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Crítica do filme Kingsman: O Círculo Dourado | Divertido como uma piada repetida

"Kingsman: O Círculo Dourado" é a terceira adaptação de quadrinhos de Mark Millar feita pelo diretor Matthew Vaughn. Imprimindo uma versão bem particular em gêneros já saturados - o de super-heróis no caso de Kickass, e de super-espiões em Kingsman, - Vaughn foca no público adolescente sedento por sangue e fantasias sexuais. Uma boa vantagem é dispor de um enorme orçamento, o que garante um elenco de peso e efeitos especiais de ponta para todas as cenas de ação, como já ficou claro e surpreendeu todos positivamente no primeiro Kingsman.

O problema das sequências de filmes que fizeram muito sucesso é superar o sucesso, ou pelo menos manter tudo interessante e superar as expectativas. Em "Kingsman: O Círculo Dourado", todos os elementos da fórmula de sucesso estão presentes: britânicos xingando o tempo todo, membros decepados em lutas super estilizadas e repletas de absurdos, assim como todo o arsenal de parafernalhas de espiões que os fãs de James Bond adoram.

Por outro lado, as novidades ficam apenas por conta da agência americana Statesman, o contraste entre os estilos é o que faz o filme se diferenciar do anterior, o que talvez não cause o mesmo impacto.

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Após os eventos do primeiro do filme, Eggsy (Taron Egerton) assumiu completamente o título de Galahad, e está saindo da alfaiataria na Saville Row em Londres para encontrar sua esposa, a princesa Tilde (Hanna Alström). Ele é abordado por Charlie (Edward Holcroft), que perdeu a cabeça literalmente na famosa cena de fogos de artifício em “Kingsman: Serviço Secreto”, agora com um novo braço biônico e uma nova chefa.

Esse encontro inicial desencadeia um ataque massivo ao quartel general da Kingsman, e todos os agentes acabam morrendo, exceto Eggsy e Merlin (Mark Strong). A única alternativa encontrada é viajar para os Estados Unidos e pedir ajuda à Statesman, a versão americana da organização de espionagem.

A agência é escondida sob a fachada de uma fábrica de bebidas no Kentucky, e assim que eles chegam são abordados pelo agente Tequila (Channing Tatum), que não faz ideia de quem seja aqueles. Após o estranhamento inicial rotineiro, eles conhecem o agente superior Champagne (Jeff Bridges), a assistente técnica Ginger Ale (Halle Berry) e o agente Whiskey (Pedro Pascal), responsável pelas melhores cenas de ação com seu laço de cowboy.

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Então somos apresentados a vilã Poppy (Julianne Moore), líder de uma rede de  narcotráfico mundial conhecida como Círculo Dourado. Ela vive isolada no Camboja, onde construiu um parque temático chamado Poopy Land, baseado nos anos 50 e diversos filmes que marcaram sua infância. Ela tem tudo que quer, então sequestrou Elton John para shows particulares, que serve como alívio cômico em diversas situações.

Para assegurar sua segurança e poder, ela possui dois robôs que servem como cães de guarda. O que dá a entender é que não existe mesmo barreiras para o exagero e situações absurdas em Kingsman, são raras as cenas que não sirvam apenas para demonstrar algum apetrecho de espião ou alguma ação desnecessária carregada de efeitos especiais.

Apesar de dominar o mercado de drogas Poppy não é famosa, e isso a deixa extremamente frustrada. Ela decide misturar quimicamente seus “produtos” com uma droga letal que afeta uma enorme parte da população. Bem, tudo isso parece muito legal, só que todos esses personagens acabam ficando em segundo plano, além de claramente ser um esquema parecido demais com o do primeiro filme.

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E infelizmente cenas marcantes como o massacre da igreja não estão presentes. Boa parte do filme (que é bem longo) é focado no retorno de Harry Hart (Colin Firth), o agente que treinou Eggsy e morreu com um tiro na cabeça no primeiro filme. E essa escolha torna tudo um pouco menos interessante, já que a morte de personagens marcantes podem ser revertidas facilmente, não existe o menor senso de perigo para qualquer situação.

A maior vilã acaba sendo a própria expectativa de se encantar como antes. Há uma cena “polêmica” durante o Glastonbury Music Festival, mas sem dúvida as piadas do primeiro filme foram propositalmente mais chocantes que essa cena. Até mesmo os plot twists são tão óbvios que fica difícil de realmente se importar com a situação. Enfim, espero menos, bem menos, e vai ver um filme de super-espiões que não tem medo de exagerar, mas que não aproveita totalmente tudo que poderia ser.

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Crítica do filme King: Uma História de Vingança | Busca quase implacável

É incontável o número de pessoas que todos os anos chegam a Los Angeles e cidades similares em busca de uma vida melhor. Seja com vistas ao estrelato ou até mesmo apenas a melhores condições de vida, todos os anos milhões de pessoas abandonam suas casas e procuram um novo lar.

A sul-africana Bianca (Sibongile Mlambo) foi uma dessas pessoas. Mas a gente só vai saber disso depois que se passam as primeiras cenas do longa-metragem “King - Uma História de Vingança”.

Mais uma produção original Netflix, a produção conta a história do misterioso Jacob King (Chadwick Boseman, o Pantera Negra, da Marvel), a partir do momento em que desembarca no Aeroporto Internacional de Los Angeles.

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A memória de Bianca é forte, mas ele sabe que algo de ruim pode ter acontecido com ela. É motivado por essa sensação que ele embarca no avião determinado a reencontrar com a irmã.

Nem demais, nem de menos

Diante de tantos originais Netflix que deixam e muito a desejar, King ao menos consegue capturar a atenção do público e instigar o telespectador para saber o que aconteceu com Bianca.

Como o próprio título denuncia que ela foi vítima de algo que merece ser vingado, já dá para saber logo de cara que história de Bianca não é necessariamente uma história feliz.

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Isso é uma coisa muito legal de King. Ele traz uma discussão interessante embora não muito inovadora sobre como é a vida de quem chega a um país novo achando que ali vai encontrar um mar de rosas.

Mas essa não é necessariamente uma história sobre migração e sim sobre vingança, porradaria e muita ação.

Uma espécie de “Busca Implacável” um pouco mais pé no chão, no sentido de que o protagonista dessa vez não tem a capacidade de se regenerar automaticamente dos ferimentos que sofre, nem de desviar de toda e qualquer bala disparada contra ele, como é o caso do Liam Neeson.

A diferença é que, enquanto Busca Implacável pende muito mais para essa questão da ação, “King - Uma História de Vingança” é permeado o tempo inteiro por drama e reflexão.

Uma Los Angeles nada hollywoodiana

A fotografia de “King - Uma História de Vingança” contribui muito para fixar o tom um tanto sombrio da história. Becos, ruas escuras, calçadas sujas e quarteirões de dar arrepios fazem parte do cenário, em contraste como os casarões dos manda-chuvas.

Uma atmosfera bastante bem construída pelo diretor Fabrice du Welz e que ajuda a incrementar a história roteirizada por Oliver Butcher e Stephen Cornwell.

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O que há de bem Hollywodiano no filme, isso sim, são os coadjuvantes. Um time formado por nomes bastante conhecidos, como é o caso de Teresa Palmer, Luke Evans e Alfred Molina. Tem até o Tom Felton (aka Draco Malfoy) dando as caras pra uma pontinha. E aí com pessoas talentosas no elenco, é fácil que o resultado seja satisfatório, certo?

Então se você procura um filme bacana, com uma história interessante e uma combinação bacana de drama com ação, vá em frente!

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