Crítica do filme Lanterna Verde

Universo maneiro, história nem tanto

por
Fábio Jordan

04 de Setembro de 2011
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 3 min

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Espectadores que já viram os novos filmes do Batman não podem ir ao cinema esperando ver um Lanterna Verde do mesmo nível. Não querendo desmerecer o herói, mas no que diz respeito a sucesso de vendas, Batman e Superman são imbatíveis (e talvez por isso tenha rolado uma preguiça na hora de fazer o filme do Lanterna).

Na verdade, não é por isso que esperaríamos um filme meia boca, acontece que depois do que Nolan fez com o Cavaleiro das Trevas, fica difícil conseguir impressionar o público.

Ocorre, no entanto, que essa semana eu decidi conferir o resultado de Lanterna Verde. E sinto em dizer que a Marvel parece ter amadurecido um pouco mais nas recentes adaptações – não que eu queira dizer que algum filme da Marvel supere O Cavaleiro das Trevas. Para quem pensava que Ryan Reinolds seria o pior do filme, sai da sala mais decepcionado com a história — mais ainda não curtindo o Reinolds.

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No filme, temos Hal Jordan (Reinolds) como personagem principal. Ele é um piloto de avião que curte fazer cagadas e se achar o melhor piloto do mundo. Ao mesmo tempo, ele sofre com lembranças da morte do pai, que sofreu um acidente na mesma profissão.

Acontece que numa ocasião, quando ele consegue se superar (no sentido irônico, pois ele destrói um avião de alto valor), sem querer a nave de um dos Lanternas Verdes cai na terra. E escolhe ninguém menos do que Hal Jordan para ser o novo integrante da tropa.

Essa nave não surge do nada. O filme possui uma introdução interessante, que coloca o espectador no meio do universo dos Lanternas. A princípio, o bombardeio de informações é um pouco confuso, mas ainda que a quantidade de detalhes seja grande, o filme consegue dar um apanhado geral, com informações que ajudam a compreender o resto da película.

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O treinamento de Hal Jordan é uma parte legal do filme, pois são minutos preciosos em que podemos conhecer outros Lanternas, incluindo Sinestro, personagem que ficou incrivelmente parecido com o dos quadrinhos (ou dos desenhos de TV).

Aos poucos, Hal Jordan descobre que terá de enfrentar alguns inimigos, incluindo o personagem Hector Hammond, o qual foi muito bem interpretado por Peter Sarsgaard. Esse oponente seria um bom páreo para nosso herói, porém, os responsáveis pelo filme decidiram incluir Paralax na história, um inimigo superexagerado.

Devo criticar aqui a DC por dar um enfoque muito grande no personagem errado. Apesar de Paralax ser fantástico (no sentido de invencibilidade), ele também é muito potente para um único Lanterna. Quem sabe se esse inimigo fosse o principal numa continuação, o primeiro filme fosse melhor sucedido – usando Hector como inimigo-chave.

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Quantos aos efeitos especiais, meus elogios são sinceros. Gostei do planeta dos Lanternas (Oa), da roupa do personagem e também dos efeitos na versão 3D. Apesar de o filme ser exageradamente verde (o que é óbvio e esperado), o resultado tridimensional ficou bom, agradando quem paga um pouco mais para ver uma coisa ou outra saindo da tela.

Enfim, a meu ver, o filme decepciona basicamente com a história, que foi bem simples, com um vilão desnecessário e com o ator principal (por favor DC, vocês podiam escolher qualquer um que fosse capacitado). No mais, Lanterna Verde é um filme divertido (principalmente para quem não conhece o personagem), que pode ter uma continuação, afinal, o gancho no final do longa é algo que empolga os fãs do personagem.

Fonte das imagens: Divulgação/