Crítica do filme J. Edgar

rítica do filme J. Edgar

por
Fábio Jordan

11 de Fevereiro de 2012
Fonte da imagem: Divulgação/
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Tempo 🕐 3 min

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John Edgar Hoover. Eis um nome que você provavelmente nunca tinha ouvido falar antes de ver alguma notícia sobre o mais recente filme de Clint Eastwood. O longa-metragem J. Edgar trata sobre a história do homem que deu início ao Bureau de Investigação Americano, ou seja, o FBI.

J. Edgar (DiCaprio) narra os acontecimentos importantes de sua carreira no FBI. De início, vemos Hoover em busca de um homem capaz de escrever sua biografia. Conforme ele vai detalhando os momentos importantes de sua vida para os diversos escritores, os espectadores vão acompanhando as situações que deram origem ao Bureau.

A história é contada de forma não-linear, característica que faz o público ficar atento a todo momento. O foco do texto de Dustin Lance Black parece ser as mudanças bruscas entre o passado e o presente de Hoover. Alguns momentos mais reveladores são lançados aos poucos, quebrando um pouco o ritmo biográfico e ajudando o filme a se manter impactante.

Durante essas transições de passado e presente entra uma técnica que não foi muito bem aplicada: a maquiagem. Ela convence em boa parte do filme, mas algumas cenas revelam certo descuido nesse quesito. Tanto Leonardo DiCaprio quanto Armie Hammer (Clyde Tolson) parecem ter rostos de borracha em alguns momentos. Na imagem abaixo, você pode entender do que estou falando.

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Para compensar esse “desleixo”, o filme apresenta uma fotografia de qualidade. Muitas cenas se passam em gabinetes ou ambientes fechados, porém, o longa não parece algo cansativo nesse aspecto. Os tons da película são voltados para cores mais frias, recurso que parece ser utilizado para denotar a época e a seriedade da história.

A musicalidade do filme é fantástica. A trilha sonora ainda não está disponível para compra, mas se você ficar atento ao áudio do trailer, tem ideia do capricho aplicado nesse aspecto. Só por curiosidade, o compositor da trilha é o próprio Clint Eastwood.

As atuações, de forma geral, são muito boas e, na minha opinião, Leonardo DiCaprio teve um desempenho exemplar. Ele interpreta um Hoover cheio de peculiaridades, parte delas vindas da mãe, outra provenientes de situações amorosas. E o Oscar? Bom, não vou nem comentar sobre isso, porque a Academia tem critérios que fogem à lógica

J. Edgar pode não ser o melhor filme de Clint Eastwood, porém, é um título bem construído que deve agradar até aos mais exigentes. O diretor/produtor do longa conduziu muito bem a trama e conseguiu mostrar um Hoover diferente. Particularmente, eu gostei muito do filme, por isso, recomendo para todos que gostam de tramas surpreendentes e bem desenvolvidas.

Fonte das imagens: Divulgação/