Matthew McConaughey - Café com Filme

Clube de Compras Dallas | Trailer legendado e sinopse

Vencedor de dois prêmios na edição de 2014 do Globo de Ouro - melhor ator para Matthew McConaughey e melhor ator coadjuvante para Jared Leto - o drama "Clube de Compras Dallas" (Dallas Buyers Club) já tem trailer oficial com legendas em português. 

Dirigido por Jean-Marc Vallée, o longa ainda conta com participação da atriz Jennifer Garner e é baseado na história real do eletricista texano Ron Woodroof. Após ser diagnosticado com o vírus da AIDS, na década de 1980, Woodroof entra em uma batalha contra a indústria farmacêutica e os próprios médicos e passa a contrabandear drogas ilegais do México para concluir seu tratamento.

Crítica do filme O Lobo de Wall Street | Insanidade é a palavra de ordem!

A essa altura do campeonato, você já deve ter percebido que “O Lobo de Wall Street” é mais uma grande obra de Martin Scorsese. Deixe-me adiantar que o filme que está concorrendo em três categorias do Oscar e teve algumas indicações no Globo do Ouro (com uma estatueta garantida para Leonardo DiCaprio) é simplesmente hilário e genial.

Fazia tempo que eu não dava tanta risada no cinema. Ao contrário de outras tantas biografias, a história de Jordan Belfort tem muito mais comédia do que drama, e é justamente isso que faz do filme um título imperdível. Não se trata de mais uma chatice sobre Wall Street e o mercado de corretagem. A ideia é mostrar o lado rico e despudorado do mundo do dinheiro.

Bom, para você que não faz a mínima ideia sobre o que se trata o filme, vou começar dando uma pincelada na sinopse. Jordan Belfort (DiCaprio) é um cara bonito que venceu na vida. Ele começou sua vida como estagiário em Wall Street. Ali, ele conhece um figurão Mark Hanna (Matthew McConaughey) que nos presenteia com o belo “canto do dinheiro”. Aliás, uma pena que a participação de McConaughey seja tão curta.

Um ano depois, Belfort vira corretor de títulos, mas acaba se dando mal quando a bolsa norte-americana entra em decadência. Buscando uma forma de ganhar dinheiro fácil em sua área, Belfort começou a atuar no mercado de ações de baixo valor (com empresas que ainda estão começando e não valem absolutamente nada).

Ele é um gênio. Sabe ludibriar as pessoas como ninguém. Logo, ele abre a Stratton Oakmont, empresa composta por vários trambiques, incluindo Jonah Hill, P.J. Byrne e Jon Bernthal (o Shane do Walking Dead). Esse grupinho apronta todas de montão e entra em altas confusões. Sério, o filme é putaria do começo ao fim, não é por acaso que é só para maiores de 18 anos.

Tudo no filme se resume a drogas, prostituição, bebidas, dinheiro infinito, sexo, sacanagem, lavagem de dinheiro, mais drogas, remédios ilegais (que são drogas), gente bonita e deliciosa, piadas cretinas, muita brincadeira gostosa, um bocado mais de drogas, situações bizarras e inacreditáveis e, para finalizar, uma pitadinha de drama — com um tanto de drogas.

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Até uma determinada parte do filme, os fatos são contados em ordem inversa e, depois de um determinado ponto, o enrede se dá em ordem cronológica. Durante toda a película, Belfort vai falando com o público e dando explicações sucintas sobre o mercado de ações e essas coisas que pouca gente entende. Funciona muito bem. Dá para entender e dar muita risada.

Leonardo DiCaprio manda muito bem em todas as cenas. O cara parece um verdadeiro milionário (ok, ele é milionário) que torra o dinheiro em muita besteira e faz o que muita gente queria fazer: levar uma vida de fanfarronice e muita diversão. Pode parecer fácil, mas tem muita cena que deixa a gente impressionado.

O cara consegue ir do milionário vida loca para o coitadinho que está prestes a perder tudo. DiCaprio é versátil, gênio, insano, drogado, engraçado e lindão (também, ele nem precisa fazer esforço). Enfim, não há dúvidas de que ele merece Oscar e outros tantos prêmios. Leo e Martin — sim, nós somos íntimos — já trabalharam juntos na Ilha do Medo e provaram novamente que são uma boa dupla.

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Felizmente, o restante do time escolhido se adequa perfeitamente ao filme. Muitos fazem apenas algumas pontas, mas a esposa (Margot Robbie) de Jordan e o amigão (Jonah Hill) dele mostram muita capacidade. Hill inclusive está concorrendo como melhor ator coadjuvante ao Oscar. Nada mais justo, ele também surpreende em vários momentos.

A trilha do filme acompanha o ritmo da insanidade. Cada faixa foi muito bem escolhida e se encaixa bem com a proposta. Ainda que abuse muito de faixas comerciais, creio que o resultado geral ficou muito bom. O tema principal é ótimo, mas é claro que o grande destaque é o canto do dinheiro (é impossível sair da sala de cinema e não lembrar dessa música).

Enfim, não importa o quanto eu escreva, pois não dá para expressar o quão genial é esse filme. Não posso dizer que ele merece a estatueta de melhor filme (pois não vi muitos da lista), mas ele merece estar entre os indicados. Fotografia, enquadramentos e outros tantos detalhes técnicos são muito bem pensados — é óbvio né, estamos falando de Scorscese.

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Se você está pensando em ir ao cinema e quer dar muita risada, com certeza “O Lobo de Wall Street” é a escolha perfeita. O filme é enorme, mas cada momento vale a pena.

Resultado do Screen Actors Guild Awards 2014

No último sábado (18), a TNT transmitiu o SAGA 2014, evento que visa oferecer prêmios especiais aos atores e elencos de filmes e séries com base no julgamento dos próprios atores.

Veja quais foram os indicados e vencedores das principais categorias relacionadas a filmes do SAGA 2014 (Screen Actors Guild Awards).

Oscar 2014 | Confira a lista de indicados e vencedores

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Foi divulgada a lista de indicados à grande premiação do Oscar 2014. O Evento será transmitido no dia 2 de março no canal TNT. Confira abaixo todos os filmes que estão concorrendo às estatuetas:

 

Melhor filme

"Gravidade"

"Her"

"Nebraska"

"Trapaça"

"Dallas Buyers Club"

"12 anos de escravidão"

"O lobo de Wall Street"

"Philomena"

"Capião Philips"

 

Melhor ator

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Christian Bale, "Trapaça"

Leonardo DiCaprio, "O lobo de Wall Street"

Chiwetel Ejiofor, "12 anos de escravidão"

Matthew McConaughey, "Tha Dallas Buyers Club"

Bruce Dern, "Nebraska"

 

Melhor atriz

Cate Blanchett, "Blue Jasmine"

Sandra Bullock, "Gravidade"

Judi Dench, "Philomena"

Meryl Streep, "Álbum de família"

Amy Adams, "Trapaça"

 

Melhor ator coadjuvante

Bradley Copper, "Trapaça"

Jonah Hill, "O lobe deWall Street"

Jared Leto, "The Dallas Buyers Club"

Barkhad Abdi, de "Capitão Phillips"

Michael Fassbender, de "12 anos de escravidão"

 

Melhor atriz coadjuvante

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Jennifer Lawrence, "Trapaça"

Julia Roberts, "Álbum de família"

Lupita Nyong'o, "12 anos de escravidão"

Sally Hawkins, "Blue Jasmine"

June Squibb, "Nebraska"

 

Melhor animação

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"Frozen: Uma aventura congelante"

"Os Croods"

"Vidas ao vento"

"Meu Malvado Favorito 2"

"Ernest & Celestine"

 

Melhor roteiro adaptado

"12 anos de escravidão"

"Antes da meia-noite"

"Capitão Philips"

"Philomena"

"O lobo de Wall Street"

 

Melhor roteiro original

"Trapaça"

"Blue Jasmine"

"Her"

"Nebraska"

"Dallas Buyers Club"

 

Diretor

David O. Russell, "Trapaça"

Alfonso Cuarón, "Gravidade"

Alexander Payne, "Nebraska"

Steve McQueen, "12 anos de escravidão"

Martin Scorsese, "O lobo de Wall Street"

 

Filme estrangeiro

 

"The broken circle"

"A grande beleza"

"A caça"

"The missing picture"

"Omar"

 

Efeitos especiais

Tim Webber, Chris Lawrence, Dave Shirk and Neil Corbould, "Gravidade"

Joe Letteri, Eric Saindon, David Clayton and Eric Reynolds, "O Hobbit: A desolação de Smaug"

Christopher Townsend, Guy Williams, Erik Nash and Dan Sudick, "Homem de Ferro 3"

Tim Alexander, Gary Brozenich, Edson Williams and John Frazier, "O caveleiro solitário"

Roger Guyett, Patrick Tubach, Ben Grossmann and Burt Dalton, "Star Trek: Além da escuridão"

 

Canção original

“Ordinary Love” de “Mandela: Long Walk to Freedom”, U2

“Alone Yet Not Alone” de “Alone Yet Not Alone”, Bruce Broughton e Dennis Spiegel

“Happy” de “Meu Malvado Favorito 2”, Pharrell Williams

“Let It Go” de “Frozen: Uma aventura congelante”, Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez

“The Moon Song” from “Her”, Karen O e Spike Jonze

 

Melhor figurino

Michael Wilkinson, "Trapaça"

William Chang Suk Ping, "The Grandmaster"

Catherine Martin, "O grande Gatsby"

Michael O’Connor, "The Invisible Woman"

Patricia Norris, "12 anos de escravidão"

 

Fotografia

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"O grande mestre"

"Gravidade"

"Os suspeitos"

"Inside Llewyn Davis: Balada de um homem comum"

"Nebraska"

 

Edição

"Trapaça"

"Capitão Phillips"

"Clube de compras Dallas"

"Gravidade"

"12 anos de escravidão"

 

Melhor trilha sonora

Steven Price, Gravidade

John Williams, A Menina que Roubava Livros

William Butler e Owen Pallett, Ela

Alexandre Desplat, Philomena

Thomas Newman, Walt nos Bastidores de Mary Poppins

Resultado do Globo de Ouro 2014

Confira os indicados e os ganhadores das categorias de longa-metragens que apareceram no Globo de Ouro 2014.

MELHOR FILME DE DRAMA

Vencedor

12 Anos de Escravidão

True Detective | Uma série policial com uma pegada cinematográfica

Hoje, à meia noite, a HBO transmitiu o primeiro episódio de “True Detective”. A série é centrada em Martin Hart (Woody Harrelson) e “Rust” Cohle (Matthew McConaughey), dois detetives do Departamento de Polícia de Luisiana que trabalharam juntos nos anos 90.

Em 2012, ambos são interrogados sobre seu caso mais famoso: o homicídio de uma prostituta em 1995 por um aparente assassino em série. Enquanto relembram o caso, o passado e a relação de ambos durante os últimos 17 anos se tornam o foco principal da história.

Vendo essa sinopse, o enredo não parece tão excepcional, ainda mais que já vimos filmes com histórias similares, mas não estamos tratando de mais um longa ou de uma série qualquer. O projeto em questão é uma série da HBO (que já nos apresentou algumas das melhores séries de todos os tempos) com atores já consagrados. Será que a série supera expectativas?

Um caso curioso

True Detective começa mostrando o caso que serve de pano de fundo para os episódios que serão transmitidos nas próxima semanas. No primeiro, podemos ver mais um daqueles casos raros que são ideais para grandes filmes. Uma moça brutalmente assassinada apresenta uma série de pontos a serem investigados.

Amarrada a uma árvore, sem roupas, com marcas de uma suposta seita (satanismo é sempre a primeira suposição) em suas costas, uma esquisita coroa na cabeça, hematomas por todo o corpo, indícios de estupro e assim por diante deixariam qualquer detetive sem saber por onde começar.

Martin Hart não sabe bem como reagir, mas Rust Cohle, conhecido pelo apelido de “homem dos impostos”, é um sujeito cheio de mistérios que começa a anotar todos os mínimos detalhes em seu grande caderno e, sem precisar de muitas pistas, logo esboça uma opinião baseada em suposições.

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Não convém comentar sobre tudo que rola neste primeiro episódio, mas há outras pistas e constatações que são reveladas. Ao que tudo indica, a história deve ter detalhes a serem explorados nos demais episódios, o que é excelente, pois temos aqui um enredo policial à la filme de Hollywood, mas com a possibilidade de ser bem explorado.

Montando o quebra-cabeça

O caso de True Detective é interessante e contá-lo de forma linear daria muito certo, mas trabalhar com o convencional não é ideal para um momento em que as séries policiais estão saturadas e manjadas. Pensando nisso, o roteirista Nic Pizzolatto intercalou os detalhes do passado com uma narração no presente.

Aos poucos, o espectador conhece os detalhes, recebe opiniões de Rust (um policial cheio de mistérios) e começa a compreender os perfis dos policiais. Neste primeiro episódio, muita coisa fica no ar e não dá para ter muita noção das proporções que a história vai tomar. De qualquer forma, só conseguiremos encaixar algumas informações no futuro.

Boa parte dos mistérios da série serão mantidos pelos personagens. Um (Woody Harrelson) é mais aberto e parece o típico detetive que joga seguro. O outro (Matthew McConaughey) é mais fechado, usa frases sem sentido (como se fosse um personagem de TV), é pessimista, mas, apesar de tudo isso, é o grande destaque da série. Parece que ele é o True Detective.

A pegada Hollywoodiana

Pelo trailer que havia conferido previamente na HBO, eu já tinha reparado que esta não era uma série barata com poucas ambições. Após ver o primeiro episódio tenho certeza de que este é um projeto ousado que quer trazer diversos elementos dos filmes para a televisão.

Fotografia, direção, roteiro, trilha sonora e atuação foram devidamente planejados para construir uma série com cara de filme. Cada tomada é pensada com cautela. As paisagens e ambientes escolhidos são geniais.

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A musicalidade combina perfeitamente, mas não se sobressai e ofusca outros elementos importantes. Até agora, as atuações estão ótimas, mas vale destaque principalmente para McConaughey, que incorpora muito bem os mistérios e a personalidade incomum do detetive que tem sacadas quase tão geniais quanto as de Sherlock Holmes.

Não dá para afirmar que tudo que vem por aí vai ser espetacular, mas, julgando pelo que vi até agora, aposto minhas fichas de que seremos surpreendidos por True Detective. Talvez, a série não sirva como base para outras, afinal ela é ousada em todos os sentidos, porém este projeto pode sim despertar o interesse do público novamente para este gênero.