No dia 31 de março de 1964, o então Presidente da República João Goulart, o Jango, deixou Brasília e foi obrigado a recorrer ao Uruguai para fugir da perseguição política e das ameaças que vinha sofrendo. Estabeleceu-se, então, um governo provisório que tinha no topo o presidente da câmara, Ranieri Mazzilli, mas que 15 dias depois deu lugar a um regime militar coordenado por generais do exército.

Foram 21 anos de um governo ditatorial, um que não foi eleito democraticamente, pelo voto. Anos em que, sob a bandeira da manutenção da ordem e do combate a um inimigo imaginário - o comunismo -, membros do exército perseguiam todo e qualquer opositor ao regime. Professores, estudantes, líderes comunitários, sindicalistas, militantes de diversas causas e até mesmo cidadãos comuns simpatizantes ou amigos dos ativistas eram presos, com frequência torturados e mortos pelos perpetradores do regime.

A ditadura no Brasil só terminou em 15 de março de 1985, quando tomou posse o presidente José Sarney. E, por mais que este seja um capítulo da história brasileira que queremos deixar para trás, é preciso relembrar. Não para comemorar, não há nada que celebrar. E sim, para não repetir.

Na época, as artes foram uma importante ferramenta de resistência ao regime militar. E o cinema continuou - e continua, até hoje - contando essa história, sob vários viéses, para garantir que a gente não esqueça, e não repita este erro.

Confira a seguir alguns filmes brasileiros que ajudam a conhecer o período do regime militar e a compreender os efeitos da ditatura no Brasil.