Crítica do filme November Man

Por quê? Sério, por quê?

por
Rafael Gazzarrini

06 de Novembro de 2014
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 3 min

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O filme “November Man – Um Espião Nunca Morre” conta a história de um agente da CIA velhão Pierce Brosnan, de “007”) que trabalha com um agente novão (Luke Bracey, de “G.I. Joe”). Num certo dia de 2008, eles estão juntos em uma missão e o meninão atira na cabeça de um terrorista para salvar a vida do seu amigo – o bandido já tinha começado a atirar na multidão. Por incrível que pareça, Brosnan ficou puto com o cara e se aposentou.

No entanto, cinco anos depois, um outro agente das antigas chama Brosnan para entrar em ação novamente, pois uma amiga infiltrada precisa escapar da Rússia. E é aí que o filme todo desanda. Não fica claro quem é o inimigo, não fica claro o que a moça está fazendo no país da foice e do martelo, não fica claro se o personagem do 007 voltou a trabalhar para a CIA. A única coisa que entendemos é que tem tiro pra caralho e o novão e o velhão voltam a se encontrar.

Até que tentam, né

“November Man” tenta acrescentar um drama com os dois personagens principais tendo algo para resolver, como algum tipo de símbolo paterno não correspondido, mas falha lindamente. É como se, por serem espiões, eles perdessem a habilidade de conversar, tem que ser chumbo na cara um do outro, soco, chute na virilha e mordida na cabeça. Sério... ninguém resolve as coisas assim, a História tá aí para mostrar isso.

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Aí vem a personagem de Olga Kurylenko, que é praticamente o mesmo de “Hitman”: uma russa fugida, prostituída, fugitiva e precisando de alguém para salvá-la. Se essa fórmula fosse nova, seria legal, mas não é e acaba ficando chato. Além disso, a gente acha que ela e Brosnan vão se pegar e em nenhum momento isso acontece – não de maneira clara, mas nem para deixar algo subentendido o filme funciona.

Falhas e chatices...

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CUIDADO, SPOILER! Desde o começo, pela maneira que o antigo filme do agente velhão age em relação a ele e com o restante da sua equipe, sabemos que ele deve ter um pé na vilanice. E adivinhem: ISSO ACONTECE! Aí que o Brosnam tem uma família no meio, dão um jeito de enfiar isso na história sem o trabalho de explicar isso direito. De repente, a filha do cara foi sequestrada pelo agente novão e é treta, colocam ele contra a parede.

O meninão podia não ter sequestrado de verdade, podia ter escondido ela no carro e levado ela junto até o pai, mas ele vai resgatar a guria no meio de trocentos outros agentes para ter a sua própria cena de ação e mostrar o quanto é foda. É clichê e chato. Mas pelo menos funciona para que a gente tenha uma parte de ‘massa véio’

Ok, temos um resumão!

O problema de “November Man” não são os atores, eles são bons. O problema não é a fotografia, o filme é bonito. A porra do problema é o roteiro. O mistério que a história tenta criar não convence, as pontas não são fechadas direito e você vai sair do cinema pensando: mas pra que eu saí de casa? Ou seja, se você realmente quer ver este filme, espere ele sair em DVD, na internet ou em canal pago. Aí até que vale a pena assisti-lo. Eu acho.

Fonte das imagens: Divulgação/
Rafael Gazzarrini

Pode me chamar de Rafa, eu ando por aí na minha nuvem dourada.