Dane DeHaan - Café com Filme

Oppenheimer | Trailer legendado e sinopse

Escrito e dirigido por Christopher Nolan, Oppenheimer é a épica história de suspense do cientista americano Julius Robert Oppenheimer, mais especificamente a época da Segunda Guerra Mundial. Oppenheimer foi o responsável pelo Projeto Manhattan, que tinha como finalidade criar a bomba atômica, a arma de destruição em massa que dividiu a história para sempre. Um filme que leva o público ao paradoxo pulsante do homem enigmático que deve arriscar destruir o mundo para salvá-lo.

O filme é baseado no livro vencedor do Prêmio Pulitzer, American Prometheus: The Triumph and Tragedy de J. Robert Oppenheimer, de Kai Bird e do falecido Martin J. Sherwin.

Billy The Kid - O Fora da Lei | Trailer oficial e sinopse

Neste emocionante oeste, um menino, Rio (Jake Schur), é forçado a fugir pelo sudoeste americano em uma tentativa desesperada de salvar sua irmã (Leila George) de seu tio (Chris Pratt). Ao longo do caminho, ele encontra o xerife Pat Garrett (Ethan Hawke), que está no encalço do infame fora-da-lei Billy the Kid (Dane DeHaan).

Rio encontra-se cada vez mais entrelaçado na vida dessas duas figuras lendárias em um jogo de gato e rato ao longo do último ano de vida de Billy the Kid. No fim, Rio é forçado a escolher que tipo de homem ele vai se tornar, o fora-da-lei ou o homem da lei, e usará essa auto-realização em um ato final para salvar sua família.

Crítica do filme Valerian e a Cidade dos Mil Planetas | Uma bagunça belíssima

Há muito tempo atrás, nessa mesma galáxia, Luc Besson sonhou em dirigir uma versão cinematográfica de ““Valérian and Laureline”, uma série de história em quadrinhos francesa protagonizada pelo par que empresta o nome ao título. Esse mesmo título influenciou George Lucas em um filme chamado “Guerra nas Estrelas”, talvez você já tenha ouvido falar. Mas Luc Besson usou essa inspiração em diversos pontos de seu filme “O Quinto Elemento”. E toda essa influência é bem interessante, porém já está tão enraizada na cultura pop que acaba parecendo “mais do mesmo”, mesmo sendo o material original. Mas não vamos nos ater a isso.

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” é um filme ousado ao tentar entrar nesse espaço saturado de franquias de ficção científica. Buscando fazer jus ao material original, “Valerian” apresenta o pensamento sci-fi das décadas de 1950/60 com os parâmetros visuais contemporâneos. Viagens no espaço, diversos equipamentos esquisitos e talvez não tão funcionais assim e seres alienígenas de todos os tipos e formas, a criatividade é o limite.

A trama acompanha a dupla de oficiais intergalácticos tentando recuperar um artefato de um planeta destruído a alguns anos, mas acabam imersos em uma conspiração muito maior do que imaginavam. Os supracitados protagonistas são Major Valerian (Dane DeHaan) e a Sargento Laureline (Cara Delevingne), além de serem parceiros, Valerian tenta conquistar Laureline incessantemente, mas sempre tendo seus galanteios impedidos por sua parceira. Porém, essa relação não funciona tão bem quanto deveria no filme.

Eu só trabalho com a minha parceira, nós somos um time

Valerian é o típico pegador, com uma lista (literalmente) de mulheres conquistadas e descartadas. Ele é pretensioso, super confiante e também deveria ser carismático, talvez bonito, quem sabe charmoso? Então faltaram alguns itens aí...

Pessoalmente, acredito que a escolha de Dane DeHaan para “Poder Sem Limites” foi perfeita, mas todos os trabalhos seguintes foram bem fracos. É claro que o ator está buscando papéis diferenciados dentro da carreira, mas a impressão é que ele não atingiu a versatilidade necessárias para interpretar esses personagens.

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Para compensar um pouco, temos a modelo que quer ser atriz Cara Delevingne. Laureline é atrevida, sarcástica e espontânea, além de se autointitular a melhor pilota da galáxia. As vezes ela precisa ser salva, mas na maior parte do tempo ela é quem corre pra ajudar Valerian. E por incrível que pareça, ela é a que mais segura as pontas na interpretação, e convenhamos que Cara Delevingne pode até ser bonita, mas não é a melhor das atrizes do mundo, mas em “Valerian”, é a que salva, com direito a monólogo a respeito do amor e tudo.

De qualquer forma, o problema está na química entre os dois protagonistas. Nenhum dos dois parece estar confortável, fica visível o esforço para convencer que existe uma atração ali, ou até mesmo uma parceria de longos anos de trabalho. Então o desenvolvimento acaba ficando por conta de ambos tentando provar que são realmente bons e capacitados como Major e Sargento.

"É nossa missão que não faz sentido, senhor." Laureline, a respeito do filme.

O longa começa com Space Oddity de David Bowie, mostrando como o espaço sideral se tornou um novo lugar para ser explorado pelos humanos, mostrando uma evolução de todas as conquistas espaciais. Em seguida, uma sequência praticamente sem diálogos mostrando o paradisíaco planeta habitado pela raça Pearl, partindo de uma vida harmoniosa para um final catastrófico que dizimou a espécie inteira. E essas introduções já deixam claro o que Luc Besson quis mostrar em “Valerian”: muitas cores, muita luz e seres estranhos, praticamente um carnaval.

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E boa parte do filme é investida apenas e exclusivamente nesses efeitos visuais. Em determinado momento, Valerian precisa chegar rapidamente em determinado lugar, e pra isso acaba atravessando paredes em ambientes infinitamente variados, com direitos a personagens em CGI e uma câmera posicionada para aumentar a imersão e só curtir a trajetória. Tudo muito legal, mas parece apenas que Luc Besson queria se exibir e não poupou esforços pra isso, exceto que nenhum desses elementos acrescentam muito a trama.

E se a história em quadrinhos influenciou o estilo de várias outras histórias sci-fi, aqui chega a ser incômodo. A sensação de serem imagens já reproduzidas exaustivamente é constante, e quando tenta dar uma diferenciada, acaba ficando bem tosco. Um exemplo são os equipamentos e roupas da cena no deserto, parece mais um cospobre do que algo futurista.

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De forma geral, Besson tenta usar ângulos dinâmicos e pesa bastante na edição para dar um ritmo acelerado e visualmente interessante para o público. O filme é montado para nos levar de um clímax ao próximo, sem deixar muito claro qual é a missão da dupla.

Após uma série de eventos que não vou detalhar para evitar o spoiler, a dupla acaba se separando e Valerian encontra uma alienígena metamorfa chamada Bubble (interpretada pela cantora Rihanna). Ela trabalha em um cabaré e usa seus poderes para trocar de roupa e aparência durante as performances.

Valerian consegue convencê-la a sair dessa vida e ajudá-lo, mas nesse ponto o roteiro parece ter se transformado em pura zoeira, com cenas bem bobas e infantis, para finalmente chegar ao tão esperado desfecho que não é nem um pouco emocionante. Mas vejam, pelo menos os efeitos são bem legais, né?

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Uma nova franquia de sci-fi poderia ser um bom respiro para Hollywood, mas parece que ainda não foi dessa vez. Se uma sequência realmente for cogitada, poderiam investir um pouco mais na história e menos em exibir tudo que é possível fazer com muito dinheiro a disposição. De qualquer forma, adaptar um material que influenciou tantos filmes de sucesso é admirável, e que essa não seja a última tentativa de produzir novas ideias.

Amor e Tulipas | Trailer legendado e sinopse

Holanda, século XVII. O artista Jan van Loos (Dane DeHaan) é contratado para pintar o retrato do casal Sandvoort e imediatamente se apaixona pela jovem esposa do rico comerciante, Sophia (Alicia Vikander). Completamente envolvida no tórrido romance e cansada da existência infeliz ao lado do marido, ela decide fugir de casa para viver o amor.

Crítica do filme A Cura | Ironicamente, um filme doente

Do versátil diretor Gore Verbinski (“O Chamado”, “Piratas do Caribe”, “Rango” e, um dos meus filmes preferidos da sessão da tarde, “Um Ratinho Encrenqueiro”) surge: “A Cura”. Um thriller que mistura terror, ação, mistério, gore, fantasia e enguias, claro.

O filme começa com o jovem e bem sucedido Lockhart (Dane DeHaan) indo para uma clínica na Suíça atrás de um figurão de sua empresa por motivos corporativos. Acontece que a clínica é cheia de estranhezas e nada ortodoxa, com pessoas estranhas internadas e pessoas mais estranhas ainda no corpo clínico local.

O (im)paciente Lockhart, desconfortável com o lugar, só quer cumprir sua simples missão e voltar para casa. Mas um acidente acontece… E ele se vê forçado a ficar na clínica… E é aí que as coisas começam a ficar estranhas (Música de suspense se intensifica). 

A beleza da depressão com uma pitada de climão

Bom, antes de mais nada, vamos destacar um ponto muito positivo do filme: sua estética. A beleza das imagens é algo que gera uma estranha satisfação em quase todas as cenas. Todos os elementos em cena são muito bem pincelados, como se fossem feitas por um Wes Anderson em depressão.

A paleta da fotografia é toda desenhada para dar um ar terrivelmente melancólico e doente… Afinal, nada é mais terrível do que uma parede de hospital velho, não é mesmo? Dá para sentir bem a sensação que o filme quer te passar. Isso ele faz com maestria. 

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Outro ponto positivo é a atmosfera de suspense criada já no início. A vila próxima à clínica é bisonha e cheia daqueles aldeões introvertidos que só ficam espiando as coisas pelos cantos da janela, a clínica em sí é um castelão bem à la Frankenstein.

Os pacientes do hospital, logo de cara, se mostram meio abobados e estranhamente hospitaleiros e rola toda uma conversa sobre o passado do castelo e sobre um terrível acidente que assombra o lugar há mais de 200 anos (Música de terror se intensifica). 

E se tem uma palavra para definir esse filme é: aflição. O filme te deixa aflito o tempo todo! Seja por cenas claustrofóbicas e silenciosas, seja por cenas barulhentas e vertiginosas ou até mesmo o ranger da muleta do personagem principal. Ou seja, é difícil ficar indiferente em certos momentos e se você tem nervos fracos (como eu) vai tapar os olhos em algumas cenas mais hardcores.

Amarras muito frouxas

Quando disse, lá no título, que A Cura é doente, a doença está no roteiro que é muito irregular e cheio de amarras e remendos, como se o filme lutasse para existir e se manter de pé. O esforço do roteirista Justin Haythe em manter tudo coeso é visível, e isso é algo ruim. Claramente ele tinha um ótimo final na cabeça, mas teve que preencher o restante do filme com idas e vindas e sub-tramas, muitas vezes descartáveis, para conseguir chegar ao final que tanto queria.

Outra falha é que ele não te deixa esquecer nunca dos elementos que são (ou vão ser) importantes para o desfecho da história. O que deixa tudo muito óbvio. O filme tem umas safadezas de nuances muito indiscretas. Como se um rinoceronte tivesse dançando balé em uma loja de porcelana. Mas aí o rinoceronte te olha, dá uma piscadela e fala “xiu, não conte pra ninguém”. 

O paciente diz: “Doutor, dói quando eu escrevo esse roteiro”.

O médico responde: “Bom, então pare de escrever!”

Personagens agem de acordo com a necessidade de solucionar problemas do roteiro defeituoso, o que os deixa sem força e com um clássico problema do cinema moderno: se tornam incrivelmente intocáveis e inabaláveis. Se o personagem leva uma surra, tudo bem. Logo ele está pronto para tomar outra. Se o personagem precisa dar uma surra em alguém. Tudo bem, ele vai lá e dá uma surra em quem quer que seja. Se o personagem precisa de algo para solucionar algo, essa coisa aparece para ele do nada. 

E o terceiro ato é o mais problemático de todos. É nele que todas as respostas são jogadas e reveladas, e você já sabia de todas ou quase todas elas… Aí você fica tipo “A lá, eu sabia disso aí já!”, mas você se sente meio burro mesmo assim, ou você se sente o Sherlock Holmes do cinema — das duas uma. O problema é que eles entregam o final no decorrer das insistências do filme.

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O que faltou foi sutileza. Dar ao espectador um pouco de crédito para degustar o mistério e desenvolver suas próprias teorias no decorrer da trama. Faltou um pouco de maturidade e coragem para que os personagens pudessem trilhar uma linha narrativa mais linear, sem tantos solavancos e anticlímax. Ou isso ou eu estou sendo muito chato.

Deus, como é longo…

Com o perdão do trocadilho, o filme se passa em uma clínica, mas você é que vai ter que ser paciente. A primeira hora é tranquila. O filme vai te levando para lugares muito curiosos e você se entrega.

Acontece que ele começa a abusar da sua paciência... E ele nunca mais para de fazer isso. São 146 longos minutos e o terceiro ato não ajuda muito. Esse talvez seja o maior erro do filme. Deixar que as pessoas cansadas e fazer elas parem de se perguntar “como vai acabar?” para se perguntar “quando vai acabar!?”

“Doutor, isso significa que o filme é bom e eu é que sou burro? - Significa.”

É, calma. O filme entrega temas muito complexos, analogias e críticas à vida pós-moderna. O que deixa muito aberto para impressões e interpretações individuais acerca da trama, dos personagens e dos conflitos.

E tem vários momentos que você se questiona se o que está acontecendo está realmente acontecendo ou se é tudo uma ilusão ou se é tudo fruto da cabeça doente do personagem (o que é algo muito legal, pois ele está mesmo doente? Ele está são? Quem pode afirmar que está são? Estamos presos em um mundo que não criamos?).

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Então, não é um filme fácil de ler. Ele leva um certo tempo e exige uma certa dedicação (e um pouco de força de vontade). Resumindo: É um filme fácil de odiar. Mas que merece uma chance para ser assistido e analisado para você poder tirar as suas próprias conclusões. Prove pro seu amiguinho que ele está errado. Mas sem brigas. 

Enfim, não recomendo A Cura para hipocondríacos, claustrofóbicos, pessoas com medo de dentistas e no geral, pessoas que se entediam fácil. Agora, se você curte filmes bizarros que brincam com a psique e, em certos momentos, exageram no gore e nas cenas de tortura, o filme foi feito pra você.

E se no caso persistirem esses sintomas, o médico deverá ser consultado. 

A Cura (2017) | Novo trailer legendado e sinopse

Um jovem e ambicioso executivo é enviado para buscar o CEO de sua empresa em um "centro de bem-estar" idílico, mas misterioso, em um local remoto nos Alpes suíços. Ele logo suspeita que os tratamentos milagrosos do spa não são o que parecem. Quando ele começa a desvendar os segredos aterrorizantes do lugar, sua sanidade é testada e ele é diagnosticado com a mesma curiosa doença que mantém todos os convidados ali à espera da cura.