George Clooney - Café com Filme

Ave, César! | Trailer legendado e sinopse

O assistente de estúdio Eddie Manix (Josh Brolin) se vê cheio de problemas para corrigir quando alguns malucos denominados apenas como "O Futuro" sequestram o astro de cinema Baird Whitlock (George Clooney). Sem saber o que fazer e de onde arranjar o dinheiro solicitado, ele resolve procurar a ajuda de alguns amigos inusitados, mas seu dia vai ser muito longo para tentar conseguir manter todos tranquilos sem que ninguém descubra a verdade.

Crítica do filme Tomorrowland | O fim do mundo é uma questão de perspectiva

É inegável a genialidade de Walt Disney. Cineasta, animador, roteirista, dublador, inventor, idealista e sonhador. Um currículo gigantesco, assim como a vontade de criar um mundo perfeito, no qual todos se uniriam em prol do bem maior. Essa concepção foi traduzida na atração Tomorrowland, dentro de seu próprio parque, o Walt Disney World. 

Muitos anos depois, a “terra do amanhã” se transforma em filme pelas mãos do diretor e roteirista Brad Bird, prata da casa que dirigiu desde longas de animação, como Os Incríveis e Ratatouille, até o mais frenético de ação, Missão Impossível: Protocolo Fantasma.

Assim como Piratas do Caribe, a atração Tomorrowland ultrapassou a barreira da realidade e se transformou em um longa-metragem. Assim como o sonho de Walt Disney, Tomorrowland ganhou vida por meio do cinema e trouxe a sua visão de futuro tecnológico utópico ideal para todos nós. Mas será que o progressismo técnico é a resposta?

Um lugar onde nada é impossível

A história de Tomorrowland gira em torno da personagem Casey Newton (Britt Robertson), uma adolescente otimista e cheia de ideias que curte ciência e adora burlar o sistema. Um dia, a garota é pega pela polícia em uma de suas artes e, quando é solta na delegacia, acaba recebendo junto com seus pertences um broche, chamado de pin, que tem o poder de transportá-la automaticamente para Tomorrowland, uma realidade paralela na qual o mundo avançou tecnologicamente de forma radical, onde todos são felizes como seus aparatos eletrônicos, jetpacks, foguetes e trens bala. 

Porém, o poder do pin não tem prazo, e para Casey realmente chegar até a Terra do Amanhã e cumprir uma determinada missão, ela precisará da ajuda de Frank Walker (o gatão George Clooney) e a garotinha Athena (Raffey Cassidy). Juntos, o trio embarca em uma grande aventura, ao melhor estilo Disney, em busca de Tomorrowland.

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Referências pop e históricas sem falta!

Além de ser baseado em uma atração do Walt Disney World, o filme feito por Bird e coescrito por Damon Lindelof bebe em várias fontes de inspiração, sejam elas da cultura pop ou grandes momentos e personagens da história. É claramente notável a imensidão do universo Disney neste longa com vários easter-eggs colocados. Em uma loja de antiguidades, nós temos bonecos, cartazes, brinquedos e outros objetos da marca, como o bonequinho do Senhor Incrível, música de Star Wars de fundo, Stormtroopers e um Darth Vader de tamanho real. 

Já em sua trama, que além de referenciar o próprio Walt Disney e seu parque em segundo plano, o longa também traz quatro grandes gênios do Século XX como progenitores da Terra do Amanhã. São eles: Nikola Tesla, Thomas Edison, Gustave Eiffel e Júlio Verne. Eles estão presentes na história da mesma forma que suas criações. De Verne, por exemplo, os escritores aproveitaram suas ideias de incríveis máquinas tecnológicas, transportando para o filme um pouco do estilo steampunk e de aventuras fantásticas – daquelas vistas em 20.000 Léguas Submarinas e Volta Ao Mundo em 80 Dias. 

Todas essas referências e gêneros – detalhe também para a arquitetura e design Art Déco no começo do longa – enriquecem Tomorrowland, transformando-o em um dos melhores filmes de ficção científica dos últimos tempos. E ainda tem mais.

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Siga o coelho branco: a filosofia em cena 

Nenhuma grande ficção é grande apenas usando grandes efeitos especiais. É por isso que Tomorrowland traz tantas referências e tantos questionamentos. Desde um simples “siga o coelho branco”, da saga de Alice até o país das maravilhas, até a terrível batalha entre os dois lobos que vivem dentro de nós. Tudo está ligado. 

Porém, me reservo a dizer que a grande questão desse filme está ligada à percepção e o futuro que queremos para nós mesmos. Temos a percepção de que teremos um futuro nada bom. Guerras nucleares, derretimento das calotas polares, falta de água potável e de alimentos, a rebelião das máquinas, apocalipse zumbi e invasão alien. Pode parecer brincadeira, mais todos pensamos assim de uma forma ou outra, vide todos os filmes e séries que visam o amanhã; temos exemplos recentes como Mad Max, Interstellar, Walking Dead, ou até mesmo o mais cultuado que resume bem isso: Matrix. Sim, o futuro é uma merda e nós estamos, com o perdão da palavra, fodidos. 

Torrowland é uma história que trabalha no cerne dessa questão. A criação de um amanhã melhor que vamos deixar para nossos netos nada se vale se não começarmos a revolução por nós mesmo. E para isso, a mudança de nossos conceitos e ideais é totalmente necessária. 

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O fim do mundo é uma questão de perspectiva 

Muito mais do que uma história sobre um futuro tecnológico distópico, Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada É Impossível é um filme que precisamos nessas épocas negras e um soco na cara de todos os pessimistas. Por meio da ficção ele te transporta para uma grande aventura com muitos questionamentos e intenções. Porque já temos muitas obras que nos mostram o que está reservado para nós lá na frente, mas até então nenhum tinha mexido com o começo dessa caminhada. Talvez a resposta não esteja no sonho de Walt Disney nem Tomorroland, mas um passeio por essas terras (de jetpack), pode começar a mudar nossas perspectivas do amanhã. 

Começam as filmagens de “Our Brand is Crisis” estrelado por Sandra Bullock

Começaram, em New Orleans, as filmagens de Our Brand is Crisis, ainda sem título em português, a nova produção do diretor David Gordon Green (“Segurando as Pontas”, “George Washington”).

O longa é uma adaptação do documentário homônimo aclamado pela crítica de 2005 e será estrelado pelos vencedores do Oscar® Sandra Bullock (“Um Sonho Possível”) e Billy Bob Thornton (“Na Corda Bamba”).

Sinopse

Quando um grupo de consultores americanos aceita o desafio de trabalhar pela reeleição de um impopular presidente boliviano, eles percebem que irão precisar de ajuda.

Após rastrear a consultora política aposentada Jane Bodine (Bullock) em sua cabana na floresta, eles a convencem a liderar a equipe – decisão da qual se arrependem rapidamente assim que “Jane Calamidade”, como é conhecida, começa a justificar o seu apelido, desencadeando sua própria marca de caos na campanha.

Quando tudo parece perdido, o repugnante Pat Candy (Thornton), pior inimigo de Jane, chega à cidade para trabalhar para a oposição. De repente, as coisas tornam-se pessoais e à medida que a batalha começa os consultores poderão ver Jane, a lenda, em ação.

Mais sobre a produção

O filme também é estrelado por Anthony Mackie (“Capitão América: O Soldado Invernal”), Scoot McNairy (“Garota Exemplar”, “Argo”), Zoe Kazan (“Ruby Sparks – A Namorada Perfeita”), Ann Dowd (“Efeitos Secundários” , e a série da HBO “Os Deixados Para Trás”), Reynaldo Pacheco (“Toda Forma de Amor”), Dominic Flores (“Um Tira Acima da Lei”), Louis Arcella (série da NBC “The Blacklist”), Octavio Gómez Berríos (“Che: O Argentino – Parte Um”) e Joaquim de Almeida (“Velozes e Furiosos 5”).

Green dirige a partir do roteiro do indicado ao Oscar® Peter Straughan (“O Espião que Sabia Demais”), baseado no documentário de Rachel Boynton.

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O filme está sendo produzido pela produtora vencedora do Oscar® Smokehouse Pictures, de George Clooney e Grant Heslov (“Argo”). Bullock, Jeff Skoll e Jonathan King, ambos da Participant Media, são os produtores executivos. A Participant Media também é cofinanciadora do filme.

O time criativo por trás das câmeras inclui alguns colaboradores recorrentes de Green, como o diretor de fotografia Tim Orr, o editor Colin Patton e o designer de produção Richard A. Wright (“Manglehorn”), assim como a figurinista Jenny Eagan (“Truque de Mestre”).

Our Brand is Crisis será distribuído pela Warner Bros. Pictures, uma empresa Warner Bros. Entertainment.

Crítica do filme Gravidade | Sem gravidade, sem ar, sensacional!

Alfonso Cuarón não é lá um diretor muito conhecido, mas ele leva fama por ter alguns filmes de peso (incluindo um Harry Potter) em seu currículo. Fugindo de quase tudo que ele já fez previamente, o diretor mexicano resolveu embarcar em uma ficção que puxa para um tema pouco abordado: a vida dos nossos astronautas dentro das limitações de nossa tecnologia.

Com essa proposta em mente, Cuarón tenta focar nos fatos científicos — o que torna o filme ainda mais interessante — e desenvolver um drama asfixiante. No início, somos apresentados ao cenário: a órbita da Terra e o telescópio Hubble. Em seguida, conhecemos os personagens: alguns estão no espaço e outros em Terra dando as coordenadas.

Em “Gravidade”, Sandra Bullock e George Clooney interpretam dois astronautas (Ryan e Matt, respectivamente) que estão em uma missão de reparo na órbita da Terra. Bullock interpreta uma médica-engenheira que está em sua primeira missão e que foi requisitada por ter experiência com a aparelhagem que será instalada no Hubble.

A missão deveria ser simples e não ter muitos contratempos, mas uma chuva de satélites vêm em direção aos astronautas e acaba complicando a situação deles. Logo, como você pode ver no vídeo acima, Ryan (Bullock) se vê girando junto a um pedaço do telescópio pelo espaço e em pouco tempo ela está longe de seus colegas — e com muito medo, pois ela continuaria vagando pelo espaço infinitamente.

A situação acima é apenas uma das cenas iniciais do longa-metragem que conta com cenas de tirar o fôlego do começo ao fim. Depois disso, acompanhamos uma sequência de apuros com destroços ameaçando a vida dos protagonistas, falta de combustível, falta de oxigênio e falta de esperança. É muito difícil não se prender à situação e imaginar a agonia dos astronautas.

O destaque especial de “Gravidade” fica para a atuação fenomenal de Sandra Bullock. Fazia um bom tempo que a atriz não acertava em cheio. Tudo que ela faz no longa é muito bem encenado e dá pra ver no olhar que ela está desesperada e sem esperanças no espaço sideral.

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O cenário é belíssimo, mas, ao mesmo tempo, é assustador. Ver a Terra neste ângulo é algo para poucos, mas não ter onde se agarrar e estar suscetível a uma viagem sem fim pelo infinito é aterrorizador. O melhor de tudo é que Cuarón aproveita todo esse espaço disponível para fazer tomadas prolongadas, sem interrupções e muito bem orquestradas (a câmera gira de um lado para outro, foca na expressão do personagem, volta para o geral e assim por diante).

O longa é embalado pelo silêncio absoluto, afinal o som não se propaga no espaço. Os únicos sons são aqueles que se propagam nas roupas dos astronautas e a belíssima trilha sonora de Steven Price. A sonoridade é um dos elementos mais importantes, pois ao mesmo tempo em que o espectador se sente sozinho na vastidão do universo, ele se emociona (sentido o medo e o drama) com os personagens.

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No fim, “Gravidade” é um filme fantástico! Ele tem seus defeitos (não há tanta obediência às leis da ciência), tem seus clichês (para deixar o espectador com o coração na mão) e tem boas surpresas. O longa tem apenas 90 minutos, mas é tempo suficiente para desenvolver a história e propiciar uma experiência agoniante, emocionante e ímpar. Se você gosta de ficção, vale a pena conferir!