Crítica do filme Quero Matar Meu Chefe 2

Um erro foda

por
Rafael Gazzarrini

04 de Dezembro de 2014
Fonte da imagem: Divulgação/
Tema 🌞 🌚
Tempo 🕐 4 min

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Quero Matar Meu Chefe” é um filme de 2011, recheado de estrelas do cinema internacional (um salve para Jennifer Aniston, uma mulher simplesmente sensacional) e com uma trama envolvente. Isso porque a película mostra um trio de homens realmente putos com os seus trabalhos e com os seus chefes – afinal de contas, esses “líderes” eram abusivos de diferentes formas, tornando a rotina dos protagonistas um saco.

Por haver elementos compatíveis com a vida de muita gente e um enredo engraçado, o filme fez sucesso. Sendo assim, por que não repetir a dose? É provável que uma continuação conte com um sucesso do mesmo tipo, certo? Bom, as coisas não são bem assim, mas um “segundo episódio” foi feito mesmo assim. Em nome do Café com Filme, fui assistir ao “Quero Matar Meu Chefe 2” e conto para vocês o que achei dele.

Continuando com coerência

O roteiro de “Quero Matar Meu Chefe 2” começa logo depois dos acontecimentos do primeiro filme. Por terem constatado que não são criminosos e não gostam de seguir ordens, o trio decide abrir uma empresa e seguir o sonho americano – ao mesmo tempo em que são justos com seus empregados, sem repetir o erro de quem os empregou no passado. No começo, as coisas dão certo, mas um investidor passa a perna neles e eles decidem sequestrar o filho do cara para pagar suas dívidas.

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O ponto positivo é o fato de que a evolução da sequência é bem pé no chão. Eles estão tentando abrir, uma empresa, tentando subir um degrau, tentando ser justos e as coisas não dão muito certo, assim como na vida real. Isso torna a película pé no chão (em partes, ainda é uma comédia pastelão) e causa aproximação com quem assiste.

Qualidades marcantes...

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Linda <3

Outro ponto muito positivo são os ensinamentos para a vida, frases que deveriam ser apresentadas para crianças de dez anos – a mais marcante delas é “o sonho americano é fabricado na China”. Há ainda outros exemplos de como os diálogos mostram como a vida profissional é cheia de puxa-sacos, puxadas no tapete e gente pilantra. Não é uma regra que tudo isso vá acontecer com você, mas isso existe e seria bom a gente entender desde cedo.

A atuação de todos os atores envolvidos também é muito bacana – afinal de contas, são grandes nomes e sabem o que estão fazendo. Com isso, você não se sente vendo um filme de baixo orçamento. Além disso, os cenários são bem montados, os efeitos são bonitos e, em resumo, o filme é bonito e grande parte das piadas são boas (sim, você dá risadas).

Um erro foda!

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O grande problema de “Quero Matar Meu Chefe 2” é o esforço para fazer com que o trio protagonista seja engraçado. OS personagens falam juntos a porra do filme inteiro, são burros de maneira forçada o filme inteiro e acabam cansando. Na metade do filme, você já tá de saco cheio de deixarem pistas dos crimes, de fazerem tudo errado e de não calarem a boca para terem um diálogo que seja sem parecem crianças do ensino fundamental. Por conta disso, as boas piadas do roteiro perdem a graça e as ruins se sobressaem.

E esse erro é muito grave, pois o filme é feito com base nesses três personagens, fazendo com que a qualidade da produção como um todo caia drasticamente. Se não fosse esse detalhe, valeria a pena ir ao cinema, encarar a fila da pipoca e pagar o estacionamento. No entanto, aconselho que você escolha outro lançamento da semana.

Fonte das imagens: Divulgação/
Rafael Gazzarrini

Pode me chamar de Rafa, eu ando por aí na minha nuvem dourada.