Jesse Eisenberg - Café com Filme

A Arte da Autodefesa | Trailer legendado e sinopse

Quando Casey (Jesse Eisenberg) é atacado por um desconhecido na rua, ele decide entrar para um dojô local liderado por um carismático e misterioso Sensei (Alessandro Nivola) para aprender a se defender.  Casey empreende uma jornada, tanto assustadora quanto sombriamente engraçada, que o colocará diretamente nas vistas de seu novo e enigmático mentor. descobrindo um estranho mundo de fraternidade, violência, hipermasculinidade e de uma mulher (Imogen Poots) que luta para conquistar o seu lugar.

Linha Reta | Trailer legendado e sinopse

Dois primos metidos a malandros, Anton (Alexander Skarsgård) e Vincent (Jesse Eisenberg), vivem de perigosas transações da bolsa de valores. Seu sonho é construir um cabo de fibra óptica entre o Kansas e Nova Jersey, que os daria vantagem em suas transações, os fazendo milionários. Mas sua jornada para a riqueza não será tão fácil assim, especialmente se depender de sua antiga chefe, Eva (Salma Hayek).

Crítica do filme Liga da Justiça | Uma busca pela esperança perdida

A tão aguardada reunião dos Superamigos finalmente aconteceu. Após o controverso “Batman vs Superman” e o filme solo da “Mulher Maravilha”, que conseguiu dar uma direção mais agradável aos filmes da DC/Warner com algumas novidades como cor e humor, em "Liga da Justiça" chegamos a um meio termo prazeroso entre ambos.

Se em “Batman vs Superman” temos a queda dos heróis idolatrados como deuses e em “Mulher Maravilha” vemos uma deusa conhecendo o mundo dos homens, “Liga da Justiça” é sobre a elevação desses seres superiores a um patamar de deuses em um panteão, uma visão contemporânea sobre figuras que representam arquétipos mitológicos.

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Após a morte de Superman (Henry Cavill), Bruce Wayne/Batman (Ben Affleck) está afundado em culpa e percebe que sozinho não será capaz de conter a ameaça que está por vir, iniciando uma busca por outros heróis para formar uma equipe que será responsável pela defesa da Terra para vencer o Lobo da Estepe (feito com captura de movimentos por Ciarán Hinds), um guerreiro com um machado gigante e segundo em comando do exército de Darkseid. Sua missão é recuperar as três Caixas Maternas escondidas na Terra. Ao lado da Mulher-Maravilha (Gal Gadot), Batman recruta Victor Stone (Ray Fisher), o Ciborgue, o velocista Flash (Ezra Miller), e Aquaman (Jason Momoa), o Rei de Atlântida.

Como em qualquer filme de equipe de heróis, a primeira parte é focada em introduzir os personagens, cada um com suas peculiaridades. A impressão é que estamos vendo pedaços de filmes diferentes que mais tarde serão um só. A cidade de Gotham, carregada com a visão de Zack Snyder (o que é bem positivo, acredite), um Aquaman relutante em aceitar suas origens, escondido em um vilarejo de pescadores em busca de autoconhecimento, enquanto o Flash, único nome realmente legal mas que nunca é mencionado, tem algumas cenas curtas e quase dramáticas com seu pai, que está preso após alegadamente ter assassinado a esposa.

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Ciborgue, que também tem uma origem trágica e uma relutância em aceitar sua nova condição, é um dos pontos principais para a trama funcionar. Ele foi “criado” por uma das Caixas Maternas que o Lobo da Estepe procura, e essa relação é decisiva para os heróis conseguirem impedir o mundo de ser transformado em um inferno. Admito que eu estava insatisfeito com a escolha do Ciborgue para integrar a Liga, mas após assistir tudo ficou melhor. Ray Fisher fez um ótimo trabalho em esconder as emoções, visto que ele agora é 90% máquina, mas ainda consegue ter muita expressão e desempenha bem o papel.

É quase redundante falar sobre Diana, Princesa das Amazonas de Themyscira e rainha dos nossos corações, após seu filme solo Mulher Maravilha deixa a relutância e aceita finalmente ser um símbolo da esperança, assim como Superman foi um dia, e acaba servindo como mãe do grupo, o que infelizmente não é o papel mais apropriado para a deusa.
De qualquer forma, pausa para enaltecer essa divindade:

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Visualmente, o filme busca um distanciamento da realidade, finalmente é possível distinguir  outras cores além de preto e cinza, durante o desenrolar da história é possível perceber um aspecto cada vez mais fantástico durante as cenas. No entanto, acaba pesando muito no uso de recursos digitais, o que gera um estranhamento ao invés de um deslumbramento.

Outra novidade é o uso de piadas, algo estritamente proibido nos filmes DC até pouco tempo atrás, o que já pode ser notado em um dos 700 trailers lançados pela Warner. Para um personagem como Flash, que é o um piadista nato, fazer algumas palhaçadas faz todo sentido, mas quando Batman tenta ser engraçado é só um pouco constrangedor, sempre parecendo fora do lugar, o que talvez não seja um problema para a maioria dos fãs, mas pessoalmente acho que essa foi a pior representação do Batman até agora.

Lobo da Estepe, anunciado como uma grande ameaça, chega de repente e é derrotado da mesma forma, sempre em segundo plano e sem muita substância ou motivação. Outro ponto em que o filme peca é a conveniência de todas as situações apresentadas, cada desafio mostrado é facilmente superado de forma trivial, desde convencer um garoto Ciborgue a arriscar a vida enquanto descobre o que ele é, até reviver o maior herói do mundo.

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E se você realmente achou que o Superman não ia voltar e salvar todo mundo, eu admiro e invejo muito sua inocência. Então só para garantir, o próximo parágrafo contém spoilers:
Sem revelar muitos detalhes, seu retorno é uma das partes mais interessantes do filme, mas ele não se torna maligno, como previsto pelos fãs dos quadrinhos em que essa situação é baseada. Ao contrário, ele assume exatamente o papel que o Superman deveria cumprir desde o começo. Ele é um campeão da justiça, se preocupa mais com os civis que estão em perigo do que com o invasor alienígena que tem um machado gigante e está batendo em seus aliados, ele é mais poderoso que toda a Liga e ainda assim auxilia ao invés de acabar com tudo usando seus poderes. Finalmente, ele é a própria esperança que retorna em um mundo prestes a ser exterminado. Se em “Liga da Justiça” eu vi o pior Batman, em compensação eu vi o melhor Superman.

Visando uma possível aceitação maior, “Liga da Justiça” se satisfaz em apenas manter um nível mediano, sem querer ousar em nenhum ponto. A quantia enorme de frases de efeito, diversas piadas e muitas referências a um possível futuro universo DC em toda a sua glória mostram um esforço enorme em agradar os fãs, mas deixa aquela sensação de que “faltou algo”. É repleto de cenas incríveis, mas a história em si é bastante trivial. Em especial, a cena das Amazonas, Atlantes e OUTROS heróis famosos enfrentando o Lobo da Estepe durante a Era dos Heróis dão um ânimo para as futuras produções da DC. A impressão é de que esse filme tenta reparar os erros passados e deixar tudo nivelado para finalmente criar histórias épicas.

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Como manda a tradição, temos duas cenas pós-créditos: a primeira é praticamente um presente para os fãs, a segunda mostra um possível (ainda que preocupante) futuro para além dos filmes solos já programados, mas novamente nada que seja equivalente a grandiosidade desses heróis. As baixas expectativas deixam todos os filmes melhores, não usem drogas e continuem estudando, até a próxima!

O Final da Turnê | Trailer legendado e sinopse

Acompanha o escritor David Foster Wallace, autor de Infinite Jest que cometeu suicídio em 2008, em uma turnê do livro no início de sua fama. Wallace é acompanhado pelo repórter da revista Rolling Stone David Lipsky, e no caminho, ciúme e competição emerge entre os dois escritores enquanto discutem sobre mulheres, depressão e os prós e contras da fama. Baseado em uma história verídica.

Crítica do filme Café Society | Saboroso, mas um tanto morno

Se o novo filme de Woody Allen fosse um café, talvez ele pudesse ser avaliado como um grão proveniente de um bom produtor, com uma boa torra, de sabor encorpado e com notas de intensidade, porém nem de longe a melhor saca desta safra. Prepare seu cafezinho e vem comigo pra saber porque achamos isso!

Café Society” foi bastante esperado pelos românticos de plantão e pelos fãs incondicionais deste diretor que já se tornou um dos ~clássicos contemporâneos.

Com um casting bastante inovador para um romance do cineasta, o longa-metragem se passa na década de 30 e faz referência à época de ouro de Hollywood e da indústria cinematográfica, durante um tempo em que os círculos sociais das celebridades famosas pelos filmes eram celebradíssimos. Nessa época, a alta sociedade que se formou a partir disso e os novos ricos que se reuniam para beber e curtir ficou conhecia como Café Society.

Três cubos de açúcar

A trama do longa-metragem gira em torno do jovem nova-iorquino do Bronx Bobby Dorfman (Jesse Eisenberg), que vive em uma família de trabalhadores e se muda para Hollywood, em Los Angeles, para buscar novos rumos e crescimento pessoal.

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Na cidade das estrelas, ele é orientado a procurar pelo tio, Phil Stern (Steve Carrel), um conhecido agente de grandes celebridades locais. Acontece que Phil é extremamente ocupado e não dá muita atenção ao sobrinho e pede que uma secretária acompanhe o novo californiano a conhecer os encantos de Los Angeles.

Certamente, o ingênuo Bobby se encanta com muito mais do que com a cidade. O que chama a sua atenção é Veronica (Vonnie), papel de Kristen Stewart. Inteligente, decidida e livre das alienações típicas das meninas de Hollywood, ela vira a cabeça de Bobby de cabeça pra baixo, dando início a uma série de encontros e desencontros que trazem a clara assinatura de Woody Allen – que, além da direção, é responsável pelo roteiro.

Qualquer café é melhor com um bom papo

O plot de “Café Society” não tem nada de grandioso ou mirabolante, mas é certeiro e vai direto ao ponto, como vários outros longas do diretor. Com o pretexto de contar a história de Bobby, Vonnie e Phil, o filme na verdade retrata toda uma época e todo um contexto em que a alta sociedade passa a se organizar em torno do cinema.

É um verdadeiro retrato do universo das fofocas e maracutaias hollywoodianas. 

Assim, é no talento para transformar o plano de fundo e no questionamento da superficialidade de toda uma geração que se concentra Woody Allen neste filme. E o grande tempero para isso são os diálogos, nos quais o diretor e roteirista é um grande mestre.

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Sem incríveis reviravoltas – já que o narrador conduz o público, que é onisciente e sabe o tempo todo o que está acontecendo, diferente dos protagonistas –, o filme consegue nos manter curiosos, intrigados e interessados durante todo o tempo, com diálogos extremamente divertidos e com aquela pitada de humor ácido clássica do diretor.

Encorpado e bem apresentado

Mas nem só de texto se faz “Café Society”. Além de um bom roteiro e dos diálogos bem-feitos, os personagens são, na sua maioria, bem construídos e consistentes. E não apenas os protagonistas. A produção traz atores coadjuvantes muito bons em personagens interessantes, com suas próprias histórias paralelas, mas sempre relacionadas ao centro da narrativa.

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Assim, o filme é muito bem dirigido, com todo o esmero típico de um diretor consagrado como Woody Allen. Para tanto, alguns fatores contribuem demais com o andamento da trama. A narração, marca registrada do diretor, está presente em “Café Society”, assim como uma primorosa e certeira trilha sonora.

Assinadas majoritariamente por Vince Giordano – que já marcou presença em produções aclamadas como o longa Carol e as séries Boardwalk Empire e Mildred Pierce, todas histórias da mesma época – as canções dão o tom da trajetória percorrida pelos protagonistas e ajuda a marcar a linha do tempo do filme.

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Destaque também para a caracterização dos personagens e para o figurino. Além dos cenários montados com cuidado, das locações belíssimas e da fotografia superbonita, os trajes são adequados e lindos, com toda a atenção necessária a detalhes como os acessórios.

Curiosidade: você sabia que o Woody Allen na verdade se chama Allan Stewart Königsberg?

Por falar em cuidados e preciosismo, vale mencionar o quão bem construída é a estrutura narrativa, que segue um padrão diferente, com entradas de tomadas que quebram a linha do tempo, circulando entre memórias, tempos futuros e cenas que “explicam” detalhes sobre a trama de uma forma descontraída e que descontínua muito interessante, que reserva algumas surpresas.

Quando analisado isoladamente, cada aspecto do filme “Café Society” consegue ser altamente premiável. No conjunto, no entanto, o filme é interessante, distrai e flui bem, mas não traz nada de muito diferente ou extraordinário: é mais uma história de amor ou de amores, com um pano de fundo legal. Mas claro, um prato cheio (ou uma xícara cheia – tu-dum-tssss) se você é um romântico de carteirinha ou se é fã de retratos de época, e também se aprecia um filme bem construído tecnicamente.

Liga da Justiça | Novo trailer oficial e sinopse

Alimentado por sua fé restaurada na humanidade e inspirado pelo ato de altruísmo de Superman, Bruce Wayne busca a ajuda de sua nova aliada, Diana Prince, para encarar um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha trabalham rapidamente para encontrar e recrutar um time de metahumanos para encarar essa ameaça recém-desperta. Mas apesar da formação dessa liga sem precedentes de heróis - Batman, Mulher-Maravilha, Aquaman, Ciborgue e Flash - talvez seja tarde demais para salvar o planeta de um ataque de proporções catastróficas.