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Crítica do filme Depois Daquela Montanha | Tragédia com componentes humanos

Quando seu voo é cancelado por conta de uma tempestade que se aproxima, Alex (Kate Winslet) e Ben (Idris Elba), dois estranhos que se cruzam no aeroporto de Idaho, decidem alugar um avião particular pois precisam chegar o mais rápido possível de volta a Nova Iorque, cada um com seus motivos.

Se os voos comerciais estão cancelados, o motivo não é pouco, e a tempestade é mais assustadora e se move mais rápido do que eles imaginam. Alex e Ben sofrem então um acidente e se encontram no meio do total e completo nada, com quase nada de comida, feridos e sem perspectiva alguma de serem resgatados - uma vez que nenhum dos dois avisou ninguém de que estaria neste voo.

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Dirigido por Hany Abu-Assad (Paradise Now), e com roteiro assinado por J. Mills Goodloe (A Incrível História de Adaline, O Melhor de Mim), a partir do livro de Charles Martin, “Depois Daquela Montanha” é um clássico filme de tragédia com uma pegada bastante humana - e inclusiva, já que seus protagonistas são interraciais.

Show de talentos

Com um grupo de produção e execução extremamente qualificado, com nomes premiados e indicados ao Oscar, “Depois Daquela Montanha” é uma verdadeira reunião de gente talentosa.

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O elenco reduzido permitiu à produtora investir em nomes pesados para os papéis principais e assim temos Idris Elba, um dos grandes do momento, contracenando diretamente com uma das atrizes mais talentosas desde sempre, Kate Winslet.

Apesar do brilhantismo dos envolvidos, “Depois Daquela Montanha” é apenas mais um bom filme com nada de excepcional para apresentar ao público.

Gelado, porém morno

Um casal de lindos perdidos no meio do total e completo nada, no topo de uma cadeia de montanhas com uma camada de sei lá quantos metros de neve entre eles e o chão, com nada além das roupas do corpo e um ou outro recurso restante do avião. É de se esperar que os sobreviventes vão ter que dar uma de McGyver pra continuarem com vida.

No entanto, o que eu sempre peço a Deus é que, se algum dia eu for ter que sobreviver em uma situação de tragédia ou desastre com quase nada em mãos, que seja como aconteceu com a personagem da Kate Winslet nesse filme: que as pessoas que se acidentaram comigo sejam altamente capacitadas. Um cirurgião, por exemplo.

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Apesar de não ter algumas das conveniências irritantes de muitos filmes sobre sobrevivência em condições extremas, ainda restam algumas para contar a história. Mas tudo bem, afinal de contas, se fossem pessoas normais, morreriam na primeira cena.

Os esforços para tornar a história o mais verossímil possível, no entanto, acabam tornando a coisa toda um pouco morna demais.Vejam, não estou falando que seja um filme chato nem cansativo, muito pelo contrário. No entanto, ele é bastante previsível e comedido, com um ritmo equilibrado de calmaria e tensão, mas bem pouco surpreendente.

Blacula, O Vampiro Negro | Trailer oficial e sinopse

Um decorador de interiores compra um caixão do príncipe africano Manuwalde (William Marshall) mordido pelo Conde Drácula (Charles Macaulay) séculos atrás e o traz para Los Angeles, em 1972. Dois colecionadores de antiguidades abrem o caixão e libertam Blácula na cidade. O vampiro encontra Tina (Vonetta McGee), que é a reencarnação de sua esposa Luva, e passa a fazer de tudo para conquistá-la. Um amigo de Tina, Dr.Gordon (Thalmus Rasulala), descobre que Blacula é um vampiro e resolve caçá-lo.

Crítica do filme A Babá | Sanguinera, jump scare e muitas risadas

É só uma produtora mencionar que a Bella Thorne está pensando em fazer um filme que a galera já vai à loucura. E parece que a estrela teen trocou de vez os hits adolescentes pelos suspenses e terrorzinhos, ainda que sempre com essa pegada jovem que tanto conquista especialmente os fãs da geração Z.

Depois de “Amityville: O Despertar” e de “Fica Comigo”, agora é a vez de “A Babá”, mais um original Netflix que estreou em plena sexta-feira 13.

O longa-metragem dirigido por McG (Joseph McGinty Nichol) tem um roteiro mucho loco escrito pelo Brian Duffield (A Série Divergente: Insurgente). Nele, mais uma vez, Bella não é protagonista. Quem conduz a cena toda é Samara Weaving, que interpreta Bee, a babá quase perfeita de Cole (Judah Lewis).

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Acontece que Cole já está bem grandinho pra ter uma babá, e é totalmente zoado por isso e por outras coisas na escola. De um jeito divertido e cheio de um humor nada bem comportado, “A Babá” trata desde bullying e conflitos pré-adolescentes até cultos satânicos.

Quando Cole decide ver o que a babá faz depois que o coloca para dormir, ele descobre algo bem mais perturbador do que ela se pegando no sofá com o namorado. Acontece que Bee aproveita as noites na casa de Cole pra performar rituais satânicos com seus amigos, para fazer seus pactos com o diabo. Quem nunca, não é mesmo?

Uma boa dose de clichês

Terror adolescente costuma ter uma série de elementos altamente questionáveis do ponto de vista politicamente correto, mas que estão sempre ali. O garoto do time de futebol, malhadão e burro como uma pedra, o negão que é o primeiro a morrer, a cheerleader gostosa que faz par com o fratboy, o nerd cheio de espinhas e virgem que não sabe o que fazer quando a gostosa dá em cima dele.

Com direito até a um longuíssimo beijo entre Bella e Samara feito certamente pra deixar a molecada animada na frente do computador, o filme explora tambem esse lado sedutor entre puberdade e descoberda da sensualidade

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Apesar de ter seu núcleo central focado em Cole, todos esses clichês estão ali escancarados no filme, mas com o único propósito de tirar um sarro federal com a galera que usa esses recursos a sério.

De um jeito escrachado e mergulhado em tanto sangue que o diretor parece ter feito estágio com o Tarantino, “A Babá” é um meio termo entre o "Pânico" e o "Todo Mundo em Pânico". Transitando de um jeito divertidíssimo entre a comédia e terror, com até mesmo uns toques de gore, o filme é puro escracho.

O riso é essencial na construção do filme, que se utiliza também de uma boa trilha sonora e de uma construção de imagens que lembra muito o seriado que é a grande moda do momento, Stranger Things.

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O mérito disso é do olhar infantil oferecido pelo protagonista, que, consegue encarar com um assustador bom humor e bastante coragem (lembrando que estamos falando de um menino que morre de medo dos colegas da escola) os psicopatas adoradores satânicos que se infiltram em sua casa à noite. Estamos aí correndo de uma moça demoníaca que está nos perseguindo com uma espingarda, prontinha pra me matar e usar nosso sangue em um ritual, mas faz uma pausa aí que eu quero fazer uma piada. 

Os cenários e os jogos de luz, bem como a cabulosa neblina que cerca a casa do menino (sentido, cadê?), também contribuem pra essa sensação de que você está dando uma passadinha no mundo invertido. Mas, claro, embora tenha essas questões que remetem à série, sua história vai em uma direção completamente diferente, então não espere exatamente uma cópia.

Verossimilhança é algo que tambeém não se pode pedir desse filme, mas vejam, eu não estou dizendo que isso é ruim. A dica é abraçar a galhofa e se divertir ao som dos tiros e facadas! “A Babá” é uma ótima pedida para uma sexta-feira 13 de outubro, ou qualquer outro dia, desde que você esteja disposto a levar a sangueira na esportiva.

A Vila do Medo | Trailer legendado e sinopse

A psiquiatra Sonny Blake um talk show no rádio e volta para sua cidade natal, depois que o pai dela morre. Por lá, o que chama a atenção é o comportamento estranho de um violento garoto, que entrega os jornais na vizinhança. Ele, antes, perseguia o pai de Sonny e agora está de olho nela. Uma guerra de gato e rato começa entre os dois e essa disputa de forças irá redefinir as ideias de Sonny sobre o bem e o mal.

A Babá | Trailer legendado e sinopse

Aquela garota dos seus sonhos pode ser um verdadeiro pesadelo, mas, às vezes, você pode acabar descobrindo isso um pouco tarde. Cole (Judah Lewis) já sabia que a sua babá, Bee (Samara Weaving), era linda e sexy, mas ele não fazia ideia de que ela fazia parte de um culto satânico. Acontece que, por um acaso, ele acabou vendo mais do que deveria e agora a turma desta seita não vai deixar barato.