Jack Black - Café com Filme

Bernie: Quase um Anjo | Trailer legendado e sinopse

Na pequena cidade de Carthage, Texas, a população fica surpresa quando o agente funerário Bernie Tiede (Jack Black) se envolve com a senhora Marjorie Nugent (Shirley MacLaine), uma viúva de 81 anos rica e mau humorada. De uma hora para outra ela aparece morta, o que causa um grande alvoroço, levando o advogado Danny Buck (Matthew McConaughey) a assumir o caso. Baseado em uma história real.

Eu Ainda Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado | Trailer legendado e sinopse

 Dois anos após o terrível acidente, Julie (Jennifer Love Hewitt) retorna para o colégio mas continua tendo terríveis pesadelos. Ela tenta encontrar apoio em Will (Matthew Settle), um novo amigo. Karla (Brandy), a melhor amiga de Julie, tenta fazer com que Julie e Will comecem a namorar, e quando Karla ganha uma viagem às Bahamas para quatro pessoas, ela acha o momento ideal para fazer com que eles fiquem juntos. Porém, Julie ainda pensa muito em Ray (Freddie Prinze Jr.), um antigo namorado, e assim Karla viaja com Tyrell (Mekhi Phifer), seu namorado, e Julie e Will vão apenas como amigos. Mas quando parece que tudo está calmo, Ray descobre que Ben Willis (Muse Watson), o assassino que usa capa de pescador, está vivo e já matou um amigo de seus amigos. Ray tenta avisar Julie, mas não consegue. Deste modo, ele tenta de qualquer jeito chegar na ilha onde Julie foi com seus amigos. Ela, por sua vez, tem certeza de que algo está acontecendo, mas como uma tempestade se formou ninguém pode deixar o lugar. No entanto, várias mortes acontecem, não restando mais dúvidas de que o pescador está na ilha e pretende matar Julie.

The Banker | Trailer oficial e sinopse

 Texas, década de 1950. Joe Morris (Samuel L. Jackson) e Bernard Garrett (Anthony Mackie) são dois empresários afro-americanos que resolvem contratar Matt Steiner (Nicholas Hoult), um homem branco da classe trabalhadora, para se passar por chefe deles. Assim, eles conseguem contornar as limitações raciais da época e se tornar dois dos proprietários de imóveis mais ricos e bem-sucedidos do país.

Jumanji: Próxima Fase | Novo trailer legendado e sinopse

Enquanto retornam à Jumanji para resgatar um de seus amigos, eles descobrem que nada é como eles esperavam que seria. Os jogadores devem desbravar áreas desconhecidas e inexploradas, desde o árido deserto até as montanhas nevadas, para poderem escapar do jogo mais perigoso do mundo.

Crítica do filme Brightburn - Filho das Trevas | O capeta em forma de guri

O que aconteceria se o Superman fosse maligno? Desconsiderando “O Homem de Aço” em que o herói mais poderoso da DC não salva ninguém, destrói a cidade e ainda mata o inimigo, Clark Kent foi criado por pais adotivos amorosos que ensinaram o pequeno kryptoniano a ser uma pessoa decente e justa, independente do quão poderoso seja.

A ideia de inverter esse papel já foi explorada diversas vezes, principalmente nos quadrinhos, mas em uma época saturada por filmes de heróis (ainda bem!) é interessante assistir algo que ousa explorar ideias subversivas. Mas ”Brightburn - Filho das Trevas” não é explicitamente um filme da DC/Warner sobre heróis, ainda que a referência seja descarada.

O longa é repleto de ideias e abraça o estilo Splatter com força e certamente os fãs do gênero vão ter surpresas “agradáveis” durante o filme. Porém, a sensação é de que o roteiro força situações apenas pelas demonstrações gráficas exageradas e ignora durante muito tempo as situações em que o protagonista se encontra apenas para que o sangue continue a correr.

Igual, mas nem tanto

Na pequena cidade de Brightburn, Kansas, um jovem casal (Elizabeth Banks e David Denman) tentam sem sucesso ter um filho. Durante uma linda noite eles ouvem uma explosão perto de sua fazenda e resolvem investigar, encontrando os destroços de algo que parece uma nave espacial com um bebê aparentemente normal dentro, algo que eles identificam como um presente divino.

Os anos se passam enquanto vemos o crescimento de Brandon Breyer (Jackson A. Dunn) como uma criança normal e feliz, até chegar aos 12 anos. Com a puberdade, ele descobre que pode arremessar um cortador de grama sem muito esforço e que nada é capaz de feri-lo, entre outros poderes maneiros que ele utiliza apenas para matar quem faz algo que desagrade-o.

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Apesar do nome aparecer bastante na divulgação do filme, James Gunn é apenas o produtor. Brian e Mark Gunn, seu irmão e primo, respectivamente, são responsáveis pelo roteiro, enquanto David Yarovesky assina a direção. Para mim, o roteiro é o ponto fraco de “Brightburn”, apenas uma sequência de cenas gore alternadas entre o cotidiano da família Breyer.

Brandon é um garoto muito inteligente, um tanto retraído e alvo de bullying dos colegas, mas não há uma cena após ele adquirir os poderes em que ele busque vingança, meio frustrante em uma história sobre alguém corrompido pelo poder. Além disso, não fica muito claro o limite de seus poderes, sendo capaz de voar ou ficar praticamente invisível quando necessário, mas sendo visto facilmente em outros momentos.

Tentando ser bom a sua maneira

Isso tudo é facilmente relevado, mas uma falha gravíssima é o comportamento dos personagens. Em uma cena, Brandon age como uma criança normal (ou finge muito bem, o que faz menos sentido ainda), para na seguinte tocar o terror e causar o caos sem remorso algum. Mas o pior são os pais, que sabem da natureza misteriosa do filho e seus poderes, e preferem deixar tudo de lado para fingir que está tudo bem.

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Derrapadas do roteiro a parte, é preciso enaltecer a performance do jovem Jackson A. Dunn, que carrega o filme e aparece em praticamente todas as cenas. A história exige mudanças de uma criança normal para um psicopata matador e Dunn está a altura do desafio. Ele não exagera na parte mais sombria de Brandon e não busca ser apenas mais um garoto esquisito, dando um ar bastante perturbador ao personagem, com sorrisos nas horas erradas e uma frieza nas situações mais pesadas. Dunn transmite a sensação de que Brandon acredita que não está fazendo nada de errado, apenas sendo quem ele é realmente, o que torna tudo muito assustador em uma análise mais fria.

Por outro lado, Elizabeth Banks usa toda sua experiência para encarnar o papel de uma mãe que não quer ver o quanto seu filho é perigoso. Apesar do esforço, ela apenas nega continuamente todos os problemas e consequências das ações do filho até ser tarde demais, servindo mais como um artefato para a história andar do que uma personagem completa.

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A direção de David Yarovesky é o que faz “Brightburn” voar. Abraçando os pontos característicos do terror, como personagens atrás de cortinas, sussurros sombrios, luzes piscando e clichês desse tipo misturados com a iconografia dos filmes clássicos de super heróis, como vistas aéreas, capas esvoaçantes e destruições exageradas, Yarovesky cria uma mistura interessante com elementos tão saturados pela indústria. O diretor de fotografia Michael Dallatorre também colaborou imensamente com a película, apostando sem medo no uso da cor vermelha destacada com o tom sombrio do resto do filme, além de todo o sangue e a estranhíssima e amedrontadora máscara do “uniforme” de Brandon.

No geral, Brightburn entrega o esperado e surpreende positivamente, especialmente se você está esperando ver muito sangue, órgãos expostos e cenas de matança explícitas, finalizando com um inusitado “universo expandido” para os fãs mais atentos. Vale lembrar que de forma alguma é um filme leve ou descontraído, nem um pouco aconselhável para pessoas impressionáveis.

Crítica do filme Vingadores: Ultimato | Um espetacular e glorioso fim

Finalmente o aguardado “Vingadores: Ultimato” chegou às telonas, continuação direta de “Guerra Infinita” e o ápice do popular gênero “filmes baseados em quadrinhos”. As expectativas eram altíssimas, exatamente tudo que um fã dos filmes da Marvel poderia sonhar foi entregue.

São três horas de pura adrenalina bombando no coração sem deixar de lado a solução dos mistérios deixados em aberto, as consequências de tudo que já aconteceu, diversas referências às histórias em quadrinhos e a conclusão dos arcos dos heróis mais queridos da atualidade. O único spoiler necessário é: prepare-se para uma montanha russa de emoções.

Difícil falar que um filme é perfeito, principalmente porque é impossível agradar uma legião de bilhões de fãs, então com certeza "Ultimato" não é livre de defeitos. Porém, essas falhas estão sobre camadas de personagens carismáticos e efeitos visuais grandiosos que viabilizam transcender esses pequenos detalhes em um filme titanicamente épico e imensamente satisfatório.

Como lidar com a perda?

“Ultimato” prometia ser a complexa conclusão histórica da última década em que investimos emocionalmente em super-heróis e entrega exatamente o que prometeu. O filme começa relembrando as consequências do estalo que Thanos deu usando a Manopla do Infinito, em uma sequência que poderia ser apenas mais uma “cena pós-crédito”, mas que dá o tom exato para o longa: mostrar como cada personagem lidou com as perdas e como seguir em frente depois de algo tão avassalador. Metade do universo se foi e cabe aos Vingadores resolver o problema.

Diversas teorias foram formuladas pelos fãs, expectativas altas, trailers que mostram apenas os 20 minutos iniciais, e novamente os irmãos Russo conseguiram provar que nada é tão óbvio quanto parece. O cuidado com a narrativa é uma forma de agradecer aos fãs que passaram os últimos 11 anos acompanhando essa história, além de aproveitar para inserir momentos icônicos dos quadrinhos da forma mais inusitada possível. É extremamente emocionante e as lágrimas vão se mostrar diversas vezes, tanto de alegria quanto de tristeza.

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Assim como “Guerra Infinita” e “Guerra Civil”, “Ultimato” é dirigido por Joe e Anthony Russo, com roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely. A trama é bastante intrincada, tornando-se ainda mais complexa ao decorrer do filme. Raros são os momentos em que é óbvio como a situação será resolvida ou se ao menos será resolvida. A sensação de que tudo pode acabar dando errado é constante, suspendendo a crença de que o filme está ali para concluir com um final feliz, pois talvez nem seja tão feliz assim. Porém, é extremamente impressionante e satisfatório.

Embora o filme inclua muitos personagens “menos relevantes” da Marvel, como Rocket, Homem-Formiga, Máquina de Combate… “Ultimato” foca muito nos Vingadores originais. Além da batalha final contra Thanos, temos Homem de Ferro, Capitão América, Viúva Negra, Thor, Hulk e Gavião Arqueiro em arcos de história pessoais com ricas narrativas, adicionando ainda mais emoção e sentimentalismo para um filme que já seria robusto o suficiente sem isso.

No decorrer do filme, cada um desses personagens passa por uma jornada transformadora, nem todos para melhor. Alguns lidaram bem com os problemas, outros se voltaram para os lados mais sombrios do ser humano, mas após mais de uma década acompanhando esses heróis, é muito gratificante e emocionante ver tudo isso acontecer. Infelizmente não poderei tratar com mais profundidade desse assunto para evitar spoilers, mas basta dizer que vale muito a pena.

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Grande parte desse sucesso deve-se aos atores que encarnaram totalmente seus papéis, e em “Ultimato” eles entregaram a melhor performance de todas. Robert Downey Jr., Chris Evans, Scarlett Johansson, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth e Jeremy Renner brilham sem esforço. Vale mencionar também Karen Gillan como Nebulosa, Josh Brolin como Thanos e Paul Rudd como Homem-Formiga, que dão um show a parte. É de se esperar que nem todos os personagens tenham o tempo de tela merecido, mas basta lembrar que a Marvel tem planos para mais séries e filmes com os personagens que aparecem pouco, então nada aqui é feito sem propósito.

Custe o que custar

Se a ambiciosa narrativa de “Ultimato” é o que torna o filme tão impactante, é também responsável por alguns tropeços. Há momentos em que a trama se resolve de forma muito conveniente ou com poucas explicações em comparação com o resto da história, mas tudo é facilmente relevado. “Ultimato” é claramente focado nos fãs, todas as referências e lembranças dos filmes estão ali pelo simples propósito de recompensar quem adora esse tipo de filme. É fácil elencar os momentos mais emocionantes, as aparições de personagens tão queridos e momentos tão marcantes, mas será muito melhor ver do que apenas saber.

Nada disso seria possível sem a maestria técnica que o longa possui. Foi necessário um malabarismo para contar cinco ou seis histórias simultaneamente sem deixar todo mundo confuso, os irmãos Russo juntamente com os editores precisaram porcionar cada momento para sempre ficar aquele sentimento de tensão no final de cada sequência, para culminar num climax de tirar o fôlego e arrancar lágrimas até mesmo dos espectadores mais frios e calculistas.

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A música de Alan Silvestri é parte do espetáculo, não apenas ampliado o caleidoscópio emocional do público, mas prestando respeitável homenagem a todos os outros compositores dos filmes do Universo Marvel. Os efeitos visuais, de transformações físicas até recriações digitais, são incríveis e servem para enaltecer ainda mais a narrativa e a experiência de Ultimato como um todo.

Avante Vingadores!

Após 11 anos e 21 filmes, “Vingadores: Ultimato” é muito mais que apenas um filme. É uma experiência pessoal. Funciona como um filme individual, mas com certeza é o ápice de uma construção cinematográfica colossal, a peça final de um quebra cabeça gigantesco em que todos nós colocamos uma peça.

A tradicional cena pós-crédito não foi incluída, marcando assim um futuro misterioso (se desconsiderarmos o calendário de produções da Marvel), mas pela constante evolução das histórias, as dicas deixadas no filme e o inevitável sentimento de "quero mais", podemos esperar produções diversificadas e cada vez melhores.

Desnecessário dizer que assistir um filme desse porte no cinema é mais do que aconselhável, é praticamente obrigatório. Esse é o final da Fase 3 da Marvel  (ou talvez seja “Homem-Aranha Longe de Casa?”), que agora possui o direito dos personagens da Fox, então patamares ainda maiores nos esperam no futuro desse incrível universo, e estaremos lá!