O Filho Protegido | Trailer oficial e sinopse
Nesse suspense psicológico, a vida do pintor Lorenzo sai do controle quando ele começa a achar que sua esposa está tentando distanciá-lo de seu filho.
Nesse suspense psicológico, a vida do pintor Lorenzo sai do controle quando ele começa a achar que sua esposa está tentando distanciá-lo de seu filho.
Conta uma história marcante, mas pouco conhecida da Guerra do Vietnã. O soldado William H. Pitsenbarger Jr., também conhecido como Pits, teve atuação marcante no conflito, mas levou 34 anos após sua morte para ser reconhecido pelo exército norte-americano, recebendo a mais alta honraria militar da nação.
Finalmente o aguardado “Vingadores: Ultimato” chegou às telonas, continuação direta de “Guerra Infinita” e o ápice do popular gênero “filmes baseados em quadrinhos”. As expectativas eram altíssimas, exatamente tudo que um fã dos filmes da Marvel poderia sonhar foi entregue.
São três horas de pura adrenalina bombando no coração sem deixar de lado a solução dos mistérios deixados em aberto, as consequências de tudo que já aconteceu, diversas referências às histórias em quadrinhos e a conclusão dos arcos dos heróis mais queridos da atualidade. O único spoiler necessário é: prepare-se para uma montanha russa de emoções.
Difícil falar que um filme é perfeito, principalmente porque é impossível agradar uma legião de bilhões de fãs, então com certeza "Ultimato" não é livre de defeitos. Porém, essas falhas estão sobre camadas de personagens carismáticos e efeitos visuais grandiosos que viabilizam transcender esses pequenos detalhes em um filme titanicamente épico e imensamente satisfatório.
“Ultimato” prometia ser a complexa conclusão histórica da última década em que investimos emocionalmente em super-heróis e entrega exatamente o que prometeu. O filme começa relembrando as consequências do estalo que Thanos deu usando a Manopla do Infinito, em uma sequência que poderia ser apenas mais uma “cena pós-crédito”, mas que dá o tom exato para o longa: mostrar como cada personagem lidou com as perdas e como seguir em frente depois de algo tão avassalador. Metade do universo se foi e cabe aos Vingadores resolver o problema.
Diversas teorias foram formuladas pelos fãs, expectativas altas, trailers que mostram apenas os 20 minutos iniciais, e novamente os irmãos Russo conseguiram provar que nada é tão óbvio quanto parece. O cuidado com a narrativa é uma forma de agradecer aos fãs que passaram os últimos 11 anos acompanhando essa história, além de aproveitar para inserir momentos icônicos dos quadrinhos da forma mais inusitada possível. É extremamente emocionante e as lágrimas vão se mostrar diversas vezes, tanto de alegria quanto de tristeza.
Assim como “Guerra Infinita” e “Guerra Civil”, “Ultimato” é dirigido por Joe e Anthony Russo, com roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely. A trama é bastante intrincada, tornando-se ainda mais complexa ao decorrer do filme. Raros são os momentos em que é óbvio como a situação será resolvida ou se ao menos será resolvida. A sensação de que tudo pode acabar dando errado é constante, suspendendo a crença de que o filme está ali para concluir com um final feliz, pois talvez nem seja tão feliz assim. Porém, é extremamente impressionante e satisfatório.
Embora o filme inclua muitos personagens “menos relevantes” da Marvel, como Rocket, Homem-Formiga, Máquina de Combate… “Ultimato” foca muito nos Vingadores originais. Além da batalha final contra Thanos, temos Homem de Ferro, Capitão América, Viúva Negra, Thor, Hulk e Gavião Arqueiro em arcos de história pessoais com ricas narrativas, adicionando ainda mais emoção e sentimentalismo para um filme que já seria robusto o suficiente sem isso.
No decorrer do filme, cada um desses personagens passa por uma jornada transformadora, nem todos para melhor. Alguns lidaram bem com os problemas, outros se voltaram para os lados mais sombrios do ser humano, mas após mais de uma década acompanhando esses heróis, é muito gratificante e emocionante ver tudo isso acontecer. Infelizmente não poderei tratar com mais profundidade desse assunto para evitar spoilers, mas basta dizer que vale muito a pena.
Grande parte desse sucesso deve-se aos atores que encarnaram totalmente seus papéis, e em “Ultimato” eles entregaram a melhor performance de todas. Robert Downey Jr., Chris Evans, Scarlett Johansson, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth e Jeremy Renner brilham sem esforço. Vale mencionar também Karen Gillan como Nebulosa, Josh Brolin como Thanos e Paul Rudd como Homem-Formiga, que dão um show a parte. É de se esperar que nem todos os personagens tenham o tempo de tela merecido, mas basta lembrar que a Marvel tem planos para mais séries e filmes com os personagens que aparecem pouco, então nada aqui é feito sem propósito.
Se a ambiciosa narrativa de “Ultimato” é o que torna o filme tão impactante, é também responsável por alguns tropeços. Há momentos em que a trama se resolve de forma muito conveniente ou com poucas explicações em comparação com o resto da história, mas tudo é facilmente relevado. “Ultimato” é claramente focado nos fãs, todas as referências e lembranças dos filmes estão ali pelo simples propósito de recompensar quem adora esse tipo de filme. É fácil elencar os momentos mais emocionantes, as aparições de personagens tão queridos e momentos tão marcantes, mas será muito melhor ver do que apenas saber.
Nada disso seria possível sem a maestria técnica que o longa possui. Foi necessário um malabarismo para contar cinco ou seis histórias simultaneamente sem deixar todo mundo confuso, os irmãos Russo juntamente com os editores precisaram porcionar cada momento para sempre ficar aquele sentimento de tensão no final de cada sequência, para culminar num climax de tirar o fôlego e arrancar lágrimas até mesmo dos espectadores mais frios e calculistas.
A música de Alan Silvestri é parte do espetáculo, não apenas ampliado o caleidoscópio emocional do público, mas prestando respeitável homenagem a todos os outros compositores dos filmes do Universo Marvel. Os efeitos visuais, de transformações físicas até recriações digitais, são incríveis e servem para enaltecer ainda mais a narrativa e a experiência de Ultimato como um todo.
Após 11 anos e 21 filmes, “Vingadores: Ultimato” é muito mais que apenas um filme. É uma experiência pessoal. Funciona como um filme individual, mas com certeza é o ápice de uma construção cinematográfica colossal, a peça final de um quebra cabeça gigantesco em que todos nós colocamos uma peça.
A tradicional cena pós-crédito não foi incluída, marcando assim um futuro misterioso (se desconsiderarmos o calendário de produções da Marvel), mas pela constante evolução das histórias, as dicas deixadas no filme e o inevitável sentimento de "quero mais", podemos esperar produções diversificadas e cada vez melhores.
Desnecessário dizer que assistir um filme desse porte no cinema é mais do que aconselhável, é praticamente obrigatório. Esse é o final da Fase 3 da Marvel (ou talvez seja “Homem-Aranha Longe de Casa?”), que agora possui o direito dos personagens da Fox, então patamares ainda maiores nos esperam no futuro desse incrível universo, e estaremos lá!
A vida poderia ser bastante simples se o ser humano tivesse a mínima noção de como funciona a sociedade e uma boa dose de dignidade para respeitar o próximo. Todavia, a história já cansou de nos provar que a humanidade sempre funcionou com base nos mais inimagináveis atos de rivalidade, em que um homem sempre quer se impor e se mostrar superior ao seu semelhante.
O principal problema é que, na grande maioria dos casos, isso obviamente aconteceu com uma maioria esmagando, humilhando e tirando proveito de uma minoria – ou de diversos grupos em posição de oprimidos. Não é preciso ser nenhum gênio em história para saber dos tantos grupos de brancos que se aproveitaram e abusaram da mão de obra – e também do psicológico – dos negros.
Nos Estados Unidos da América, a segregação racial foi ainda mais emblemática. Algo que começou lá no período da escravidão perpetua até os dias de hoje, mas muitos períodos foram marcados de forma mais incisiva por casos históricos. Este era um panorama comum nas décadas de 1950 e 1960, época em que se passa a história de “Green Book - O Guia”.
Neste filme, acompanhamos um breve período da vida de Tony Lip (Viggo Mortensen), um segurança, de origem italiana, que ficou famoso no Bronx por seus modos ousados, algo que eventualmente chamou a atenção do Dr. Don Shirley (Mahershala Ali), um pianista negro mundialmente famoso, que necessitava de um motorista para acompanhá-lo em uma turnê pelo sul estadunidense.
Já sabendo da situação de rejeição em várias partes do país, o doutor entrega o “Livro Verde” para seu motorista parar apenas nos poucos estabelecimentos que aceitam a presença de negros. Não será uma viagem fácil para eles, mas mesmo a plateia que está de carona deve estar pronta para o desconforto, as desavenças e a sensação de desprezo pelo racismo inerente.
A pauta principal de “Green Book” é escancarada, por isso o filme faz questão de ir além do óbvio, falando sobre moral, princípios e aspectos essenciais que fazem de nós humanos. É importante perceber que, para tanto, o filme cria uma inversão de papéis, estranhada pelos personagens que cruzam pela dupla e não conseguem conceber a possibilidade de um homem branco ser motorista de um negro.
Apesar do estranhamento por terceiros, os dois protagonistas tratam o tema de forma bem direta e se apresentam abertos ao não ignorar que existem inúmeras questões que separam seus mundos. Num claro duelo de personalidade, que retrata um homem simples e outro culto, podemos ver as diferenças de importância dada a determinadas ações e situações; e ais aqui um trunfo do filme.
Para conseguir dar vasão a tantas pautas, em diferentes ocasiões, a obra se baseia em dois alicerces: direção e roteiro. Primeiro, eu acho importante falar do diretor Peter Farrelly, que é conhecido por ser um cara muito da comédia – principalmente por ser a mente por trás de “Debi e Lóide”. Se a ideia era abordar o tema racial de forma mais leve, a escolha do diretor claramente teve um peso importante.
O resultado de Farrelly no comando das câmeras é primordial para o sucesso da obra, pois ele consegue colocar duas realidades distintas num mesmo quadro e ainda permite a extração de inúmeras emoções em cenas bem pontuais. Um simples enquadramento dentro do carro nos dá a oportunidade de ver o comportamento dos personagens e suas reações instantâneas a pautas como “frango frito é uma delícia”.
É através de sua visão que também somos impactados com a presença de palco do Dr. Don Shirley e a admiração visível que Tony Vallelonga tem por seu empregador. Não é preciso uma linha de fala, apenas o olhar nos mostra a dinâmica entre eles, bem como a atmosfera venenosa de uma sociedade canalha. Há cenas engraçadas, dramáticas e frustrantes durante essa viagem que tem um destino bem claro.
Para conseguir levar a mensagem com clareza e sem apelar para o velho drama, o trio por trás do script de “Green Book” – o que inclui o dedo de Nick Vallelonga, filho de Tony Lip, que tem conhecimento de causa por ter vivenciado parte da história pessoalmente – usa de inúmeros diálogos para dar dinamismo ao relacionamento empregatício e, posteriormente, de amizade entre os protagonistas.
O resultado são cenas engraçadíssimas que usam de situações corriqueiras para mostrar as diferenças de percepção de mundo entre os dois. Parte da graça está no jeito característico e avacalhado de Tony Lip, que não levava desaforo para o carro e lidava com as situações da forma mais direta possível – nem que isso resultasse em alguns bate bocas ou em uns bons cruzados de direita na cara da polícia.
Importante mencionar que parte da diversão nessa longa estrada se deve às ótimas atuações de Viggo Mortensen e Mahershala Ali, que entram no personagem de tal jeito que somos totalmente transportados para essa realidade. Mortensen encara uma transformação física e de comportamento bastante impressionante, com um sotaque completamente alheio à sua persona e algumas reações inusitadas.
Da mesma forma, o ganhador do Oscar, Mahershala Ali, nos presenteia com uma performance incrível novamente, encarnando as dificuldades de quem convive em ambientes de opressão e precisa baixar sua cabeça para uma sociedade moldada no preconceito. Apesar de ter sua participação no lado engraçado da história, é Ali que dá o drama e nos faz perceber o peso de cada situação.
Seja com trocadilhos infames, ideias absurdas, discussões sem propósito ou uma simples parada no KFC, “Green Book” consegue levar boas risadas à plateia, sem deixar de lado o importante debate sobre o racismo da época que, muitas vezes, se propaga na atualidade. Um filme necessário e importante para o mundo. Sejamos mais humanos e amáveis, pois a vida só tem graça se compartilhada com nossos semelhantes!
Um homem luta com as trágicas memórias do seu passado para tentar contextualizar o presente, mas logo percebe que o tempo não é o inimigo que ele imaginava ser.
Quarto filme da franquia Os Vingadores, na 3ª Fase do Universo Cinematográfico da Marvel. Culminando a jornada de 21 filmes interconectados, Vingadores: Ultimato mostra o fim da luta dos heróis contra Thanos, o titã louco. Após utilizar a manopla do infinito, Thanos dizimou metade dos seres vivos do universo, agora, ainda sofrendo com a perda os Vingadores devem se recompor e criar um plano para derrotar e o vilão e desfazer todo o caos.