Bill Murray - Café com Filme

Encontros e Desencontros (2003) | Trailer legendado e sinopse

 Bob Harris (Bill Murray) é uma estrela de cinema, que está em Tóquio para fazer um comercial de uísque. Charlotte (Scarlett Johansson), por sua vez, está na cidade acompanhando seu marido, um fotógrafo workaholic (Giovanni Ribisi) que a deixa sozinha o tempo todo. Sofrendo com o horário, Bob e Charlotte não conseguem dormir. Eles se encontram, por acaso, no bar de um hotel de luxo, e em pouco tempo tornam-se grandes amigos.

On the Rocks | Trailer oficial e sinopse

 Afastada de seu pai playboy (Bill Murray) há anos, Laura (Rashida Jones) uma jovem mãe, resolve se reaproximar dele. O reencontro entre os dois se torna tão intenso, que ambos embarcam em uma aventura pela cidade de Nova York.

A Crônica Francesa | Trailer legendado e sinopse

Uma ode aos jornalistas locados em um posto avançado de um jornal americano em uma cidade fictícia da França no pós-guerra que dá vida a uma coleção de histórias publicadas na revista "The French Dispatch".

Crítica do filme Zumbilândia: Atire Duas Vezes | Morreu, mas passa bem

Retornando dos mortos tal qual os zumbis do título, “Zumbilândia: Atire Duas Vezes” é a continuação que ninguém esperava mas que é muito bem vinda. Desnecessário dizer que o filme é excelente, já que seu elenco conta com a cativante vencedora do Oscar Emma Stone ❤.

Zumbilândia” estreou em 2009, uma década em que zumbis ocupavam um espaço considerável na cultura pop. Então, depois de dez anos certamente os cadáveres já puderam se decompor e finalmente descansar, certo? Claro que não!

Quem assistiu o primeiro filme deve lembrar que Bill Murray era o único personagem que interpretava ele mesmo. Em “Atire Duas Vezes”, a justificativa do querido ator sobre a razão dos estúdios continuarem fazendo sequências de filmes antigos é muito simples: drogas custam dinheiro.

Regra #32: Aproveite as pequenas coisas da vida

Um dos maiores charmes de Zumbilândia é a utilização da metalinguagem e a ousadia em fazer piadas nas horas mais inapropriadas. Não por acaso, o diretor Ruben Fleischer assinou a direção do controverso “Venom”, e os roteiristas Rhett Reese e Paul Wernick foram os responsáveis pelo roteiro de “Deadpool”. Certamente eles trabalham com o que gostam, mas a eficiência de todos esses filmes pode ser resumida em pontos como baixo orçamento e quebra de expectativas.

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“Zumbilândia”, de 2009, era pautado nas regras de como sobreviver em um apocalipse zumbi. Desenvolvidas pelo protagonista e narrador Columbus (Jesse Einsenberg), as regras exemplificam as cenas que viriam a acontecer, tudo com um tom bastante descontraído.  A princípio, “Zumbilândia: Atire Duas Vezes” segue o mesmo caminho, mantendo-se bastante fiel ao original apenas para quebrar as próprias regras.

A desajustada família composta por Columbus (Eisenberg), Tallahassee (Woody Harrelson), Wichita (Emma Stone) e Little Rock (Abigail Breslin) decidem se estabelecer em um novo lar, então começam a morar na Casa Branca. Por um breve período, a vida doméstica e pacata parece satisfazê-los, mas a tentativa de encaixar as mulheres em papéis tradicionais, a filha que precisa de proteção constante e a leal esposa, faz com que elas fujam do ninho.

Para expandir um pouco o universo da terra de zumbis, temos algumas adições peculiares. Desde o princípio os personagens são claramente estereotipados, mas em “Atire Duas Vezes” fica explícito. O melhor exemplo é Madison (Zoey Deutch), uma garota que parece ser retirada das comédias escrachadas do começo do século, com piadas recorrentes que envolvem a sua inteligência limitada.

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Regra é coisa pra frouxo

Há algumas surpresas a respeito dos zumbis, que agora são classificados em tipos: alguns muito lentos e burros, outros inexplicavelmente inteligentes e também alguns vorazes e praticamente indestrutíveis. É preciso notar também que boa parte do enredo se baseia na história e cultura estadunidense, o que pode parecer meio sem graça para quem não conhece ou não se importa com esse tipo de coisa.

Tallahassee, sendo um grande fã de Elvis Presley, tenta transmitir essa paixão à Little Rock. Ambos sonham em conhecer Graceland, a famosa mansão em que Elvis morou, e lá os nossos heróis conhecem Nevada (Rosario Dawson), tão apaixonada pelo Rei do Rock que decidiu cuidar pessoalmente do museu. Basicamente apenas um par romântico para Tallahassee, ela faz drinks, dá tiros e sabe dirigir loucamente enquanto atropela zumbis.

Outra adição hilária são os personagens espelhados em Tallahassee e Columbus, Albuquerque (Luke Wilson) e Flagstaff (Thomas Middleditch), respectivamente. É curioso que quase todos os outros sobreviventes do apocalipse são absurdamente burros e despreparados, quebrando propositalmente os conceitos do primeiro filme apenas pela diversão. O roteiro é repleto de falhas, mas isso não importa nem um pouco, é tudo pelo bem dos fãs e gostosas risadas.

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“Atire Duas Vezes” tem uma duração ideal, uma boa direção, um elenco competente e piadas com o timing certo. Os efeitos de gore estão incríveis, apostando mais nos efeitos práticos e usando o digital como complemento. Certamente uma década de Walking Dead colaborou muito para essa evolução.

Por não se levar a sério e deixar isso claro desde os primeiros minutos, a experiência descontraída para quem ainda é fã de zumbis (Walking Dead ainda existe?) e quer um entretenimento leve é garantida. Por mais que seja uma sequência totalmente desnecessária, vale a pena contribuir para os produtores comprarem mais drogas. Não saia do cinema antes dos créditos finais, pois as gargalhadas são garantidas.

Os Mortos Não Morrem | Trailer legendado e sinopse

Em uma cidadezinha pacata, uma série de crimes começam a chamar a atenção dos policiais Cliff (Bill Murray) e Ronald (Adam Driver). Depois de investigarem, descobrem que os seus piores medos se tornaram reais: o local está sendo tomado por zumbis, que voltaram para executar as atividades que faziam diariamente quando vivos.

Crítica do filme Ilha dos Cachorros | Nós não merecemos os cachorros

Animações feitas em stop-motion sempre são marcantes. Geralmente são criadas com um aspecto lúdico que remete a infância quase inconscientemente, além do trabalho minucioso de horas de trabalho que transpiram para a tela. Claro que não é uma tarefa simples, mas Wes Anderson já experimentou essa mídia anteriormente em “O Fantástico Sr Raposo”  construindo de forma brilhante e divertida uma história com simpáticos animais antropomorfisados.

Em “Ilha dos Cachorros” não é diferente, e a comparação é inevitável. Wes Anderson já desenvolveu um estilo singular durante sua carreira e essa marca é gritante em todas suas obras. É justo falar que todas as qualidades do diretor estão retratadas na película, mas é claro que para aqueles que não apreciam seus trabalhos anteriores vai soar tudo como apenas “esquisito”.

Baseado em uma história de Anderson, o roteiro é desenvolvido por Roman Coppola, Jason Schwartzman e Kunichi Nomura. Apesar de tantas cabeças envolvidas, a história é bastante simples e linear, o que de forma alguma é um demérito para a narrativa. Em “Ilha dos Cachorros”, vemos um mundo a partir do ponto de vista dos melhores amigos do homem, imersos na cultura e arte japonesa.

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A história se passa 20 anos no futuro e o prefeito Nomura Kobayashi, um renomado amante dos gatos, anuncia que o surto de “gripe focinhal” entre a população canina fez com que os cães virassem uma ameaça para a humanidade. Apesar de uma pequena comunidade científica declarar que uma cura é possível com o devido investimento em tempo e pesquisas, o prefeito decreta que todos os cães devem ser enviados a Ilha do Lixo, começando pelo querido Spots (Liev Schreiber), o cão da família Kobayashi responsável por cuidar do jovem Atari (Koyu Rankin). Mas o pequeno Atari não aceita se separar do cachorro Spots. Ele rouba um avião e parte em busca de seu fiel amigo.

Seis meses após o decreto, toda a população canina já foi movida para a Ilha do Lixo, todos apresentando sintomas da “gripe focinhal” e lutando para sobreviver. Chefe (Bryan Cranston), Rex (Edward Norton), Boss (Bill Murray), Duke (Jeff Goldblum) e King (Bob Balaban) formaram uma matilha, composta apenas por alfas, e seguem os dias revirando o lixo em busca de alimento, até que sua rotina é quebrada com a chegada do pequeno piloto Atari.

Eu mordo

A narrativa parte da perspectiva dos cachorros e isso fica claro pois a história se passa no Japão, mas os cães falam apenas em inglês e a legenda não traduz as falas em japonês propositalmente. Isso pode parecer uma escolha estranha, mas dentro do contexto do filme não é tão confuso assim, já que quando é necessário existe uma “tradução simultânea”.

Chefe é o único na matilha que sempre foi um cachorro de rua, e não sente muita vontade em ajudar o pequeno piloto que chegou até a ilha, ao contrário de todos os seus companheiros que sabem a importância da amizade e lealdade entre cães e humanos.

Toda a jornada é repleta de cenas marcantes bem características do já citado estilo peculiar de Anderson. Apesar de extremamente simples, a história tem um bom desenvolvimento sem muitos rodeios ou ideias mirabolantes. A animação passeia do stop-motion para uma estética mais voltada para o desenho tradicional, passando pelo estilo de gravuras japonesas e até mesmo para algo que lembra um anime, com transições inseridas em momentos precisos que acontecem de forma muito fluída.

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Um bom exemplo, sempre que uma luta começa, os envolvidos entram numa nuvem de poeira, que visualmente lembra muito um algodão, para quem vê de fora não focar em detalhes. Mas em uma cena de ação mais complexa, a estética de anime é escolhida, já que a movimentação e ângulos seriam complexos demais em uma animação stop motion. São por detalhes como esses que Anderson segue cativando quem aprecia sua visão de cinema.

As referências são diversas, lutas de sumô e demonstrações de taikô, os tradicionais tambores japoneses, além de homenagens sutis ao próprio cinema nipônico, sobretudo Akira Kurosawa. Tudo isso pensado com ritmo e a já famosa obsessão do cineasta por composições simétricas, ainda que “Ilha dos Cachorros” seja sua obra mais “torta” nesse sentido.

O humor também é bastante sutil e por isso mesmo muito interessante. Apesar de não haver nada que restrinja o filme para crianças, talvez os pequenos não achem a animação atraente. Não existe um apelo estético para esse público em relação aos personagens, que apesar de bonitinhos não são estilizados a ponto de ser uma explosão de fofura, assim como
as piadas que não contam com o humor exagerado de produções semelhantes.

Ao criar uma distopia fantástica, essa é a obra mais política de Anderson, mas ao invés de ser soturna e incômoda é balanceada para que as ideias sejam digeridas com mais naturalidade. 

Alexandre Desplat, que já havia trabalhado anteriormente com Anderson, entrega uma trilha sonora fantástica com diversas canções originais e uma variedade de artistas, a maioria de origem japonesa. A inspiração no cinema clássico de Akira Kurosawa se sobressai em diversos temas musicais, assim como no design de alguns personagens.

Obviamente não seria um filme de Wes Anderson sem os seus atores de estimação, com algumas adições significativas. O protagonista é Bryan Cranston (o Walter White, de Braking Bad), que empresta sua voz ao cão Chefe, que rouba a cena por todo seu desenvolvimento e destaque na trama. Os outros personagens não são tão bem relevantes assim, mas é impossível não se importar com eles e suas peculiaridades.

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Cada cão do grupo principal tem uma característica engraçada, como Duke (dublado por Jeff Goldblum), que sempre tem uma fofoca na ponta da língua, e Rex (Edward Norton) com planos diferente dos de Chefe e que é sempre seguido pela matilha.

Essas peculiaridades são uma adição sutil para a história, mas servem para pegar desprevenido quem não espera uma piada oportuna em momentos relativamente banais. Bill Murray, Bob Balaban, Greta Gerwig, Scarlett Johansson, Tilda Swinton cada nome marcante é um cachorro com características únicas que adicionam graça nessa história fantástica e cativante. Espero que "Ilha dos Cachorros" inspire novos trabalhos originais, e que essas obras achem um espaço para seu público.

Barry Lyndon | Trailer oficial e sinopse

O irlandês Redmond Barry entra para o exército da Prússia. Ao fim da Guerra, deve espionar um apostador e se junta a ele para viver na elite da Europa, logo se casando com a milionária Lady Lyndon. Mas seu desejo por prestígio pode pôr tudo a perder.

Feitiço do Tempo | Trailer legendado e sinopse

Nevou durante uma viagem a Punxsutawney, Pensilvânia, para cobrir as festividades do Dia da Marmota. O homem do tempo Phil Connors (Bill Murray) se vê preso no tempo, repetindo intermináveis vezes o dia 2 de fevereiro.

Seu mundo é habitado pelas mesmas pessoas todos os dias, mas eles não sabem que o dia está se repetindo. Isso lhe dá uma certa vantagem. Ele pode descobrir o que uma mulher procura em um homem, e então no "próximo" dia se comportar exatamente do jeito certo para impressioná-la.

Felizmente, há uma mulher por perto para praticar. Ela é Rita (Andy MacDowell), produtora de Phil, que tem de aguentar seus ataques, exigências e mau humor. Pouco a pouco Phil consegue ver seus erros e melhorar seu comportamento até que, finalmente, o Dia da Marmota amanhece quando ela realmente gosta dele.