Critica Thor: Amor e Trovão | Desventuras existenciais do viking espacial

No que só consigo descrever como uma "farsa teatral", Taika conduz um filme que não tem medo de ser ridículo. Thor: Amor e Trovão é o proverbial "filme Sessão da Tarde" contemporaneo; leve, divertido e com uma boa dose de ação. A despretensiosidade do título faz com que o espectador não se preocupe com qualquer desdobramento do MCU, das ameaças cósmicas ou do colapso iminente do multiverso; tudo o que importa é que Thor Odinson está em cena!

Extrapolando ao máximo varias ideias com as quais já havia experimentado em Thor Ragnarok, Waititi mistura gêneros, abusa da caricatura e nunca se deixa levar a sério. Thor: Amor e Trovão não é nem perto de perfeito, mas em nenhum momento parece almejar tal status. Taika Waititi e seu elenco embarcam nessa jornada sabendo o destino, mas sem se importar com o trajeto. O diretor e os atores experimentam o tempo todo ao logo da película, mesmo que nem sempre com sucesso.

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O elenco entrega tudo o que se espera de nomes como Christian Bale, Natalie Portman, Tessa Thompson , Chris Hemsworth e Russell Crowe — que beira o ofensivo em uma versão deliciosamente caricata de Zeus. Cada um, com seu estilo, consegue transformar personagens “unidimensionais” em figuras que chamam a atenção o suficiente para preencher algumas lacunas do roteiro.

Muito acaba se perdendo ao logo do caminho, mas o que chega até o final é mais do que suficiente para entreter e mostrar que é sim possível quebrar o molde dos filmes de heróis. Thor: Amor e Trovão não supera seu predecessor na franquia do deus nórdico da Marvel, mas é um filme que entende seu lugar dentro do MCU, ao mesmo tempo em que parece não se importar com isso.

Ana Raio e Zé Trovão

Sem perder tempo, Waititi nos joga direto na ação seguindo diretamente após os eventos de Vingadores: Ultimato, vemos Thor acompanhando os Guardiões da Galáxia em missões espaciais enquanto busca pela sua verdadeira essência. Logo a trupe do viking espacial encontra o rastro de morte deixado por Gorr, um vilão em busca de vingança contra todos os deuses do cosmos.

Para impedi-lo, Thor e Korg, seu trovador, partem para Nova Asgard para recrutar o auxílio da Valquíria, apenas para descobrir que o Mjölnir (seu ex-martelo) foi restabelecido e agora é empunhado por Jane Foster (sua ex-namorada), ou melhor a Poderosa Thor. Odinson acredita que a força combina dos três guerreiros não será suficiente para parar Gorr, e resolve tentar a sorte convocando outros deuses de outros panteões para ajuda-lo nessa batalha.

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Apesar de estar permeado de temas e personagens interessantes, o roteiro nunca deixa folego suficiente para estes possam se desenvolver. O humor sempre preenche os vazios e qualquer conflito pessoal interno acaba invariavelmente se transformando em uma risada.

A grande verdade é que as piadas funcionam, mesmo que de um jeito infantil, e fazem com que ninguém precise falar de assuntos mais sérios. Porém, entre uma piada e outra, e são muitas, Amor e Trovão tenta entender a essência do herói e até apresenta uma delicada história sobre pessoas procurando por um sentido na vida, seu lugar no universo, sua mortalidade e até mesmo seu relacionamento com o divino. 

Deus está morto... talvez

Adaptando, muito livremente, os arcos das histórias em quadrinho Carniceiro dos Deuses (2012) e A Poderosa Thor (2014), o filme nunca alcança todo o potencial das sagas comandadas por Jason Aaron. Waititi parece ter entendido muito bem a essência de ambos os quadrinhos, haja vista a forma competente como o diretor contrapõem Gorr e a Poderosa Thor.

Todavia, a avalanche de piadas e pressa narrativa rouba muito do desenvolvimento de ambos personagens. O pouco que vemos de Gorr é trabalhado mais pelo talento de Christian Bale do que pelo desenrolar natural da trama. Uma criatura incrivelmente complexa que injeta temas niilistas em um filme de ação cujo super-herói é uma divindade garantiria por si só uma longa exposição e desdobramentos filosóficos que certamente chamariam a atenção do público.

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Enquanto isso, a luta de Jane Foster, vulgo a Poderosa Thor, tenta transformar sua dor em esperança. Sem deixar de evocar conceitos teológicos, de mortalidade, do divino e como humanos e deuses lidam com a vida e a morte, o filme tenta trazer isso a tona, mas sem muita profundidade. 

Assim como Christian Bale, Natalie Portman extrai o máximo da sua Jane Foster, porém, o ritmo acelerado do filme não deixa muitas conexões se estabelecerem e no final, todas as subtramas não expõem toda sua capacidade. Fica um sentimento anticlimático de que algo está faltando, que havia muito mais por detrás das cortinas e demos apenas uma espiadela por entre os panos.

Se você não espera vislumbres fenomenológicos heideggerianos sobre o Ser-aí-no-mundo, Amor e Trovão vai te agradar em cheio!

Os problemas de Thor: Amor e Trovão derivam todos de um mesmo ponto, a sua pressa. Parece haver uma ansiedade generalizada que não permite que o roteiro tenha seus momentos mais lentos, que os personagens possam desenvolver suas emoções e que o espectador possa respirar.  Toda essa celeridade ajuda em muito a manter o ritmo elevado, e entregar piadas com muita suavidade, mas sem dúvida prejudica a dramaticidade de toda a história.

Critica do filme Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa | Subindo pelas paredes

Desconsiderando suas participações em Capitão América: Guerra Civil, Vingadores Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato, o teioso chega a sua nona iteração cinematográfica. Da trilogia original estrelada por Tobey Maguire e dirigida por Sam Raimi, passando pelas mal executadas produções de Marc Webb, que nos apresentaram o espetacular Homem-Aranha de Andrew Garfield, desviando para Homem-Aranha no Aranhaverso a uma animação sensacional (que nos introduziu o conceito do aranhaverso), até às reinvenções joviais de Jon Watts e seu novo Peter Parker, Tom Holland lá se vão quase duas décadas de escaladas.

Sem Volta Para Casa é a culminação não apenas do ciclo de Tom Holland, mas de toda uma jornada que começou lá no final do milênio passado e inicio dos anos 2000. Quando, muito antes de sequer existir a ideia de um MCU, Avi Arad manteve vivo o interesse do público em personagens que definhavam nas banquinhas, salvando uma editora falida e trazendo para as telas os heróis da “Casa de Ideias”. Não à toa, o filme presta homenagem ao controverso produtor responsável pela venda dos direitos de personagens icônicos da Marvel para diferentes estúdios de cinema — feito que paradoxalmente atravancou e impeliu o surgimento da Marvel Studios e do MCU.

Com uma nova fase ainda em seus primeiros momentos, o MCU — que agora também se expande para a TV (ou mais precisamente para o streaming da Disney+) — ainda reserva muitas emoções para os “zumbis marvetes”. A conclusão da trilogia de Jon Watts não deixa de seguir os moldes do MCU e ao final percebemos que todo o arco é, na verdade, uma grande história de origem para o jovem Peter Parker/Homem-Aranha. Apostando forte nas ramificações do multiverso, Sem Volta Para Casa é essencial para os fãs da Marvel e destila a quintessência dos filmes de herói.

Onde se vê a árvore não se vê a floresta

Entre as inúmeras discussões insignificantes, próprias dos reconditos nerds, uma das mais recorrentes é a de quem é o melhor Homem-Aranha dos cinemas. Os mais nostálgicos celebram a personificação de Tobey Maguire como um Peter Parker mais "convincente", enquanto outros millenials afirmam categoricamente que o carisma inato de Andrew Garfield faz dele um "Cabeça de Teia" perfeito, mas para toda uma nova geração de fãs Tom Holland é o único Peter Parker/Homem-Aranha.

Desde a primeira parte da trilogia comandada por Jon Watts, Homem-Aranha: De Volta para Casa, muito se questionava sobre a imaturidade do teioso e sua dependencia de Tony Stark/Homem de Ferro. Mal sabiam eles que tudo fazia parte de um plano maior, ou pelo menos é o que parece agora que temos a visão geral da trilogia com aa chegada de Sem Volta Para Casa.

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Próximos de mais das árvores para ver a floresta inteira, as criticas quanto ao desenvolvimento do jovem Peter de Tom Holland não eram de todo injustas. Todavia, agora percebemos que os três filmes, em únissono, funcionam como uma grande história de origem. Peter Parker surge como um adolescente impetuoso, ansioso para mostrar seu valor, mas cuja própria puerilidade é sua maior fraqueza. Alheio aos verdadeiros riscos de ser um herói e facilmente seduzido pelo glamour da fama, personificadas pelo ídolo/mentor Tony Stark (o Homem de Ferro), o Homem-Aranha de Tom Holland é um garoto deslumbrado no meio de gênios, magos, monstros e alienígenas. Quando chegamos em Sem Volta para Casa, a conta já está na mesa e Peter não tem como pagar.

Pierre Bayard — psicanalista, escritor e professor da literatura na Universidade Paris-VIII — já explicava "Como falar dos livros que não lemos", assim, tangeando o entrecho aforista de grandes poderes e responsabilidades, Jon Watts mostra que há mais de um jeito de se contar uma história e entrega a sua versão do adágio "Dâmoclediano" com muita perspicácia. Com uma narrativa muito competente, Watts joga tudo em um violento redemoinho alimentado pelos ventos da nostalgia, que não apenas revira a mitologia do MCU como também promove a evolução dos personagens em vários aspectos, entregando no final um Homem-Aranha ainda mais interessante para o futuro cinematográfico da Marvel.

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Na teia dos Aranhas

Sem Volta para Casa promove o retorno de vilões iconicos das produções passadas — incluindo aqui o infame J. Jonah Jameson de J. K. Simmons, que já havia aparecido no final de Longe de Casa. Jamie Foxx (Electro), Willem Dafoe (Duende Verde), Alfred Molina (Doutor Octopus), Thomas Haden Church (Homem-Areia) e Rhys Ifans (Lagarto) são arremessados no MCU, e entregam performances melhores do que na primeira vez.

Mesmo que o destaque inegável fique com Willem Dafoe, que mesmo dividindo o protagonismo com pelo menos outros 10 atores de peso, entrega um Norman Osbourn / Duende Verde multifacetado e fascinante, também devemos apontar apontar o trabalho de Alfred Molina e Jamie Foxx. Molina, que já havia apresentado uma versão inteligente do Dr. Otto Octavius / Doutor Octopus em Homem-Aranha 2, segue explorando bem a elegância e as minúcias do personagem, enquanto Jamie Foxx encontra a redenção de Max Dillon / Electro, cuja versão de O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro sofreu desde a concepção de seu design.

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Se a presença dos vilões dos filmes passados já era surpreendente, a grande revelação de Sem Volta Para Casa certamente foi o retorno de Tobey Maguire e Andrew Garfield. Abrindo de vez as portas do multiverso no MCU, a reunião dos três "Aranhas" alavanca a trama, alimenta a história de toda a franquia, e proporciona o crescimento tanto dos personagens como dos atores que os encarnam. A química entre os três é excelente, e permite que as interações não se limitem a um amontoado de memes, trazendo momentos verdadeiramente emotivos que, além de contextualizar cada figura dentro da história, também oferecem merecidos desfechos para os heróis.

Enquanto a atuação de Tobey seja impulsionada puramente (e de maneira suficiente) pela nostalgia, Andrew Garfield faz um esforço real para entregar a sua melhor versão do "teioso". Criticado durante sua passagem pela franquia, muito mais pelas viúvas de Tobey do que por sua performance em si, Garfield vai do cômico ao dramático com muita facilidade apresentando o Peter Parker / Homem-Aranha mais humano dos três. Por fim, Tom Holland parece que finalmente encontrou a sua voz dentro da série. Se nos título anteriores o ator parecia se apoiar mais na fisicalidade do papel, em Sem Volta Para Casa o britânico não veste apenas o uniforme do Homem-Aranha, mas também entra na pele de Peter Parker. Navegando com destreza por toda a jornada do personagem, Holland aproveita bem seus momentos e não fica apagado em meio a tantas estrelas.

A verdadeira felicidade está na própria casa

Sem Volta Para Casa não é uma obra prima, tem seus defeitos e acertos e no final não foge em nada ao padrão Marvel. O que pode soar como algo negativo é, mais uma vez, um grande trunfo. Assim, considerando o sucesso consistente do estilo Marvel de se fazer filmes é estranho questionar a suposta falta de criatividade das produções, mas deixo essa discussão para os "apocalipticos e integrados" e a dialética do modelo de reprodução cultural no contexto neogramsciano... ou por um bando de fãs um forum qualquer do Reddit

Com mais de 25 títulos lançados e um grande universo compartilhado é inegável que a formula já apresente alguns sinais de fadiga, mesmo que a cada novo lançamento sejam alcançados novos recordes de bilheteria. Entretanto, se a forma do bolo é a mesma o recheio certamente não é, e Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa mostra que Kevin Feige ainda esconde alguns truques na manga, olhando mais para o macro do que para o micro, apostando nos grandes arcos e não apenas nas histórias individuas.

Sem se emaranhar na própria teia de nostalgia, Sem Volta Para Casa revisita o passado de olho no futuro.   

Em suma, Sem Volta para Casa, como qualquer outra produção da Marvel Studios, é essencial para os fãs do MCU, ao mesmo tempo em que ainda se mostra minimamente atraente até para os não iniciados no mundo dos filmes de super-heróis. No entanto, para realmente apreciar os arcos narrativos de cada personagem é necessário algum conhecimento prévio, pelo menos da franquia Homem-Aranha. 

Critica do filme Os Eternos | Nada é eterno, mas algumas coisas permanecem

Depois de mais de uma década e 23 filmes, é fácil esquecer as origens do MCU. Apesar da Fase 1 do MCU estabelecer as bases do “estilo Marvel”, o tom das produções se desenvolveu em um arpejo crescente até a sua conclusão da "Saga do Infinito" em Vingadores: Ultimato. Entretanto, tudo começou com Homem de Ferro, Incrível Hulk, Thor, Homem de Ferro 2 e Capitão América: O Primeiro Vingador, filmes com estilos relativamente distintos e pouco parecidos com o frenético Guerra Infinita e o grandioso Ultimato.

Os Eternos não é só o primeiro capítulo da história deste grupo de super-heróis cósmicos, mas também faz parte do prefácio da nova saga que emerge no MCU. Chloé Zhao apresenta uma “história de origem” que funciona em vários níveis utilizando uma narrativa inteligente que desvia da ação desenfreada e investe no desenvolvimento de personagens por meio de uma grande aula de filosofia digna do professor Chidi Anagonye (do seriado The Good Place).

Guerra Infinita e Ultimato são o cume da primeira grande Saga da Marvel nos cinemas, enquanto Eternos é o sopé de uma nova montanha que se agiganta à frente dos fãs. Pensando assim, a escalada ainda é longa, mas o escopo de Os Eternos, sugere que o topo é ainda mais alto. Mesmo com alguns deslizes, e com um estilo próprio que o desloca dentro do MCU, Os Eternos é um filme sólido que apresenta um novo e interessante início do universo Marvel nos cinemas.

Quanto tempo dura o eterno?

Sem entrar nos detalhes da cosmogonia Marvel, basta dizer que os Celestiais são os seres mais antigos e poderosos de todo o universo. Em 5000 A.C., o Celestial Arishem envia para a Terra um grupo de dez seres superpoderosos chamados de Eternos com a missão de proteger a humanidade de  criaturas predatórias chamadas de Deviantes.

Sem poder interferir no desenvolvimento dos humanos, os Eternos seguem lutando contra os Deviantes até o dia em que estes estivessem totalmente erradicados e Arishem os convocasse de volta ao seu planeta natal. Milênios se passam e depois de várias “vidas” juntos o grupo começa a mostrar fissuras, questionando sua missão “divina”, a humanidade e seu papel não-intervencionista em um mundo que obviamente se beneficiaria de seus talentos.

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Entretanto, com o reaparecimento dos Deviantes, os Eternos são forçados a se reunir e proteger a humanidade da antiga ameaça, apenas para descobrirem que muito mais está em jogo do que a erradicação dos Deviantes e o seu retorno para a casa. Sem revelar qualquer spoiler e entregar pontos importantes da trama, Chloé Zhao, Patrick Burleigh, Ryan Firpo e Matthew K. Firpo conseguem trabalhar com toda a grandiosidade da obra de Jack Kirby dentro do microcosmo de cada personagem.

A narrativa que aposta em flashbacks expositivos que contextualizam elementos do passado e presente, do relacionamento dos Eternos com os humanos e os Celestiais, o roteiro trabalha vários elementos em diferentes níveis a todo momento.  A história é muito bem amarrada, ao ponto de mostrar que, de fato, não há um vilão na história.

Brilho Eterno

Gemma Chan, Richard Madden, Kumail Nanjiani, Lia McHugh, Brian Tyree Henry, Lauren Ridloff, Barry Keoghan, Don Lee, Kit Harington, Salma Hayek e Angelina Jolie. Misturando nomes em ascensão e estrelas já consagradas de Hollywood, o elenco de Eternos acerta em praticamente todos pontos.

Angelina Jolie, mesmo em seu “piloto automático” se destaca sempre que aparece em cena na pele de guerreira Thena, enquanto Don Lee esbanja carisma como Gilgamesh, o mais forte dos Eternos e guardião de Thena. Kumail Nanjiani cumpre seu papel de alívio cômico com naturalidade,  deixando muito espaço para seus companheiros roubarem as risadas.

Vale destacar o esforço de Richard Madden, que mesmo limitado – algo evidenciado desde sua temporada em Game of Thrones – ainda entrega bons momentos e uma atuação sólida como Ikaris (o Super-Homem da Marvel) um personagem que precisa de muita flexibilidade emocional. Infelizmente o mesmo não pode ser dito de Gemma Chan, que oferece uma performance tão sutil que beira a monotonia, algo que não explora totalmente o arco de crescimento e superação de Sersi.

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De eterno e belo há apenas o sonho

A lista de acertos de Chloé Zhao no roteiro ena direção também passa pelo seu uso inteligente da câmera que mescla efeitos práticos e poucas intervenções digitais.  Mesmo com a renomada Industrial Light & Magic cuidado dos efeitos especiais, a diretora deixa o impacto visual emergir da construção da cena e não necessariamente do efeito em si, algo que confere ainda mais força para uma tradução mais fiel da identidade visual do rei Jack Kirby e a Era de Bronze das histórias em quadrinhos.

As cenas de luta, mesmo que espaçadas são bem coreografadas e utilizam as habilidades de cada um dos eternos, e certamente redefinem alguns conceitos dos “filmes de heróis”, especialmente na forma como representam os poderes de seres velocistas. Em outras palavras, chega de cenas em câmera lenta para mostrar que o personagem está se movendo mais rápido do que os outros.

Os Eternos não cobre toda cosmogonia Marvel, mas abre vários caminhos interessantes para o futuro do MCU.

Dentre muitos acertos e alguns erros, Eternos é sem dúvida um dos filmes de herói mais interessantes dos últimos anos. Vingadores: Ultimato finalizou um longo arco cuja memória inda é muito recente para o fãs. Com o “corpo ainda fresco”, essa Fase 4 do MCU precisará superar  a expectativa do público para criar gradativamente a mesma grandiosidade que levou uma década para ser construída, para quem entende o contexto deste momento, Eternos se mostra como um ótimo ponto de partida.

"Pantera Negra" é a homenagem a Chadwick Boseman na Tela Quente de hoje (31/08)

Na última sexta-feira, o mundo perdeu uma estrela incrível: Chadwick Boseman. O ator que ficou mundialmente conhecido pelo papel do personagem "Pantera Negra" nos filmes da Marvel partiu ainda jovem, aos 43 anos, após uma longa batalha contra um câncer. Nesses poucos dias após tal evento infortúnio, fãs de Boseman, amigos, colegas de profissão, cineastas e outras celebridades homenagearam o artista de diversas formas na internet e na televisão.

O ator que teve uma carreira relativamente curta marcou a vida de milhões de pessoas, porém mesmo com uma repercussão gigantesca através do principal blockbuster que protagonizou, a verdade é que há uma imensidão de pessoas que não têm acesso ao cinema e ao streaming, de modo que a estreia de "Pantera Negra" na televisão aberta vem como uma homenagem e também como uma oportunidade para tantas pessoas conhecerem o filme ou reverem essa produção fantástica.

Assim, a Rede Globo anunciou que vai transmitir nesta segunda-feira (31 de agosto) o filme "Pantera Negra" na Tela Quente. O filme  "Pantera Negra" acompanha T’Challa que, após os eventos de “Capitão América: Guerra Civil”, volta para casa para a isolada e tecnologicamente desenvolvida nação africana de Wakanda, para assumir seu lugar como Rei. Entretanto, quando um velho inimigo reaparece no radar, a fibra de T’Challa como Rei e Pantera Negra é testada quando ele é levado a um conflito que coloca o destino de Wakanda e do mundo todo em risco.

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Vale frisar que "Pantera Negra" tem mais de duas horas de duração, então se prepare para dormir mais tarde. O filme será transmitido na versão dublada, mas como de costume a Globo costuma transmitir com opções de áudio original e legendas. E muito importante, mesmo sendo um filme baseado em quadrinhos, não se trata de uma obra para crianças, então fique ligado, pois Pantera Negra tem classificação indicativa recomendada para maiores de 14 anos.

Confira o trailer de Pantera Negra:

Veja mais trailers e imagens de "Pantera Negra" na ficha abaixo:

Crítica do filme Homem-Aranha: Longe de Casa | Curtindo férias frustradas

"Homem-Aranha: Longe de Casa" é a conclusão da Saga Infinita e o que começou com o primeiro "Homem de Ferro", finalmente, se encerra. Pelo menos até a próxima fase, que promete ser ainda mais grandiosa que a anterior. Peter Parker (Tom Holland) e seus amigos estão em férias pela Europa, mas eles não vão conseguir descansar.

Peter terá que desvendar o mistério de criaturas que causam desastres naturais e destruições pelo continente, enquanto lida com a perda de seu grande mentor Tony Stark (Robert Downey Jr.). Ele contará com a ajuda de uma nova figura heróica apelidada pelos jornais de “Mysterio”, também conhecido como Quentin Beck (Jake Gyllenhaal).

Apresentando-se como um misterioso guerreiro de uma dimensão paralela muito parecida com a “nossa”, responsável por batalhar contra os Elementais, um grupo de monstros horríveis baseados nos quatro elementos. Beck conta que seu mundo foi dizimado por essas criaturas, mas foi capaz de escapar até outra dimensão a tempo de prevenir a catástrofe novamente. Vale mencionar que Jake Gyllenhaal eleva um personagem que usa um aquário na cabeça a um novo patamar, incrivelmente carismático e divertido com todas as suas particularidades.

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Nick Fury (Samuel L. Jackson) acredita na história do misterioso e simpático herói e resolve ajudar, visto que a Terra pode estar em grande perigo e tentar prevenir o fim do mundo faz parte do seu dia a dia. Para tal empreitada, ele convoca nosso garoto aracnídeo, que prefere passear com seus amigos na Europa do que salvar o mundo. Mas a SHIELD tem métodos bem eficazes de persuasão e Peter acaba aceitando a missão, indignado por nenhum outro Vingador estar disponível.

Seu amigo da vizinhança

Aliás, tudo isso se passa após os eventos de “Vingadores: Ultimato”. Ou seja, metade da população foi apagada e restaurada cinco anos depois, evento carinhosamente chamado de “Blip”, então universos paralelos parecem plausíveis após essa loucura toda. A primeira cena já vai cativar seu coração, servindo como homenagem para aqueles que já se foram e dando o tom humorístico esperado para um filme do Homem Aranha. As consequências do “Blip” são explicadas logo de cara, de forma descontraída mas sem parecerem bobas.

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Quando “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” foi lançado, comentou-se bastante sobre como o filme não era tão influenciado por outros filmes do gênero "heróis", mas principalmente de longas no estilo do diretor John Hughes, como “Clube dos Cinco” e “Curtindo a Vida Adoidado”. Distanciando-se das versões anteriores (principalmente a de Andrew Garfield), Peter era apenas um garoto tentando conciliar uma vida normal, indo para escola, morando com sua Tia May (Marisa Tomei) e talvez salvando a vizinhança com seus poderes de Aranha. Provavelmente a maior qualidade do diretor Jon Watts ainda seja seu trabalho com o elenco jovem e com o clima despojado de uma comédia adolescente.

Agora, depois de ir para o espaço, entrar para os Vingadores, enfrentar vilões com poderes imensos, sem contar os cinco anos que se passaram, é difícil voltar a uma vida pé no chão sem se preocupar com as futuras ameaças, principalmente sendo praticamente forçado a se tornar “o novo Homem de Ferro”.

Spiderman, Spiderman, does whatever a spider can

Eu tive que pensar durante um tempo e apesar de ter gostado MUITO do filme, alguns pontos me pareceram bem fracos ou forçados demais. Em “De Volta ao Lar” a direção de Jon Watts não parecia muito confiante nas cenas de ação, apesar de todo o excelente trabalho de Tom Holland, mas em “Longe de Casa” tudo parece mais ambicioso e bem encaixado, exceto se comparado ao “Aranhaverso”, uma comparação quase inevitável, apesar das mídias distintas. Apesar disso os efeitos visuais estão excelentes, e as cenas de ação evoluíram muito.

O que me incomodou realmente foram algumas soluções do roteiro propostas por Chris McKenna e Erik Sommers. Algumas são convenientes demais para serem críveis, mesmo se considerarmos o universo fantástico em que o longa se insere. Sem dar spoilers fica difícil explanar, mas um exemplo é após uma batalha especialmente difícil, Beck e Parker vão até um bar para beber.

Eles simplesmente tiram a máscara e conversam sobre “assuntos heróicos”, enquanto as pessoas ao seu redor não prestam a menor atenção a eles. O desenvolvimento da cena pode justificar a situação, mas é apenas uma das situações de que tudo é conveniente demais, assim como a utilização da tecnologia em momentos cruciais da trama.

Nos dias de hoje, as pessoas acreditam em qualquer coisa

Peter só quer curtir suas férias na Europa com seu amigo Ned (Jacob Batalon) e planeja se declarar para MJ (Zendaya), mas as circunstâncias forçam ele a ser muito mais Homem Aranha do que Peter Parker. Estando em um estado de negação e luto, ele torna-se suscetível a qualquer um que queira se aproveitar dessa vulnerabilidade emocional, um dos pontos chaves da trama. Enfim, prepare-se para grandes surpresas e desconfie de tudo.

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“Longe de Casa” é um filme sobre legados e o peso de nossas ações. Apesar de apresentar uma história mais contida e pessoal, a sensação de que o longa serve como mais uma peça no enorme quebra-cabeça do Universo Marvel é inevitável. Não que isso seja algo ruim, já que ainda podemos ver Peter Parker em uma excursão escolar pela Europa junto com seus amigos, se apaixonando, talvez indo para a faculdade?

Porém, com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, e depois de ver as duas cenas pós-créditos o futuro é tão incerto que independente do rumo da próxima fase Marvel, estaremos lá. Você vai acreditar em tudo o que eu disse ou vai conferir com os próprios olhos?

Podcafé 036: Vingadollys, Star Wars VIII e estreias de Dezembro de 2018

Pois é, o ano está chegando ao fim, mas, antes do fim, há muita coisa boa para ver na telona — e na telinha também, claro. Nesta semana, tivemos a grande estreia do trailer de "Vingadores: Guerra Infinita", que vai reunir a turma toda e botar geral para enfrentar o vilão Thanos.

É muita coisa para falar sobre o novo filme dos Vingadores, por isso nossa equipe se junta para trocar boas ideias sobre tudo que apareceu no primeiro vídeo. Apesar de este não ser um episódio especial Marvel, nós não poderíamos deixar de tomar boa parte do tempo para falar desta big novidade.

Só que o mundo não gira em torno da Marvel, por isso também aproveitamos a reunião do clã para falar das boas estreias de dezembro, incluindo o aguardado "Star Wars Episódio VIII - Os Últimos Jedi". Além desse blockbuster, temos a chegada de "Perfeita é a Mãe 2", que segue a receita de "Pai em Dose Dupla 2", "Apenas um Garoto em Nova York", um filme com grande elenco, e "Suburbicon", dirigido por George Clooney.

Acho pouco? Então ainda tem a animação "O Touro Ferdinando" (que é tipo Carros, só que com bichos), "Roda Gigante", o novo filme de Woody Allen, "Pequena Grande Vida" — mais um filme com Matt Damon — e também "O Sacrifício do Cervo Sagrado", do diretor de "O Lagosta". Mas não é só isso, então, dá o play!

Curtiu esse bate-papo? Então compartilha com os amigos e deixa seu comentário abaixo, falando se você quais filmes você vai ver no cinema e se você curtiu o trailer dos Vingadores :D

Podcafé 016: Os 73 anos de Marvel “vs” DC no cinema!

Chegou o dia do fatídico podcafé onde os intrépidos dcnautas e marvecos safados: Fábio Jordan, Charlinho Guerreiro, Thiago Moura e Mike Ale discutem os mais de 80 filmes da Marvel e DC no decorrer da história!

O que mudou de 1944 pra cá? Os filmes que envelheceram mal, os piores e os melhores anos, a incapacidade da Fox, a falta de planejamento da Warner e o risco da Marvel estar dando um passo maior que a perna!

E ainda: Nossos desejos “nerds” estão bem atendidos no cinema? Alan Moore está certo? Qual o pior Peter Parker? Quando vamos ter um remake de Howard the Duck e precisamos MESMO falar de Lanterna Verde?

Então já sabe, pega tua pilha de gibis, relaxa aí na poltrona que esse papo vai longe e venha com a gente nessa viagem super-heróica ao longo do tempo pra vermos onde o cinema errou e onde o cinema acertou em se tratando de filmes de super heróis!

Dá o play e... Excelsior!

E conta pra gente: qual filme de herói que você gostaria de ver nos cinemas, qual seu preferido e qual é o que te “ofendeu pessoalmente?”

Lembrando que você também pode acompanhar o Podcafé através do seu aplicativo favorito, basta adicionar o link do nosso feed RSS.

Crítica do filme Guardiões da Galáxia Vol.2 | O mix continua awesome!

O 15º filme da Marvel Studios deu para James Gunn um desafío de Schrödinger. Fácil e difícil ao mesmo tempo.

Fácil por que uma sequência de Guardiões da Galáxia — um filme que é quase unanimidade entre fãs e não fãs da Marvel — é relativamente tranquila de fazer. Todo mundo (ou  ̶a̶s̶ ̶p̶e̶s̶s̶o̶a̶s̶ ̶l̶e̶g̶a̶i̶s̶ a maioria das pessoas) já ama os personagens, a “vibe” e o universo estabelecido no primeiro longa.

E difícil justamente pelos mesmos motivos! Como lidar com a pressão e a responsabilidade de entregar um produto de igual qualidade ou (de preferência) ainda melhor que o primeiro? E a solução do James Gunn e de toda a equipe criativa de "Guardiões da Galáxia Vol.2" foi: “Mais cores, mais ação, mais drama, mais piadas, mais Guardiões”.

E isso é ótimo. Mas vamos com calma

Eu amo seus galhos, mas cadê seu coração?

Antes de tudo eu já digo que Guardiões da Galáxia 2 é um dos filmes mais intimistas da Marvel Studios e com certeza o mais intimista da tropa até agora.

O diretor e roteirista James Gunn já disse que Guardiões vai ser uma trilogia e que ele pretende contar a história desse grupo em três atos. E bom, pelo que vemos no segundo ato, ele está fazendo isso direito.

No primeiro, a gente conhece Peter Quill, Gamora, Drax e a dupla Rocky e Groot, e acompanhamos essa tão incomum “família” se desenvolver, mas é tudo muito breve, coisas precisam ser explodidas e a galáxia precisa ser salva e danças precisam ser dançadas. O filme termina e eles acabam sorrindo e juntos na nave singram para qualquer que sejam as aventuras que os esperam. Muito lindo, né?

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Pois é, mas eles não eram um bando de desajustados que não combinam em nada um com o outro? Como assim que agora eles se amam e tudo na vida deles vai ser muito massa? Pois é. É ai que entra a beleza de Guardiões da Galáxia 2. É ai que entra a beleza do 2º de 3 atos dessa história cósmica.

A relação entre o grupo se estreita e tudo o que você pensa é “meu, como que esses caras ainda estão juntos?” Eles não se aguentam, se xingam, não se entendem e até parece que se odeiam. Porque é como eu já disse. Eles são muito diferentes (tipo, até de espécies diferentes). E se eles vão ter que enfrentar um 3º ato juntos, muita coisa precisou ser resolvida nesse 2º.

E o filme toma o cuidado de dar para cada personagem uma carga dramática mais aprofundada. Mesmo que tudo tenha que parar pra que isso possa acontecer. As cores vibrantes, as piadas e todo o universo aberto dão espaço pra gente poder conhecer, de verdade, o que se passa dentro da cabeça e do coração de cada um dos personagens, desde o turrão e sarrista Drax até a alma inocente do pequeno Baby Groot. Todos tem o seu momento, e é impossível de não criar empatia com pelo menos um dos dramas internos vividos por eles.

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Claro que o protagonista ainda é o Peter Quill, e coisas extremamente importantes para sua personalidade acontecem durante a trama, mas é tudo spoiler. Então veja logo o filme pra gente poder conversar melhor (serião, quero perguntar sobre o que você achou de uma parada que acontece). Mas isso não deixa os outros personagens de lado, ou não significa que suas particularidades foram menos desenvolvidas, muito pelo contrário.

O desenvolvimento do Rocket Raccoon, por exemplo, é algo realmente bonito de acompanhar. E esse bichinho com certeza tem alguns problemas que precisavam de atenção. E isso porque nem vou falar muito da relação entre irmãs Gamora/Nebulosa, que rende cenas onde feridas e mágoas são expostas. Mas também não posso falar muito disso. O filme te mostra todas as maravilhas de um universo multicolorido e todas as mais absurdas situações, mas no fim das contas, seus olhos se voltam para os personagens, e é deles a maior importância.

Tem piadas - Lide com isso

Falando assim parece que tô falando de um Manchester by the Sea da vida, de tão dramático. Mas não se engane. O filme tem uma piada a cada 3 minutos de duração. Exagero essa conta? Talvez um pouco. Mas é mais ou menos isso. O que pra mim foi um dos pontos que pesou um pouco (o “lide com isso” do título é tão pra mim quanto pra você).

Eu realmente não gosto muito desse vício/obrigação de quebras de clima com piadas que a Marvel insiste em fazer em todos os filmes. Tudo bem lidar tudo com humor, mas tem vezes que você pensa: “poxa vida Marvel, não faz piada agora cara… Olha só o que tá rolando, nem tem como ter piada agora”, mas ai ela vai lá e faz piada mesmo assim, como se nem tivesse ouvindo você pedir.

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Então se pra mim o filme tem um defeito, é esse e exatamente esse. O excesso de piadas em timming errado. (Sério Marvel, é massa as piadas, mas vamos achar outro jeito ai de quebrar climas…)

Star Wars com LSD

E o filme é bonito, hein? Na proposta de se fidelizar com os quadrinhos cada vez mais, o filme aposta em cores vibrantes e uma paleta extraída das melhores páginas de uma HQ da década de 60 desenhada por Jack Kirby. O deslumbre visual das cores da galáxia é caleidoscópio e o filme apresenta soluções visuais muito criativas e que enchem os olhos.

Alguns podem ver o defeito do excesso nessa parte, assim como eu achei com as piadas, mas existem cenas que não dá pra negar a beleza do que está sendo mostrado. Se você gosta dos efeitos de lasers ou das cores dos planetas em Star Wars, se prepare pra tomar uma overdose em Guardiões da Galáxia 2.

“Capitão América não aguenta a chegada  de tantas referências em Guardiões da Galáxia 2 e desmaia ao vivo”

Essa é uma das minhas partes preferidas. O tanto de referências ao universo dos quadrinhos que tem nesse filme não está no gibi! E elas aparecem de forma que não atrapalha o andamento ou o entendimento do filme como um todo. Quem conhece o personagem (ou a citação, ou o lugar) dos gibis, vai olhar e falar “nossa, olha só que legal, eu vi o que vocês fizeram aí!” (Só não fale se estiver no cinema, por favor).

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Mas caso você nunca tenha aberto um gibi na vida, você vai curtir o filme do mesmo jeito, porque, ou o filme te explica quem é o personagem assumindo mesmo que você está vendo ele pela primeira vez, ou o personagem está tão no canto ou no fundo, que não passa de um “ah, outro bichinho gozado ali fazendo traquinagens”. E o filme todo é um balde de referências até o fim dos créditos com nada modestos 5 cenas pós (durante) créditos! O gerente ficou maluco!

Mas e aí?

Guardiões da Galáxia 2 fideliza seus fãs e os amarra para o já anunciado terceiro e último filme do grupo, conta uma história que avança com a história geral desses personagens, responde muitas perguntas, agrada os fãs de quadrinhos e os fãs da franquia cinematográfica isoladamente…

É um filme que você precisa aceitar muita coisa absurda e é um filme que você precisa ver com o coração e com inocência (apesar das piadas de pênis).

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No fim das contas não tem erro. Se você gostou do primeiro longa-metragem e gosta dos filmes da Marvel em geral, não tenho dúvidas que você vai gostar de "Guardiões da Galáxia Vol.2", que tem tudo o que tem no primeiro, só que mais e maior e mais exagerado. O que é ótimo.

Teaser de Deadpool 2 está no ar, mas a sequência não chega tão cedo

O anti-herói tagarela Deadpool recebeu um teaser bastante sugestivo confirmando seu longa de continuação. Exibido antes das sessões de Logan, nos Estados Unidos, Deadpool já arranca risadas do público e deixa um gostinho de "quero mais", preparando a população para o que está por vir.

Aqui no Brasil o anti-herói não está dando as caras nas sessões de Logan, mas, após alguns vazamentos, a Fox liberou o teaser para o público no canal do ator Ryan Reynolds no YouTube - e você já pode conferir a pequena aparição do querido Wade com seu traje vermelho.

Com uma grande referência aos clássicos filmes do Superman, o teaser mostra Wade Wilson colocando seu uniforme para combater o crime, porém o fechamento deixa os fãs um tanto quanto apreensivos, pois esclarece que Deadpool 2 ainda pode demorar um bocado para chegar às telonas.

Veja o teaser de Deadpool 2:

O primeiro longa, lançado no início de 2016, foi um sucesso entre os amantes do cinema e é comentado até hoje, tanto pelo filme em si quanto por toda a publicidade que o envolveu, além de ter dado a brecha para que Logan (veja nossa crítica) fosse lançado para maiores de 18 anos.

E aí, curtiu esse teaser? Não esqueça de conferir o que o Café com Filme achou de Deadpool aqui.

Muita magia e mentes explodindo no segundo trailer de Doutor Estranho

O primeiro trailer do Doutor Estranho, personagem místico da Marvel que promete explodir as cabeças da audiência, foi apenas para dar aquela amostra e deixar todos curiosos. Agora o segundo trailer foi revelado durante a Comic Con, e não economiza em mostrar a magia do filme, e isso não é apenas uma figura de linguagem.

As cenas desenvolvem a interação entre Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) e a Anciã (Tilda Swinton) e seus estudos mágicos, e mostram o impacto que o personagem pode ter no Universo Marvel. Os efeitos estão dignos de um mundo dos sonhos de "A Origem", sem perder o clima de aventura e a graça dos filmes Marvel.

A data de estreia está prevista para 4 de Novembro.