Crítica do filme Se Eu Ficar

Sobre violoncelo, memórias e perdas.

por
Thiago Moura

01 de Setembro de 2014
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 3 min

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"Se Eu Ficar" é um drama romântico dirigido por R. J. Cutler, baseado no livro homônimo de Gayle Forman. A trama gira em torno de Mia Hall (Chloë Grace Moretz), uma garota com problemas para se relacionar, que se sente uma alienígena em sua própria família. Seu pai, Denny (Joshua Leonard),  era integrante de uma banda de punk-rock, e sua mãe, Kat (Mireille Enos), era groupie. 

Mia estava crescendo para ser uma verdadeira rockeira, mas ao contrário, se apaixonou por música clássica e começou a aprender a tocar violoncelo logo cedo. Segundo Mia, assim que seu irmão mais novo, Teddy (Jakob Davies) nasceu, seus pais se acalmaram. Denny virou professor e Kat agente de viagens.

Como em dias de neve as atividades escolares são canceladas, Kat quer aproveitar o dia para viajar com sua famíla para visitar os avós que moram na fazenda. No carro, fica clara a paixão de Mia por música clássica, e também que ela namorou um garoto popular que tinha uma banda de rock chamado Adam Wilde (Jamie Blackley), e que eles terminaram um tempo atrás.

As vezes você faz escolhas na vida, e as vezes as escolhas é que fazem você.

Então acontece um acidente no trânsito, resultando na morte de todos. Mas Mia permanece ali, em uma experiência de quase morte, meio fantasma e em coma. Então ela começa a lembrar de todos os momentos marcantes de sua vida, procurando razões para permanecer viva e sair do coma, mesmo sem sua família.

O filme é divido entre o tempo presente e as lembranças de Mia, e toda a sua história vai sendo revelada ao público dessa forma. As memórias são sempre relevantes, com todos os momentos em família e amigos, mas principalmente sua paixão em tocar violoncelo e como ela conheceu e se apaixonou por Adam, e todas as complicações e escolhas que fizeram os dois se separarem. 

Todas as cenas são muito bem pensadas, desde o posicionamento dos atores, a iluminação e os movimentos de câmera. Até mesmo o figurino merece ser mencionado, que por mais simples e discreto, combinou perfeitamente com cada personagem.

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Mas o destaque não poderia ser outro além de Chloë Grace Moretz. A garotinha que interpretou a Hit-Girl em Kick Ass não deixa de surpreender. Sua atuação está cada vez mais convincente, e mesmo esse sendo seu primeiro filme “romântico”, ela encarna totalmente a Mia, uma adolescente isolada, mas muito determinada em suas vontades. 

Chloë praticou duas horas por dia durante sete meses para tocar o violoncelo perfeitamente nas telas, mas acabou precisando de uma dublê corporal. O desafio era manter o corpo totalmente imóvel enquanto interpretava apenas com a cabeça. Porém, o resultado ficou ótimo, e é impossível perceber que são duas pessoas diferentes tocando.

Falando nisso, a trilha sonora não é composta apenas por música clássica, indo do rock a canções melosas, sempre dando o ritmo para cada cena e sentimento de Mia.

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A cena final é extremamente emocionante, e é bem possível que se você tiver o mínimo de sentimentos humanos, vai chorar em vários momentos.

Fonte das imagens: Divulgação/
Thiago Moura

Curto as parada massa.