Ralph Fiennes - Café com Filme

A Escavação | Trailer legendado e sinopse

Às vésperas da Segunda Guerra Mundial, uma rica viúva (Carey Mulligan) contrata um arqueólogo amador (Ralph Fiennes) para escavar sepultamentos ancestrais em sua propriedade. Ao fazerem uma descoberta histórica, os ecos do passado ressoam em um futuro de incertezas.

Dolittle | Trailer legendado e sinopse

 Depois de perder a esposa, sete anos antes, o excêntrico Dr. John Dolittle (Downey), famoso médico e veterinário na Inglaterra da Rainha Victoria, se isola atrás dos muros altos da sua mansão Dolittle, com a companhia apenas de sua coleção de animais exóticos. Mas quando a jovem rainha (Jessie Buckley) fica gravemente doente, Dolittle relutantemente é forçado a partir em uma aventura épica para uma ilha mítica em busca de uma cura, recuperando suas habilidades e sua coragem enquanto cruza velhos oponentes e descobre criaturas maravilhosas.

O médico é acompanhado por um jovem aprendiz auto-nomeado (Harry Collett) e um grupo barulhento de amigos animais, incluindo um gorila ansioso, uma pata entusiasmada e doidinha, uma dupla briguenta de um avestruz cínico e um otimista de urso polar e um papagaio teimoso, que é o conselheiro mais confiável de Dolittle.

King’s Man: A Origem | Novo trailer legendado e sinopse

Quando um grupo formado pelos piores tiranos e criminosos mais cruéis de todos os tempos planeja uma ameaça capaz de matar milhões de inocentes, um homem é obrigado a correr contra o tempo na tentativa de salvar o futuro da humanidade.

Segredos Oficiais | Trailer legendado e sinopse

Depois de passar anos trabalhando como tradutora de mandarim para inglês, Katharine Gun (Keira Knightley) tornou-se mundialmente famosa ao expôr segredos extremamente confidenciais da Agência de Segurança Nacional. Depois de obter acesso a memorandos secretos, ela foi capaz de provar que ocorreu uma grande pressão a seis países para que eles votassem a favor da invasão ao Iraque em 2003.

Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald | A magia de uma franquia gigante

Essa crítica é livre de spoilers e o filme será muito melhor se você não souber nada sobre ele, além é claro de ter lido todos os livros e visto todos os “Harry Potter”  e “Animais Fantásticos e Onde Habitam”. Se você já assistiu, evite contar publicamente sobre os segredos da trama.

A segunda parte de uma franquia sempre traz diversos desafios. O charme do primeiro filme precisa ser reproduzido enquanto uma nova história é contada. E quando o filme é o segundo de uma série de cinco, a dificuldade aumenta consideravelmente. Esse é possivelmente o maior problema de “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”, ser uma história inacabada e incompleta no meio de um mundo fantástico repleto de magia.

É preciso contar uma história que se insira em um contexto maior e preencher com momentos feitos para agradar os fãs de forma balanceada, e infelizmente não foi dessa vez que isso aconteceu. Novamente David Yates assume a direção e quem assina o roteiro é ninguém menos que a autora J. K. Rowling, responsável por criar todo o mundo de Harry Potter, mas que como roteirista é uma ótima escritora de livros.

Menos animais, mais crimes

O filme começa imediatamente após os eventos do primeiro filme, onde o sinistro mago das trevas Gellert Grindelwald (Johnny Depp) foi capturado pelo MACUSA (Congresso Mágico dos Estados Unidos da América) com a ajuda de Newt Scamander (Eddie Redmayne). Contudo, cumprindo sua promessa, Grindelwald fugiu da prisão e passou a reunir seguidores que, na maioria dos casos, desconheciam suas verdadeiras intenções: criar magos de sangue puro para dominar todos os seres não mágicos.

Na tentativa de frustrar os planos de Grindelwald, Albus Dumbledore (Jude Law) recruta seu ex-aluno Newt Scamander, que concorda em ajudá-lo, sem saber dos perigos que enfrentará pelo caminho. Tina (Katherine Waterston), Queenie (Alison Sudol) e Jacob (Dan Fogler) voltam para se aventurar pela Europa, enquanto dois lados se enfrentam, à medida que o amor e a lealdade são postos à prova, até mesmo entre amigos e familiares, em um mundo de bruxaria cada vez mais dividido.

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Assim como “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” marcou uma mudança de tom na franquia, em “Crimes de Grindelwald” tudo é muito mais sombrio. O filme todo é mágico, os efeitos especiais são fascinantes e impecáveis, assim como o design de roupas, locações e principalmente as criaturas fantásticas.

Porém, se em “Animais Fantásticos e Onde Habitam” eles eram parte central da trama, aqui eles são meramente um artifício para demonstrar efeitos especiais ou vender bonecos. O foco é voltado totalmente para o desenvolvimento dos personagens, o que não é necessariamente ruim, mas destoa totalmente do que o primeiro filme propõe.

Como ser um trouxa no mundo mágico

Não entenda mal, eu adorei o filme e tenho certeza que será um sucesso entre os fãs. Mas ao sair do cinema e voltar para a realidade, você com certeza vai se questionar sobre o sentido de tudo. Mas fazendo uma respectiva, é apenas um monte de ideias jogadas na tela, algumas até desnecessárias.

Um bom exemplo é Nagini (Claudia Kim), a Maledictus destinada a se transformar permanentemente em uma cobra, algo que foi revelado durante um trailer. O fato dela mais tarde se tornar o animal de estimação de Voldemort é bastante relevante, porém durante o filme ela simplesmente está ao lado de Credence (Ezra Miller), fazendo nada.

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Quanto ao tão aguardado papel de Jude Law como o jovem Dumbledore. Seu relacionamento com Grindelwald é sugerido de forma tão sutil que talvez até passe despercebido. Pessoalmente achei que apesar de Law não aparecer tanto durante o filme, Dumbledore continua sendo uma figura bastante respeitável e poderosa, com certeza veremos mais demonstrações de sabedoria e poder nos próximos filmes, mas aqui a sensação de insaciedade permanece.

E é nesse ponto que eu gostaria de chegar. É claro que todo fanservice é agradável, mas no final a sensação é que não havia uma história ali, apenas momentos que serão explorados em um dos próximos filmes, tornando “Os Crimes de Grindelwald” apenas uma prévia para algo que ainda não existe. O roteiro se perde em diversas tramas confusas e desnecessárias, com personagens demais e nenhuma profundidade.

Rowling é uma excelente escritora, mas a diferença de livros para o cinema é gritante. Ela tende a adicionar muito mais do que o filme precisa, detalhes, monólogos cansativos e cenas sem graça, algo que poderia ser facilmente solucionado com um co-roteirista ou até mesmo um editor para guiá-la até o produto final. A esperança é que isso aconteça nos próximos capítulos.

Só magia top

O principal problema do primeiro filme era a falta de desenvolvimento dos personagens, focando mais nas criaturas. Esse problema foi revertido de forma bem eficaz, já que agora tudo gira em torno de relacionamentos e confrontos familiares.

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Redmayne continua impressionante como Scamander. Sua incapacidade de olhar nos olhos de alguém por mais que alguns segundos, sua doçura cativante e empatia com qualquer criatura transborda em todos os momentos. O problema é que colocam esse ser tímido e esquisito no meio de um confronto épico e ele precisa decidir de que lado vai ficar, tomando partido ativamente para mudar o mundo ao invés de esperar que outras pessoas façam isso por ele.

Dumbledore diz que admira Newt porque ele não procura poder, mas que “simplesmente pergunta-se, essa é a coisa certa a se fazer?”. Newt não vem de uma linhagem poderosa ou é o protagonista de uma profecia antiga, seu superpoder é simplesmente sua bússola moral, sendo um perfeito herói do ponto de vista narrativo. Redmayne retrata magistralmente todo o conflito de Scamander, seus olhos brilham e ele fica em paz enquanto está perto de uma criatura mágica, mas parece melancólico enquanto precisa fazer coisas mais mundanas e sérias.

Conhecemos também a relação de Newt com seu irmão Theseus Scamander (Callum Turner), um auror que representa tudo que ele não gostaria de ser, além de Leta LeStrange (Zoe Kravitz) a moça do retrato que Newt carregava e todos os motivos que levaram Leta e Newt não ficarem juntos.

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O retorno de Jacob e Queenie deixam de ser apenas o alívio cômico para dar lugar a questionamentos a respeito do que é seguro e moral em relacionamentos amorosos. Tina continua sendo uma Auror de respeito e a tensão entre ela e Newt é um contraponto perfeito a Jacob e Queenie. Gostaria de explorar mais sobre esses assuntos, mas é melhor você assistir.

Credence Barebone, o Obscurial do primeiro filme não tem muito desenvolvimento, passando a maior parte do tempo emburrado e tentando descobrir quem ele é realmente, mas sem muito sucesso. Por outro lado, Grindelwald (Johnny Depp) é instantaneamente cativante como vilão, tanto por seu histórico fora das telas quanto por seu jeito e aparência bizarros. Particularmente acho Grindelwald um vilão muito mais interessante que Voldemort (Ralph Fiennes), um ponto positivo é que não se parece com nenhum dos já característicos personagens de Depp.

Seu crime foi amar demais?

J.K. Rowling adiciona milhares de referências ao universo bruxo que todos conhecem e amam, versões mais novas de personagens consagradas (algumas até contradizendo materiais anteriores) e expande a magia para além dos muros da escola. Porém os problemas de narrativa atrapalham um pouco o encanto, apesar de todas as reviravoltas que a história conta. 

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Os Crimes de Grindelwald te convidam a investir novamente em personagens que talvez sejam realmente incríveis em filmes futuros, mas que por enquanto são apenas ideias colocadas alternadamente em cenas magníficas e tediosas. É bastante ambíguo sim, assim como os supracitados crimes, você vai ser convidado a amar ou odiar o longa, sem chance para ficar em cima do muro.