Ben Kingsley - Café com Filme

Faraó | Trailer dublado e sinopse

Em meio à trama Mitani para conquistar o Egito, Tut lida com uma doença mortal que se espalha pelo reino e uma traição inesperada de seu círculo íntimo. Minissérie transformada em filme.

War Machine | Trailer legendado e sinopse

War Machine é um comentário sobre das guerras que vivemos hoje pintado alternando os aspectos mais sombrios da guerra com pinceladas de reality TV e paródia besteirol, borrando as fronteiras de todos esses gêneros. Com um olhar absurdista, o roteirista e diretor David Michôd (Animal Kingdom) retrata a ascensão e queda de um general americano, seguindo a marcha de um líder super seguro de si rumo à loucura do combate.

No centro de tudo está a atuação de Brad Pitt, que faz o papel de uma das figuras de guerra mais polarizantes de uma geração: o bem-sucedido e carismático general quatro-estrelas Stanley McChrystal, cuja trajetória estelar no comando das forças da ONU no Afeganistão foi abatida pelas revelações de um jornalista.

A Lista de Schindler | Trailer oficial e sinopse

Um dos filmes mais significativos da história, A Lista de Schindler (de Steven Spielberg) é uma poderosa história cujas lições de coragem e fé continuam a inspirar gerações. Vencedor de sete prêmios da Academia — incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor —, esta incrível história verdadeira segue um pouco da trajetória do enigmático Oskar Schindler (Liam Neeson), que salvou a vida de mais de 1.100 judeus durante o Holocausto.

É o triunfo de um homem que fez a diferença e o drama daqueles que sobreviveram a um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade por causa do que ele fez.

Sem Retorno | Trailer legendado e sinopse

Sofrendo de um câncer terminal, um senhor decide passar por um tratamento médico radical. Após ter sua consciência transferida para o corpo de um jovem, ele percebe o envolvimento de uma organização secreta e muito perigosa. Mas nem tudo é o que parece quando ele começa a desvendar o mistério da origem do corpo e da organização que vai matar para proteger a sua causa.

Mogli - O Menino Lobo | Trailer legendado e sinopse

Acompanhe a história do menino órfão, Mogli, que cresceu na floresta e foi criado por uma alcateia, um urso e uma pantera negra. Mogli – O Menino Lobo apresenta um novo patamar de arte e tecnologia, que levará o público para um mundo exuberante, nunca antes visto nos cinemas.

Refúgio do Medo | Trailer legendado e sinopse

Um jovem recém graduado na faculdade de medicina assume um cargo numa instituição mental e logo se vê apaixonado por uma de seus colegas - e tal distração não permite que ele perceba uma terrível mudança no corpo de funcionários.

Sob o Domínio dos Robôs | Trailer legendado e sinopse

Num futuro próximo, um grupo sobrevive em uma área de testes em ruínas após um grave acidente. O problema é que a catástrofe liberou um vírus que matou milhares e causou mutações em outras tantas pessoas transformadas em zumbis. Max Gatling (Dolph Lundgren) que lidera um grupo militar tem como missão acabar com os infectados usando um exercito de robôs.

Crítica do filme Uma Noite no Museu 3 | Final grande e cansativo

Entre as primeiras estreias de 2015 está o terceiro filme da série que conseguiu continuidade de modo inimaginável. Sério, como alguém assistiria ao primeiro filme de Uma Noite no Museu e esperaria pelo prolongamento das mesmas ideias e piadas?

Há poucas novidades no enredo de O Segredo da Tumba, somadas à atuação sem sal da maioria do elenco. Entretanto, é possível selecionar raros motivos pelos quais talvez ainda valha a pena investir o tempo desse verão na sala do cinema.

Rumo à Europa!

Ben Stiller assume novamente o papel de Larry Davey, mas exercendo o cargo de funcionário responsável pela elaboração das principais atrações e performances apresentadas no Museu de História Natural de Nova York. Tarefa complexa em comparação com a rotina de segurança noturno na qual ele estava acostumado a trabalhar.

Tudo vai bem até a hora em que os animais e estátuas se comportam perigosamente durante o espetáculo apresentado para uma grande plateia. Episódio que faz Larry se interessar pela resolução do mistério que envolve a antiga tábua egípcia que sempre deu vida a todos os personagens históricos durante a noite. 

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Com esse objetivo ele vai até o Museu Britânico perguntar ao faraó (Ben Kingsley) quais são os detalhes da maldição contida na tábua. Na viagem à Inglaterra quase todos os personagens que conhecemos o acompanham, com destaque para o homem de neandertal interpretado pelo próprio Ben Stiller e que fornece cenas hilárias imitando o protagonista em vários instantes.

A atriz australiana Rebel Wilson também tem seu brilho: habilidosa comediante, ela consegue cativar facilmente em suas aparições atuando como segurança na portaria do museu inglês.

Pontos positivos

Há que se valorizar detalhes e trocadilhos com acontecimentos históricos que avançam para o contexto dos séculos não trabalhados nos dois filmes que precedem. 

São três as principais épocas: o tempo dos faraós (em que foi mencionada de modo cômico a questão do Êxodo do povo hebreu), o tempo da Roma Antiga (com o desastre do vulcão de Pompeia) e a lenda do Rei Artur (de onde surge sir Lancelot, cavaleiro da Távola Redonda interpretado por Dan Stevens).

Os efeitos especiais funcionam perfeitamente. Exemplo notável pode ser apreciado logo no início quando são exibidas, com fidelidade à mitologia grega, as constelações do deus da caça Órion em oposição ao escorpião. 

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Tempo perdido...

Soa irônico que em meio a uma bem conduzida salada histórica, com pessoas vindas de tempos distantes, o ponto negativo tenha sido o modo como o tempo foi aproveitado. Literalmente, a história termina na metade do filme e os minutos que seguem são só extensão de um enjoativo e torturante final feliz que parece nunca ter fim.

Outro problema é o enredo secundário do filho adolescente de Larry (Skyler Gisondo), contendo diálogos forçados sobre os planos de ir ou não para a universidade. Algo totalmente desconectado da proposta e com aquela superficialidade no estilo “white people problems” digna de ser satirizada por Louis C.K. num de seus stand ups.

Deixando para o final da análise o que ficou para além do final do filme: Robin Williams e Mickey Rooney são homenageados  brevemente no final dos letreiros. É necessário conter a ansiedade, ver toda plateia se amontoando em direção a saída para finalmente visualizar a modesta recordação de dois importantes atores para a história do cinema.

Mogli: Jon Favreau revela arte conceitual e primeira foto de bastidores

O diretor Jon Favreau (“Homem de Ferro”) revelou em seu Facebook a primeira imagem de bastidores de sua adaptação cinematográfica de “Mogli - O Menino Lobo” (“The Jungle Book” no original). O filme será uma nova versão para as telonas do livro de Rudyard Kipling, lembrando que um longa metragem de animação foi feito em 1967 contando a história do menino criado por lobos.

Nesta semana, Favreau já havia revelado a primeira imagem de arte conceitual da nova adaptação, essa que você confere no topo desta notícia.

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O longa contará apenas com um único ator real, o estreante Neel Sethi, que vai interpretar o protagonista. Os demais personagens serão criados por computação gráfica (CG) e receberão as vozes de estrelas consagradas de Hollywood. No filme, Ben Kingsley (“Êxodo: Deuses e Reis”) será a pantera negra Bagheera, Lupita Nyong’o (“12 Anos de Escravidão”) será a loba Raksha, e Christopher Walken (“Click”) será o macaco Rei Louie.

Participam ainda do projeto os atores Idris Elba (“Thor: O Mundo Sombrio”) como o tigre Shere Khan, Scarlett Johansson (“Lucy”) como a cobra Kaa e Bill Murray (“Feitiço do Tempo”) como o urso Baloo, melhor amigo de Mogli.

“The Jungle Book” tem estreia programada para o dia 9 de outubro de 2015.

Crítica do filme Êxodo: Deuses e Reis | Transformando um profeta em general

O diretor britânico Ridley Scott é conhecido por suas grandes obras de ficção científica (“Blade Runner” e “Alien”, por exemplo) e também por seus épicos de ação (como “O Gladiador” e “Robin Hood”). Desta vez, o cineasta volta à baila com o segundo gênero, transformando a passagem bíblica da libertação do povo hebreu no Egito em um grande conto de guerra e fé.

Em “Êxodo: Deuses e Reis”, sai aquela imagem tradicional que se tem de Moisés como um senhor com barba e cabelos brancos e entra a de um homem jovem e guerreiro, que foi do ceticismo à fé quase cega no Deus de Abraão, levando para a tela do cinema algumas dos feitos bíblicos mais conhecidos de todos, como as pragas do Egito e a travessia do Mar Vermelho.

Mas o embricamento entre fé e guerra não funciona tão bem nesta obra, que parece ter ficado um tanto quanto perdida sobre qual caminho seguir. Apesar de um bom uso da computação gráfica para recriar o mundo do Egito de quase 3,5 mil anos atrás e de longas sequências de ação no melhor estilo Ridley Scott, o resultado geral é de um filme mediano e nada mais do que isso.

Fé cega, faca amolada

Esse lema, título de uma música muito conhecida de Milton Nascimento, descreve bem a saga de Moisés em “Êxodo: Deuses e Reis” depois que ele toma conta de quem ele é de fato. No filme, após visitar uma pedreira onde escravos ensaiavam uma rebelião, Moisés (Christian Bale) tem uma conversa reveladora com um intelectual hebreu (Ben Kingsley) e descobre que é hebreu.

Ao sair da reunião, o incrédulo Moisés é interpelado por dois guardas e os ataca, tirando a vida de ambos. Tanto a morte dos guardas quanto a possibilidade de Moisés ser hebreu chega aos ouvidos do agora faraó Ramsés (Joel Edgerton), que assumiu o posto depois que seu pai, Seti (John Torturro), morreu. O líder egípcio então resolve exilar aquele que foi criado ao seu lado, como um irmão, e Moisés parte errante pela região até conhecer Zéfora (Maria Valverde) e se casar com ela.

Se na Bíblia tudo isso leva 80 anos para acontecer, na cronologia do filme leva pouco mais de nove anos. Agora, um pastor de ovelhas, Moisés têm a revelação dos desígnios de Deus em sua vida ao ficar soterrado em pedra  e lama após uma tempestade.

Êxodo: Deuses e Reis

Aqui está um das surpresas bastante válidas de Ridley Scott para este filme: o deus hebreu é representado como uma criança, que aparece e some repetidas vezes para Moisés, dando a tudo um ar meio Mestre dos Magos. A partir daí, Moisés retorna à pedreira do início do filme, reencontra o intelectual judeu e resolve treinar um exército para a batalha contra os egípcios, resultando, de modo geral, em uma das grandes falhas do roteiro.

Coescrito por Adam Cooper, Bill Collage e Steven Zaillian, o argumento do filme não consegue explorar a ligação afetiva de Moisés e Zéfora, algo que passaria incólume se não houvesse a tentativa de dar um toque de amor romântico no final da obra. Além disso, a ligação de Moisés com o povo hebreu também parece superficial demais, mesmo com a inclusão de um irmão e de um sobrinho biológicos na história, que simplesmente somem do mapa depois de serem apresentados ao messias hebreu.

As adaptações feitas na trama para trazer algumas das 10 Pragas do Egito à cena também deixam a trama um tanto mais bizarra — nesse ponto, destaca-se a fonte da maré que deixou vermelha a bacia do rio Nilo e as suas consequências imediatas, também pragas bíblicas, como a presença de moscas, rãs e sarnas. A trama tenta dar um ar mais “científico” a isso tudo, porém, isso foi desnecessário diante da natureza do filme e não foi capaz de eliminar a bizarrice dos acontecimentos.

Um líder político e um deus cruel

Apesar da carga espiritual óbvia de Moisés no filme, um dos pontos em que os roteiristas acertam em cheio é em deixar mais claro o papel de líder político em detrimento ao de líder religioso. No filme, o messias é um general, logo seu apelo para guerra é evidente, apesar de não ter havido nenhum grande confronto entre eles e tudo acabar se resolvendo mais na fé e no cruel senso de “justiça” do deus hebraico.

A conversa de Moisés com um de seus aliados ao final da história o coloca como politica e socialmente consciente da bomba que tem em mãos, quando ele questiona as possibilidades para o futuro. O líder lembra que, ao chegar em Canaã, os judeus serão vistos como invasores, visto que deverão tomar à força a terra de seus ocupantes. Além disso, ele reconhece a dificuldade de manter a comunhão os objetivos de todos, abrindo brecha para a necessidade de leis “divinas”. Pode-se dizer que a fé do povo hebreu em Deus e em Moisés como seu representante é explorada nesse ponto.

Fazendo um balanço geral, o pior de tudo, entretanto, é a cena em que o Mar Vermelho se fecha com Moisés e Ramsés sobrevivendo quase que intactos a um verdadeiro tsunami — coisas de Hollywood. A mais nova obra de Ridley Scott não consegue funcionar bem como saga espiritual nem como nem como um conto de feitos épicos de um homem para libertar seu povo.