Michael Fassbender - Café com Filme

Podcafé 032: Liga da DC, Trem da zica e Boneco de Neve nas estreias de Novembro

Mais um mês começando e o Natal está cada vez mais perto. Todavia, antes de podermos conferir Star Wars Episódio 8, as distribuidoras preparam grandes lançamentos para novembro. O mês começa lento com filmes como "Terra Selvagem" e algumas animações (tipo "Big Pai, Big Filho") para os pequeninos, mas já tem um baita terror russo que promete chocar a tchurma. Estamos falando de "A Noiva", que merece uma pitada de atenção.

As próximas estreias incluem títulos menos expressivos, como "Borg vs McEnroe" e "Invisível", mas ainda bastante promissores. E, em meio a tantos filmes bons, podemos dizer em coro que "a espera finalmente acabou". Depois de tantos trailers — que unidos revelam o filme completo da "Liga da Justiça" —, a Warner finalmente leva essa galerinha do barulho para os cinemas de todo o mundo.

No elenco, nomes como Bruce Wayne, Clark Kent (que morreu em Batman vs Superman, mas está em todos os cartazes), Diana que arrasou em seu filme solo e Khal Drogo esbanjo sensualidade nos sete mares. Confira a equipe reunida no novo poster:

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Na sequência, temos outros grandes filmes, que podem fazer a cabeça da galera que curte bons suspenses. Estamos falando de longas como "Boneco de Neve" (com Michael Fassbender que faz ainda melhor neste filmão), "Assassinato no Expresso do Oriente" (uma adaptação da obra de Agatha Christie), "A Vilã" (filme coreano cheio de ação) e o novo "Jogos Mortais - Jigsaw" que ninguém pediu.

É filme que não acaba mais. Então dá o play e ouve bons papos e dicas da nossa equipe!

Próximas estreias

Conta pra gente, quais filmes você vai ver no cinema em novembro de 2017?

De Canção em Canção | Trailer legendado e sinopse

Nesta história de amor moderna, ambientada na cena musical de Austin, Texas, dois casais interligados – os compositores Faye (Rooney Mara) e BV (Ryan Gosling), o magnata da música Cook (Michael Fassbender) e uma garçonete que ele ilude (Natalie Portman) – buscam o sucesso num cenário de rock'n'roll, sedução e traição.

Boneco de Neve | Trailer legendado e sinopse

O detetive Harry Hole (Michael Fassbender) investiga o desaparecimento de uma mulher. No local do sumiço, somente o cachecol rosa foi encontrado envolto num boneco de neve de aparência ameaçadora. O mistério cresce conforme a caçada continua, mas é muito difícil seguir um assassino em meio a tanta neve. O policial deve correr contra o tempo, pois este criminoso só está no aguardo da próxima nevasca.

Crítica do filme Alien: Covenant | O perigo está lá fora!

A busca do ser humano por vida alienígena é incessante, incansável e inerente. Faz anos que tentamos fazer contato com os extraterrestres, muitas das vezes de formas incompetentes.

No cinema, a perseguição começou faz décadas e um dos marcos foi o próprio “Alien, O Oitavo Passageiro”, lá de 1979. Das mentes de Dan O'Bannon e Ronald Shusett, os xenomorfos vieram para dominar a raça humana — na telona e fora dela também.

As criaturas escabrosas ganharam outras adaptações ao longo dos anos e tiveram sua história ampliada. Todavia, demorou muito até resolverem contar um pouco do começo de tudo. Foi só em 2012 que a Fox liberou a produção de “Prometheus”, com a volta de Ridley Scott para mostrar não apenas como surgiram os Aliens, mas também a suposta origem dos humanos.

Com pedaços do roteiro levados pela força de um buraco negro, o filme dividiu opiniões, mas é inegável que a produção aguçou o imaginativo com novas evidências dos monstros espaciais. Agora, numa continuação quase direta, temos a oportunidade de retornar a este universo e entender melhor a lacuna entre o “O Oitavo Passageiro” e “Prometheus”.

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Em “Alien: Covenant”, somos convidados a embarcar na nave Covenant para uma viagem até os confins da galáxia, onde há um planeta suspostamente habitável, perfeito para a raça humana destruir e colonizar. Acontece que a viagem pode levá-los a um mundo escuro e perigoso, com uma ameaça além da imaginação — tá, todo mundo sabe o que tem lá, né?

Isso é tão Prometheus!

A história de “Alien: Covenant” é bastante simples. Estamos numa nave gigantesca, onde há quinze tripulantes, duas mil pessoas para colonização, um computador inteligente (que você já conhece de outros filmes) e, claro, um androide astuto — sim, você já viu esse rostinho em “Prometheus”, mas só para lembrar que existem vários similares, tá?

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A viagem vai bem, todos dormem, o novo planeta está logo ali. Até que dá tudo errado. Aí que a tripulação acorda para resolver os pepinos e pinta uma brilhante ideia. Nessa, de ir na contramão do plano e não ouvir a voz da sabedoria (que vem da senhorita Daniels — lembra da Ripley?), é que o barco corre o risco de afundar.

Sem entrar em detalhes, vale mencionar como a humanidade continua estúpida até num futuro distante. Claramente, temos aqui uma das piores equipes de todos os tempos reunida numa nave para “salvar” a espécie. É um sarro do começo ao fim, de tanta patetada. Então, se prepare, pois as chances de eles conseguirem sair vivos não é das grandes, viu?

Não consegue, né, Moisés?

É absurdo como novos roteiristas — e olha que estamos falando de John Logan, que escreveu “Jornada nas Estrelas: Nemesis”, e Dante Harper — conseguiram repetir as mesmas ideias de “Prometheus”, não no sentido amplo da história, mas nesse ponto de inserir personagens muito burros, que só têm a capacidade de acabar com todas as esperanças.

O clima similar ao do filme antecessor também faz sentido, já que a ideia era justamente dar continuidade à história. No todo, a história vai bem, mas há alguns exageros que dão até um desânimo na plateia. Ainda bem que, noutros casos, tem cenas chocantes que dão o impacto devido e mostram que Alien não é filminho para poupar violência ou sangue.

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Além disso, não posso deixar de comentar que, assim como já aconteceu em outros títulos da franquia, o roteiro de Covenant também prefere focar em cenas de exploração pouco relevantes do que em esmiuçar partes importantes. Nada fica desconexo, mas sabe aquela sensação de que poderia ser melhor? Então... Não é de se admirar se este filme começar a dividir opiniões, pois parece que os caras não aprendem com os erros mesmo...

O universo é escuro e cheio de terrores

Felizmente, os tropeços no script não ofuscam a grandiosidade desta produção. Quer dizer, em partes, a própria fotografia reforçada na penumbra faz este trabalho de obscurecer algumas cenas importantes, o que deixa os espectadores irritados pela falta de clareza nas imagens. São muitas sequências de ação, muitos personagens em tela e aí esse deslize é prejudicial.

Apesar disso, o design de “Alien: Covenant” é surpreendente. Não é de se admirar se ele for indicado em várias premiações — até porque merece todos os prêmios! O visual é coerente com os filmes antigos e a concepção aqui é perfeita, com cenários, naves, personagens e Aliens que surpreendem pela riqueza de detalhes. Efeitos de outro mundo mesmo!

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Agora, falando em bichos, o que são os novos monstrengos deste longa? Nunca antes na história do cinema pudemos ver tantas criaturas sinistras e zangadas numa só vez. Os Aliens ganharam mais força, dinamismo e motivação. Certamente, eles dão o tom perfeito para o terror. Os inimigos da trama são bem diversificados e as surpresas são excelentes.

Da mesma forma, a trilha de Jed Kurzel chega para embalar as cenas num tom bem sombrio. O filme é tenso do começo ao fim, com leves sons de ventania ao fundo, tambores que ecoam pela sala e notas intensas que lembram muito as músicas de Jornada nas Estrelas. A pegada dos sons mais clássicos também se faz presente no decorrer da trama. Boas ideias aqui!

O elenco desta continuação até tem nomes de peso, mas com personagens zoados, fica bem difícil conseguir se expressar e roubar a cena. Não é fácil desvincular ator e personagem, logo a impressão que fica é de que os protagonistas não conseguiram fazer um trabalho muito bom. No entanto, vale os créditos pelo esforço, tem que ser bom para abraçar um papel tão ruim. Os aplausos ficam mesmo para Michael Fassbender, um genious!

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E vamos combinar que se tem alguém que não tem a mínima culpa de inconsistências nos filmes dos Aliens é Ridley Scott. O cara é um maestro da ficção científica e mostra novamente em “Alien: Covenant” que sabe o que está fazendo. O diretor faz um incrível trabalho de exploração no planeta e reaproveita alguns conceitos de filmagem espacial. Esplêndido!

Com tantos pontos negativos, talvez ficou a impressão de que o filme é fraco, mas não é bem assim. O resultado de “Alien: Covenant” é bem positivo. Há conveniências e mancadas ao longo da trama, porém isso não impede o climão de tensão ao encarar os Aliens! Se você é um fã de SciFi ou de terror, a diversão é garantida.

Fox introduz o elenco de Alien: Covenant em um prólogo bem completo

Conforme já divulgamos previamente aqui no Café com Filme, "Alien: Covenant" é a sequência de Prometheus e faz parte da série Alien, que já possui cinco longa-metragens.

O novo filme conta a história da tripulação da nave colonizadora Covenant. Ao se deparar com um encantador planeta inexplorado, a equipe parte em busca de estudo e habitação no local, mas não sabem que, na verdade, estão entrando em uma terra sombria e cheia de segredos.

Para deixar o público ainda mais ansioso pelo título, a Fox publicou, em seu canal oficial no YouTube, um prólogo de quatro minutos do filme "Alien: Covenant". Com a ação, a distribuidora apresenta alguns personagens e o elenco que conta com nomes como Khaterine Waterston, Michael Fassbender, Danny McBride e James Franco, que já aparecem na cena postada.

O prólogo mostra a partida da aliança para a colonização dos outros planetas e tem como intuito mostrar ao público um pouco da ambientação. É possível ver a interação entre as personagens e o motivo pelo qual estão realizando a missão, seguido de um mínimo de tensão proposta por Ridley Scott, produtor de "Alien: Covenant".

Confira:

"Alien: Covenant" tem previsão de estreia para o dia 18 de maio de 2017.

Crítica do filme Assassin's Creed | É preciso dar um salto de fé!

Adaptações cinematográficas de games sempre geram desconfiança, dado o grande histórico de filmes que deram muito errado. E com “Assassin's Creed” não foi diferente, já que as notas no Rotten Tomatoes deixaram muita gente com um pé atrás.

Felizmente, nem tudo é tão trágico quanto parece. Aliás, não vá muito na onda dos críticos mais xaropes. A adaptação para as telonas do jogo da Ubisoft tem sim alguns tropeços, mas, no geral, o filme entrega muitas cenas de ação, bons efeitos e um roteiro até empolgante.

Na história de “Assassin's Creed”, que por sinal difere de todas aquelas já apresentadas nos games, acompanhamos um pouco da vida corrida de Callum Lynch (Michael Fassbender), que, obrigado pela companhia Abstergo, embarca numa viagem através do tempo.

Graças a uma tecnologia revolucionária capaz de explorar o DNA e “destravar memórias”, Lynch é levado ao passado, quando ele consegue explorar as memórias de Aguilar, seu ancestral que viveu na Espanha do século XV.

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Seu objetivo? Descobrir a localização de uma relíquia que esteve em posse de uma  sociedade secreta, um objeto que contém mistérios capazes de mudar completamente o futuro da humanidade. Rodeado de ambição, tentado por seus instintos, Lynch é o único capaz de enxergar a verdade e tentar desvendar os planos desta misteriosa organização.

Um voo empolgante ao passado

A sinopse de “Assassin's Creed” é clara no que diz respeito à construção da trama, com dicas sobre uma viagem pontuada em dois tempos: presente e passado. Nesse quesito, o filme se desenvolve de forma similar aos jogos, já que apresenta toda a trama da grande corporação no presente e um tanto do contexto histórico.

Apesar de não ser muito convincente, a história do filme até consegue ser coerente. O presente é um tanto tedioso, mas a pauta é vaga em sua maior parte. Todavia, o que há de enfadonho numa parte é compensado pela fantástica viagem ao passado, que é executada de forma instigante.

O roteiro é de responsabilidade de Michael Lesslie, Adam Cooper e Bill Collage. O trio é especialista em filmes épicos, então nada mais óbvio do que ter grandes acertos nas viagens ao passado. O contexto histórico da Inquisição Espanhola é bem apresentado e deixa a plateia empolgada com os carrascos da época.

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Um recurso que ajuda bastante na decolagem do roteiro é a forma como a história é contada de forma paralela. Várias cenas são executadas com muita teatralidade no passado e movimentos sincronizados nas máquinas do presente. Ok, há um repeteco considerável de ideias, porém é preciso pensar que o filme foi pensado num público além dos gamers.

Aliás, toda a adrenalina nos cenários da Madrid de 1492 deixa o filme muito mais intenso. O ritmo, por sinal, é frenético do começo até o final, com muitas cenas de combate, perseguição e poucos diálogos — até porque Fassbender não é um grande falante do espanhol. De qualquer forma, a trama é satisfatória no todo, apesar de não ter muitas surpresas.

O credo ganha as telonas!

Pois bem, apesar de não ser extremamente fiel aos games, o longa dirigido por Justin Kurzel (que já trabalhou com Fassbender em “Macbeth: Ambição e Guerra”) tem boas ideias, que funcionam legal na telona e passam uma boa sensação de viagem através do Animus — a famigerada máquina de reconstrução de memórias.

Ainda que as sequências no passado sejam reduzidas, elas são de suma importância para dar o ritmo do filme. Com manobras de parkour insanas, piruletas para todos os lados, acrobacias em equipe e outros truques baratos, o filme ganha a plateia com facilidade. Não há como não ficar empolgado com a correria que lembra muito a jogabilidade do game.

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Nesse ponto, toda a construção da Espanha antiga, com direito a uma fotografia caprichada e incrivelmente coerente com os games, acaba funcionando perfeitamente. Os lances de câmera que se movimentam livremente junto com a águia e dão grandes passeios aéreos em 360 graus também ajudam a levar o espírito da franquia para o cinema.

Todavia, é bom alertar: isto é um filme, não um jogo. Por se tratar de uma obra inédita, o primeiro “Assassin's Creed” tem a missão de apresentar personagens, tecnologias, tramas e outros aspectos que servirão de base para que mesmo aqueles que jamais ouviram falar do título possam entender os mínimos detalhes.

Essa pegada diferente pode ser um pouco esquisita para alguns fãs, mas deve funcionar muito bem para o grande público que espera um filmão de ação com bons efeitos e muita tecnologia, tanto na frente das câmeras quanto nos bastidores. Aliás, é na parte técnica que “Assassin's Creed” ganha pontos extras.

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Fato é que não há como reclamar da parte da produção. Com muita atenção aos cenários, ao figurino e à maquiagem, a obra convence facilmente na parte mais futurista, com direito a máquinas showcantes, e também na confecção das cenas antigas. Há de ressaltar também que um grande acerto é a trilha sonora, empolgante e belíssima do começo ao fim.

O elenco também se mostra bastante competente, principalmente Michael Fassbender e Marion Cotillard, que já são atores gabaritados e conseguem incorporar a ideia principal do Credo dos Assassinos. E, no fim, “Assassin's Creed” acaba sendo bem melhor do que a gente espera. Uma boa pedida para fãs e pessoas que não conhecem a série. Basta dar um salto de fé!