, porque ele conseguiu ser ainda um pouco pior do que eu estava esperando.
Atuações medíocres, personagens fracos e um roteiro que teria que se esforçar um pouco pra ser mais óbvio. Mas calma, a gente já chega nisso. "Deuses do Egito" tem direção de Alex Proyas (que já tinha feito "Presságio", com Nicholas Cage, além de assinar "Eu, Robô") e conta a história de Bek (Brenton Thwaites), um ousado e alegre batedor de carteiras da antiguidade que vive em uma época em que os mortais estão em ~harmonia~ com os deuses.
O rei do Egito é então o deus Osiris, que há um tempo governa a região de maneira pacífica e sensata. Quando ele decide passar o bastão para o filho Horus (Nikolaj Coster-Waldau), acaba impedido pelo próprio irmão, o deus Set (Gerard Butler), o qual decide que agora é a vez dele de brincar de rei.
O roteiro até que não é dos piores, embora não seja nada original. Aquela coisa do irmão rejeitado que se volta contra tudo e contra todos pra mostrar que também pode ser fodão - e aí não se importa em, de quebra, levar o mundo inteiro pro buraco. Afinal, vingança é mais importante, né, mores.
Não faz muito sentido, no entanto, que ele queira fazer isso quando está todo o reino de mortais e toda a legião de deuses e forças poderosas reunida no mesmo lugar para a coroação do novo rei. Se organizasse direitinho essa galera, já sabem, né? Isso mesmo, eles certamente derrotariam o deus Set e aí não teria esse filme. Os responsáveis por essa lambança são os roteiristas Matt Sazama e Burk Sharpless, que já trabalharam juntos em "O Último Caçador de Bruxas" e Drácula: A História Nunca Contada.
Nikolaj Coster Waldau já deve estar se especializando em fazer papéis nos quais perde um pedaço do corpo. Depois do handless Jamie Lannister, da aclamada série da HBO "Game of Thrones", ele agora tem os olhos arrancados no papel de Horus. Essa parte dos olhos, poderia ter sido um diferencial bacana do roteiro, mas que não foi muito bem aproveitada.
Quanto à atuação do Nikolaj, bem, quando você compara as performances de um mesmo profissional em diferentes produções é que consegue perceber a importância da sintonia com os outros nomes do elenco e o olhar do diretor sobre a cena.
Nikolaj não é exatamente um grande nome do cinema dos tempos atuais, tem um monte de gente bem melhor do que ele por aí. Mas em Game of Thrones ele é bem mais mais esforçado e detalhista na atuação. Tudo bem que o personagem não ajuda. Horus é um deus preguiçosão e um tanto quanto filhinho de papai que nunca teve motivos para se esforçar muito, mas que agora tem que enfrentar ninguém menos que o cara mais poderoso do momento – que calha de ser o tio do protagonista, o que aumenta a pressão psicológica, claro.
Inclusive isso é outra coisa que me chamou um pouco a atenção: as idades não muito adequadas. Quando é que o Gerard Butler tem cara de tio do Nikolaj Coster Waldau? Não que eu ache que tenha sido essa a intenção, mas parabéns aí à galera do casting pela família diversa e pouco convencional.
Gerard Butler, por sua vez, é a prova de que um rostinho bonito não é suficiente. A entrada dele no filme é legal, mas depois disso não evolui muito. Os personagens mais interessantes acabam sendo o próprio Bek de Brenton Thwaites, o Thoth, de Chadwick Boseman, e a Elodie Yung como Hathor, a Deusa do Amor.
Já que os atores não se destacam, a aposta de produções como esta normalmente fica no combo diversão + explosão. "Deuses do Egito" até tenta, mas não engrena, nesse ponto. Poucas das piadinhas têm graça de fato e os personagens parecem estar se esforçando demais para serem engraçados. Mas, quando nem o protagonista nem o vilão convencem, fica difícil de sair do lugar.
"Deuses do Egito" é muito mais bem produzido do que dirigido e roteirizado. Se há um ponto positivo que mereça ser destacado no longa, são os efeitos especiais. Os fãs de cenas de ação, disputas no braço e bichos gigantes se enfrentando com cenários bacanas podem até achar esse um filme interessante.
A caracterização dos personagens, figurino e maquiagem são bacanas e a trilha sonora dá conta do recado, embora nada se sobressaia como um grande diferencial. Talvez as criaturas mágicas sejam outro acerto do longa, que traz várias delas em diversas performances imponentes - achei a esfinge especialmente interessante. É uma pena, no entanto, todo o resto seja tão frágil.