Crítica do filme Homem de Ferro 3

Não é preciso uma (ou 50) armadura para ser um super-herói

por
Edelson Werlish

30 de Abril de 2013
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 4 min

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Quando o primeiro Homem de Ferro saiu lá em meados de 2008, ninguém imaginava o sucesso estrondoso que Tony Stark faria. Naquela época, até então, o gênio/bilionário/filantropo não era o tipo de herói preferido da galera, mas as coisas iriam mudar.

Com a brilhante estratégia da Marvel Studios, Iron Man não apenas se consagrou como um dos melhores filmes de super-herói de todos os tempos, mas também abriu as portas do universo da editora nos cinemas, trazendo nos anos seguintes: Thor, Capitão América, Hulk, Homem de Ferro 2 e, por fim, sua obra prima, Os Vingadores.

Esta sequência de filmes fechou a fase 1 da Marvel, e, com a mesma responsabilidade do seus antecessores, Homem de Ferro 3 estreiou com a tarefa de abrir a fase 2 – uma nova sequência até o almejado Vingadores 2, marcado para 2015.

Mas por que eu estou falando tudo isso? É simples. O fator motivador para assistir a terceira aventura do Stark nas telonas é justamente ver como se dará o inicio desta segunda fase. E é nesse aspecto, tristemente, que "Homem de Ferro 3" falha.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado com o final, e ainda com sua cena pós-crédito. Não existem pontas ou referências diretas para o que virá no futuro do(s) personagem(ns) e do universo Marvel. Esse capítulo também não fecha uma trilogia, como o acontecido no Cavaleiro das Trevas. É como se fosse mais uma história, na qual toninho precisa trabalhar duro para vencer o vilão no final. Ao meu ver, o plano para a fase 2 ainda não está totalmente fechado lá nos escritórios da firma.

Chega de balelas, vamos à parte legal!

Desta vez, o filho pródigo da família Stark (sério, se você não assiste Game of Thrones, está vacilando) está meio piradão da cabeça, devido aos acontecimentos d’Os Vingadores. Depois da batalha de Nova Iorque, Tony (Robert Downey Jr.) está obcecado por construir novas, e cada vez melhores, armaduras. Junte essa paranóia toda ao fato de termos um novo vilão no pedaço, o Mandarim (Ben Kinsley – mandando bem como sempre). A treta rola solta.

Porém, com a entrada do diretor Shane Black na jogada, temos um novo rumo para a franquia. Nessa vez, um foco maior no lado humano de Tony Stark é mostrado. Apesar das milhares de armaduras novas, o herói fica mais tempo fora delas – o que traz uma nova tônica ao roteiro.

Temos um Tony de volta as origens, ao melhor estilo mecânico de borracharia, lembrando muito o primeiro filme, construindo coisas com os poucos materiais disponíveis. Por se passar na época de natal, pode ser um comentário nada a ver, mas muitas cenas me lembraram “Esqueceram de Mim” (assista e você entenderá).

Shane Black também cumpre sua parte e dá um ritmo (de festa) bem interessante à história, mesclando boas cenas de ação com a boa e velha pitada de humor. Importante citar também a grande referência ao combate ao terrorismo e a guerra no oriente médio, o que dá ao filme um maior grau de realidade.

A trama criada não é super genial, mas tem os seus momentos. Homem de Ferro 3 é um bom filme do gênero super-herói, e mantém o padrão de qualidade de seus antecessores. Esse é um filme para se ver nos cinemas! E que venha os próximos filmes da Marvel…

Fonte das imagens: Divulgação/
Edelson Werlish

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