Omar Sy - Café com Filme

A Estranha Perfeita | Trailer legendado e sinopse

Rowena Price (Halle Berry) é uma repórter investigativa, que teve uma amiga assassinada recentemente. Ela descobre que este fato pode estar relacionado a Harrison Hill (Bruce Willis), um poderoso executivo de publicidade. Com a ajuda de Miles Haley (Giovanni Ribisi), Rowena decide se infiltrar disfarçada. Passando-se por Katherine, uma funcionária temporária na agência de Hill, e Veronica, uma garota com quem Hill flerta pela internet, Rowena passa a cercá-lo por todos os lados possíveis. Porém ela logo descobre que não é a única que está trocando de identidade.

A Marca do Demônio | Trailer oficial e sinopse

Karl, um homem que sofre com uma possessão demoníaca, e Tomás, um padre com um passado problemático, iniciam uma busca por demônios, encontrando o caso de Camila, uma garota que ataca sua família enquanto é controlada por algo maligno. Karl e Tomás tentam salvá-la iniciando uma batalha, Karl enfrentou muitos seres do além, mas nunca um como este.

Crítica do filme Entre Realidades | É melhor ver um filme da Prime Video!

Não é de hoje que eu comento aqui no site sobre a qualidade um tanto duvidosa dos filmes “originais” da Netflix. A gigante do streaming parece se esforçar bastante para agradar a todos os públicos, mas a verdade é que muitos desses títulos exclusivos não são idealizados por uma equipe criativa da Netflix ou por um estúdio próprio.

Muitos títulos com o ícone do serviço são produzidos por estúdios terceiros, de modo que a Netflix apenas garante a exclusividade de transmissão, sendo que, muitas vezes, este nem é um contrato vitalício ou exclusivo para todos os meios (então sim, alguns filmes ou séries podem ser vendidos em mídias físicas, por exemplo).

Dito isso, chegamos à obra “Entre Realidades”, estrelado por Alison Brie, que por sinal também assina o roteiro junto ao diretor Jeff Baena. O ponto é que o marketing dos filmes é sempre bem pensado, sendo que você talvez tenha caído no famoso conto do trailer mágico – que dá a impressão de uma coisa, quando na verdade o filme vai para outro caminho.

E para quem ainda não caiu na pegadinha, vale a introdução sobre a proposta. Aqui, acompanhamos Sarah (Alison Brie), uma jovem que trabalha numa loja de produtos têxteis e que divide seu tempo ocioso entre séries policiais e o hobby de hipismo (daí o título original: “Horse Girl” ou “A Garota do Cavalo”). Antissocial, ela vê sua vida tomar um rumo inesperado quando seus sonhos passam a colocar em dúvida a sua realidade.

Antes de continuar falando sobre o filme, uma pausa importante para comentar sobre as ótimas adaptações de títulos cinematográficos no Brasil. Vamos combinar que “Entre Realidades” é um nome excelente comparado com “A Garota do Cavalo” (absolutamente ninguém ia querer ver um filme com esse nome). Okay, parênteses feito, voltemos ao rumo do porquê você não deve gastar seu tempo com esse filme.

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A ideia de “Entre Realidades” não é de toda ruim, aliás é algo até original de certa forma (e não digo totalmente novo, pois quase nada é inédito hoje e temos vários filmes que misturam sonhos e realidade). O problema é que o filme fica patinando no mesmo lugar, não se explica e provavelmente não vai ter toda a emoção que você imagina ao tomar o trailer como prévia.

O bizarro está na moda?

Antes de continuar “descendo a lenha” no filme, eu acho válido uma pausa pra pontuar duas coisas: a produção e a atuação. Sobre a questão de qualidade técnica, não dá para negar que “Entre Realidades” tem seu valor. É um filme que consegue criar seu próprio mundo e fantasiar possíveis conexões num multiverso.

A direção não tem nada de extraordinário, mas a obra tem seus truques para fazer a gente, no mínimo, ficar satisfeito com o mundo dos sonhos da Sarah. Da mesma forma, nada tenho a reclamar sobre a ambientação, que entrega um mínimo necessário de coerência. Digamos que os caras fizeram o dever de casa, não é um filme mal feito ou ruim por sua produção.

O ponto mais controverso é a atuação, não que Brie ou os demais coadjuvantes não façam um bom trabalho, mas eu apenas me questiono o porquê dessa moda de pessoas tão esquisitas. Aí não sabemos se os personagens deveriam ser tão bizarros ou se os atores é que fizeram essa transformação.

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Seja qual for a resposta, eu penso que representatividade é importante, mas eu não sei mesmo o quanto pessoas tão diferentes conseguem prender a atenção do público. Talvez seja esse misto de bizarrice e falta de rumo que faz “Entre Realidades” causar um desconforto e não ser tão bom quanto o trailer promete.

Entre plataformas de Streamings

Sabe aquele episódio do Chaves que a turminha vai ao cinema e no meio de tantas frases, do nada, o Chaves solta que “seria melhor ter ido ver o filme do Pelé”? Então, o ponto de eu ter colocado no título dessa crítica que é melhor você ver um filme da Prime Video é justamente para enfatizar o quanto a gente revira os olhos com o grande nada mostrado no filme e que dá vontade de sair do app e abrir o da Amazon.

E o problema de “Entre Realidades” nem é a premissa ou o início do filme. Apresentação de personagens e conceitos até merecem algum crédito, mas a forma como o roteiro conduz as explicações e não consegue chegar a lugar algum além de ser um punhado de cenas aleatórias é o que certamente vai incomodar o público.

Ao menos, esse amontoado de bizarrice até certo ponto (digamos que até metade do filme) serve pra gente dar risadas, de tão inusitado que as coisas vão ficando. E olha, alguns poderiam alegar que se trata de um conceito inovador, apelar para desculpas de que estamos tratando de arte abstrata ou qualquer outro argumento esdrúxulo, mas, no fim, o filme só não tem um rumo mesmo.

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E, tudo bem, os mais filosóficos podem chegar ao ultimato de refletir sobre a realidade e o mundo dos sonhos, mas a conexão de ideias apresentadas em “Entre Realidades” é muito fraca e talvez você só passe raiva mesmo – ainda mais que o filme se arrasta e parece que nunca acaba e pior: quando acaba, parece que ainda está no começo, porque não foi a lugar algum. Moral da história: veja um filme da Prime Video mesmo!

Eu, Eu Mesmo & Irene | Trailer legendado e sinopse

Charlie (Jim Carrey) faz parte da força policial de Rhode Island há 17 anos. Trabalhador, honesto, pai de três filhos e sempre disposto a ajudar, Charlie amado por todos sua volta. Mas ele tem um problema: sofre da Síndrome de Dupla Personalidade. Se deixar de tomar seus remédios, sua segunda personalidade, Harry, vem tona. Harry não tem nada em comum com Charlie: beberrão, agressivo e grosso com todos. Até que ambos conhecem e se apaixonam por Irene Waters (Renée Zellweger) e passam a lutar consigo mesmo para terem o domínio do mesmo corpo.

Crítica do filme Sonic - O Filme | É o raio azul para toda a família

O clássico jogo de videogame da SEGA sendo adaptado para as telonas deixou muitos fãs animados (principalmente furries), mas para o desgosto de muitos é um filme família. Porém, se você nunca se interessou pelo Raio Azul e não dá a mínima para quem é Robotnik, talvez “Sonic O Filme” não seja para você.

É preciso admitir que um ouriço azul que corre muito rápido não é necessariamente uma coisa fácil de adaptar para o cinema, principalmente interagindo com personagens humanos. A solução é rir na cara da lógica e deixar a seriedade de lado para o bem do andamento da trama.

Desnecessário dizer que o filme tem foco no público infantil, mas o apelo aos fãs dos jogos dos anos 90 está nos detalhes, tanto de personagens surpresa quanto easter-egg que dizem “se você é fã isso tá aqui o serviço”. E o mesmo cuidado que tiveram para refazer o personagem é visto nesses detalhes, que não adicionam tanto a trama mas que satisfazem os atentos.

Você não pode fugir de si mesmo, mudando de um lugar para outro

Importante lembrar que após a reação negativa ao primeiro design do Sonic e todo o trabalho para refazer e deixar o boneco menos feio e odioso, é impossível negar que a Paramount quer muito agradar os fãs e não deixar ninguém na mão. Então quem reclamou é obrigado a ver no cinema, sim!

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Tudo começa com o fofíssimo Sonic Bebê em sua terra natal sendo obrigado a fugir para o planeta Terra. Sendo basicamente um alienígena muito veloz, ele cresceu escondido em uma pequena cidade no interior de Montana, chamada Green Hills. Apesar do nome semelhante, não é exatamente uma Green Hill Zone, que os fãs vão lembrar de cara, a primeira fase do jogo de 1991, mas é uma das muitas homenagens ao jogo clássico que marcou uma geração. 

Isolado no nosso mundo, Sonic não tem ninguém para conversar além de si (e o público, e tudo bem porque a quarta parede tá aí para ser quebrada mesmo). A dublagem do ouriço fica por conta do comediante Ben Schwartz, que parece que tá sempre acelerado, então combina muito  com as características do nosso protagonista, que por sinal é claramente meio louco devido o isolamento.

Por que a pressa?

Contra todas as probabilidades, o longa é meio arrastado até o protagonista ser forçado a revelar-se para seu único “amigo” Tom Wachowski (James Marsden), um policial que está muito entediado por não poder salvar vidas na cidade pacata em que mora. Entra em cena também o esperado Dr. Robotnik, interpretado pelo sensacional e insano Jim Carrey.

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Jim Carrey é bastante caricato, exatamente como o personagem precisa ser. E a partir desse ponto o filme se aproxima muito aos jogos, com Robotnik enviando drones e máquinas para capturar Sonic, enquanto ele corre loucamente e destrói todas elas. Mas como isso não seria o bastante, há também todo um subtexto sobre a amizade e aproveitar a vida, e parte do filme se caracteriza como uma road trip com dois amigos. Filme família!

A direção fica por conta de Jeff Fowler e o roteiro simples, porém eficaz, é assinado por Patrick Casey e Josh Miller. Buscando acertar no que já deu certo, vemos muitas cenas que são praticamente remakes de outros filmes.  Impossível não lembrar da marcante cena de Mercúrio em X-Men, quando todos congelam e o corredor altera o ambiente como bem entende. Sonic faz a mesma coisa, mas com uma música menos empolgante e com ações bem menos criativas. Esse é um dos exemplos, a sensação que fica é a de que tentaram fazer graça com cenas já consolidadas. Não é ruim, só não é criativo. E tudo bem, é bastante divertido ainda.

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O que realmente empolga são as adições de personagens surpresa, mais uma contribuição para os fãs falarem “agora vai!”. As cenas pós-crédito são tão inseridas no contexto dos jogos que a possibilidade de uma continuação para essa adaptação empolga mais do que qualquer redesign. E tomara que outros jogos da SEGA sejam feitos com o mesmo cuidado que Sonic recebeu, pois existe muito potencial e uma base de fãs sedentos esperando por isso.

Privacidade Hackeada | Trailer legendado e sinopse

O escândalo da empresa de consultoria Cambridge Analytica e do Facebook é recontado através da história de um professor americano. Ao descobrir que, junto com 240 milhões de pessoas, suas informações pessoais foram hackeadas para criar perfis políticos e influenciar as eleições americanas de 2016, ele embarca em uma jornada para levar o caso à corte, já que a lei americana não protege suas informações digitais mas a lei britânica sim.